Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
3º Domingo do Tempo Comum
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João,
— Glória a vós, Senhor.
12Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. 13Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, 14no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15”Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. 17Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
18Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. 23Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Jesus percorria toda a Galileia»
Hoje, Jesus dá-nos uma lição de
“santa prudência”, perfeitamente compatível com a audácia e a valentia.
Efectivamente, Ele - que não tem medo de proclamar a verdade - decide
retirar-se, ao ver que - como já tinham feito com João Baptista - os
seus inimigos O querem matar: «Sai daqui, porque Herodes te quer matar»
(Lc 13,31). - Se Àquele que passou fazendo o bem, os seus detratores
tentaram causar dano, não se estranhe que também soframos perseguições,
como nos anunciou o Senhor.
«Quando soube que João tinha sido preso, Jesus retirou-se para a
Galileia» (Mt 4,12). Seria imprudente desafiar os perigos sem um motivo
que o exigisse. Apenas na oração discernimos quando o silêncio ou a
inactividade - deixar passar o tempo - são sintomas de sabedoria, ou de
cobardia e falta de fortaleza. A paciência, ciência da paz, ajuda a
decidir com serenidade nos momentos difíceis, se não perdermos a visão
sobrenatural.
«Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando a
Boa Nova do Reino e curando toda a espécie de doenças e enfermidades do
povo» (Mt 4,23). Nem as ameaças, nem o medo ao que dirão ou as possíveis
críticas nos podem impedir de fazer o bem. Aqueles que estamos chamados
a ser sal e luz, promotores do bem e da verdade, não podemos ceder
diante da chantagem da ameaça, que tantas vezes não passará de um perigo
hipotético ou meramente verbal.
Decididos, audazes, sem procurar desculpas para adiar a acção apostólica
para “depois”. Dizem que «o “depois” é o advérbio dos vencidos». Por
isso, São Josemaria recomendava, «uma receita eficaz para o teu espírito
apostólico: Planos concretos, não de sábado a sábado, mas de hoje para
amanhã (...)».
Cumprir a vontade de Deus, ser justos em qualquer ambiente e seguir os
ditames da consciência bem formada exige uma fortaleza que devemos pedir
para todos, porque o perigo da cobardia é grande. Peçamos à nossa Mãe
do Céu que nos ajude a cumprir sempre e em tudo a vontade de Deus,
imitando a sua fortaleza ao pé da Cruz. - Rev. D.
Josep
RIBOT i Margarit
(Tarragona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Não serei pobre em méritos, entanto Ele não o seja em misericórdia. E, embora tenha consciência de meus muitos pecados, se o pecado cresceu, mais desbordante foi a graça. E, se a misericórdia do Senhor é para sempre, eu também cantarei eternamente as misericórdias do Senhor» (São Bernardo)
«Naveguem mar adentro, e jogar as redes! Também vocês estão chamados a converter-se em “pescadores de homens”. Não duvidem em empregar vossa vida para testemunhar com alegria o Evangelho, especialmente a vossos coetâneos» (Francisco)
«Aquele que, com ajuda de Deus, aceitaram o convite de Cristo e livremente Lhe responderam, foram por sua vez impelidos, pelo amor do mesmo Cristo, a anunciar por toda a parte a Boa-Nova» (Catecismo da Igreja Católica, n° 3)
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