Santo Estevão I
A Igreja estava dividida quanto ao tratamento a ser dado aos "lapsi", como eram chamados os fiéis que renegaram Jesus Cristo, abandonando a Igreja com medo do martírio no período das perseguições e que, depois arrependidos, queriam retornar ao cristianismo. Este era o árido terreno que dividia o clero entre rigorosos e indulgentes.
Nesta época, dois Bispos da Espanha, ambos "arrependidos", desejavam voltar ao Cristianismo. Os cristãos concordavam que fossem aceitos, mas apenas como simples fiéis. Estes, porém, queriam ser aceitos como antes, na condição de bispos à frente das mesmas dioceses. Ambos, enganando o Papa Estevão I, reassumiram os postos, dizendo a todos que tinham a sua autorização. Houve então muita confusão e revolta em toda a Igreja, que se espalhou da Espanha, alcançando o norte da África, onde o bispo de Cartago era o grande Cipriano, hoje venerado como Santo.
Estevão I, teve de enfrentar toda a rejeição daquela decisão, que não havia sido sua, por parte de Cipriano que, de Cartago, liderou um movimento de revolta contra ele. O seu pontificado se complicou ainda mais quando, em 257, a Igreja inteira voltou a ser perseguida pelo imperador Valeriano, que endureceu o governo na tentativa de manter o Império unificado na guerra contra a Pérsia.
No dia 2 de agosto de 257, o Papa Estevão I morreu martirizado na sede da Igreja em Roma. A narração no Martirológio Romano diz: 'o Papa Estevão I celebrava o Santo Sacrifício da Missa, quando repentinamente apareceram alguns soldados. Corajoso, continuou firme diante do altar celebrando os santos mistérios. Foi morto e, ali mesmo, o decapitaram.'
As perseguições continuaram violentas por todas as regiões do Império, chegando no ano seguinte na África, onde o Bispo Cipriano também foi decapitado, na sua diocese de Cartago. As relíquias de santo Estevão I foram encontradas na Sepultura dos Papas, no Cemitério São Calisto, em Roma. Em 1682, seu corpo foi transferido para a Catedral da cidade de Pisa, na Itália. A sua veneração litúrgica foi designada para o dia de sua morte.
Santo Estevão I, rogai por nós!
Eusébio
nasceu na Sardenha, no ano 283. Depois da morte de seu pai, em
testemunho da fé em Cristo, durante a perseguição do imperador
Diocleciano, sua mãe levou-o para completar os estudos eclesiásticos em
Roma. Assim, muito jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado
sacerdote. Aos poucos, foi ganhando a admiração do povo cristão e do
papa Júlio I, que o consagrou bispo da diocese de Vercelli em 345.
Nesta
condição, participou do Concílio de Milão em 355, no qual os bispos
adeptos da doutrina ariana tentaram forçá-lo a votar pela condenação do
bispo de Alexandria, santo Atanásio. Eusébio, além de discordar do
arianismo, considerou a votação uma covardia, pois Atanásio, sempre um
fiel guardião da verdadeira doutrina católica, estava ausente e não
podia defender-se. Como ficou contra a condenação, ele e outros bispos
foram condenados ao exílio na Palestina.
Porém isso não o livrou
da perseguição dos hereges arianos, que infestavam a cidade. Ao
contrário, sofreu muito nas mãos deles. Como não mudava de posição e
enfrentava os desafetos com resignação e humildade, acabou preso, tendo
sido cortada qualquer forma de comunicação sua com os demais católicos.
Na prisão, sofreu ainda vários castigos físicos. Contam os escritos que
passou, também, por um terrível suplício psicológico.
Quando o
povo cristão tomou conhecimento do fato, ergueu-se a seu favor. Foram
tantos e tão veementes os protestos que os hereges permitiram sua
libertação. Contudo o exílio continuou, e ele foi mandado para a
Capadócia, na Turquia e, de lá, para o deserto de Tebaida, no Egito,
onde foi obrigado a permanecer até a morte do então imperador
Constantino, a quem sucedeu Juliano, o Apóstata, que deu a liberdade a
todos os bispos presos e permitiu que retomassem as suas dioceses.
Depois
do exílio de seis anos, Eusébio foi o primeiro a participar do Concílio
de Alexandria, organizado pelo amigo, santo Atanásio. Só então passou a
evangelizar, dirigindo-se, primeiro, a Antioquia e, depois, à Ilíria,
onde os arianos, com sua doutrina, continuavam confundindo o povo
católico. Batalhou muito combatendo todos eles.
Mais tarde, foi
para a Itália, sendo recepcionado com verdadeira aclamação popular. Em
seguida, na companhia de santo Hilário, bispo de Poitiers, iniciou um
exaustivo trabalho pela unificação da Igreja católica na Gália, atual
França. Somente quando os objetivos estavam em vias de serem alcançados é
que ele voltou à sua diocese em Vercelli, onde faleceu no dia 1º de
agosto de 371.
Apesar de ser considerado mártir pela Igreja, na
verdade santo Eusébio de Vercelli não morreu em testemunho da fé, como
havia ocorrido com seu pai. Mas foram tantos os seus sofrimentos no
trabalho de difusão e defesa do cristianismo, passando por exílios e
torturas, que recebeu esse título da Igreja, cujo mérito jamais foi
contestado. Com a reforma do calendário litúrgico de Roma, de 1969, sua
festa foi marcada para o dia 2 de agosto. Nesta data, as suas relíquias
são veneradas na catedral de Vercelli, onde foram sepultadas e
permanecem até os nossos dias.
Minha oração
“Santo Eusébio de Vercelli, bispo e mártir, exemplo de defesa da
fé em Cristo, pedimos a força para vencer toda a tentação e seguirmos o
caminho do Evangelho. Amém.”
Santo Eusébio de Vercelli, rogai por nós!
Mas
encontrou a objeção do seu pai. Apesar de muito religioso, ele não
concordou com a decisão do filho, porque precisava da sua ajuda para
sustentar a casa. Além disso, não tinha condições de pagar as despesas
dos estudos no seminário. Diante desses fatos, só lhe restava rezar
muito enquanto trabalhava e, às escondidas, estudar o latim. Em 1834,
conseguiu realizar o seu sonho, recebendo a ordenação sacerdotal na sua
própria diocese de origem.
Após alguns anos no ministério
pastoral, em 1839, padre Eymard entrou na recém-fundada Congregação dos
Padres Maristas, em Lyon. Nesta Ordem permaneceu durante 17 anos,
chegando a ocupar altos cargos. Foi quando recebeu de Maria Santíssima a
missão de fundar uma obra dedicada à adoração perpétua da eucaristia.
Aliás,
padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do povo da
Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos
superiores e para o próprio papa Pio IX. Entretanto, percebeu que, por
meio do Instituto dos Maristas, não poderia executar o que era preciso.
Deixou o Instituto e foi para Paris.
Lá, em 1856, com a ajuda do
arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo
Sacramento. Após 3 anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do
Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em
que leigos comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.
Padre
Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a França para
levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da nova Ordem,
deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade eucarística.
Muito
doente, ele faleceu na sua cidade natal no dia 1º de agosto de 1868,
com apenas 57 anos de idade. Beatificado pelo papa Pio XI em 1925, foi
canonizado pelo papa João XXIII em 1962. Na ocasião, foi designado que a
memória litúrgica de são Pedro Julião Eymard deve ser celebrada em 2 de
agosto, um dia após o de sua morte.
São Pedro Julião Eymard, rogai por nós!
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