São Constâncio, bispo de Perúgia
Origens
São Constâncio é o primeiro bispo
de Perúgia. Era um jovem cristão, notável pelo espírito de mortificação e
generosidade que tinha para com os pobres e necessitados. Aos 30 anos,
foi chamado a governar a Igreja de Perúgia, Itália e cumpriu todas as
suas obrigações episcopais como um pastor zeloso para seu povo.
Perseguição de Marco Aurélio
Enfrentou, por muito tempo, a
perseguição de Marco Aurélio, imperador romano. Durante as perseguições,
foi preso algumas vezes. Foi preso, pela primeira vez, após ter se
recusado a adorar os ídolos. Preso em termas aquecidas a temperaturas
altíssimas, Constâncio saiu ileso do martírio. Ao ser preso, acabou por
converter os guardas, e foi liberto.
São Constâncio: condenado por Marco Aurélio
Páscoa
Sob uma nova acusação, o imperador
mandou chamá-lo novamente. Foi condenado a caminhar sobre o carvão em
brasa, mas nenhum suplício foi capaz de fazê-lo renegar a sua fé.
Miraculosamente, foi liberto, mas, quando preso pela terceira vez, no
ano 178, acabou sendo decapitado. A primeira catedral da cidade de
Perúgia foi construída no lugar de sua sepultura.
Minha oração
“Por vezes forçado ao martírio, mas milagrosamente foste sinal da força divina. Usado por Deus para promover a fé e testemunhar a ação do Senhor, que nós também possamos nos abrir aos dons de Deus. Amém.”
São Constâncio, rogai por nós!
Fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês
Este Valério, bispo de Ravena, que faleceu em março, passou a ser comemorado no dia 29 de janeiro, por ser confundido com o primeiro que faleceu neste dia, o qual já tinha um culto cristalizado entre os peregrinos e devotos. O erro partiu de um copista do Vaticano, em 1286, que acreditou se tratasse de um santo só. Excluiu a festa de março e manteve no calendário da Igreja a data da comemoração mais antiga, e assim ficou.
Valério de Ravena, também sofreu fortes perseguições políticas dentro do próprio clero. Mas o pior foi que para agradar o imperador Carlos Magno, que não simpatizava com ele, o bispo foi vítima de uma sórdida intriga política. No dia 8 de abril de 808, dia de Palmas, dois nobres condes paladinos chegaram cedo na cúria, conversaram com Valério que os acolheu e deu hospedagem. Participaram de todas as celebrações pertinentes à data e depois de almoçarem com o bispo, partiram agradecidos.
Depois, em troca de favores da corte, estes nobres mandaram uma carta ao papa Leão III, informando que durante a refeição, daquele dia, o bispo Valério, havia proferido palavras tão impróprias, que não poderiam ser repetidas nem por escrito. Mais tarde quando surgiram outras divergências políticas, o papa Leão III escreveu numa carta à Carlos Magno, que ele mesmo contestava a santidade do bispo e lhe contou sobre os dois condes.
Outras fontes históricas da Santa Sé, entretanto, comprovaram que o arcebispo de Ravena era um pastor zeloso e batalhador pela causa do bem da doutrina cristã, especialmente na luta contra a heresia ariana. Valério administrou a diocese de Ravena entre 788 e 810. O arcebispo Simeão trasladou suas relíquias para a catedral, em 1222, concedendo uma indulgência especial à basílica de santo Culinário, por "reverências ao bem-aventurado Valério".
São Valério de Ravena, rogai por nós!
Nesta data as homenagens da Igreja estão voltadas para dois santos
com o mesmo nome, Valério e ambos bispos, mas viveram em séculos bem
distantes. O primeiro a ser canonizado, foi o da diocese de Treviri. O
segundo foi o de Ravena, que pode ser encontrado na outra página.
Uma tradição muito antiga nos conta que o bispo de Treviri, chamado
Valério, foi discípulo do apóstolo Pedro. Este o teria consagrado bispo e
enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas, isto não
ocorreu, São Pedro testemunhou a fé pelo menos dois séculos antes.
Entretanto, Valério realmente foi o bispo de Treviri e prestou um
relevante trabalho de evangelização para a Igreja de Roma. Primeiro
auxiliando Eucario, que foi o primeiro bispo desta diocese e depois
colaborando com Materno, seu contemporâneo; os quais foram incluídos no
Livro dos Santos, como grandes apóstolos da Alemanha.
Nos registros posteriores, revistos pelo Vaticano no final do primeiro
milênio, onde foram narrados os motivos da santidade dos religiosos até
então, encontramos o seguinte, sobre Valério: "converteu multidões de
pagãos e operou milagres singelos e expressivos". Talvez o mais
significativo, tenha sido quando Valério, trouxe de volta a vida do
companheiro Materno com o simples toque do seu bastão episcopal. Depois,
o outro companheiro de missão, que já havia falecido, Eucario, o teria
avisado em sonho que no dia 29 de janeiro ele seria recebido no Reino de
Deus. Valério morreu neste dia de um ano ignorado, no início do século
IV.
A fama de sua santidade aumentou com a sua morte e os devotos procuravam
a sua sepultura para agradecer ou pedir a sua intercessão. O culto se
intensificou com a construção de muitas igrejas dedicadas a São Valério,
principalmente entre os povos de língua germânica. Muitas cidades o
elegeram como seu padroeiro. As suas relíquias, conservadas numa urna de
prata, se encontram na basílica de São Matias, na cidade de Treviri,
atualmente chamada de Tries, na Alemanha. A festa litúrgica ocorre no
dia de sua morte.
São Valério de Treviri, rogai por nós!
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