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quinta-feira, 12 de março de 2009

Santa Luzia - protetora dos olhos e da visão

Santa Luzia - protetora dos olhos e da visão




Santa Luzia nasceu na Sicília, na Itália, no século VI. Ainda adolescente, ela fez uma promessa para que Santa Águeda curasse sua mãe, que tinha uma doença incurável. “Depois que alcançou a graça, ela prometeu seguir a Cristo e ajudar os menos favorecidos”, conta padre Emoanoel Vergne, da Igreja de Nossa Senhora do Pilar.


Prometida em casamento pelo pai para um nobre influente, Santa Luzia não aceitou abandonar a devoção para se casar. “Ela era coerente, convicta, sabia o que queria. Preferiu a morte do que servir a um homem que não amava”, afirma o pároco. Ofendido com a recusa, o nobre denunciou Santa Luzia para o cônsul. “Naquela época havia muita perseguição aos cristãos e ela foi presa”, conta o pároco.


Durante o tempo em que esteve presa, os soldados arrancaram seus olhos. Porém, no dia seguinte eles estavam regenerados. “É por isso que existe a devoção da cura da visão”, destaca Vergne. Depois disso, Santa Luzia foi decapitada. A data em que se homenageia a santa, 13 de dezembro, é também o dia da sua morte.


Logo após a sua morte, a tumba de Santa Luzia começou a ser frequentada e os milagres creditados a ela começaram a acontecer. O grande propagador da devoção a Santa Luzia foi o Papa Gregório Magno, de acordo com padre Emanoel. “Ele inseriu o nome de Santa Luzia no cânon romano (espécie de normativa religiosa) no fim do século VI. A partir daí ela foi incluída nas listas de memória dos livros litúrgicos e a devoção se difundiu”, conta.



Santa Luzia, conservai a nossa visão

Oração ao Sagrado Coração de JESUS




Meu Sagrado Coração de Jesus, em vós deposito toda confiança e esperança.

Vós que sabeis tudo, Pai, o Senhor do Universo, Sois o Rei dos Reis, Vós que fizeste o cego ver, paralítico andar, o morto voltar a viver, o leproso sarar.

Vós que vedes as minhas aflições, as minhas angústias, bem sabeis, Divino Coração, como preciso alcançar esta graça: (pede-se a graça com fé);


a minha conversa convosco me dá ânimo e alegria para viver, só de Vós espero com fé e confiança; (pede-se novamente a graça).


Fazei, Sagrado Coração de Jesus, que antes de terminar esta conversa, dentro de nove dias, alcance esta tão grande Graça; e para Vós agradecer, divulgarei esta Graça para que os homens, aprendam a ter fé e confiança em Vós;
iluminai os meus passos, Sagrado Coração de Jesus, assim como esta luz esta nos iluminando e testemunhando a nossa conversa.

Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiança em Vós, Sagrado Coração de Jesus, aumente ainda mais a minha fé;

Sagrado Coração de Jesus (pede-se novamente a graça0.

Amém.


Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.

Repetir esta oração por mais 8 dias.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O cerco de Jericó

O CERCO DE JERICÓ.


“Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias.” Hebreus 11, 30.
“Os muros de Jericó caíram ao som das trombetas da oração”, afirmava La Pira em 1959, no regresso da primeira viagem que um político ocidental efetuava à Rússia, depois da guerra.
Torna-se cada vez mais comum as comunidades adoradoras fazerem o Cerco de Jericó. De que se trata?
Esta prática nasceu na Polônia. Consiste na oração incessante de Rosários, durante sete dias e seis noites, diante do Santíssimo Sacramento exposto.

A ORIGEM
De onde veio a inspiração paro o “Cerco de Jericó”? No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. A cidade de Jericó era uma fortaleza inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um Anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas.
Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante seis dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia, deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram… (cf. Js 6).

O Santo Padre João Paulo II devia ir à Polônia a 8 de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de Santo Estanislau, bispo de Cracóvia. Era a primeira vez que o Papa visitava o seu país, sob o regime comunista; era uma visita importantíssima e muito difícil. Aqui começaria a ruína do comunismo ateu e a queda do muro de Berlim.

Em fins de novembro de 1978, sete semanas depois do Conclave que o havia eleito Papa, Nossa Senhora do Santo Rosário teria dado uma ordem precisa a uma alma privilegiada da Polônia: “Para a preparação da primeira peregrinação do Papa à sua Pátria, deve-se organizar na primeira semana de maio de 1979, em Jasna Gora (Santuário Mariano), um Congresso do Rosário: sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento exposto.”
No dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1978), Anatol Kazczuck, daí em diante promotor desses Cercos, apresentou a ordem da Rainha do Céu a Monsenhor Kraszewski, bispo auxiliar da Comissão Mariana do Episcopado. Ele respondeu: “É bom rezar diante do Santíssimo Sacramento exposto; é bom rezar o Terço pelo Papa; é bom rezar em Jasna Gora. Podeis fazê-lo.”

Anatol apresentou também a mensagem de Nossa Senhora a Monsenhor Stefano Barata, bispo de Czestochowa e Presidente da Comissão Mariana do Episcopado. Ele alegrou-se com o projeto, mas aconselhou-os a não darem o nome de “Congresso”, para maior facilidade na sua organização. Então, deu-se o nome de “Cerco de Jericó” a esta iniciativa.
O padre-diretor de Jasna Gora aprovou o projeto, mas não queria que se realizasse em maio por causa dos preparativos para a visita do Santo Padre. Dizia ele: “Seria melhor em abril.” “Mas a Rainha do Céu deu ordens para se organizarem esses Rosários permanentes na primeira semana de maio”, respondeu o Sr. Anatol. O padre aceitou, recomendando-lhe que fossem evitadas perturbações.

A Santíssima Virgem sabia bem que o Cerco de Jericó em maio não iria perturbar a visita do Papa, porque ele não viria. E, logo a seguir, as autoridades recusaram o visto de entrada no país ao Santo Padre, como tinham feito a Paulo VI em 1966. Consternação geral em toda a Polônia! O Papa não poderia visitar a sua Pátria.
Foi, então, com redobrado fervor que se organizou o “assalto” de Rosários. E, no dia 7 de maio, ao mesmo tempo que terminava o Cerco, caíram “as muralhas de Jericó”. Um comunicado oficial anunciava que o Santo Padre visitaria a Polônia de 2 a 10 de junho. Sabe-se como o povo polonês viveu esses nove dias com o Papa, o “seu” Santo Padre, numa alegria indescritível!

No dia de 10 de junho, João Paulo II terminava a sua peregrinação, consagrando, com todo Episcopado polonês, a nação polaca ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria, diante de um milhão e quinhentos mil fiéis reunidos em Blonic Kraskoskic. Foi a apoteose!
Depois dessa estrondosa vitória, a Santíssima Virgem ordenou que se organizassem Cercos de Jericó todas as vezes que o Papa João Paulo II saísse em viagem apostólica. “O Rosário tem um poder de exorcismo”, dizem os nossos amigos da Polônia, “ele torna o demônio impotente.”

Por ocasião do atentado contra o Papa, em 13 de maio de 1981, os poloneses lançaram de novo um formidável “assalto” de Rosários e obtiveram o seu inesperado restabelecimento. Mais uma vez, as muralhas de ódio de Satanás se abatiam diante do poder da Ave-Maria.
Em várias partes do mundo estão sendo realizados agora Cercos de Jericó. A 2 de fevereiro de 1986, aquela mesma alma privilegiada recebia outra mensagem da Rainha Vitoriosa do Santíssimo Rosário: “Ide ao Canadá, aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Alemanha para salvar o que ainda pode ser salvo.” Nossa Senhora pede que se organizem os Rosários permanentes e os Cercos de Jericó, se queremos ter certeza da vitória.

Assim pode-se organizar grupos de pessoas que se revezem de períodos em períodos de tempo, para que seja rezado o Rosário permanentemente durante as 24 horas durante os sete dias em que é feito o cerco de Jericó.

FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

"ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR ESTÁ CONTIGO".


Prezados irmãos e irmãs, a paz de Cristo nosso irmão e a intercessão de Maria nossa mãe IMACULADA estejam sempre convosco!!!


A festa que se celebra neste próximo dia 08 de dezembro tem um significado todo especial neste tempo de avento. No dia 08 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX afirmou o dogma de que Maria nunca experimentou o pecado durante sua vida. Jesus é concebido num seio virginal que jamais conheceu a desobediência a Deus.


Maria é a grande colaboradora na obra da Salvação da Humanidade. Ela é isenta de toda a culpa do pecado original. Deus em sua bondade infinita a encheu de graça e ela aceitou plenamente o plano de Deus em favor de toda a humanidade. A saudação do anjo confirma esta realidade, pois ele não diz como fala o sacerdote na liturgia: o Senhor esteja convosco. Ele afirma: o Senhor está contigo. Maria é cheia de Graça, é envolvida totalmente pelo amor de Deus e aceita este amor de forma misteriosa. Para Deus nada é impossível. Ele pode nos criar e nos salvar mesmo que sejamos incompetentes no uso de nossa liberdade.


Maria nunca rejeitou o projeto de Deus, viveu intensamente a contemplação dos mistérios de Deus. Ela nos ensina a escutar mais do que falar.Estamos em um mundo que vive uma profunda crise de comunicação que acarreta numa crise afetiva em que as pessoas não se sentem mais amadas e perdem a qualidade de se dispor a amar.Maria começou sua existência com riqueza de graça imensamente maior que a dos maiores santos, no fim de suas vidas. Se considerarmos, além disso, sua absoluta fidelidade, total disponibilidade para com Deus, poderemos intuir a que intensidade de amor e de comunhão com o Altíssimo Maria chegou, superando "de muito todas as outras criaturas celestes e terrestres" (LG 53).


Comeu Eva o pomo do pecado; Maria, ao contrário, restituiu-nos o doce fruto do Salvador. Quão opostas as obras da serpente e as da Virgem! Da primeira veio o veneno que nos separou de Deus; em Maria, tiveram princípio os mistérios da nossa redenção (Prefácio Ambrosiano, de Maria Rainha da Igreja, p. 18).


Não temos dúvida que Maria intercede por todos os seus filhos. Ela nos tem como mãe e nós precisamos tê-la como nossa mãe. O verdadeiro devoto de Maria jamais se perderá. Quando nos afastamos do exemplo de Maria caímos na auto suficiência, pensamos em nosso projeto particular sem percebemos que somos importantes para Deus e para nossos irmãos. O mal que existe hoje é conseqüência do afastamento do homem de seu Criador. Os seus projetos particulares não estão coincidindo com o que Deus espera de nós.


Maria vem nos ajudar a concretizar o que o Senhor nos pede. Maria é um modelo de resposta a Vontade de Deus que sempre quer fazer de nós mais felizes em meio as nossas limitações.
"Maria Imaculada, intercedei por nós que somos limitados por aquilo que imaginamos que seja melhor para nossa vida..."
Fonte: FREI GIRIBONE

Nossa Senhora Desatadora dos Nós - Novena




Festa aos 8 de dezembro.

Comemora-se todo dia 08


Virgem Maria, Mãe do belo amor, Mãe que jamais deixa de vir em socorro de um filho aflito, Mãe cujas mãos não param nunca de servir a Seus amados filhos, pois são movidas pelo amor divino e a imensa misericórdia que existem em teu coração, volta o Teu olhar compassivo sobre mim e vê o emaranhado de nós que há em minha vida.


Tú bem conheces o meu dessespero, a minha dor e o quanto estou amarrado por causa destes Nós. Maria, Mãe que DEUS encarregou de desatar os nós da vida de Seus filho, confio hoje a fita da minha vida em tuas mãos. Ninguém, nem mesmo o maligno poderá tirá-la do teu precioso amparo. Em tuas mãos não há nó que não possa ser desfeito. Mãe poderosa por Tua graça e Teu poder intercessor junto a Teu Filho e meu Libertador, JESUS, recebe hoje em tuas mãos este Nó (diga a Mãe querida qual o nó que está amarrando a sua vida).


Peço-te, desatá-lo para a glória de DEUS e por todo o sempre. Vois sois a minha Esperança. Ó Senhora minha, sois a única consolação dada por DEUS, a fortaleza das minhas débeis forças, a riqueza das minhas misérias, a liberdade, com CRISTO, das minhas cadeias. Ouve minha Súplica. Guarda-me, guia-me, protege-me, ó seguro refúgio!

"MARIA, DESATADORA DOS NÓS, ROGAI POR MIM"

"MARIA, NOSSA MÃE, DESATA OS NÓS, QUE NOS IMPEDEM DE NOS UNIRMOS A DEUS". Reza-se um Pai Nosso... uma Ave Maria.... um Glória...

Igreja do Carmo e a obra invisivel

Na Igreja do Carmo, obra ''invisível'' é revelada


Pintura do padre Jesuíno do Monte Carmelo resgata a arte barroca de SP
Humberto Maia Junior

Primeiro, apareceu a boca - vermelha.
Em seguida, a raspagem do forro da Igreja do Carmo, no centro de São Paulo, revelou um nariz, as mãos. Pelos traços do pincel, não restaram dúvidas. A "pintura invisível" de padre Jesuíno do Monte Carmelo não era uma lenda. Embaixo de uma pintura grosseira no forro da nave da igreja do século 18, há um trabalho do artista barroco, como desconfiava o poeta Mario de Andrade, há seis décadas.

Restauradores encontraram a imagem de Nossa Senhora do Carmo, de mãos entrelaçadas junto ao peito, rodeada por anjos e querubins. "Me parece ser a melhor pintura dele", disse o coordenador dos trabalhos na igreja, o restaurador artístico Julio Moraes, que considera o padre Jesuíno - artista nascido em Santos no dia 25 de março de 1764 - um dos principais nomes da arte paulista da época colonial. "Sabemos como era o barroco no Rio, em Minas e na Bahia. Mas temos poucas informações sobre como se pintava em São Paulo no século 18."

Naquela época, segundo o historiador do Iphan Carlos Cerqueira, a riqueza ainda não estava na capital, e sim em Itu, que prosperava com a produção de açúcar, e Santos, por onde a produção era exportada. "A população crescia lentamente. Viviam em São Paulo comerciantes, funcionários públicos e militares."

Para Cerqueira, autor do projeto A Pintura Invisível do Padre Jesuíno do Monte Carmelo: Resgate de uma Pintura Colonial Paulista, a obra foi feita entre 1796 e 1798.
"O resgate dessa obra é importante para a história da arte paulista e brasileira." Ele disse não saber quem fez a pintura que encobriu o trabalho de Jesuíno. "Suspeita-se que tenha sido entre o fim do século 19 e começo do 20." Quando a obra original foi feita, explicou, utilizava-se verniz que reforçava as cores. Com o tempo, o verniz escurece a obra. "Não havia tecnologia para restauração."

O usual era contratar um artista para refazer a pintura.
TRABALHO MINUCIOSOO trabalho para comprovar a existência da pintura começou no ano passado, quando o Iphan contratou a empresa de Moraes, especializada em restaurações artísticas.
Primeiro, foram abertos pequenos pontos no forro para ver se havia pintura escondida. No fim de agosto, os restauradores começaram a segunda etapa: relevar 12 metros quadrados da obra, no centro do forro da nave. O trabalho deve terminar em duas semanas. O processo é lento. Com bisturi e solventes, os restauradores raspam a pintura externa, até aparecer o que está por baixo. "É um trabalho minucioso que exige paciência", diz o restaurador Toni Dorta.

A primeira fase custou cerca de R$ 32 mil. Terminada a etapa, Cerqueira vai tentar a aprovação de outro projeto: revelar toda a obra de Jesuíno no forro da nave da igreja.Moraes e Cerqueira sabem que há um terceiro trabalho: no altar-mor (onde o padre celebra a missa), prospecções levaram à descoberta de que há uma obra embaixo das pinturas do padre Jesuíno. Possivelmente, o autor seja o padre José Patrício da Silva Manso, de quem Jesuíno era discípulo. "Ela deve ter sido pintada por volta de 1795", diz o historiador do Iphan.O dilema: o que fazer? "Estamos numa situação difícil", diz Moraes. "Ninguém vai destruir a pintura do Jesuíno. Mas vamos ficar curiosos." Para saber o que há embaixo, é necessário utilizar um processo chamado reflectografia em infravermelho, que permitirá fotografar a outra "pintura invisível."

terça-feira, 10 de março de 2009

O demônio existe - conclusão

A afirmação da existência de espíritos decaídos, demônios, Satanás só tem sentido em um contexto mais amplo.

A presença de anjos e demônios jamais será aceita à margem da fé cristã. A oposição a essa crença tradicional da Igreja surge, com certo tipo da História da Religião, dentro de um ambiente racionalista e iluminista. A argumentação daí resultante é alimentada pelas doutrinas propagadas por povos vizinhos aos judeus. Os relatos do Antigo Testamento, segundo eles, não trazem uma revelação, mas simplesmente reproduzem mitos das culturas pagãs. Nessa linha de pensamento, o conhecido exegeta protestante, Rudolf Bultmann em sua obra "Kerygma e Mythos", sentencia: "Já não é possível usar luz elétrica e rádio (...) e ao mesmo tempo acreditar no mundo de espíritos e milagres do Novo Testamento".

Interessante observar que são exatamente teólogos e pensadores protestantes de renome, como Karl Barth, que tem outra posição "por causa da tradição bíblica e por causa do seu valor na piedade do povo cristão", o tema dos anjos não pode ser preterido pela teologia. Contudo, isso não impede que alguns teólogos católicos continuem numa profunda reticência, temerosos talvez, de serem taxados de "tradicionalistas" caso tratem, dentro da nossa crença, o tema de anjos e demônios.

Ao falar em Satanás é importante evitar dois erros: o de absolutizar o maligno, como se fosse uma terrível ameaça, em cada momento, a cada pessoa mesmo reta, verdadeira, humilde e fiel. O demônio pode influenciar através das faculdades mentais, e das tendências da natureza. Ele, contudo, não tem poder sobre o íntimo da pessoa, pois sua liberdade, sua consciência pertencem diretamente a Deus. Uma pessoa generosa, que procura guardar a retidão e pureza de seu modo de agir, e mesmo a criança que reza com amor e confiança é mais forte do que Satanás. De outro lado, há o erro do racionalismo, supondo não existir aquilo que não podemos ver e experimentar com nossos sentidos. Nesse caso está o Demônio.

O Novo Testamento fala freqüentemente no Diabo ou Satanás e em demônios. E mostra seu lugar na história da salvação, tanto no evento central da vida de Jesus Cristo, como na Igreja. O anjo decaído não pode ver Deus em Jesus; só pode constatar com pavor e horror que este "profeta", superior a todos os outros, é o perigo definitivo para as aspirações do inferno. Jesus é apresentado como Aquele que venceu Satanás. O maligno derrotado consegue ainda atrapalhar e seduzir. O Novo Testamento não manifesta interesse especulativo algum em descrever dramaticamente o universo dos demônios, como o faziam certos livros apócrifos. Não existe uma "demonologia". O Novo Testamento tem, entretanto, um forte interesse em demonstrar que Satanás e seus espíritos subalternos se apresentam no mundo como adversários da salvação, de Jesus e de seus fiéis. Seu nome é "Diabo e Satanás" (Mt 4,1), "inimigo e tentador", "Maligno" (Mt 13,19; Ef 6,16), "príncipe do mundo" (Jo 12,31), "acusador" (Ap 12,10), "dragão", "serpente" (Ap 12), "chefe dos demônios" (Mc 3,22) e assim por diante.

Jesus não é um exorcista, mas o iniciador do Reino do Pai e do seu poder. Ele é a imagem de Deus. A luta contra Satanás e a vitória definitiva sobre ele, é parte constitutiva deste anúncio. Cristo, ele mesmo interpreta sua presença assim: "O príncipe deste mundo está sendo jogado fora" (Jo 12,31). É claro que nesses acontecimentos existem também elementos de doença.
O Magistério da Igreja procurou sempre manter um equilíbrio entre tendências de absolutizar o Maligno e, hoje, de considerá-lo insignificante.

O Concílio Vaticano II não tratou o assunto de modo explícito; somente citou-o de passagem dizendo que em Cristo "Deus nos reconciliou consigo e entre nós, arrancando-nos da servidão do diabo e do pecado" ("Gaudium et Spes" 22.3; 2.2); e o maligno continua nos tentando ("Lumen Gentium" 16; 48,4; "Ad Gentes" 9).

Importa observar que os demônios não são apenas um poder anônimo, impessoal. Mas são espíritos criados, pessoas. Por isso, e só por isso, o Concílio pode dizer deles: "Segundo sua natureza, criados por Deus como bons, mas por si próprios se tornaram maus". Na doutrina sobre o demônio, a Igreja sublinha de um lado a infinita bondade de Deus Criador. E, de outro lado, mostra a grandeza da liberdade da criatura que sendo imagem de Deus, é exatamente por esse motivo, submetida a provas e tentações. É insistente a palavra de Jesus a todos nós: "Vigiai, porque não conheceis nem o dia nem a hora" (Mt 25,13; 13,35. 37).

Em conclusão, devem se erradicar dois comportamentos errôneos: o que faz do diabo um mito e aquele outro que o vê em toda parte.

O demônio existe

O demônio existe


Dom Eugênio de Araújo Sales

Bispo Emérito do Rio de Janeiro


Que diz a Igreja sobre a sua existência? A julgar pela atitude da mídia e de certas correntes filosóficas e teológicas contemporâneas, "também o diabo está (ou parece) morto".

Contudo, não é esta a posição do Papa Paulo VI ou João Paulo II, do Catecismo da Igreja Católica.


Se não, vejamos O último pedido do Pai Nosso "Mas livrai-nos do mal" faz parte da oração sacerdotal de Jesus (Jo 17,15): "Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno". O Catecismo da Igreja Católica (nº2850) diz que o "nós" do Pai Nosso lembra a solidariedade para o bem e para o mal existentes entre os filhos do mesmo Pai.

O Papa Paulo VI, na audiência pública de 15 de novembro de 1972, esclarece sobre sinais da presença da ação diabólica. Embora às vezes pareçam tornar-se evidentes, é necessário ter muito cuidado no discernimento.
Acrescenta ele: "Podemos admitir a sua ação sinistra onde a negação de Deus se torna radical, sutil ou absurda; onde o engano se revela hipócrita, contra a evidência da verdade; onde o amor é anulado por um egoísmo frio e cruel; o nome de Cristo é empregado com ódio consciente e rebelde; onde o espírito do Evangelho é falsificado e desmentido; onde o desespero se manifesta como a última palavra etc".