São Berardo e companheiros mártires
São Berardo e companheiros mártires evangelizavam pregando sobre o Reino de Deus
Em 1219, São Francisco enviou esses missionários para a Espanha, que estava tomada por mouros. Passaram por Portugal a pé, com dificuldades. Dependendo da Divina Providência, chegaram a Sevilha. Ali começaram a pregar, principalmente como testemunho de vida. Eram 3 sacerdotes e dois irmãos religiosos que incomodaram muitas pessoas ao anunciar o Evangelho.
São José Vaz
Origens
São José Vaz nasceu em 21 de abril de
1651 em Goa, na Índia. Foi criado numa família onde a fé era muito
apreciada e da qual brotou nele o desejo de ser sacerdote. Após estudos
clássicos na Universidade local e estudos filosóficos e teológicos na
Academia de São Tomás de Aquino em Goa, foi ordenado sacerdote, em 1676,
com a idade de vinte e cinco anos.
Disseminou a semente do Sacerdócio
Em sua cidade natal, não tinha um
ministério paroquial preciso. São José Vaz dedicou-se a pregar em muitas
paróquias e fundou uma escola de latim para futuros aspirantes ao
sacerdócio. Nessa época, sua devoção à Mãe de Deus também assumiu uma
fisionomia clara em sua consagração pessoal a Maria “como uma escrava
perpétua” em 5 de agosto de 1677.
Um desejo
Depois de saber da situação dos
católicos no Ceilão, nasceu em São José Vaz um desejo profundo de ir
como missionário para aquele país. O catolicismo foi trazido para o
Ceilão pelos portugueses. Infelizmente, os missionários não encorajaram o
desenvolvimento dos católicos locais e não favoreceram as vocações
ceilanesas ao sacerdócio, devido à perseguição dos holandeses que haviam
dominado a cidade.
São José Vaz: homem livre que dedicou-se à evangelização
Após anos de espera, a ida para Ceilão
Em março de 1686, São José Vaz pôde
partir para o Ceilão. Devido à dura perseguição da Igreja por parte das
autoridades holandesas, ele teve que agir com cautela: disfarçou-se de
“coolie”, a forma mais humilde de servo, e, com um cinto áspero em volta
dos quadris, conseguiu se infiltrar Ceilão clandestinamente.
Reconhecimento de Católicos
São José Vaz desembarcava de
cidade em cidade na Índia. Depois de passar fome, ele bateu de porta em
porta para mendigar, porque não tinha nada. Ele usava um grande rosário
em volta do pescoço e observava a reação das pessoas. Gradualmente, ele
estabeleceu seus primeiros contatos com famílias católicas e começou a
celebrar a missa em segredo.
A Prisão
Apesar da sua tentativa de se
esquivar da perseguição, a sua presença foi descoberta, e aqueles que o
abrigaram foram açoitados e presos. São José Vaz conseguiu escapar e
partiu para Kandy, mudando-se para a aldeia de Puttalam, podendo então
entrar na cidade real de Kandy. Alguém o denunciou como espião português
e por isso foi acorrentado. Por mais de dois anos permaneceu na prisão,
mas conseguiu exercer o seu ministério sacerdotal para os fiéis que
começaram a frequentá-lo.
A Prisão Domiciliar
Convencido de sua inocência, o rei
ordenou sua libertação, mas São José Vaz permaneceu em prisão
domiciliar. Enquanto isso, ele expandiu seu ministério, e no Natal de
1691, celebrou a missa pela primeira vez em Kandy. Aos poucos, foi tendo
mais liberdade, sobretudo por causa de sua fama de homem de grande
santidade, respeitado até pelos budistas. A igreja em Kandy começou a
tomar forma. Finalmente, São José Vaz adquiriu plena liberdade com um
milagre público.
Grandes Viagens Missionárias
Grande disseminador da Fé
De Kandy, São José Vaz empreendeu
frequentes e longas viagens por todas as aldeias do reino. Procurou os
católicos, educou-os, celebrou os sacramentos, construiu igrejas, ajudou
os pobres, assistiu os doentes e formou catequistas, animadores do
povo. Sozinho, ele reorganizou a Igreja, tornando-a muito mais estável
do que antes. Suas jornadas eram longas e perigosas através de densas
selvas; mas sem se importar com cobras venenosas e feras selvagens, ele
andava descalço, sempre impulsionado por seu zelo.
Páscoa
São José Vaz continuou suas
viagens missionárias. Ele caminhou por centenas de quilômetros, mas teve
que carregar o peso de muitos anos se escondendo, jejuando e viajando
continuamente. Em 1710, ele partiu novamente para as várias missões, mas
foi trazido de volta inconsciente para Kandy. Após meses de sofrimento
físico, ele morreu em 16 de janeiro de 1711. Tinha 60 anos, e 24 anos de
apostolado missionário no Ceilão.
Minha oração
“ Presbítero zeloso e dedicado às vocações sacerdotais, rogai pelas sementes que estão no coração dos jovens, dai fidelidade e perseverança aos seminaristas, e a santidade aos sacerdotes. Amém.”
São José Vaz, rogai por nós!
São Marcelo I
No início do ano 304 com a morte do Papa Marcelino, a Igreja viveu um longo e confuso período de sua história, recheado de incertezas e de perseguições, que a desorganizou, inclusive internamente. Neste quadro, apareceu a singela figura de Marcelo I, confundido por muitos anos com o próprio Marcelino pois, alguns biógrafos acreditaram que eram a mesma pessoa e outros historiadores afirmaram, que ele havia sido apenas um padre. Vejamos como tudo se esclareceu e a relevância deste Papa e Santo, para a Igreja.
Os anos trezentos, também para o Império Romano não foram nada agradáveis, pois já se delineava a sua queda histórica. O imperador Diocleciano que se mostrava um tirano insensato e insano, também já não governava por si mesmo, era comandado pelo "vice" Gelásio. Foi a mando dele, que Diocleciano decretou a mais feroz, cruel e sangrenta perseguição aos cristãos, estendida para todos dos domínios do Império. E continuou, após a sua morte, sob o patrocínio do novo imperador Maxêncio.
A Cátedra de São Pedro vivia num período de "vicatio", como é chamado o tempo de ausência entre a eleição legítima e a entrada de um novo pontífice. Foi uma época obscura e de solavancos para toda a Igreja, que agonizava com a confusão generalizada provocada pelas heresias e pelos "lapsis", esta figura sombria que surgira em conseqüência das perseguições.
Em 27 de maio de 308, foi eleito o Papa Marcelo I, um presbítero de origem romana, humilde, generoso, de caráter firme e fé inabalável. Ele assumiu a direção da Igreja, após quatro anos da morte do seu predecessor e se ocupou da difícil tarefa de sua reorganização.
O seu pontificado, ao contrário do que se imaginava, ficou muito bem atestado pelas fontes da época. Nestes relatos se constatou o comportamento pós-perseguição que a Igreja teve com os "lapsis" ou "renegados", como eram chamados os cristãos que, por medo, haviam publicamente renunciado a Fé em Cristo.
A esse respeito, existe o registro de um elogio feito ao papa Marcelo I pelo papa Damásio I em 366, com muita justiça. Enquanto muitos bispos do Oriente pediam a excomunhão destes cristãos, especialmente para os que faziam parte do clero, ele se mostrou rigoroso mas menos radical. Severo, decidiu que a Igreja iria acolhê-los, depois de um período de penitência. Também, determinou que nenhum concílio podia ser convocado sem a prévia autorização do papa.
Mas acabou sendo preso por ordem do imperador Maxêncio, que o exilou e obrigou a trabalhar na sua própria igreja, a qual fôra transformada em estábulo. Morreu em conseqüência dos maus tratos recebidos, no dia 16 de janeiro de 309.
A Igreja declarou Marcelo I santo e mártir da fé, para ser festejado nesta data . As suas relíquias estão guardadas na Cripta dos Papas no cemitério de Santa Priscila, em Roma.
São Marcelo I, rogai por nós!
Os registros mostram que após de serem ameaçados os sacerdotes foram
embarcados num navio que ficaria à deriva até atracar próximo da costa
sul da Itália. Alí os sobreviventes desembarcaram e iniciaram uma
caminhada de pregação do Evangelho ao longo dessa península.
Segundo a tradição, o sacerdote Tammaro foi um aluno da escola de Santo
Agostinho, embora não haja registros que comprovem esse fato. E ainda,
segundo os estudiosos, Tammaro se tornou um monge eremita na região de
Caserta. Devido à sua sabedoria e solidariedade, o povo o teria aclamado
bispo.
São muitos os registros da veneração que o povo tinha por esse
religioso, principalmente os calendários litúrgicos antigos, além das
inúmeras igrejas erguidas em sua homenagem.
Mesmo tendo deixado poucos dados e testemunhos de sua vida, a recordação
e veneração de seu nome se mantiveram vigorosos ao longo dos séculos
chegando aos nossos dias.
Sabe-se que o seu culto teria surgido na região do Benevento,
especificamente onde hoje está a cidade de Nápoles. No século dezessete,
os habitantes o proclamaram como seu padroeiro difundindo amplamente o
seu culto.
Tammaro morreu por volta do ano 490, com a idade já avançada, na Vila
Literno e foi sepultado na Catedral de Benevento, Itália. As relíquias
foram colocadas em uma urna de mármore a qual resistiu ao bombardeio que
destruiu a igreja onde estava para salvaguarda durante a Segunda
Guerra Mundial.
Hoje, uma parte dessas relíquias encontra-se em Grumo Nevano, na
Basílica dedicada à Santo Tammaro, que é venerado em 16 de janeiro.
São Tamaro, rogai por nós!
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