Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
4º Domingo do Tempo Comum
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus,
— Glória a vós, Senhor.
Aleluia, aleluia, aleluia— Meus discípulos, alegrai-vos, exultai de alegria, pois bem grande é a recompensa que nos céus tereis, um dia! (Mt 5,12)
Naquele tempo, 1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3”Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Felizes os pobres no espírito»
Hoje lemos este Evangelho tão
conhecido para todos nós, mas sempre tão surpreendente. Com este
fragmento das bem-aventuranças, Jesus oferece-nos um modelo de vida, uns
valores, que segundo Ele são os que nos podem fazer felizes de verdade.
A felicidade, seguramente, é a meta principal que todos procuramos na
vida. E se perguntássemos à gente como procuram ser felizes, ou onde
procuram a sua própria felicidade, nos encontraríamos com respostas
muito diferentes. Alguns diriam que na vida da família bem fundamentada;
outros que em ter saúde e trabalho; outros, que em gozar da amizade e
do lazer..., e os mais influenciados talvez por esta sociedade tão
consumista, nos diriam que em ter dinheiro, em poder comprar o maior
número possível de coisas e, sobretudo, em ascender a níveis sociais
mais altos.
Estas bem-aventuranças que nos propõe Jesus, não são, precisamente, as
que nos oferece o nosso mundo de hoje. O Senhor nos diz que serão
«felizes» os pobres de espírito, os mansos, os que choram,os que têm
fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que
promovem a paz, os perseguidos por causa da justiça... (cf. Mt 5,3-11).
Esta mensagem do Senhor é para os que querem viver na atitude do
desprendimento, da humildade, do desejo de justiça, de preocupação e
interesse pelos problemas do próximo, e tudo o resto o deixa em segundo
término.
Quanto bem podemos fazer rezando, ou praticando alguma correção
fraterna, quando nos critiquem por crer em Deus e por pertencer à
Igreja! Nos os diz claramente Jesus na sua última bem-aventurança:
«Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo,
disserem todo mal contra vós por causa de mim» (Mt 5,11).
São Basílio nos diz que «não se deve ter ao rico por ditoso só pelas
suas riquezas; nem ao poderoso pela sua autoridade e dignidade; nem ao
forte pela saúde de seu corpo... Todas essas coisas são instrumentos da
virtude para os que as usam retamente, mas elas, em si mesmas não contêm
a felicidade».Rev. D. Pablo CASAS Aljama
(Sevilla, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O que tens a temer não é o mal que dizem contra ti, mas, a simulação da tua parte; então perderias o teu paladar e serias pisoteado. Porque a característica do sal é morder e picar quem leva uma vida de suavidade» (São João Crisóstomo)
«A palavra Bem-aventurados. É como um refrão que nos recorda o chamado do Senhor para percorrer com Ele um caminho que, apesar de todas as dificuldades, conduz à verdadeira felicidade» (Francisco)
«‘Bem-aventurados os pobres em espírito’ (Mt 5,3). (Mt 5, 3). As bem-aventuranças revelam uma ordem de felicidade e de graça, de beleza e de paz. Jesus celebra a alegria dos pobres, aos quais o Reino pertence desde já (285)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.546)
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