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sábado, 13 de janeiro de 2024

Santo do Dia - 13 de janeiro

Santo Hilário de Poitiers

 Para o bem do povo anunciava com ousadia até ser exilado, mas não deixou de evangelizar nem mesmo na cadeia

Combateu o arianismo do Oriente

Um dos santos padres da Igreja de Cristo, ele nasceu no ano de 315, em Poitiers, na França. Buscava a felicidade; mas sua família, pagã, vivia segundo a filosofia hedonista, ligada ao povo greco-romano; ou seja, felicidade como sinônimo de prazeres, com puro bem-estar. Então, aquele jovem dado aos estudos, se perguntava quanto ao fim último do ser humano; não podia acabar tudo ali com a morte; foi perseguindo a verdade.

O Espírito Santo foi agindo até ele conhecer as Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento o levou proclamar o Deus uno, que merece toda a adoração. Passando para o Novo Testamento, Santo Hilário foi evangelizado e, numa busca constante, ele se viu necessitado do santo batismo, entrar para Igreja de Cristo e se fazer membro deste Corpo Místico. Em 345, foi batizado. Não demorou muito já era sacerdote e, depois, ordenado bispo para o povo de Poitiers.

Ele sofria com as heresias do arianismo. Santo Hilário, pela sua pregação e seus escritos, foi chamado “O Atanásio do Ocidente”, porque ele combateu o Arianismo do Oriente. No tempo em que o imperador Constâncio começou a apoiar esta heresia, Santo Hilário não teve medo das autoridades. Se era para o bem do povo, ele anunciava com ousadia até ser exilado, mas não deixou de evangelizar nem mesmo na cadeia. Por conselho, o próprio imperador o assumiu de volta em 360, porque os conselheiros sabiam da grande influência desse santo bispo que não ficava apenas em Poitiers, mas percorria toda a França.

Ele voltou, convocou um Concílio em Paris, participou de tantos outros conselhos no ocidente, mas sempre defendendo essa verdade que é Jesus Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro homem.

Santo Hilário de Poitiers foi se consumindo por essa verdade. Pelos seus escritos que chegam até o tempo de hoje, percebe-se este amor por Jesus Cristo. Não só numa busca pessoal, mas de promover a salvação dos outros. No século IV, ele partiu para a glória.
 
Minha oração
“Santo Doutor, homem de profunda sabedoria e clareza do Evangelho, defensor do Cristo Deus-Homem, conceda-nos a graça de não desviarmos da fé católica e a sabedoria para ensiná-la aos que nos procuram. Amém.”
 

Santo Hilário de Poitiers, rogai por nós!

sábado, 3 de maio de 2014

3 de maio - Santo do dia

Santos Filipe e Tiago


A comemoração conjunta dos dois apóstolos tem origem numa tradição: as relíquias dos dois mártires teriam sido levadas de Hierápolis e de Jerusalém a Roma, para repousar na igreja dos Santos Apóstolos.

Filipe, nascido em Betsaida, aparece sempre em quinto lugar no elenco dos apóstolos. O evangelho de João, no qual é citado três vezes, oferece-nos um interessante perfil desse apóstolo, deduzido de duas respostas que ele dá a pergunta formulada por Jesus.

Primeiramente, quando da miraculosa multiplicação dos pães, em face da bem conhecida pergunta: "Onde compraremos pão?...". Após ter passado os olhos pela multidão, Filipe refletiu de modo prático: "nem duzentas moedas seriam suficientes...".
Durante a última ceia, quando Jesus menciona o mistério da Santíssima Trindade,Filipe intervém bruscamente: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!...”. Diante do mistério, ele - como Tomé - deseja tocar com a mão ou, melhor dizendo, ver com os próprios olhos, "aquilo que o olho humano não é capaz de ver" sem o lumen gloriae, de que nos falam os teólogos.

Foi quando, pela última vez, o apóstolo se fez presente. Segundo a Tradição - que, em traços sumários, relata seu perfil -, depois de Pentecostes, Filipe se consagrara a pregar o Evangelho na Ásia Menor até que, chegando aos 87 anos (época do imperador Domiciano), foi crucificado como Cristo.

São Tiago - denominado o "Menor", para distingui-lo do homônimo, irmão de João - é primo de Jesus e autor de uma epistola dirigida a todas as comunidades cristãs. Emerge daí a figura de um homem austero e de poucas palavras.

Com efeito, é ele quem nos admoesta sobre o comedimento no falar, pois devemos dar contas a Deus de cada palavra supérflua! Com o recuo dos séculos, suas palavras constituem um sinal: “... Ó ricos, clama contra vós os bens de que privastes os trabalhadores...".

Sobre o martírio desse apóstolo, que foi bispo de Jerusalém (após o martírio do outro Tiago), temos notícias de primeira mão transmitidas pelo historiador judeu Flávio Josefo. Segundo este, Tiago Menor, foi apedrejado em 62, após uma tentativa de precipitá-lo do pináculo do templo. A condenação foi decretada pelo sumo sacerdote Ananias II,que se aproveitou do vácuo de poder que se seguiu à morte do procurador romano Festo.


São Tiago também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos. Nos Atos dos Apóstolos encontramos ele como o primeiro bispo de Jerusalém. Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João. Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.

O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.

Santos Filipe e Tiago, rogai por nós!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

16 de abril - Santo do dia

Santa Bernadete Soubirous


"Maria é tão bela que, quando a vejo, gostaria de morrer para vê-la novamente", era a resposta da vidente de Lourdes a quantos a confortavam durante a longa enfermidade que por nove anos lhe causou sofrimentos indizíveis. A Virgem a tinha preparado para esta prova: "Não te prometo fazer-te feliz neste mundo, mas no outro". O privilégio de ter sido escolhida pela Virgem, aos 14 anos, para confirmar a verdade dogmática da Imaculada Conceição, proclamada por Pio IX em 1854, valeu-lhe bem pouca glória humana.

Concluído o ciclo das visões na gruta de Massabielle, iniciadas em 11 de fevereiro de 1858, Bernardete permaneceu o resto da vida na sombra. Foi acolhida no Instituto das Irmãs da Caridade de Nevers, onde passou seis anos, sempre na casa de Lourdes, para ser depois admitida ao noviciado de Nevers. E enquanto junto da milagrosa fonte ocorriam os primeiros prodígios e de toda a parte acorriam multidão de devotos, ela só pedia para permanecer escondida e esquecida de todos.

Na profissão religiosa tinha assumido o nome de irmã Bernarda e durante 15 anos de vida conventual suportou em silêncio sofrimentos físicos e morais, como a indiferença das próprias irmãs, de acordo com o desígnio providencial que priva as almas escolhidas da compreensão e frequentemente também do respeito das almas medíocres. Em comunidade exerceu as funções de enfermeira e de sacristã, até que o agravamento de seu mal a obrigou a permanecer no leito durante todos os nove anos que precederam sua santa morte. Foi canonizada em 8 de dezembro de 1933.

Santa Bernadete Soubirous, rogai por nós!


São Bento José Labre

O cigano de Cristo", este também é seu apelido, que demonstra claramente o que foram os trinta e cinco anos de vida de Bento José Labre, treze deles caminhando e evangelizando pelas famosas e seculares estradas de Roma. Aliás, o antigo ditado popular que diz que "todos os caminhos levam a Roma" continua sendo assim para todos os cristãos. Entretanto, principalmente no século XVII, em qualquer um deles era possível cruzar com o peregrino Bento José e nele encontrar o caminho que levava a Deus.

Ele era francês, nasceu em Amettes, próximo a Arras, no dia 27 de março de 1748, o mais velho dos quinze filhos de um casal de agricultores pobres. Freqüentou a modesta escola local, mas aprendeu latim com um tio materno. Ainda muito jovem, quis tornar-se monge trapista, mas não conseguiu o consentimento dos pais.

Com dezoito anos, pediu ingresso no convento trapista de Santa Algegonda, mas os monges não aprovaram sua entrada. Percorreu a pé, então, centenas de quilômetros até a Normandia, debaixo de um inverno extremamente rigoroso, onde pediu admissão no Convento Cisterciense de Montagne. Também foi recusado ali, tentando, ainda, a entrada nos Cartuchos de Neuville e Sept-Fons, com o mesmo resultado. Foi então que, com vinte e dois anos, tomou a decisão mais séria da sua vida: seu mosteiro, já que não encontrava guarida em nenhum outro, seriam as estradas de Roma.

No embornal de peregrino carregava apenas o Novo Testamento e um breviário, além de um terço nas mãos. Durante a noite, dormia nas ruínas do Coliseu e, de dia, percorria as estradas peregrinando nos lugares sagrados e evangelizando sem pedir esmolas. Quando recebia a caridade alheia, mesmo sem pedir, ainda dividia o que ganhava com os pobres. Isso lhe valeu, certa vez, algumas pancadas de um certo cidadão que encarou sua atitude como um insulto. Na maior parte dos dias, comia um pedaço de pão e ervas colhidas no caminho.

Os maus tratos do cotidiano, ou seja, a maneira insatisfatória de higiene a que se submetera durante muitos anos e as penitências que se auto-impusera, acabaram por causar o seu fim. Um dia, ainda muito jovem, seu corpo foi encontrado nos fundos da casa de um amigo arquiteto, perto da igreja de Santa Maria dos Montes. Houve uma grande aglomeração de populares que admiravam e até veneravam o singelo peregrino.

Bento José acabou sendo sepultado ali mesmo, próximo daquela igreja, local que logo passou a ser procurado pelos devotos e peregrinos. Imediatamente, tornou-se palco de muitas graças e prodígios, por intercessão daquele que em vida percorreu o caminho da santidade. O papa Leão XIII canonizou são Bento José Labre em 1881, determinando sua festa para o dia 16 de abril, data de sua morte no ano 1783.  Diz a tradição que ele ouviu, de repente, uma voz conversando com ele e dizendo ser Jesus. Como não enxergasse nada à sua volta, de imediato ficou apreensivo, mas depois permaneceu confiante. Vejamos como tudo isso aconteceu, no início do segundo milênio, cheio de superstições e perseguições aos cristãos.

Para Benezet, ou pequeno Bento, como era chamado, ter ouvido aquela voz não seria nada se não fosse a natureza da ordem que veio com ela. Deveria erguer uma ponte sobre o rio Ródano, do qual nunca tinha ouvido falar, além de ter de abandonar a profissão que tanto amava. Porém o chamado tinha sido tão real que Benezet não pensou duas vezes e se pôs a caminho. Ele também não estranhou quando, centenas de metros adiante, um jovem veio a seu encontro e simplesmente lhe comunicou que o acompanharia em sua empreitada na construção da ponte.

Ao chegar, finalmente, às margens do rio determinado, na cidade de Avignon, Benezet assustou-se com o seu volume d'água. Orientado pelo novo amigo, que na verdade era um anjo que depois desapareceria, procurou o bispo, contando-lhe a missão que recebera. Foi ignorado. Procurou, então, o prefeito, e este, julgando tratar-se de um louco, disse que o ajudaria se removesse uma pedra que atrapalhava a cidade e a usasse como alicerce para a gigantesca obra a ser erguida.

Dizem os devotos que tudo mudou a partir desse momento. Benezet apenas fez o sinal da cruz sobre a pedra e, depois de levantá-la com facilidade, levou-a nos ombros até onde deveria ficar. Enquanto fazia isso, dezoito doentes teriam tocado a sua túnica e se curado imediatamente. Diante desse prodígio e graças, tanto o prefeito quanto o bispo assumiram a construção da obra que ajudou o desenvolvimento de toda a região. O pequeno Bento acabou falecendo antes da conclusão da ponte, que levou onze anos para terminar.

A ponte resistiu quinhentos anos antes de ruir. Foi reconstruída e trata-se do marco da cidade de Avignon, que tem, como seu padroeiro, são Benezet, ou o pequeno Bento, como querem os devotos, que nunca mais deixaram de pedir por sua intercessão e de festejá-lo no dia 14 de abril.

São Bento José Labre, rogai por nós!
 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Anunciação do Anjo à Virgem Maria - 25 de março

Anunciação do Senhor 

 Anunciação do Anjo à Virgem Maria

Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.

Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: "A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade."

Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua palavra’" (cf. Lc 1,26-38).

Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: "Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:
"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".


Anunciação do Anjo à Virgem Maria
A visita do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, quando esta se encontrava em Nazaré, cidade da Galiléia, marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do Velho Testamento e daria ao mundo um novo caminho, trazendo à luz a Boa Nova. Ali nasceu também a oração que a partir daquele instante estaria para sempre na boca e no coração de todos os católicos: a Ave Maria.

Maria era uma jovem simples, noiva de José, um carpinteiro descendente direto da linhagem da casa de Davi. A cerimônia do matrimônio daquele tempo, entretanto, estabelecia que os noivos só teriam o contato carnal da consumação depois de um ano das núpcias. Maria, portanto, era virgem.

Maria perturbou-se ao receber do anjo o aviso que fora escolhida para dar a luz ao Filho de Deus, a quem deveria dar o nome de Jesus, e que Ele era enviado para salvar a Humanidade e cujo Reino seria eterno. Sim porque Deus, que na origem do Mundo Criou todas as coisas com sua Palavra, desta vez escolheu depender da palavra de um frágil ser humana, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Redentor da Humanidade.

Ela aceitou sua parte na missão que lhe fora solicitada, demonstrando toda confiança em Deus e em Seus desígnios, para o cumprimento dessa profecia e mostrou porque foi ela a escolhida para ser Instrumento Divino nos acontecimentos que iriam mudar o destino da Humanidade.

Ao perguntar como poderia ficar grávida, se não conhecia homem algum e receber de Gabriel a explicação de que seria fecundada pelo Espírito Santo, por graças do Criador, sua resposta foi tão simples como sua vida e sua fé: "Sou a serva do Senhor. Faça-se segundo a Sua vontade".

Com esta resposta, pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da maternidade divina, mas ao mesmo tempo também os sofrimentos, os sacrifícios que a ela estavam ligados. Declarou-se pronta a cumprir a vontade de Deus em tudo como sua serva. Era como um voto de vítima e de abandono. Esta disposição é a mais perfeita, é a fonte dos maiores méritos e das melhores graças. O momento da Anunciação, onde se dá a criação, na pessoa de Maria como a Mãe de Deus, que acolhe a divindade em si mesma, contém em si toda a eternidade e, nesta, toda a plenitude dos tempos.

Por isso a data de hoje marca e festeja este evento que se trata de um dos mistérios mais sublimes e importantes da História do homem na Terra: a chegada do Messias, profetizada séculos antes no Antigo Testamento. Episódio que está narrado em várias passagens importantes do Novo Testamento.

A festa da Anunciação do Anjo à Virgem Maria, Lc 1,26-38, é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal, só é transferida quando coincide com a Semana Santa. 


"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo". 

domingo, 27 de dezembro de 2009

27 de dezembro - Santo do dia



São João Evangelista
O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso": uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como "o discípulo que Jesus amava". O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19,26s). Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa "filho do trovão".

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável. O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos. Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano. Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo. Neste situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, 
nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC). Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.


São João Evangelista, rogai por nós!

terça-feira, 10 de março de 2009

O demônio existe - conclusão

A afirmação da existência de espíritos decaídos, demônios, Satanás só tem sentido em um contexto mais amplo.

A presença de anjos e demônios jamais será aceita à margem da fé cristã. A oposição a essa crença tradicional da Igreja surge, com certo tipo da História da Religião, dentro de um ambiente racionalista e iluminista. A argumentação daí resultante é alimentada pelas doutrinas propagadas por povos vizinhos aos judeus. Os relatos do Antigo Testamento, segundo eles, não trazem uma revelação, mas simplesmente reproduzem mitos das culturas pagãs. Nessa linha de pensamento, o conhecido exegeta protestante, Rudolf Bultmann em sua obra "Kerygma e Mythos", sentencia: "Já não é possível usar luz elétrica e rádio (...) e ao mesmo tempo acreditar no mundo de espíritos e milagres do Novo Testamento".

Interessante observar que são exatamente teólogos e pensadores protestantes de renome, como Karl Barth, que tem outra posição "por causa da tradição bíblica e por causa do seu valor na piedade do povo cristão", o tema dos anjos não pode ser preterido pela teologia. Contudo, isso não impede que alguns teólogos católicos continuem numa profunda reticência, temerosos talvez, de serem taxados de "tradicionalistas" caso tratem, dentro da nossa crença, o tema de anjos e demônios.

Ao falar em Satanás é importante evitar dois erros: o de absolutizar o maligno, como se fosse uma terrível ameaça, em cada momento, a cada pessoa mesmo reta, verdadeira, humilde e fiel. O demônio pode influenciar através das faculdades mentais, e das tendências da natureza. Ele, contudo, não tem poder sobre o íntimo da pessoa, pois sua liberdade, sua consciência pertencem diretamente a Deus. Uma pessoa generosa, que procura guardar a retidão e pureza de seu modo de agir, e mesmo a criança que reza com amor e confiança é mais forte do que Satanás. De outro lado, há o erro do racionalismo, supondo não existir aquilo que não podemos ver e experimentar com nossos sentidos. Nesse caso está o Demônio.

O Novo Testamento fala freqüentemente no Diabo ou Satanás e em demônios. E mostra seu lugar na história da salvação, tanto no evento central da vida de Jesus Cristo, como na Igreja. O anjo decaído não pode ver Deus em Jesus; só pode constatar com pavor e horror que este "profeta", superior a todos os outros, é o perigo definitivo para as aspirações do inferno. Jesus é apresentado como Aquele que venceu Satanás. O maligno derrotado consegue ainda atrapalhar e seduzir. O Novo Testamento não manifesta interesse especulativo algum em descrever dramaticamente o universo dos demônios, como o faziam certos livros apócrifos. Não existe uma "demonologia". O Novo Testamento tem, entretanto, um forte interesse em demonstrar que Satanás e seus espíritos subalternos se apresentam no mundo como adversários da salvação, de Jesus e de seus fiéis. Seu nome é "Diabo e Satanás" (Mt 4,1), "inimigo e tentador", "Maligno" (Mt 13,19; Ef 6,16), "príncipe do mundo" (Jo 12,31), "acusador" (Ap 12,10), "dragão", "serpente" (Ap 12), "chefe dos demônios" (Mc 3,22) e assim por diante.

Jesus não é um exorcista, mas o iniciador do Reino do Pai e do seu poder. Ele é a imagem de Deus. A luta contra Satanás e a vitória definitiva sobre ele, é parte constitutiva deste anúncio. Cristo, ele mesmo interpreta sua presença assim: "O príncipe deste mundo está sendo jogado fora" (Jo 12,31). É claro que nesses acontecimentos existem também elementos de doença.
O Magistério da Igreja procurou sempre manter um equilíbrio entre tendências de absolutizar o Maligno e, hoje, de considerá-lo insignificante.

O Concílio Vaticano II não tratou o assunto de modo explícito; somente citou-o de passagem dizendo que em Cristo "Deus nos reconciliou consigo e entre nós, arrancando-nos da servidão do diabo e do pecado" ("Gaudium et Spes" 22.3; 2.2); e o maligno continua nos tentando ("Lumen Gentium" 16; 48,4; "Ad Gentes" 9).

Importa observar que os demônios não são apenas um poder anônimo, impessoal. Mas são espíritos criados, pessoas. Por isso, e só por isso, o Concílio pode dizer deles: "Segundo sua natureza, criados por Deus como bons, mas por si próprios se tornaram maus". Na doutrina sobre o demônio, a Igreja sublinha de um lado a infinita bondade de Deus Criador. E, de outro lado, mostra a grandeza da liberdade da criatura que sendo imagem de Deus, é exatamente por esse motivo, submetida a provas e tentações. É insistente a palavra de Jesus a todos nós: "Vigiai, porque não conheceis nem o dia nem a hora" (Mt 25,13; 13,35. 37).

Em conclusão, devem se erradicar dois comportamentos errôneos: o que faz do diabo um mito e aquele outro que o vê em toda parte.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Santo Sudário - Mistério

Mistério

Durante exposição, em 1898, o fotógrafo amador e advogado Secondo Pia fotografou pela primeira vez o Sudário. Ao revelar o filme, percebeu que as impressões do corpo começaram a assumir nitidez e profundidade inesperadas. A imagem foi impressa, inexplicavelmente, em negativo, ou seja, as partes sombrias tornaram-se claras e as luminosas, escuras. Nenhum artista poderia tê-la pintado assim.

A partir daquela descoberta casual seguiram-se muitos estudos e exames fotográficos, fotométricos, radiológicos, químicos e médico-legais.A ciência apurou que não se trata de uma pintura, que as manchas de sangue contêm verdadeiro sangue humano, e que as feridas do corpo martirizado atestam uma crucificação romana.Para os cientistas, o Sudário é um mistério, pois as impressões daquele Homem estão gravadas em negativo com efeito tridimensional, enquanto as manchas de sangue são gravadas em positivo.

Seguramente o lençol envolveu o cadáver de um homem martirizado, flagelado, coroado de espinhos, crucificado com cravos, com o lado traspassado, apresentando escoriações no joelho esquerdo, causado por queda, feridas, inchaços, sangue coagulado no rosto e septo nasal quebrado.Existem muitas coincidências entre as narrações dos Evangelhos e a imagem do Sudário, razão pela qual a piedade cristã viu nele um testemunho da paixão e morte de Jesus.

O pesquisador Luigi Gonella, consultor científico do Cardeal Anastácio Ballestrero, ex-arcebispo de Turim, afirma: "A ciência jamais poderá demonstrar que o homem do Sudário seja Jesus Cristo, uma vez que não existe um registro em arquivo algum que possa confirmar tal identidade. A ciência diz apenas que é extremamente provável que se trate de Jesus, dado o número impressionante de coincidências com os relatos de sua paixão no Novo Testamento."