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Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões.
Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
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Esclarecimento: após algum tempo, decidimos nos manifestar sobre a entrevista do Papa Francisco, veiculada por parte da imprensa como uma 'absolvição' do senhor Lula da Silva, atual presidente do Brasil.
Optamos por transcrever artigo do leigo católico Percival Puggina, por se tratar de um católico, responsável em suas opiniões e de há muito lemos seus artigos.
Em outro Blog, colhemos outros links sobre o assunto que podem ser consultados.
Vamos à transcrição do artigo de Percival Puggina:
"Quando o Papa Francisco emite alguma opinião política, a esquerda vive
um comovente surto de arrebatamento espiritual. Aquilo que é mera e
imprudente adesão do Pontífice a uma narrativa se transforma em objeto
de culto, é envolto em incenso e exibido como relíquia canônica.
Mas
isso só vale se o Papa for Francisco.
Não se aplica a qualquer outra
opinião política, seja de Bento XVI, São João Paulo II, Paulo VI, São João
XXIII, Pio XII e assim, regressivamente, até São Pedro.
A polêmica entrevista do Papa Francisco, tem gerado uma discussão no meio católico.
Apenas rezemos pelo Papa e nos mantenhamos firmes na fé.
Nunca
imaginei que um dia veria esquerdistas invocando a infalibilidade papal!
“Como pode um católico questionar as afirmações do Papa se ele é
infalível?”, muitos escreveram comentando um vídeo que gravei sobre a
entrevista em que Francisco se manifestou sobre assuntos institucionais
brasileiros.
Opa! Não
corram com esse andor! A infalibilidade papal não se aplica a meras
opiniões de quem calça as “sandálias do Pescador”, para usar a expressão
de Morris West. É óbvio que não.
O dogma da infalibilidade é uma
dedução teológica com origem no próprio ato de instituição da Igreja por
Jesus Cristo após pedir a tripla confirmação de Pedro.
Graças ao que
ali aconteceu, a Igreja Católica, exceção feita ao sempre lamentável
Cisma do Oriente, se manteve hígida e como tal chegou até nós.
O dogma da infalibilidade foi proclamado em 1870 por Pio IX através da constituição dogmática Pastor Aeternus.
O documento estabelece como dogma que, em virtude de sua suprema autoridade apostólica, ao definir uma doutrina de fé ou de moral,
o Romano Pontífice conta com a assistência divina prometida a seu
antecessor Pedro e esta lhe assegura a infalibilidade desejada por Jesus
à sua Igreja.
Para que
estes requisitos se verifiquem, a proclamação de um dogma – repito:
sempre sobre doutrina de fé, ou de moral – é preciso que o Papa o faça
na precisa e anunciada condição “ex-cathedra”, vale dizer, desde a
cadeira de Pedro. Fora isso, ele tem a falibilidade inerente à condição
humana.
Resta
claro, portanto, que a opinião do Papa sobre a política brasileira é
mera opinião pessoal, notoriamente de esquerda, transparente nas suas
manifestações. Em virtude das repercussões, muitas passam longe das
funções da “cathedra” e, obviamente, abastecem o arsenal das narrativas mundo afora.
Na longa
tradição que acompanhei de perto, como leigo católico estudioso dos
documentos oficiais emitidos pelos pontífices de meu tempo, eu os
reverenciei e admirei pela prudência e contenção de suas manifestações
públicas.
Eu seria o
último a negar, a quem quer que seja os diretos de opinião, palpite e
achismo.
Mas se quem opina, palpita ou acha é meu líder religioso e diz
um disparate, alimentando a tensão política local, eu me permito opinar,
palpitar ou achar que perdeu uma oportunidade de ficar calado."
PARABÉNS AO ILUSTRE ARTICULISTA !!!
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Santa Madalena de Canossa Madalena
Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774 na cidade italiana
de Verona, que pertencia à sua nobre e influente família. Seu pai
faleceu quando tinha cinco anos. Sua mãe abandonou os filhos para se
casar novamente. As crianças foram entregues aos cuidados de uma péssima
instituição e Madalena adoeceu várias vezes. Por essas etapas
dolorosas, Deus a guiou por estradas imprevisíveis.
Aos dezessete
anos, desejou consagrar sua vida a Deus e por duas vezes tentou a
experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou
para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação. No
palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar,
surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto,
nunca se interessou pelo matrimônio.
Os tristes acontecimentos do
século, políticos, sociais e eclesiais, marcados pelas repercussões da
Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores
estrangeiros na região italiana, deixavam os rastros na devastação e no
sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores
abandonados.
Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas
pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu
muitas outras. Pressentiu que este era o caminho do espírito e descobriu
no Cristo Crucificado o ponto central de sua espiritualidade e de sua
missão. Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas
uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.
Sete
anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando
em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de
Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção
humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação
de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo
de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o espírito a guiasse até os
pobres de outras cidades italianas. Em poucos anos as fundações se
multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo.
Madalena
escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, as
quais, após dezesseis anos, foram aprovadas pelo papa Leão XII. Mas só
depois de várias tentativas mal-sucedidas Madalena conseguiu dar
andamento para a Congregação masculina, como havia projetado
inicialmente. Foi em 1831, na cidade de Veneza, o primeiro oratório dos
Filhos da Caridade para a formação cristã dos jovens e adultos.
Ela
encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-Feira da Paixão.
Morreu em Verona, assistida pelas Filhas, no dia 10 de abril de 1835. As
congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presentes
nos cinco continentes e são chamados de irmãs e irmãos canossianos. Em
1988, o papa João Paulo II proclamou-a santa Madalena de Canossa,
determinando o dia de sua morte para seu culto litúrgico.
Oração Deus de amor e de bondade, que
criastes o ser humano para a felicidade, ajudai-nos, pela intercessão de
Santa Madalena de Canossa, a descobrir que a nossa alegria só e
completa quando repartimos nosso tempo e nossos bens com aqueles os mais
pobres. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Minha oração “Querida santa, a tua
lembrança nos ensina a alegria da caridade. Não podemos viver na
tristeza e no egoísmo próprios do nosso tempo, por isso ajuda-nos a
viver a caridade para com os mais necessitados ao nosso lado e a
descobrir aí a face de Cristo crucificado. Amém!”
Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!
São Macário da Antioquia
Macário
recebeu esse nome por causa de seu tio e padrinho de batismo: o bispo
de Antioquia. Mas dele não herdou apenas o nome, como também sua
religiosidade e o destino: ser líder e ocupar um posto importante na
Igreja. Macário
nasceu na Armênia, no final do primeiro milênio, foi educado sob a
orientação do tio-padrinho e cresceu preparando-se com esmero para
tornar-se um sacerdote, o que aconteceu assim que atingiu a idade
necessária. Também não causou nenhuma surpresa sua indicação para
suceder o tio como bispo. Nesse
posto, Macário realizou o apostolado que depois seria a causa de sua
canonização. Pregava diariamente, visitava todos os hospitais
confortando os doentes e dividindo tudo o que tinha com os pobres. O que
resultou disso foi a conversão constante de pagãos. Ainda nessa fase,
conta a tradição que aconteceu um prodígio presenciado por muitos:
Macário, quando se ajoelhava para rezar, ficava tão emocionado que
levava constantemente, entre as mãos, um pano para enxugar as lágrimas. Um
leproso teria aplicado esse pano ainda úmido sobre suas feridas e se
curado da terrível doença. Bastou para que, diariamente, uma multidão de
doentes procurasse a casa do bispo Macário para receber sua bênção.
Assim, outras graças se sucederam. Porém
a fama desagradava o humilde bispo. Ele, então, empossou um substituto
para a diocese, o padre Eleutério, e buscou a solidão. Na companhia de
quatro sacerdotes, viajou como penitente à Terra Santa, peregrinou aos
lugares sagrados e passou a pregar. Converteu centenas de muçulmanos e
com isso provocou a ira dos poderosos. Preso e torturado, foi deixado à
noite pregado por enormes pregos que perfuravam seus pés e mãos, no chão
de uma cela, numa espécie de crucificação. Entretanto, durante a noite,
um anjo apareceu na cela e libertou Macário dos pregos. As portas da
prisão se abriram sozinhas e ele ganhou a liberdade. Assim dizem os
escritos da tradição cristã. Macário ainda evangelizou e praticou curas na Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália. Foi
por essa época que teria apagado um incêndio em Malines, Bélgica, ao
fazer o sinal da cruz. Terminou seus dias no convento dos agostinianos
de São Bavo, em Ghent, também na Bélgica, mas decidiu que morreria em
sua terra natal. Mesmo gravemente doente, conseguiu fazer a viagem de
volta enfrentando pelo caminho a peste, que dizimava populações. Sua
história se fecha com outro fato prodigioso: comunicou aos companheiros
que seria a última vítima da peste. E tudo aconteceu como ele dissera.
Depois
que o bispo Macário morreu, em 10 de abril de 1012, ninguém mais perdeu
a vida por causa daquele mal contagioso. Sua festa litúrgica ocorre no
dia do seu trânsito, sendo considerado o padroeiro das grandes
epidemias.
O
Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais
pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico.
É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da
Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se
fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da
humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho
de Deus.
ALELUIA! ALELUIA!
O SENHOR RESSUSCITOU!
ALELUIA! ALELUIA!
São Paulo nos diz : "Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida a nossos corpos mortais". Não
se pode compreender nem explicar a grandeza da Páscoa cristã sem evocar
a Páscoa Judaica, que Israel festejava, e que os judeus ainda festejam,
como festejaram os hebreus há três mil anos. O próprio Cristo celebrou a
Páscoa todos os anos durante a sua vida terrena, segundo o ritual em
vigor entre o povo de Deus, até o último ano de sua vida, em cuja Páscoa
aconteceu na ceia e na instituição da Eucaristia.
Cristo, ao
celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação
do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma
nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o
Reino dos Céus. A Páscoa cristã - cheia de profunda simbologia -
celebra a proteção que Cristo não cessou nem cessará de dispensar à
Igreja até que Ele abra as portas da Jerusalém celestial. A festa da
Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da
humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte consentida por
Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído. Este acontecimento é
um dado histórico inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram
referência. São Paulo confirma como o historiador que se apoia, não
somente em provas, mas em testemunhos.
Páscoa é vitória, é o
homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória
d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à
morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado,
esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade. Este
é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao ressuscitado,
unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desilusões, as
humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana
respeitada.
A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e
nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder
jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal.
Creio na
Ressurreição?, a proclamo?; creio em minha vocação e missão cristã, a
vivo?; creio na ressurreição futura? , é alento para esta vida?, são
perguntas que devem ser feitas.
A mensagem redentora da Páscoa não é
outra coisa que a purificação total do homem, a libertação de seus
egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos, purificação que, ainda
que implique em uma fase de limpeza e saneamento interior, contudo se
realiza de maneira positiva com dons de plenitude, com a iluminação do
Espírito, a vitalização do ser por uma vida nova, que transborda alegria
e paz - soma de todos os bens messiânicos-, em uma palavra, a presença
do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressou com incontida emoção neste
texto: " Se ressuscitastes com Cristo, então vos manifestareis gloriosos com Ele".
— O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa, na sinceridade e verdade. (1Cor 5,7b-8a)
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
1No primeiro dia da
semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando
ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2Então ela saiu correndo e
foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e
lhes disse:“Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o
colocaram”.
3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu»
Hoje «é o dia que o Senhor fez»,
iremos cantando ao longo de toda a Páscoa. Essa expressão do Salmo 117
inunda a celebração da fé cristã, O Pai ressuscitou a seu Filho Jesus
Cristo, o Amado, Aquele em quem se compraz porque amou a ponto de dar
sua vida por todos.
Vivamos a Páscoa com muita alegria. Cristo ressuscitou: celebremo-lo
cheios de alegria e de amor. Hoje, Jesus Cristo venceu a morte, o
pecado, a tristeza… e nos abriu as portas da nova vida, a autêntica vida
que o Espírito Santo continua a nos dar por pura graça. Que ninguém
fique triste! Cristo é nossa Paz e nosso Caminho para sempre. Ele, hoje,
«revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime»
(Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes 22).
O grande sinal que nos dá o Evangelho é que o sepulcro de Jesus está
vazio. Já não temos de procurar entre os mortos Aquele que vive, porque
ressuscitou. E os discípulos, que depois o verão Ressuscitado, isto é,
que o experimentarão vivo em um maravilhoso encontro de fé, percebem que
há um vazio no lugar de sua sepultura. Sepulcro vazio e aparições serão
os grandes sinais para a fé do crente. O Evangelho diz que «o outro
discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e
creu» (Jo 20,8). Ele soube compreender, pela fé, que aquele vazio e, por
sua vez, aquela mortalha e aquele sudário bem dobrados, eram pequenos
sinais do passo de Deus, da nova vida. O amor sabe captar, a partir de
pequenos detalhes, o que os outros, sem ele, não captam. O «discípulo
que Jesus mais amava» (Jo 20,2) guiava-se pelo amor que havia recebido
de Cristo.
O “ver” e o “crer” dos discípulos hão de ser também os nossos. Renovemos
nossa fé pascoal. Que Cristo seja, em tudo, o nosso Senhor. Deixemos
que sua Vida vivifique a nossa e renovemos a graça do batismo que
recebemos. Façamo-nos seus apóstolos e seus discípulos. Guiemo-nos pelo
amor e anunciemos a todo o mundo a felicidade de crer em Jesus Cristo.
Sejamos testemunhos esperançosos de sua Ressurreição.- Mons.
Joan Enric
VIVES i Sicília
Bispo de Urgell
(Lleida, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O que deve ser considerado nestes acontecimentos é a intensidade
do amor que ardia no coração daquela mulher que nunca se afastou do
túmulo. Ela foi a única a vê-lo, pois tinha permanecido à sua procura, o
que dá força às boas obras é a perseverança nelas» (São Gregório Magno)
«Jesus não regressou a uma vida humana normal deste mundo, como
Lázaro e os outros mortos que Jesus ressuscitou. Ele entrou numa vida
diferente, nova; na imensidão de Deus» (Benedito XVI)
«O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real,
com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo
Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos
Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia
recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e
foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a
seguir, apareceu a Pedro, depois aos Doze». O Apóstolo fala aqui da
tradição viva da Ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a
sua conversão, às portas de Damasco» (Catecismo da Igreja Católica, nº
639)
Maria
de Cléofas, também chamada "de Cléopas", ou ainda "Clopas". É destas
três formas que consta dos evangelhos o nome de seu marido, Cléofas
Alfeu, irmão do carpinteiro José. Maria de Cléofas era, portanto,
cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Tiago
Menor e Simão, também chamados de "irmãos do Senhor", expressão
semítica que indica também os primos, segundo o.
Por sua santidade, ela uniu-se à Mãe de Deus também na
dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da ressurreição de
Jesus (Mc 16,1): "E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de
Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo". O mensageiro
divino anunciou às piedosas mulheres: "Por que procuram o vivo entre os
mortos?"
Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras
vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda a sua sofrida e
milagrosa caminhada de pregação. Estava com Nossa Senhora aos pés da
cruz e junto ao grupo das " que acompanharam seus
últimos suspiros. Estava, também, com as poucas mulheres que visitaram o
túmulo de Cristo para aplicar-lhe perfumes e ungüentos, constatando o
desaparecimento do corpo e presenciando, ainda, o anjo anunciar a
ressurreição do Senhor.
Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das
porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um
lugar singular e especial no coração dos católicos, neste dia que a
Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica.
Santa Maria de Cléofas, rogai por nós!
São Leopoldo Mandic
O
santo de hoje foi um herói dos confessionários. Nasceu na Dalmácia
(ex-Iugoslávia) no ano de 1866, dentro de uma família croata, que o
formou bem para a vida com Deus e para o amor aos irmãos.
Foi
discernindo sua vocação, e aos 16 anos tomou uma decisão: queria servir
a Deus promovendo a reconciliação, a reunificação dos cristãos
ortodoxos na Igreja Católica. E o Espírito Santo o encaminhou para
entrar na vida franciscana.
Leopoldo
tinha a saúde muito fragilizada e, ao mesmo tempo, aquele desejo de ir
para o Oriente e promover a comunhão dos cristãos.
Ingressou
na Ordem Franciscana em 1884 e em 1890 já era sacerdote. Seu pedido era
insistente a seus superiores, para que o enviasse para essa missão de
unificação, mas dentro do discernimento e de sua debilidade física, ele
tinha que obedecer e ir de convento em convento, até que em 1909 chegou
em Pádua, na Itália, no Convento de Santa Cruz.
Esse
frade descobriu em cada alma o seu ‘Oriente’. E por obediência e amor,
atendia-os por horas, sempre em espírito de oração e de abertura aos
carismas do Espírito Santo. Com 76 anos partiu para o Céu, e hoje intercede por nós.
NO SÁBADO SANTO honra-se a sepultura de Jesus Cristo e sua descida à
mansão dos mortos; depois do sinal do Glória, começa-se a honrar sua
gloriosa Ressurreição.
A noite do Sábado Santo, denominada também Vigília Pascal, é
especialíssima e solene. A Vigília Pascal era antigamente celebrada à
meia-noite, depois mudada, infelizmente, por questões práticas(?). Ela
não pode, entretanto, começar antes do início da noite, e deve terminar
antes da aurora do domingo. – É considerada "a mãe de todas as santas
vigílias", pois nesta a Igreja mantém-se de vigia à espera da
Ressurreição do Senhor, a consumação de toda a nossa fé, e celebra-a com
os Sacramentos da Iniciação cristã.
Esta noite é "uma vigília em honra do Senhor" (Ex 12,42). Assim ouvindo a
advertência de Nosso Senhor no Evangelho (Lc 12, 35), aguardamos o
retorno do Cristo, tendo nas mãos velas acesas, para que ao voltar nos
encontre vigilantes e nos faça sentar à sua Mesa.
A vigília desta noite é dividida do seguinte modo:
1) A Celebração da Luz;
2) A meditação sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua Palavra e em sua Promessa;
3) O nascimento espiritual de novos filhos de Deus através do Sacramento do Batismo;
4) E por fim a tão esperada Comunhão Pascal, na qual rendemos ação de
graças à Nosso Senhor por sua Gloriosa Ressurreição, na esperança de que
possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
Benção do Lume Novo
As luzes da igreja estão todas apagadas. Do lado de fora está um
fogareiro preparado pelo sacristão antes do início das funções, com a
faísca tirada de uma pedra. Então o celebrante abençoa o fogo e o
turiferário recolhe algumas brasas bentas e as coloca no turíbulo. A
pedra representa Cristo, "a pedra angular" que, sob os golpes da cruz,
jorrou sobre nós o Espírito Santo.
O fogo novo, representativo da Ressurreição de Nosso Senhor, luz Divina
apagada por três dias, que há de aparecer ao pé do túmulo de Cristo, que
se imagina exterior ao recinto da igreja, e resplandecerá no Dia da
Ressurreição. Deve ser novo este fogo, porque Nosso Senhor, simbolizado
por ele, acaba de sair do túmulo. Essa cerimônia era já conhecida nos primeiros séculos da cristandade.
Tem sua origem no costume romano de iluminar a noite com muitas
lâmpadas. Essas lâmpadas passam a ser símbolo do Senhor Ressuscitado,
que surge de dentro da noite da morte.
A procissão com o Círio Pascal
Após a cerimônia de preparação do Círio Pascal, é ele solenemente
introduzido no templo por um diácono que, por três vezes, ao longo do
cortejo pela nave central, canta elevando sucessivamente o tom: "Eis a
luz de Cristo" (Lumen Christi). O coro responde: "Graças a Deus" (Deo Gratias).
Em cada parada vão se acendendo aos poucos as velas: na primeira vez é
acesa a vela do celebrante; na segunda parada, feita no meio do corredor
central, são acesas as velas dos clérigos; na terceira vez, por fim, se
acendem as velas dos assistentes, que comunicam as chamas do Círio
bento até toda a igreja estar iluminada.
As velas são acesas no Círio Pascal, pois nossa luz vem de Cristo. O
diácono, que vem vindo, é, portanto, mensageiro e arauto da boa nova:
anuncia ao povo a Ressurreição de Cristo, como outrora o Anjo às santas
mulheres.
As palavras Lumen Christi significam que Jesus Cristo é a única Luz do mundo.
A procissão, que se forma atrás do Círio Pascal é repleta de símbolos. É
alusão às palavras de Nosso Senhor: "Eu Sou a Luz do mundo. Quem me
segue não anda nas trevas, mas terá a Luz da Vida" (Jo 8,12; Jo 9,5;
12,46). O Círio, conduzido à frente, recorda a coluna de fogo pela qual
Deus precedia na escuridão da noite ao povo de Israel ao sair da
escravidão do Egito e lhe mostrava o caminho (Ex 13, 21). – O cristão é
aquele que, para iluminar, se deixa consumir na Luz maior, e que em sua
luz acende outras, dando sua própria vida, como ensinou e fez Nosso
Senhor Jesus Cristo (Jo 15,13).
O Precônio Pascal
Ao término da procissão, na qual se introduz o Círio no Templo, é ele
colocado em local apropriado. Com a vela acesa na mão, renovamos nossa
fé, proclamando Jesus Cristo, Luz do mundo que ressurgiu das trevas para
iluminar nosso caminho. E lembramos que por vocação todo cristão é
chamado a ser também luz, como Ele mesmo nos diz: "Vós sois a luz do
mundo. Que, portanto, brilhe vossa luz diante dos homens, para que as
pessoas vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos
Céus!" (Mt 5,14.16).
O diácono, após incensar o Círio e o Livro, canta o Precônio Pascal, do latim Praeconium Pascale,
que significa Anunciação da Páscoa (vídeo acima), em que se exaltam os
benefícios da Redenção e que é um belo poema, a partir da vela, sobre o
trabalho das abelhas e o material para a sua confecção, o significado da
luz ao longo da história de Israel e, de modo especial, sobre Jesus, a
Luz do mundo. As magníficas palavras deste hino são atribuídas a Santo
Ambrósio e a Santo Agostinho. É esse canto o antigo Lucernário da
Vigília Pascal. O nome Lucernário foi dado às orações que se diziam na
reunião litúrgica ao acenderem-se as luzes ao anoitecer (veja letra e tradução aqui).
Arderá daí em diante o Círio Pascal, em todas as funções, durante
quarenta dias, recordando a permanência na Terra de Cristo ressuscitado.
Retirar-se-á no dia da Ascensão, isto é, no momento em que Jesus Cristo
ressuscitado sobe ao Céu.
Leitura das Profecias
Nos primórdios da Igreja, nesta hora, aproximavam-se os catecúmenos para
receberem o Batismo. A fim de ocupar a atenção dos fiéis e para a maior
instrução dos catecúmenos, liam-se na tribuna passagens da Sagrada
Escritura apropriados ao ato. Eram as Doze Profecias, como resumo
histórico da Religião: criação, dilúvio, libertação dos israelitas,
oráculos messiânicos.
Atualmente são feitas apenas nove leituras, sete do Antigo Testamento e
duas do Novo. Para cada leitura, há uma oração, com cântico ou salmo
responsorial. Após a sétima leitura, são acessas as velas do Altar a
partir do Círio Pascal e o sacerdote entoa o canto do Gloria in Excelsis,
com acompanhamento de instrumentos musicais e de sinos, que ficaram
calados durante todo o Tríduo sagrado. A Igreja, portanto, entra inteira
na alegria pascal. Logo em seguida é feita a primeira leitura do Novo
Testamento (Rm 6,3-11), que é sobre o Batismo.
Após o término das leituras, o sacerdote entoa o canto solene do
"Aleluia", quebrando o clima de tristeza e contrição que acompanhava
todo o tempo da Quaresma. Esse canto solene, repetido gradativamente
três vezes em tom cada vez mais alto, representa a saída de Cristo da
sepultura e expressa o crescente júbilo pela Vitória do Salvador. Por
fim, proclama-se um trecho do Evangelho sobre a Ressurreição de Jesus,
levando-se em consideração o ciclo anual A, B e C.
Benção da pia batismal
Terminada a leitura das Profecias, vai o Clero para a pia batismal. Na
frente do cortejo, a Cruz e o Círio Pascal, símbolos de Cristo que deve
alumiar a nossa peregrinação terrena, como em outras eras a nuvem
luminosa norteava o rumo dos israelitas no deserto.
O celebrante abençoa a água num magnífico prefácio em que são lembradas
as maravilhas que Deus quis operar por meio da água; depois, com a mão
divide em quatro partes a água já purificada, e derrama algumas gotas
nos quatro pontos cardeais. Enfim, nessa pia batismal, mergulha por três
vezes o Círio Pascal, simbolizando o poder regenerador que Jesus
Ressuscitado dá a essa água e, também, nossa participação em seu
Mistério Pascal, no qual morremos ao pecado e ressuscitamos para a vida
da Graça. E ainda deita nela um pouco do óleo dos catecúmenos e do santo
Crisma. Essa água será usada nos batizados ao longo do ano e na
aspersão do povo.
Quando não há Batismo-Confirmação, sempre se benze a água, que é levada solenemente até a pia batismal.
Antigamente, após os ritos preparatórias, era administrado o Batismo
solene aos catecúmenos (os que se iniciavam na fé cristã) que, durante
três anos, viviam um processo intenso de preparação para ingressar na
Igreja, com um rigor maior na Quaresma e na Semana Santa. Findos os
ritos preparatórios, os catecúmenos, jubilosos, eram levados ao lugar
onde haveriam de receber o Batismo. A aspersão dos fiéis que hoje em dia
o celebrante faz, avançando através da igreja, com a água acabada de
benzer, recorda esta antiga cerimônia .
Depois da benção da pia batismal, volta o préstito ao coro, cantando a
Ladainha de Todos os Santos, recordando os que viveram com fidelidade a
Graça Batismal. Chegados ao pé do Altar, o celebrante e seus ministros
prostram-se para meditar ainda na Morte e Sepultura de Nosso Senhor.
O final do Sábado Santo, com seus três aspectos do mesmo e único
Mistério Pascal: Morte, Sepultamento e Ressurreição de Jesus, está no
ápice do Tríduo Pascal. Primeiro está a Morte na Sexta-feira; depois
Jesus no túmulo, no Sábado; e, em seguida, a Ressurreição, no Domingo,
iniciada, porém, na noite de Sábado, por isso dito "Sábado de Aleluia",
na Vigília Pascal.
A Missa do Sábado Santo é a primeira das duas cantadas na Páscoa. Esta
Celebração ostenta o caráter de extremo júbilo e magnificência, em forte
contraste com a mágoa intensa da Sexta-feira Santa. Vemos agora os
Altares e os dignatários paramentados, em grande gala. Reboam as notas
alegres do Gloria in Excelsis, unidas ao eco dos sinos festivos! O
Aleluia, não mais ouvido desde o início da Quaresma, ressurge após a
Epístola. – Essa é, na realidade a Missa da madrugada da Páscoa. É a
celebração, por assim dizer, da Aurora da Ressurreição.
"Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).
No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.
A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".
O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.
É um dia de meditação e silêncio. Algo pareceido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó. 2, 13).
Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado:
"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".