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segunda-feira, 10 de abril de 2023

A esquerda e a infalibilidade do Papa - Percival Puggina

 

 

Esclarecimento: após algum tempo, decidimos nos manifestar sobre a entrevista do Papa Francisco, veiculada por parte da  imprensa como uma 'absolvição' do senhor Lula da Silva, atual presidente do Brasil.

Optamos por transcrever artigo do leigo católico Percival Puggina, por se tratar de um católico, responsável em suas opiniões e de há muito lemos seus artigos.

Em outro Blog, colhemos outros links  sobre o assunto que podem ser consultados.

Vamos à transcrição do artigo de Percival Puggina:

"Quando o Papa Francisco emite alguma opinião política, a esquerda vive um comovente surto de arrebatamento espiritual. Aquilo que é mera e imprudente adesão do Pontífice a uma narrativa se transforma em objeto de culto, é envolto em incenso e exibido como relíquia canônica. 

Mas isso só vale se o Papa for Francisco. 
Não se aplica a qualquer outra opinião política, seja de Bento XVI, São João Paulo II, Paulo VI, São João XXIII, Pio XII e assim, regressivamente, até São Pedro.



A polêmica entrevista do Papa Francisco, tem gerado uma discussão no meio católico. Apenas rezemos pelo Papa e nos mantenhamos firmes na fé.

Nunca imaginei que um dia veria esquerdistas invocando a infalibilidade papal! “Como pode um católico questionar as afirmações do Papa se ele é infalível?”, muitos escreveram comentando um vídeo que gravei sobre a entrevista em que Francisco se manifestou sobre assuntos institucionais brasileiros.

Opa! Não corram com esse andor! A infalibilidade papal não se aplica a meras opiniões de quem calça as “sandálias do Pescador”, para usar a expressão de Morris West. É óbvio que não.  
O dogma da infalibilidade é uma dedução teológica com origem no próprio ato de instituição da Igreja por Jesus Cristo após pedir a tripla confirmação de Pedro.  
Graças ao que ali aconteceu, a Igreja Católica, exceção feita ao sempre lamentável Cisma do Oriente, se manteve hígida e como tal chegou até nós.
 
O dogma da infalibilidade foi proclamado em 1870 por Pio IX através da constituição dogmática Pastor Aeternus
O documento estabelece como dogma que, em virtude de sua suprema autoridade apostólica, ao definir uma doutrina de fé ou de moral, o Romano Pontífice conta com a assistência divina prometida a seu antecessor Pedro e esta lhe assegura a infalibilidade desejada por Jesus à sua Igreja.

Para que estes requisitos se verifiquem, a proclamação de um dogma – repito: sempre sobre doutrina de fé, ou de moral – é preciso que o Papa o faça na precisa e anunciada condição “ex-cathedra”, vale dizer, desde a cadeira de Pedro. Fora isso, ele tem a falibilidade inerente à condição humana.

Resta claro, portanto, que a opinião do Papa sobre a política brasileira é mera opinião pessoal, notoriamente de esquerda, transparente nas suas manifestações. Em virtude das repercussões, muitas passam longe das funções da “cathedra” e, obviamente, abastecem o arsenal das narrativas mundo afora.

Na longa tradição que acompanhei de perto, como leigo católico estudioso dos documentos oficiais emitidos pelos pontífices de meu tempo, eu os reverenciei e admirei pela prudência e contenção de suas manifestações públicas.

Eu seria o último a negar, a quem quer que seja os diretos de opinião, palpite e achismo. 
Mas se quem opina, palpita ou acha é meu líder religioso e diz um disparate, alimentando a tensão política local, eu me permito opinar, palpitar ou achar que perdeu uma oportunidade de ficar calado."
 
PARABÉNS AO ILUSTRE ARTICULISTA !!!

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

CLIQUE AQUI E/OU AQUI,

TAMBÉM  AQUI ,SAIBA MAIS

 Cliquem aqui,para acesso ao site do Percival Puggina e à integra da matéria transcrita.


domingo, 9 de junho de 2019

Imaculado Coração de Maria

Imaculado Coração de Maria



Esta memória ao Imaculado Coração de Maria não é nova na Igreja; tem as suas profundas raízes no Evangelho que repetidamente chama a nossa atenção para o Coração da Mãe de Deus. Por isto na Tradição Viva da Igreja encontramos confirmada pelos Santos Padres, Místicos da Idade Média, Santos, Teólogos e Papas como o nosso João Paulo II.“Depois ele desceu com eles para Nazaré; era-lhes submisso; e a sua mãe guardava todos esses acontecimentos em seu coração”. Este relato bíblico que se encontra no Evangelho segundo São Lucas, uni-se ao do canto de Louvor – Magnificat – a compaixão e intercessão diante do vinho que havia acabado e a presença de Maria de pé junto a Cruz, para assim nos revelar a sintonia do Imaculado Coração de Maria para com o Sagrado Coração de Jesus.

Dentre os santos se destacou como apóstolo desta devoção São João Eudes, e dentre os Papas que propagaram esta devoção de se destaca Pio XII que em 1942 consagrou o mundo inteiro ao Coração Imaculado de Maria.

As aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, no ano de 1917, de tal forma espalhou a devoção ao Coração de Maria que o Cardeal local disse: “Qual é precisamente a mensagem de Fátima? Creio que poderá resumir-se nestes termos: a manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo atual, para o salvar”. Desta forma pudemos conhecer do Céu que o Pai e Jesus querem estabelecer no mundo inteiro a devoção do Imaculado Coração que encontra fundamentada na Consagração e Reparação a este Coração que no final Triunfará.

Imaculado Coração de Maria, sede a nossa salvação!

sábado, 9 de junho de 2018

Imaculado Coração de Maria




Esta memória ao Imaculado Coração de Maria não é nova na Igreja; tem as suas profundas raízes no Evangelho que repetidamente chama a nossa atenção para o Coração da Mãe de Deus. Por isto na Tradição Viva da Igreja encontramos confirmada pelos Santos Padres, Místicos da Idade Média, Santos, Teólogos e Papas como o nosso João Paulo II.
“Depois ele desceu com eles para Nazaré; era-lhes submisso; e a sua mãe guardava todos esses acontecimentos em seu coração”. Este relato bíblico que se encontra no Evangelho segundo São Lucas, uni-se ao do canto de Louvor – Magnificat – a compaixão e intercessão diante do vinho que havia acabado e a presença de Maria de pé junto a Cruz, para assim nos revelar a sintonia do Imaculado Coração de Maria para com o Sagrado Coração de Jesus.

Dentre os santos se destacou como apóstolo desta devoção São João Eudes, e dentre os Papas que propagaram esta devoção de se destaca Pio XII que em 1942 consagrou o mundo inteiro ao Coração Imaculado de Maria.

As aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, no ano de 1917, de tal forma espalhou a devoção ao Coração de Maria que o Cardeal local disse: “Qual é precisamente a mensagem de Fátima? Creio que poderá resumir-se nestes termos: a manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo atual, para o salvar”. Desta forma pudemos conhecer do Céu que o Pai e Jesus querem estabelecer no mundo inteiro a devoção do Imaculado Coração que encontra fundamentada na Consagração e Reparação a este Coração que no final Triunfará.

Imaculado Coração de Maria, sede a nossa salvação!

domingo, 20 de outubro de 2013

20 de outubro - Santo do dia

Santa Madalena de Nagasaki


Madalena, filha de nobres e fervorosos cristãos, nasceu em 1611, num povoado muito próximo da cidade de Nagasaki, no Japão. Dizem os antigos manuscritos que era uma jovem bela, graciosa e delicada. Sua família era de fervorosos cristãos e pertencia à nobreza. Ela era muito pequena quando os seus pais e irmãos foram condenados à morte pela fé em Cristo, sendo, antes, brutalmente torturados.

Cresceu educada no seguimento de Cristo, até que, em 1624, conheceu dois agostinianos recoletos, Francisco de Jesus e Vicente de Santo Antônio. Atraída pela profunda espiritualidade dos dois missionários, que se tornaram seus orientadores, Madalena acabou sendo consagrada a Deus como terciária agostiniana recoleta. Desde então, sua roupa de nobre foi substituída pelo hábito e as únicas ocupações foram a oração, a leitura da Bíblia e o apostolado.

Eram tempos muito difíceis. A perseguição enfurecida contra os cristãos crescia a cada dia em sistemática e crueldade. Os padres Francisco e Vicente também foram martirizados. Madalena, porém, não se intimidou. Continuou firme, transmitindo coragem aos cristãos, ensinando o catecismo às crianças e pedindo esmolas e donativos aos comerciantes portugueses, para os pobres e doentes.

Em 1629, procurou refúgio nas montanhas de Nagasaki, partilhando dos sofrimentos e das agonias dessa comunidade. Encorajava para que se mantivessem fortes na fé, e recolocava no caminho do Evangelho aqueles que tinham renegado Cristo sob tortura. Levava consolo para os doentes e ainda batizava as crianças.

Diante da grande renúncia da fé pelos cristãos, aterrorizados com as torturas a que eram submetidos se não a fizessem, e ansiando por unir-se para sempre a Cristo, Madalena decidiu enfrentar os perseguidores. Vestida com o hábito, em setembro de 1634 apresentou-se aos juízes. Levava consigo apenas a Bíblia, para pregar a palavra de Jesus e meditar no cárcere. Os magistrados, admirados com sua beleza e juventude e informados que ela possuía sangue nobre, fizeram-lhe promessas de vida confortável com um vantajoso casamento. Madalena não cedeu, mesmo sabendo das horríveis torturas que sofreria.

Nos primeiros dias de outubro de 1634, foi torturada. Ficou suspensa pelos pés, com a cabeça e o peito submersos em uma fossa. Cada vez que a tiravam do suplício, era solicitada a negar a fé. Em vez disso, Madalena pronunciava os nomes de Jesus e Maria e cantava hinos de glória ao Senhor.

Resistiu a tudo durante treze dias e meio, quando as águas inundaram a fossa e Madalena morreu afogada. Depois, teve o corpo queimado e as cinzas jogadas no mar, para evitar que suas relíquias fossem guardadas pelos cristãos.

Beatificada em 1981, foi canonizada pelo papa João Paulo II em 1987. A celebração de sua memória foi marcada para o dia 20 de outubro. A Ordem Dominicana venera-a no dia 19 de novembro. Em 1989, foi proclamada padroeira da Fraternidade Secular Agostiniana Recoleta.

Santa Madalena de Nagasaki, rogai por nós!


Santa Maria Bertília Boscardin

Pio XII, na solene beatificação de 8 de junho de 1952, traçava o perfil de Bertília Boscardin, religiosa entre as mestras de santa Dorotéia de Vicência, com estas palavras: “É uma humilde camponesa da nossa bendita terra da Itália. Figura puríssima de perfeição cristã, modelo de recolhimento e de oração. Seu caminho, ‘a via das carroças’, a mais comum. Nada de êxtase, nem de milagres em vida, mas união com Deus sempre mais profunda no silêncio, no trabalho, na oração, na obediência. Dessa união vinha a delicada caridade que ela revelava no trato com os enfermos, médicos, superiores, com todos”. A “via das carroças”, isto é, o trabalho nos campos da planície vêneta, que Ana Francisca (este é seu nome de batismo) percorria da primavera ao outono, porque esta era a ocupação principal das meninas do campo, antes que tantas pequenas indústrias lhe mudassem a fisionomia.

Ana Francisca, nascida em Gioia di Brendola, na província de Vicência, dirigia-se ao campo ao raiar do sol e voltava para casa só ao entardecer porque, como grande parte das meninas vênetas, durante o dia trabalhava na fiação. É compreensível que a família não tenha demonstrado entu-
siasmo com sua escolha de vida e tenha retardado seu ingresso no convento de Santa Dorotéia, aos pés do monte Berico.

De qualquer forma, ingressou ainda jovem e, mal emitira os votos temporários, depois do noviciado, foi designada para o hospital de Treviso, no qual prestou seu humilde e generoso serviço até a morte. Escolhia os horários mais desgastantes, os da noite, para aliviar o fardo das co-irmãs. Trabalhar e sofrer em silêncio — anotava em um caderninho — e deixar aos outros as satisfações. Que satisfações poderia haver nas correrias de um hospital?

Era afeiçoada a seus enfermos e sofreu, sem demonstrar aos outros, quando teve de transferir-se para Brianza, por causa do avanço das tropas austríacas durante a Primeira Guerra Mundial. Então foi designada para a lavanderia: “Estou contente”, anotou, “porque faço a vontade de Deus”.

Aos 22 anos foi-lhe extraído um tumor, mas voltou logo ao trabalho habitual. Morreu depois de uma segunda intervenção cirúrgica, com apenas 34 anos. João XXIII a incluiu no livro dos santos em 11 de maio de 1961.

Santa Maria Bertília Boscardin, rogai por nós!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

6 de julho - Santo do dia

Santa Maria Goretti

Maria Goretti, humilde camponesa, nasceu em 16 de outubro de 1890 na cidade de Corinaldo, província de Ancona, Itália. Seus pais, Luiz e Assunta, criavam os sete filhos em meio à penúria de uma vida de necessidades, mas dentro dos preceitos ditados por Jesus Cristo.

A menina Maria, por ser a mais velha, cresceu cuidando dos irmãos pequenos em casa, enquanto os pais labutavam no campo. Uma de suas irmãs, mais tarde, tornou-se freira franciscana. As dificuldades financeiras eram tantas que a família migrou de povoado em povoado até fixar-se num povoado inóspito chamado Ferrieri. Nessa localidade, a família passou a residir na mesma propriedade de João Sereneli, ancião de sessenta anos de idade que tinha dois filhos, Gaspar e Alexandre, este com dezoito anos de idade. Assim, todos trabalhavam na lavoura enquanto a jovem Maria cuidava da casa e dos irmãos pequenos.

Desse modo, Maria nunca pôde estudar, mas ao lado da família sempre freqüentou a igreja. Ela só estudou o catecismo para fazer a primeira comunhão, aos doze anos de idade, um ano após a morte de seu pai. Quando isto ocorreu, o senhor João, compadecido, manteve tudo como estava, contando apenas com a viúva para o trabalho na lavoura. Porém o problema era seu filho Alexandre, que passara a assediar Maria. Apesar da pouca idade, ela era bonita e bem desenvolvida, já atraindo os olhares masculinos. Como recusasse todas as aproximações do rapaz, este se irritou ao extremo. Até que, no dia 5 de julho de 1902, ele perdeu a razão e a tragédia aconteceu.

Naquele dia, Alexandre trabalhava ao lado de Assunta quando inventou um pretexto, deixou a lavoura. Foi para o lar dos Goretti portando uma barra de ferro com ponta afiada, sabia que Maria estaria sozinha e indefesa. Primeiro insinuou, depois exigiu, por fim ameaçou a jovem de morte se não satisfizesse seus desejos. Mesmo temendo o pior, Maria resistiu dizendo que aquilo era um pecado mortal. Alexandre, transtornado por não alcançar seu intento, passou a golpear violentamente o corpo da menina.

Ela ainda foi levada com vida a um hospital, após ser vitimada com quatorze perfurações. E teve tempo de perdoar seu agressor, pedindo a sua mãe e seus irmãos que fizessem o mesmo, por amor a Jesus. Maria Goretti morreu no dia seguinte ao ataque, no dia 6 de julho de 1902. Quanto a Alexandre, foi preso, quase linchado e condenado a trabalhos forçados. Porém, depois de vinte e sete anos de prisão, foi solto por bom comportamento. Depois de ir a Corinaldo pedir perdão à mãe de Maria Goretti, ingressou num convento capuchinho, onde viveu sua sincera conversão até morrer.

Muitos milagres passaram a acontecer por intercessão da pequena menina virgem. A fé na sua santidade cresceu e espalhou-se de tal forma no mundo cristão que, em 1950, ela foi canonizada. Na solenidade, estava presente a sua mãe Assunta, então com oitenta e quatro anos, ao lado de quatro de seus filhos e Alexandre Sereneli, o agressor sinceramente convertido. O papa Pio XII declarou santa Maria Goretti padroeira das virgens cristãs. Até hoje continuam as romarias ao Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, onde se encontra a sepultura da santa, há dez quilômetros do povoado onde tudo aconteceu.

Santa Maria Goretti, rogai por nós

terça-feira, 17 de março de 2009

Abalos Vaticanos.


Direitos Humanos. Abalos Vaticanos.

São Pedro parece não estar disposto a reduzir as diárias tempestades desafiadoras ao governo do papa Ratzinger. Ele, por sua vez, demonstra vocação para causar abalos terrenos e um delay para perceber a queda da ficha.

Ratzinger demorou, por exemplo, para afastar as pressões e adiar por tempo indeterminado a decisão sobre a beatificação de Pio XII. Como se sabe, Pacelli é acusado de silenciar sobre as atrocidades nazistas e de não assinar carta deixada por seu antecessor contra o racismo. No momento, a diplomacia vaticana trabalha, sem abrir os arquivos da época da Segunda Guerra Mundial, com uma mensagem de 1943, talvez do conhecimento de Pacelli, encontrada em um mosteiro, com o nome de 24 judeus para serem acolhidos e salvos da perseguição nazista.

Uma grande gafe deu-se na antevéspera do Dia Internacional reservado à Memória do Holocausto. O papa Bento XVI levantou a excomunhão imposta pelo seu antecessor Wojtyla a quatro bispos lefebvrianos. Dentre os contemplados estava Richard Williamson, que aproveitou a ribalta para voltar a negar a Shoá, a existência de câmaras de gás nos campos nazistas e concluir por cerca de 200 mil judeus mortos.

Para remediar, e depois de afirmar desconhecer a posição do bispo negacionista, Ratzinger vai esticar até Israel uma viagem inicialmente programada só para a Jordânia. Em maio, visitará Israel a convite do presidente Shimon Peres, enquanto o caso Williamson parece definitivamente “arquivado”, ou seja, o bispo encontra-se em “isolamento acadêmico-cultural”, na velha fórmula da doutrina da metanoia, segundo a qual o espírito de compunção conduz à mudança da alma.

Nesta semana, o papa foi surpreendido com o anúncio de decisão da Corte Federal de Apelação de Portland (EUA). Por unanimidade, a Corte de Justiça entendeu que a Santa Sé pode figurar diretamente como ré em ações civis indenizatórias em face de abusos sexuais e pedofilia. A jurisdição da Corte Federal abrange o Alasca e toda a Costa Oeste.

Os ilícitos consumaram-se nos anos 60 na escola católica da Saint Albert Church (no Oregon). O acusado dos abusos, já falecido, era o padre orientador religioso e espiritual da vítima. Consoante a Justiça dos EUA, o padre aproveitou-se do trabalho religioso e, como integrante da Igreja, era “dependente do Vaticano”. Pela primeira vez apresentou-se a tese de o Vaticano poder figurar diretamente em um dos polos de processo civil indenizatório.

Para o jornal The New York Times, as indenizações devidas pela Igreja em face de casos de pedofilia e abusos sexuais ultrapassariam 1,5 bilhão de dólares. Pela contabilidade levantada, a maior indenização fixada ocorreu em Los Angeles, em 2007. Chegou a 774 milhões de dólares a uma centena de vítimas. A propósito, os vaticanistas frisaram ter sido amenizado o impacto pela deliberação de Ratzinger, publicada nesta semana, de afastar o bispo Joe Magge, por retardar andamentos de apurações sobre casos de pedofilia e atentados ao pudor.

Magee, atualmente em Cloney, na Irlanda, secretariou os papas Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II. Como secretário, foi o primeiro a ingressar nos aposentos do papa Luciani e encontrá-lo morto no leito.

A decisão de Ratzinger acabou vista como reafirmação do compromisso de enfrentar com pulso de ferro os casos de pedofilia na Igreja: “Nunca mais padres pedófilos, pois nos envergonhamos profundamente”, disse o papa após os escândalos em Boston (2002), Áustria (2004) e Califórnia (2007).

Da agenda da diplomacia vaticana constou, pela repercussão, o pronunciamento, tipo urbi et orbi, do arcebispo de Olinda e do Recife, dom José Cardoso Sobrinho. Também um grotesco programa levado ao ar pela televisão de Israel, onde se satirizou Jesus, Maria, cristãos, clérigos e o Vaticano.

Dom José deu publicidade a fato que só interessava à Igreja, a excomunhão automática da mãe de uma menor de 9 anos, estuprada, e dos médicos responsáveis pela interrupção da gravidez dessa menor e de fetos gêmeos. Ele chamou a atenção, e daí ser entrevistado, pelo comparecimento a hospital público. Isto para convencer e pressionar pela não realização do aborto. Como consequência, a Igreja poderá ser acionada em juízo civil, para indenizar vítimas por danos à imagem e morais. Fora isso, esqueceu-se dom José de que o Brasil é um Estado laico.

Não bastasse, a nossa lei penal, desde 1940, prevê a possibilidade de duas formas de aborto: terapêutico e sentimental. O primeiro se dá quando necessário para salvar a vida da gestante e o segundo interrompe gravidez resultante de estupro. A menina de 9 anos enquadrava-se nas duas hipóteses e só a um médico, e não a um juiz, compete a avaliação.

O posicionamento de dom José foi referendado pela CNBB e autoridades eclesiásticas vaticanas. Não se discute tenha ele atuado de acordo com conhecida posição da Igreja. O que não se pode aceitar é a impropriedade de sair a divulgar, repudiar e demonizar pessoas e se intrometer em âmbito laico.

Wálter Fanganiello Maierovitch.


Nota dos editores do Blog: a transcrição de qualquer artigo assinado não representa necessariamente concordância do Blog com o conteúdo do artigo.
Quando transcrevemos alguma matéria, da qual discordamos, é mais buscando propiciar aos nossos leitores pontos de vista diferente.
Inclusive discordamos, com destaque, da menção a Lei Penal permitir o aborto, quando é indiscutível que a LEI de DEUS prevalece sobre todas as leis.
Também discordamos que um processo de beatificação esteja sujeito a pressões de forças terrenas, notadamente de outras religiões.

domingo, 1 de março de 2009

Acusações de judeus contra Pio XII são um ultraje

As acusações feitas por judeus de que o papa Pio 12, que comandou a Igreja Católica na época do nazismo, fechou os olhos para o Holocausto são "ultrajantes" e ninguém pode dizer ao Vaticano se ele deveria ou não ser santificado, afirmou nesta quinta-feira o vice do papa Bento 16.

Alguns judeus acusam Pio 12, que ocupou o cargo de 1939 a 1958, de haver sido indiferente ao Holocausto.
O Vaticano afirma que o pontífice trabalhou nos bastidores e ajudou a salvar muitos judeus da morte certa durante a 2a Guerra Mundial.
"A descrição de Pio 12 como alguém indiferente ao destino das vítimas do nazismo - os poloneses e, acima de tudo, todos os judeus -, chegando até mesmo a tratá-lo como o 'papa de Hitler', é ultrajante", afirmou o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.
Bertone, conhecido como o "vice do papa" porque ocupa o segundo cargo mais importante da hierarquia da Santa Sé, afirmou em uma conferência que tais acusações "não podem ser suportadas de um ponto de vista histórico".

A polêmica em torno do que Pio 12 fez ou não fez durante a guerra assombra há décadas as relações entre católicos e judeus, e o conflito ganhou novas cores com a discussão sobre se aquele papa deveria ser canonizado.
O Vaticano deu sinais de irritação e agastamento quando alguns católicos conclamaram Bento 16 a acelerar o processo de santificação de Pio 12 e alguns judeus defenderam o congelamento desse procedimento até que a Santa Sé abra, dentro de sete anos, seus arquivos sobre aquele período.
Na semana passada, um líder judeu pediu ao papa que paralisasse a canonização de Pio 12. Bento 16 teria dito estar "considerando seriamente" essa possibilidade.

EM COMPASSO DE ESPERA
Líderes judeus conclamaram o Vaticano a não tornar Pio 12 um santo até que se esclareçam todas as dúvidas sobre seu suposto silêncio. Um desses líderes disse que a canonização abrira uma "ferida difícil de ser cicatrizada".
Bertone, no entanto, foi curto e grosso a respeito de tais apelos. Segundo o secretário de Estado, o processo de canonização era uma "questão religiosa que deve ser respeitada por todo mundo e era algo da alçada exclusiva da Santa Sé".

Discute-se atualmente se Bento 16 deveria fazer avançar o processo de santificação - que conta com defensores católicos - por meio da assinatura de um decreto reconhecendo as "virtudes heróicas" dele. O decreto abriria caminho para a beatificação, o último passo antes da canonização.
O papa ainda não assinou o documento - aprovado no ano passado pelo departamento do Vaticano encarregado desses processos. Bento 16 optou, ao invés disso, por observar um período de reflexão, segundo as palavras do Vaticano.
A Igreja Católica diz que, apesar de não ter criticado o Holocausto, Pio 12 trabalhou nos bastidores para ajudar os judeus porque sua intervenção direta acabaria por agravar a situação ao gerar uma retaliação da parte de Hitler.

Na conferência realizada na Universidade Gregoriana, em Roma, Bertone defendeu Pio 12, afirmando que nos anos de 1939 e 1940 ele deu apoio a um plano britânico-alemão para depor Hitler.
O Vaticano diz que Pio 12 salvou centenas de milhares de judeus ao mandar que igrejas e conventos de toda a Itália escondessem judeus e ao determinar que os diplomatas do Vaticano na Europa concedessem passaportes falsos a judeus.

Bertone tentou justificar, por exemplo, o silêncio de Pio 12 depois de os nazistas, que ocupavam Roma, terem assassinado 335 homens e meninos em retaliação a uma ataque da resistência que matou 33 soldados alemães.
O secretário de Estado disse que os conventos de Roma estavam cheios de refugiados, entre os quais judeus, e que uma condenação pública da parte de Pio 12 em relação ao massacre nazista teria provocado ataques "catastróficos" contra os conventos.

Nota do Blog: o processo de canonização é um processo religioso, que diz respeito exclusivamente à Igreja Católica Apostólica Romana e não cabe nenhuma interferência, seja política ou de outra religião.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pio XII livre do holocausto?

Papa diz torcer pela beatificação do polêmico Pio XII

CIDADE DO VATICANO (Reuters)O papa Bento XVI disse nesta quinta-feira torcer pelo resultado positivo do processo de beatificação e canonização de seu polêmico antecessor Pio XII, acusado por alguns judeus de fazer vista grossa ao holocausto promovido pelos nazistas durante seu pontificado (1939-58).

Em homilia alusiva ao 50º aniversário da morte de Pio XII, Bento XVI disse também que aquele papa trabalhou "secreta e silenciosamente" durante a Segunda Guerra Mundial para "evitar o pior e salvar o maior número de judeus possível".
Nesta semana, sem citar nomes, um rabino israelense disse num inédito discurso a um sínodo católico que os judeus não poderiam "perdoar nem esquecer" a omissão de alguns líderes religiosos durante o Holocausto.

O Vaticano habitualmente alega que o papa agiu nos bastidores para minimizar o Holocausto, e que adotar uma posição pública mais incisiva poderia ter piorado a situação.
Em 2007, a Congregação da Causa dos Santos do Vaticano manifestou-se a favor de um decreto, ainda não assinado por Bento 16, que reconheceria as "virtudes heróicas" de Pio 12, o que seria um impulso importante na eventual beatificação (primeiro passo para a canonização).
Na homilia, o atual pontífice disse rezar para que o processo de beatificação tenha uma conclusão "feliz".

Alguns grupos judaicos pressionam o Vaticano a suspender o processo de beatificação, enquanto outros consideram que se trata de um assunto interno da Igreja.
Nota do Blog Catolicismo Brasil: Os judeus praticam a religião judaica e NÃO DEVEM INTERFERIR em assuntos da Igreja Católica Apostólica Romana, que por sua vez não deve aceitar interferências em seus assuntos internos.