Santo Alexandre Sauli
Bispo (1534-1593)
Para
dar prova da própria vocação religiosa, aos 17 anos, Alexandre, nascido
em Milão, de nobre família genovesa, improvisou-se em pregador, subindo
a um palanque de caixas de hortaliças na praça pública do mercado
milanês. E, diante de um público atônito e curioso, falou de Deus e da
fugacidade existente neste mundo.
Mal deixara para trás uma
brilhante carreira no séquito do imperador Carlos V, juntou-se aos
clérigos regulares de São Paulo, conhecidos com o nome de barnabitas.
Entre
outros dotes, possuía uma memória formidável. Memorizava tratados
inteiros da Suma Teológica de são Tomás e as obras dos padres da Igreja.
Tinha sobretudo uma grande devoção à Virgem, à qual se havia consagrado
ainda jovem com um voto particular de castidade.
Ordenado
sacerdote em 1556, durante a celebração da missa foi assistido por um
confrade que tinha o encargo de recordar-lhe em que ponto estava da
celebração da Eucaristia — não porque tivesse facilidade de se distrair,
mas, sim, para trazê-lo de volta à terra, depois de frequentes arroubos
e êxtases. Com apenas 33 anos foi eleito superior geral da ordem.
Depois, o papa são Pio V o nomeou bispo e foi consagrado por um outro
santo, são Carlos Borromeu, bispo de Milão, seu discípulo e amigo, e
destinado à diocese de Aleria, na Córsega.
A pobreza do lugar e a
total desorganização da igreja local não o espantaram. “Aqui, ao menos
Deus não nos faltará”, foi seu comentário. Por 20 anos, trabalhou sem
poupar esforços, reformando, corrigindo, socorrendo. Muitas vezes se
interpôs como pacificador nas frequentes vinganças entre famílias e
entre regiões. Foi um pai solícito pelo bem material e espiritual e
autêntico mestre da vida cristã.
Por sua heroica dedicação,
mereceu o título de “anjo tutelar, pai dos pobres, apóstolo da Córsega”.
Depois, foi destinado à sede de Pávia pelo papa Gregório XIV. Morreu
pouco depois em Caloso d’Asti. Foi canonizado em 1904.
Santo Alexandre Sauli, rogai por nós!
São João XXIII, o Papa do supremo zelo pastoral
Origens
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881, em Sotto il Monte, Província de Bérgamo, Itália. Passou a infância na cidade natal, crescendo numa família rural de origens humildes. Em 1892, entrou no seminário de Bérgamo. Em 1895, começou a escrever as “notas espirituais”, que depois fariam parte do Giornale dell’anima.
Sacerdócio
Em 1900, foi enviado a Roma, onde se formou em teologia; em 1904, recebeu a ordenação sacerdotal. No ano seguinte, foi chamado pelo bispo Radini Tedeschi a voltar para Bérgamo, tornando-se o seu secretário, permanecendo ao seu lado até 1914, assimilando a sua vivacidade pastoral e o seu espírito reformador.
Diretor Espiritual
Depois da experiência da guerra, tornou-se diretor espiritual no seminário maior. Em 1921, transferiu-se para Roma a fim de desempenhar o cargo de presidente do conselho central da Obra da propagação da fé.
Patriarca de Veneza
A 3 de março de 1925, Pio XI nomeou-o visitador apostólico na Bulgária. Recebeu a ordenação episcopal a 19 de março sucessivo, escolhendo como lema “Oboedientia et pax”. No dia 17 de novembro de 1934, tornou-se delegado apostólico na Turquia e Grécia; e no dia 23, administrador apostólico do vicariato de Constantinopla. Depois, a 23 de dezembro de 1944, foi transferido para a França, onde foi núncio apostólico durante oito anos. Na conclusão do seu mandato, a 12 de janeiro de 1953, Pio XII criou-o cardeal e três dias depois nomeou-o patriarca de Veneza.
São João XXIII: o início do Pontificado
Eleito Papa
Em 1958, após a morte do Papa Pacelli, participou no Conclave que teve início a 25 de outubro. Já com 77 anos, depois de onze escrutínios, foi eleito Papa na tarde do dia 28, com uma escolha que foi interpretada no sinal da “transição” no final do longo e difícil pontificado do Papa Pacelli.
Atualização do Código Canônico
Três meses depois, no dia 25 de janeiro de 1959, na basílica de São Paulo fora dos Muros, surpreendeu todos anunciando a intenção de convocar “um concílio ecumênico para a Igreja universal”, manifestando também a vontade de proclamar um Sínodo diocesano para Roma e de atualizar o Codex iuris canonici. Foi uma decisão inesperada e clamorosa, que suscitou uma repercussão vastíssima na opinião pública e orientou de modo preeminente todo o seu pontificado.
Pontificado
São João XXIII se mostrou profundamente radicado na dimensão pastoral e episcopal do serviço papal. Em cinco anos, multiplicaram-se as visitas e os encontros com os fiéis de Roma. Além disso, consolidou-se a internacionalização do colégio cardinalício e valorizou-se cada vez mais o papel dos episcopados locais.
O Final do Pontificado
A última Encíclica
São João XXIII dedicou também à paz a sua oitava e última encíclica Pacem in terris, publicada em abril de 1963. Precisamente naqueles meses as suas condições de saúde agravaram-se repentinamente devido ao aumento do tumor que lhe tinha sido diagnosticado no outono precedente.
Páscoa
Faleceu na noite de 3 de junho de 1963. No dia 18 de novembro de 1965, durante a última fase do concílio, o Papa Montini anunciou o início da causa de beatificação. Foi proclamado beato por João Paulo II a 3 de setembro de 2000.
Legado
São João XXIII, homem dotado de extraordinária humanidade, procurou derramar sobre todos, com sua vida, suas obras e seu supremo zelo pastoral, a abundância da caridade cristã e promover a união fraterna entre os povos; particularmente atento à eficácia da missão da Igreja de Cristo no mundo, convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II.
Minha oração
“ Ao modelo do Bom Pastor, tu foste, à Tua semelhança, um papa bom. Cuidai do nosso atual pastor assim como dos bispos e líderes religiosos. Conduzi cada um deles à santidade e à bondade como eficácia pastoral. Amém.”
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