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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O papa, o aborto e as coisas estúpidas que se escreveram e se escrevem a respeito



A  imprensa mundial, a brasileira também, pôs na cabeça que Jorge Bergoglio se transformou no papa Francisco com o objetivo de destruir os valores da Igreja Católica e transformá-la, quem sabe?, numa dessas ONGs consideradas “progressistas”. E, como todos sabemos, as pessoas só são progressistas hoje em dia se defenderem o casamento gay, a descriminação das drogas e, acima de todas essas causas, o aborto. Por que é tão importante para as esquerdas de hoje transformar o feto num dente que se pode arrancar quando incomoda (para lembrar uma imagem a que recorreu Dilma Rousseff ainda antes de ser candidata)? Não sei. Essa obsessão desafia a minha capacidade de entendimento dos desvãos da alma humana. Só certo feminismo — que pretende que o feto seja uma mera extensão do corpo da mulher — parece-me insuficiente para explicar a determinação com que se faz a defesa desabrida da morte. Adiante.

Nesta segunda, na mensagem tradicional de início de ano aos embaixadores de seus respectivos países junto ao Vaticano, Francisco fez uma dura condenação do aborto, que chamou de parte da “cultura do descarte”. Afirmou ainda: “Causa horror o simples pensamento de que existam crianças que jamais poderão ver a luz do dia, vítimas do aborto”.
E, acreditem, a declaração está gerando barulho. Estão entendendo a sua fala como uma concessão aos “conservadores da Igreja Católica”, o que é, para dizer pouco, uma leitura boçal. O surpreendente, aí sim, seria se Francisco tivesse condescendido com o aborto. Nessa matéria, não existe “igreja progressista” e “igreja tradicionalista”. Existem o compromisso com a morte e o compromisso com a vida.

Por que essa leitura cretina da fala do papa? Porque, infelizmente, essa mesma imprensa, em matéria religiosa, tem mais compromisso com os seus erros e com os seus preconceitos do que com os fatos.

Em setembro, o papa concedeu uma longa entrevista à revista jesuíta “Civiltà Cattolica”. Trechos de sua fala, retirados do contexto, levaram alguns intérpretes mundo afora à suposição de que o papa estava condescendendo com o aborto e admitindo a possibilidade de a Igreja vir a flertar com tal prática. Escrevi a respeito.  Apontei a distorção, sem deixar de apontar o que me desagradava na sua resposta. Chamei a atenção dos leitores para a distorção estúpida. Fui acusado de tentar negar o óbvio. Transcrevo, em português, a afirmação do Sumo Pontífice a respeito (em azul).
(…)
“Esta é também a grandeza da confissão: o facto de avaliar caso a caso e de poder discernir qual é a melhor coisa a fazer por uma pessoa que procura Deus e a sua graça. O confessionário não é uma sala de tortura, mas lugar de misericórdia, no qual o Senhor nos estimula a fazer o melhor que pudermos. Penso também na situação de uma mulher que carregou consigo um matrimónio fracassado, no qual chegou a abortar. Depois esta mulher voltou a casar e agora está serena, com cinco filhos. O aborto pesa-lhe muito e está sinceramente arrependida. Gostaria de avançar na vida cristã. O que faz o confessor?”
“Não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos métodos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censuraram-me por isso. Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente”.
(…)

Volto
Reproduzo aqui a crítica que fiz (em azul) e volto em seguida.
Acho, sim, que a fala do papa está transitando por terrenos perigosos, e minha crítica está mantida, mas considerar que o que vai acima significa condescender com o aborto é de uma falsidade escandalosa. A matéria de que se cuida acima é outra. O papa está a falar de arrependimento e de perdão. E, a rigor, não há novidade nenhuma nisso.
“Mas por que você mantém a crítica?” Porque ele não deve ignorar o ambiente em que faz considerações dessa natureza e porque as palavras não são duras o bastante em relação à questão em si. Espera-se do pastor por excelência da Igreja que seja mais preciso ao acolher a mulher que abortou e ao repudiar o aborto em si.
Assim, é fato que Francisco, em alguma medida, criou condições favoráveis à distorção intelectualmente dolosa do que disse. O lobby em favor da legalização do aborto é um dos mais organizados do mundo. E demonstra, uma vez mais, a sua força. Entender por que alguém se dedica a essa causa com tanto afinco, como se estivesse a propugnar por um novo iluminismo, é um dos grandes enigmas morais do nosso tempo.

Retomo
Ao deixar clara, de forma inequívoca, a condenação ao aborto, o papa não presta satisfações aos “conservadores”. Apenas põe nos justos termos o pensamento da Igreja Católica a respeito. Não se trata de uma guinada conservadora, mas da exposição daquele que é o pensamento da Igreja a respeito da inviolabilidade da vida.

Li em algum lugar que, assim, Francisco reafirmava também um ponto de vista “conservador” sobre as questões sexuais. Então o “aborto”, agora, passou a ser parte da “liberdade sexual”? Em nome do exercício dessa liberdade, fetos devem passar a ser coisas, que se descartam, assim, como um contratempo, mera consequência indesejada de uma imprudência qualquer?

Insisto: o mundo só teria o direito de se surpreender se o papa dissesse o contrário.  Alguns tolos dispensam a Francisco o mesmo tratamento que dispensavam a Barack Obama quando se elegeu presidente dos EUA. Parecia que, finalmente, chegaria o presidente, escolhido pelo povo, para destruir o país. Ainda que eu não tenha simpatia nenhuma por Obama, o fato é que não aconteceu o que esperavam os inimigos dos EUA. Sim, ainda que de um modo que eu não gosto, ele é um homem do establishment. Nota: parte da gritaria em favor do vigarista Edward Snowden é promovida por aqueles que queriam que Obama fosse o Gorbatchev do sistema americano. Esses mesmos esperam que Francisco seja o Gorbatchev da Igreja Católica. Como sabem, já recorri aqui a essa imagem. Talvez o papa tenha se dado conta de que sua imagem, mundo afora, estava começando a assumir os traços de uma caricatura: “aquele que veio para desmontar a Igreja”… Não! Ele veio para preservá-la.

Acolher as mulheres que abortaram é parte da doutrina do perdão. Não significou, de modo nenhum, condescender com o aborto. Uma coisa é a Igreja abraçar aqueles que sofrem, ser inclusiva, abrir-se para o mundo; outra, distinta, é renegar seus próprios valores. O papa não havia feito isso na entrevista à revista católica. E, agora, faz o óbvio e reafirma seu compromisso com a doutrina que o fez o sumo sacerdote.

O que há de novo ou de especial nisso?

Por: Reinaldo Azevedo

14 de janeiro - Santo do dia

Santa Elisabete Ana Bayley Seton


Primeira norte-americana a ser canonizada. Em 1975, sob o pontificado do papa Paulo VI, nasceu nos Estados Unidos, no ano de 1774 dentro de uma família cuja mãe era uma cristã não católica e o pai, conhecido como médico muito atarefado e famoso. A mãe faleceu e, infelizmente, a madrasta fazia sofrer Santa Elisabete. Seu refúgio era a oração e a Palavra de Deus. Era alguém que buscava cumprir os mandamentos do Senhor, responder como Cristo respondeu aos sofrimentos do seu tempo.
 
Santa Elisabete Ana Bayley Seton chegou a casar-se, teve vários filhos, mas, por falência de seu esposo, tiveram que entrar no ritmo da migração dos Estados Unidos para a Itália. Com as dificuldades da viagem e a fragilidade de seu esposo, ele faleceu. Ela continuou até chegar à Itália e ser acolhida por uma família amiga. Era uma família feliz porque seguiam a Cristo como católicos praticantes. Tudo aquilo foi mexendo com o coração de Santa Elisabete e ela quis se tornar católica. Não se sabe ao certo tornou-se católica ali na Itália ou nos Estados Unidos, mas o fato é que retornou para os Estados Unidos, foi acolhida pela Igreja Católica, mas pelos familiares que eram cristãos não-católicos não foi bem acolhida; foi até perseguida.

De fato, o ecumenismo é uma conquista de cada dia e em todos os tempos. Santa Elisabete Ana Bayley teve uma dificuldade (como uma minoria católica nos Estados Unidos) de tal forma, pois não encontrava espaço para a educação dos filhos, que inspiradamente começou uma obra que chegou a ser uma Congregação das Irmãs de São José, com o objetivo de formar as crianças numa fé cristã e católica.

Santa Elisabete, com apenas 47 anos, faleceu; mas deixou para todos os cristãos católicos do mundo inteiro o testemunho de um coração que buscou, em tudo, a obediência ao Senhor.

Santa Elisabete Ana Bayley, rogai por nós!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Papa Francisco declara que aborto evidencia a “cultura do descarte” e Vaticano nega que Papa seja aberto ao reconhecimento da união gay



‘Causa horror apenas pensar nas crianças que nunca poderão ver a luz’, diz Francisco
Depois de surpreender o mundo ao batizar o filho de uma mãe solteira, no domingo, o Papa Francisco fez um aceno aos conservadores em uma crítica contundente ao aborto nesta segunda-feira. Em seu discurso ao corpo diplomático credenciado no Vaticano, o Pontífice afirmou que “causa horror apenas pensar nas crianças que nunca poderão ver a luz, vítimas do aborto”. O Papa já havia expressado a rejeição ao aborto em sua primeira exortação apostólica, em 26 de novembro, mas na época pediu à Igreja para “acompanhar” às mulheres que recorreram a essa prática pressionadas por situações duras como o estupro e a pobreza extrema. 

Nesta segunda, Francisco voltou a denunciar a quantidade de alimentos que se desperdiça a cada dia em muitas partes do mundo e a cultura do descarte. - Infelizmente, não são objeto de descarte apenas os alimentos e os bens supérfluos, mas com frequência os próprios seres humanos, que são descartados como se fossem coisas desnecessárias.

O Papa também pediu maior respeito aos imigrantes e denunciou a perseguição dos cristãos na Ásia, África e Oriente Médio.

Igreja rejeitou interpretação da mídia italiana sobre comentários do pontífice que deixaram a impressão de ser o Papa favorável ao reconhecimento da aberração conhecida como “união gay”
O Vaticano negou reportagens da mídia italiana que os recentes comentários do Papa Francisco sinalizavam a sua abertura para o reconhecimento legal de uniões do mesmo sexo na Itália.

Francisco, durante uma conversa com líderes de ordens religiosas, publicada por um jornal Jesuíta na sexta-feira, disse que a Igreja Católica tinha que tentar não afastar as crianças que vivem em situações familiares complexas, como aquelas cujos pais são separados e as que vivem com casais homossexuais.

Francisco deu o exemplo de uma menininha em Buenos Aires, sua antiga diocese, que confidenciou para sua professora, que o motivo pelo qual ela estava sempre triste era porque "a namorada da minha mãe não gosta de mim". O papa disse aos líderes das ordens religiosas que um grande desafio para a Igreja seria o de estender a mão às crianças que vivem em situações domésticas difíceis ou pouco ortodoxas. "A situação em que vivemos hoje nos proporciona novos desafios que às vezes são difíceis de entender",disse o papa, de acordo com uma transcrição da conversa. "Como podemos proclamar Cristo para esses meninos e meninas? Como podemos celebrar Cristo para uma geração que está mudando? Precisamos ter cuidado para não administrar neles uma vacina contra a fé", ele disse.

No domingo, as manchetes da mídia italiana diziam que as palavras do papa eram uma abertura para condição legal para uniões civis de casais do mesmo sexo, um assunto debatido na Itália. O porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi disse à Rádio Vaticano que as interpretações da mídia eram "paradoxais" e uma "manipulação" das palavras do papa, especialmente quando alguns veículos de comunicação o citaram como tendo falado especificamente das uniões homossexuais, o que ele não fez. Lombardi disse que o papa estava apenas fazendo alusão ao sofrimento das crianças e não tomando uma posição no debate político da Itália.

Nomeação de dom Orani para cardeal reflete ampliação geográfica da Igreja, diz ex-reitor da PUC
Anúncio foi feito neste domingo, no final da oração do Ângelus, no Vaticano, por Papa Francisco
Religioso é arcebispo do Rio de Janeiro

O arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, foi um dos novos 19 cardeais anunciados neste domingo pelo Papa Francisco, ao final da oração do Ângelus, realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Quando o Papa anunciou o nome de dom Orani, ouviu-se uma ovação na praça, o que levou Francisco a comentar que havia muitos brasileiros ali. Padre Jesus Hortal, ex-reitor da PUC-Rio, lembrou que a nomeação de dom Orani reflete a ampliação geográfica da Igreja: — Levando em conta Espanha, Portugal, América Latina, Filipinas e Moçambique, teremos 60% dos católicos no mundo. Esse é o novo contexto.

Esse aspecto também foi lembrado pelo jornal espanhol “El País”, ressaltando que foram nomeados ainda religiosos de Argentina, Chile, Nicarágua, Haiti (o primeiro da História do país), Burkina Faso e Costa do Marfim. O jornal aponta ainda o fato de vários dos novos cardeais terem um perfil mais ligado à atuação em paróquias, lidando diretamente com os fiéis. Haverá uma cerimônia em 22 de fevereiro, na festa da Cátedra de São Pedro. Os cardeais têm a missão de aconselhar e auxiliar o sucessor de Pedro no desenvolvimento do seu ministério de confirmar os irmãos na fé e de ser princípio e fundamento da unidade e da comunhão da Igreja. Dos 19 nomeados neste domingo, 16, incluindo dom Orani, votam nos concílios e elegem papas.

Quando soube que seu nome estava na lista, dom Orani estava a caminho do seu segundo compromisso do dia, uma visita a moradores da Cruzada São Sebastião, no Leblon. Apesar do “frio na barriga”, ele manteve o roteiro previsto, cumprindo o percurso da Trezena de São Sebastião — período de 13 dias de bênçãos que precede a data do padroeiro da cidade. Ao meio-dia, quando a procissão com a imagem do santo chegou à Paróquia da Ressurreição, em Copacabana, fiéis aplaudiram dom Orani. Durante a missa, a primeira como cardeal nomeado, ele dividiu com os fiéis não apenas a emoção, mas a responsabilidade: — Como os cariocas torceram tanto, agora eles têm a obrigação de rezar para que eu desempenhe bem esta missão, que é importante não só para a igreja como para o mundo todo. Porque a igreja tem uma influência muito grande na nossa sociedade. É sem dúvida, uma responsabilidade que eu levo, contando com orações de todos — disse dom Orani, que, após a missa, seguiu com a imagem até as comunidades do Pavão/Pavãozinho e do Cantagalo, em Copacabana, e, ao fim do dia, celebrou uma missa aos pés do Cristo Redentor.

Durante missa no dia em que foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco, Dom Orani ergue imagem aos pés do Cristo Redentor Marcio Alves / O Globo 

Presença maior de países pobres
Com perfil agregador e semelhante ao do Papa Francisco, dom Orani frequenta tanto o Palácio do Planalto quanto a quadra do Cacique de Ramos. Ano passado, durante a Trezena de São Sebastião, ele incluiu o reduto do bloco no percurso da imagem. Segundo teólogos, a escolha reforça a Igreja do Papa Francisco. O padre Jesus Hortal afirma que, assim como o papa, dom Orani é popular, querido entre os fiéis e tem grande empatia com o público: — Dom Orani é agregador. Sempre está aberto a conversar com todos e sempre escuta a todos. É muito querido e está sempre disposto. Dom Orani não é um homem para ficar em escritório. É um homem de ação pastoral.

Dom Pedro Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, salienta também o perfil comunicador de dom Orani: — É um homem da comunicação, transparente, claro e bastante participativo. Esteve à frente dos preparativos da Jornada Mundial da Juventude no ano passado, quando demonstrou liderança e uma incansável dedicação à Igreja.

Edson Luiz Sampel, doutor em direito canônico e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT), em São Paulo, acredita que o sucesso da JMJ pode ter influenciado na decisão do Papa Francisco. Especialistas já o viam como cotado para cardeal depois do evento, apesar de este ter deixado a arquidiocese com uma dívida de R$ 90 milhões. Além disso, Sampel aposta na estreita relação de dom Orani com os pobres. E destaca a importância para o país em ter mais um cardeal — o 21º, sendo que dez estão vivos: — O cardeal é como um diplomata da Igreja, e essa nomeação é um prestígio para o Rio.
No Pavão/Pavãozinho, moradores comemoraram a escolha do arcebispo do Rio. E, apesar do sol e do calor, cerca de 50 pessoas compareceram à Capela da Anunciação para ouvir as palavras de fé do novo cardeal. — Fiquei até arrepiado quando soube. Ele é um homem especial, que trabalhou duro durante a Jornada. Mereceu — disse o auxiliar Washington Antonio, de 41 anos, morador do Cantagalo, que foi voluntário durante a JMJ.

Emoção dos fiéis durante a visita
Como parte da trezena, por volta das 15h dom Orani percorreu as vielas do Pavão/Pavãozinho, seguido da imagem de São Sebastião e de uma pequena procissão. O cortejo parou num pequeno prédio, onde a aposentada Francisca Nevez de Souza, de 85 anos, recebeu uma visita do arcebispo. Com problemas de locomoção, ela não tem conseguido ir à igreja e tem recebido a comunhão em casa. No minúsculo apartamento, onde Francisca vive com a irmã e outros seis parentes, dom Orani puxou uma oração, conversou com a moradora e benzeu a residência. — Para mim, esta foi a coisa mais maravilhosa que me aconteceu na vida. Sou muito católica — falou Francisca, chorando de emoção.

Ao ver o arcebispo passar pelo corredor, a dona de casa Nete Lopes, de 48 anos, pediu uma bênção para a família. Enfileirou quase uma dezena de porta-retratos nas costas do sofá e pediu que dom Orani aspergisse água benta sobre as fotos dos filhos, dos irmãos e do cunhado. De uma família de imigrantes italianos, dom Orani João Tempesta nasceu em junho de 1950 em São José do Rio Pardo (SP). Coroinha na infância, ele informou à família que seguiria a vida religiosa assim que terminou o colegial. Especialista em comunicação, dom Orani foi o presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação da CNBB por dois mandatos consecutivos, de 2003 a 2011. Em 27 de fevereiro de 2009, o Papa Bento XVI nomeou-o arcebispo do Rio, uma cidade onde 51,09% da população, segundo o IBGE, é de católicos. Dom Orani assumiu convicto de que o Rio tem uma alma religiosa.

A lista dos novos cardeais:
1 - Monsenhor Pietro Parolin , Arcebispo titular de Acquapendente , Secretário de Estado.
2 - Dom Lorenzo Baldisseri , Arcebispo titular de Diocleziana , Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos.
3 - Dom Gerhard Ludwig Müller, Arcebispo-Bispo emérito de Regensburg , Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
4 - Dom Beniamino Stella, Arcebispo titular de Midila , Prefeito da Congregação para o Clero.
5 - O Arcebispo Vincent Gerard Nichols, arcebispo de Westminster ( Grã-Bretanha ).
6 - Dom Leopoldo José Brenes Solórzano, arcebispo de Manágua ( Nicarágua).
7 - Bispo Gérald Cyprien Lacroix Arcebispo de Québec (Canadá).
8 - Dom Jean -Pierre Kutwa de Abidjan ( Costa do Marfim).
9 - Dom Orani João Tempesta, O.Cist, Arcebispo do Rio de Janeiro (Brasil).
10 - Dom Gualtiero Bassetti, Arcebispo de Perugia - Città della Pieve (Itália).
11 - Dom Mario Aurelio Poli, arcebispo de Buenos Aires (Argentina).
12 - Dom Andrew Yeom Soo Jung, arcebispo de Seul (Coréia).
13 - Dom Ricardo Ezzati Andrello , SDB , arcebispo de Santiago de Chile (Chile).
14 - Dom Philippe Ouedraogo Nakellentuba , Arcebispo de Ouagadougou (Burkina Faso).
15 - Dom Orlando B. Quevedo , OMI, arcebispo de Cotabato (Filipinas).
16 - Bispo Chibly Langlois, Bispo de Les Cayes (Haiti).

Também foram escolhidos três eméritos:
Arcebispo Loris Francesco Capovilla , Arcebispo titular de Mesembria ;

Dom Fernando Sebastián Aguilar, Arcebispo emérito de Pamplona ;

Bispo Kelvin Edward Felix , arcebispo emérito de Castries , West Indies .

13 de janeiro - Santo do dia

Santo Hilário de Poitiers

Bispo e doutor da Igreja (315-368).Muitas são as analogias entre esse santo batalhador e seu contemporâneo santo Agostinho.  Como este, era filho de família abastada e já pai de uma menina (chamada Abre) quando se converteu ao cristianismo, após um acidentado percurso rumo à fé, que o levou da leitura dos filósofos neoplatônicos à meditação sobre as páginas da Bíblia. Nesta ele encontrou resposta para as perguntas que fazia a si mesmo desde a juventude sobre os fins do homem e a natureza da alma.

Como Agostinho, também foi aclamado bispo pelo povo. Sua ação pastoral teve de voltar-se imediatamente para o campo da ortodoxia, ao combater o crescente avanço da heresia ariana. Nesse embate, contou com a colaboração do jovem Martinho, o futuro bispo de Tours.

Os arianos, que recebiam o apoio do imperador Constâncio, conseguiram que este o condenasse ao exílio. Deportado para a Frígia, Hilário teve a oportunidade de se aprimorar, tomando contato com a grande tradição dos padres orientais. Aprendeu grego, podendo assim se abeberar nas fontes da teologia patrística.

Mas também na Frígia começou a desagradar aos arianos, que o expediram a Poitiers, onde ele escreveu De Trinitate, ou melhor, De fide adversus arianos, tratado que o tornou célebre e lhe valeu o título de doutor da Igreja, outorgado em 1851.  Polemista e arguto teólogo, era ao mesmo tempo bom pastor de almas e compassivo com a ovelha perdida. Consagrou-se também, com efeito, aos bispos e padres que, tendo aderido à heresia, reconheceram os próprios erros e foram reintroduzidos em suas sedes episcopais e paróquias.


Santo Hilário de Poitiers, rogai por nós!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Evangelho do Dia

EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

BATISMO DO SENHOR


Evangelho segundo S. Mateus 3,13-17.
Naquele tempo, Jesus chegou da Galileia e veio ter com João Baptista ao Jordão, para ser batizado por ele.  João opunha-se, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti, e Tu vens a mim?»

Jesus, porém, respondeu-lhe: «Deixa por agora. Convém que cumpramos assim toda a justiça.» João, então, concordou.

Uma vez batizado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele.  E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.»

Comentário do dia: São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja

Convém que cumpramos assim toda a justiça»

João está a batizar e Jesus vem até ele: vem santificar aquele que vai batizá-Lo. Vem afogar nas águas por completo o velho Adão e, antes de o fazer e para o fazer, santifica as águas do Jordão. Ele, que é espírito e carne, quer completar o homem pela água e pelo Espírito (Jo 3,4).

O Batista recusa e Jesus insiste. «Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti», diz a lâmpada ao Sol, o amigo ao Esposo, o maior dos filhos de mulher ao Primogénito de toda a criação (Jo 5,35; 3,29; Mt 11,11; Col 1,15). Diz o que dera um salto no ventre de sua mãe a Este que fora adorado no ventre de sua mãe, diz o precursor Àquele que acaba de Se manifestar e que Se manifestará no fim dos tempos: «Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti»; sabia, com efeito, que receberia o batismo do martírio […].

Jesus levanta-Se das águas, arrastando nessa elevação todo o universo. Vê os céus rasgarem-se, esses céus que outrora Adão fechara para si mesmo e para a sua descendência, esse paraíso que estava como aferrolhado por uma espada flamejante (Gn 3,24). O Espírito testemunha a divindade de Cristo; vem unir-Se ao seu igual. E uma voz desce do céu, porque é do céu que vem Aquele de quem dá testemunho. E uma pomba torna-se visível aos olhos da carne, para honrar a nossa carne que se torna divina.