Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus - Domingo
— Aleluia! Aleluia! Aleluia!
— De muitos modos, Deus outrora nos falou pelos profetas; nestes tempos derradeiros, nos falou pelo seu Filho. (Hb 1,1-2)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 16os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 17Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura»
Hoje, a Igreja contempla
agradecida a maternidade da Mãe de Deus, modelo de sua própria
maternidade para com todos nós. Lucas nos apresenta o “encontro” dos
pastores “com o Menino”, o qual está acompanhado de Maria, sua Mãe, e de
José. A discreta presença de José sugere a importante missão de ser
custódio do grande mistério do Filho de Deus. Todos juntos, pastores,
Maria e José, «Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o
menino deitado na manjedoura» (Lc 2,16) é como uma imagem preciosa da
Igreja em adoração.
“A Manjedoura”: Jesus já está na manjedoura, numa noite alusiva à
Eucaristia. Foi Maria quem o colocou lá! Lucas fala de um “encontro”, de
um encontro dos pastores com Jesus. Em efeito, sem a experiência de um
“encontro” pessoal com o Senhor, a fé não acontece. Somente este
“encontro”, o qual se entende um “ver com os próprios olhos”, e em certa
maneira um “tocar”, faz com que os pastores sejam capazes de chegar a
ser testemunhas da Boa Nova, verdadeiros evangelizadores que podem dar a
conhecer o que lhes haviam dito sobre aquela Criança. «Vendo-o,
contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino» (Lc 2,17).
Aqui vemos o primeiro fruto do “encontro” com Cristo: «Todos os que os
ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores» (Lc 2,18).
Devemos pedir a graça de saber suscitar este “maravilhamento”, esta
admiração naqueles a quem anunciamos o Evangelho.
Ainda há um segundo fruto deste encontro: «Voltaram os pastores,
glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e
que estava de acordo com o que lhes fora dito» (Lc 2,20). A adoração do
Menino lhes enche o coração de entusiasmo por comunicar o que viram e
ouviram, e a comunicação do que viram e ouviram os conduz até a pregaria
de louvor e de ação de graças, à glorificação do Senhor.
Maria, mestra de contemplação —«Maria conservava todas estas palavras,
meditando-as no seu coração» (Lc 2,19)— nos dá Jesus, cujo nome
significa “Deus salva”. Seu nome é também nossa Paz. Acolhamos coração
este sagrado e doce Nome e tenhamo-lo frequentemente nos nossos lábios! Rev. D. Manel VALLS i Serra
(Barcelona, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Todo o povo da cidade de Éfeso ficou ansioso à espera da resolução [do Sínodo sobre a Maternidade de Maria]... Quando se soube que o autor das blasfêmias [Nestório] tinha sido deposto, todos em uma só voz começaram a glorificar a Deus» (São Cirilo de Alexandria)
«Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, é filho de uma mulher: Maria. Vem dela. É de Deus e de Maria. É por isso que a Mãe de Jesus pode e deve ser chamada de Mãe de Deus, “Theotókos” (Concílio de Éfeso, ano 431)» (Bento XVI)
«O Concílio de Éfeso proclamou, no ano 431, que Maria se tornou, com toda a verdade Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio: “Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque é Dela” (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 466)
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