São Lourenço, Diácono e Mártir
Nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo
São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos
Seu
martírio, diz o poeta Prudêncio, assinalou o declínio dos deuses de
Roma. Sinal, portanto, de que a morte do jovem diácono Lourenço
provocara na cidade uma grande impressão, a ponto dos pagãos — vendo tão
serena coragem diante da tortura — começarem a se interrogar sobre a
religião professada pelo heroico mártir.
Sua imagem, cingida de lenda (o relato da paixão de São Lourenço, que data de um século após sua morte, é pouco confiável) já
na obra dos escritores próximos a sua época, como Prudêncio, Dâmaso e
Ambrósio, está ligada à sua tortura. O mártir, posto em uma grelha sobre
carvões ardentes, encontra um modo de gracejar: "Vede, deste lado já
estou bem cozido; virai-me do outro". Mas a maioria dos escritores
modernos julga que Lourenço tenha sido decapitado como o papa Sisto II —
do qual era diácono e o havia precedido por três dias no martírio.
O
papa Dâmaso, por outro lado, parece convalidar a tradição dos carvões
ardentes e recorda o heroico testemunho de fé com eficaz síntese:
"Verbera, carnífices, flammas, tormenta, catenas..."- açoites,
carrascos, chamas, tormentos, cadeias, nada prevaleceu contra sua
fidelidade a Cristo.
Ele
fora, de fato, encarregado de dirigir outros diáconos de Roma. Pode-se,
pois, julgar que, na iminência da prisão, o papa o tenha encarregado de
distribuir aos pobres o pouco que a Igreja possuía.
Quando
o imperador Valeriano — lê-se na paixão — impôs-lhe a entrega do
tesouro do qual ouvira falar, Lourenço teria reunido diante dele um
grupo de mendigos: "Eis o nosso tesouro", disse-lhe, "podeis encontrá-lo
por toda a parte". Foi sepultado na via
Mas
ao lado desta imagem de sofrimento aceito, há outra, de modo algum
lendária, referente ao diácono encarregado de distribuir aos pobres a
coleta dos cristãos Tiburtina,
no Campus Veranus — Verano —,e sobre seu sepulcro foi erigida a
basílica que leva seu nome, a primeira das igrejas que Roma dedicou ao
seu popular mártir.
Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou no Espírito Santo força para dizer no auge do sofrimento na grelha: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”.
A Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.
Minha oração
“São Lourenço, que nunca desanimastes na fé em Deus, dai-nos o desejo e a força de enfrentar as dificuldades por amor e seguir o Evangelho. Amém!”
São Lourenço, rogai por nós!
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