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domingo, 27 de agosto de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho Cotidiano

 21º Domingo do Tempo Comum

 Anúncio do Evangelho (Mt 16,13-20)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja; e os poderes do reino das trevas jamais poderão contra ela! (Mt 16,18)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e aí perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.

15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”

16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias.

- Palavra da Salvação 

— Glória a vós, Senhor.


«Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? (…) E vós, quem dizeis que eu sou?»

Hoje, a profissão de fé de Pedro em Cesareia de Filipe abre a ultima etapa do ministério público de Jesus preparando-nos para o acontecimento supremo da sua morte e ressurreição. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus decide retirar-se por algum tempo com os seus apóstolos para intensificar a sua formação. Neles começa a tornar-se visível a Igreja, semente do Reino de Deus no mundo.

Há dois Domingos atrás, ao contemplar como Pedro andava sobre as águas e se afundava nelas, escutávamos a repreensão de Jesus: «Que pouca fé! Porque duvidaste?» (Mt 14,31). Hoje, a repreensão é trocada por um elogio: «Feliz és tu, Simão, filho de Jonas» (Mt 16,17). Pedro é ditoso porque abriu o seu coração à revelação divina e reconheceu em Jesus Cristo o Filho de Deus Salvador. Ao longo da história colocam-se-nos as mesmas perguntas: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? (…) e vós, quem dizeis que eu sou?» (Mt 16,13.15). Também nós, num momento ou outro, tivemos que responder quem é Jesus para mim e o que é que reconheço Nele; de uma fé recebida e transmitida por testemunhos (pais, catequistas, sacerdotes, professores, amigos…) passamos a uma fé personalizada em Jesus Cristo, da qual também nos convertemos em testemunhas, já que nisso consiste o núcleo essencial da fé cristã.

Somente desde a fé e a comunhão com Jesus Cristo venceremos o poder do mal. O Reino da morte manifesta-se entre nós, causa-nos sofrimento e apresenta-nos muitas interrogações; no entanto, também o Reino de Deus se faz presente no meio de nós e revela a esperança; e a Igreja, sacramento do Reino de Deus no mundo, cimentada na rocha da fé confessada por Pedro, nos faz nascer à esperança e à alegria da vida eterna. Enquanto houver humanidade no mundo, será preciso dar esperança e enquanto for preciso dar esperança, será necessária a missão da Igreja; por isso, o poder do inferno não a derrotará, já que Cristo, presente no seu povo, assim nos garante. Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Rubí, Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «O bem-aventurado Pedro é o primeiro dos apóstolos, ama impetuosamente a Cristo, de quem mereceu ouvir: 'E eu digo-te que tu és Pedro', e sobre esta pedra edificarei a fé que acabas de professar» (Santo Agustinho)

  • «Cada um de nós é uma pequena pedra mas, nas mãos de Jesus ela é orientada para a construção da Igreja: ela é uma comunidade de vida, feita de muitíssimas pedras, todas diferentes, que formam um único edifício no sinal da fraternidade e da comunhão» (Francisco)

  • «No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar (307). Jesus confiou-lhe uma missão única (...). Cristo, ´Pedra viva´ (1Pe 2,4)), garante à sua Igreja, edificada sobre Pedro, a vitória sobre os poderes da morte. Pedro (...) terá a missão de defender esta fé para que nunca desfaleça e de nela confirmar os seus irmãos (cf. Lc 22,32)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 552)

     

domingo, 27 de agosto de 2017

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

21º Domingo do Tempo Comum

Evangelho segundo S. Mateus 16,13-20.
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».

Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias.

Comentário do dia:   Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentários sobre Mateus, 16
«Tu és [...] o Filho do Deus vivo»

O Senhor tinha perguntado: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?» Naturalmente que o espeto do seu corpo manifestava o Filho do homem; mas, ao fazer esta pergunta, Ele dava a entender que, para além do que se via nele, havia outra coisa a discernir. [...] O objeto da pergunta era um mistério para o qual a fé dos crentes devia orientar-se.

A confissão de Pedro obteve em pleno a recompensa que merecia por ter visto naquele homem o Filho de Deus. «Feliz» é ele, louvado por ter prolongado a sua vista para além dos olhos humanos, não olhando para o que vinha da carne e do sangue, mas contemplando o Filho de Deus revelado pelo Pai dos céus: foi considerado digno de ser o primeiro a reconhecer o que em Cristo era de Deus. Que belo alicerce pôde ele dar à Igreja, confirmado pelo seu novo nome! Ele torna-se a pedra digna de edificar a Igreja de forma a ela romper as leis do inferno [...] e todas as cadeias da morte. Feliz porteiro do Céu, a quem são confiadas as chaves do acesso à eternidade; a sua sentença na Terra antecipa a autoridade do Céu, de tal forma que o que tiver ligado ou desligado na Terra o será também no Céu.

Jesus ordena ainda aos discípulos que não digam a ninguém que Ele é o Cristo, porque vai ser preciso que outros, quer dizer, a Lei e os profetas, sejam testemunhas do seu Espírito, uma vez que o testemunho da ressurreição caberá aos apóstolos. E, assim como foi manifestada a felicidade daqueles que conhecem Cristo no Espírito, foi igualmente manifestado o perigo de se desconhecer a sua humildade e a sua Paixão. 

sábado, 11 de julho de 2015

Tu és Pedro

"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mt 16,18).


Ao instituir a Igreja, a partir do Colégio dos Doze Apóstolos, Jesus o quis como um grupo estável e escolheu Pedro para chefiá-lo.

É fácil compreender essa iniciativa do Senhor. Todo grupo humano precisa ter uma Cabeça visível para manter a sua ordem e integridade. Nenhuma instituição humana sobrevive sem observar esta lei.

O Código de Direito Canônico da Igreja, diz que:

"O Bispo da Igreja de Roma, no qual perdura o múnus concedido pelo Senhor singularmente a Pedro, primeiro dos Apóstolos, para ser transmitido a seus sucessores, é a Cabeça do Colégio dos Bispos, Vigário de Cristo e aqui na terra Pastor da Igreja universal; ele, pois, em virtude de seu múnus, tem na terra o poder ordinário supremo, pleno, imediato e universal, que pode sempre exercer livremente"(CDC,Cân.331)."

A Igreja, que é semelhante ao próprio Jesus, isto é, ao mesmo tempo, humana e divina, precisa também ter um Chefe visível. Ela tem a sua Cabeça divina, invisível, o próprio Cristo; e tem a sua Cabeça humana, o seu chefe visível, o Papa. Cristo assim o quis. Diz o Catecismo que:

"Somente a Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu como a pedra da sua Igreja. Entregou-lhe as suas chaves, instituiu-o pastor de todo o rebanho" (nº 881).

"E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16,18-19).

Estas palavras de Jesus são claríssimas, e só não as entende quem não quer. Não há como distorcê-las e manuseá-las.

Pedro é a pedra sobre a qual Ele quis edificar a Sua Igreja. É preciso notar que o Senhor diz "a Minha Igreja". Usou um pronome possessivo "Minha"; ela é propriedade Sua, é o Seu próprio Corpo, e Ele a quis construída sobre o Papa. Não existe outra.

Para não deixar dúvidas a respeito disto, no primeiro encontro que Jesus teve com Simão, trocou/lhe o nome para "Kefas", que quer dizer Pedro, o mesmo que pedra em aramaico.

Quem nos relata isso é o evangelista São João. Pedro não se deu conta da grandiosidade daquele acontecimento, no momento, mas, certamente, se lembrou dele mais tarde. Ouçamos o evangelista contar logo no início do seu Evangelho:

"André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João [Batista] e que o tinham seguido. Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse/lhe: "Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). Levou-o a Jesus e Jesus, fixando nele o olhar, disse "Tu és Simão, filho de João; serás chamado Kefas (que quer dizer pedra)" (Jo 1,40ss)´´.

É importante observar que ´´no primeiro encontro´´ com Simão, Jesus ´´fixa nele o olhar´´ e muda o seu nome para Pedro. Isto não foi sem razão.

Na Bíblia, quando Deus muda o nome de alguém, é porque está dando a essa pessoa uma missão. Para o judeu o nome da pessoa tinha algo a ver com a sua identidade e missão. Assim, por exemplo o Anjo disse a José:

´´Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus [Deus salva], porque ele salvará o seu povo de seus pecados´´ (Mt 1,21).

Veja que o nome dado ao Messias de Deus é Jesus, designando a sua identidade divina e a sua missão salvífica (Deus salva / Jesus).

Um exemplo marcante de mudança de nome foi o que ocorreu com Abraão. Ele se chamava Abrão, que quer dizer ´´pai elevado´´ e Deus muda seu nome para Abraão, que significa ´´pai de uma multidão´´, porque Deus o escolhera para a grandiosa tarefa de pai do seu Povo. Diz o Gênesis:

´´Abrão [note o nome antigo!] tinha noventa e nove anos. O Senhor apareceu/lhe e disse: ´´Eu sou o Deus todo/poderoso. Anda em minha presença e sê íntegro, quero fazer aliança contigo e multiplicarei ao infinito a tua descendência´´. Abrão prostrou/se com o rosto por terra. Deus disse/lhe: ´´Este é o pacto que faço contigo: serás o pai de uma multidão de povos. De agora em diante não te chamarás mais Abrão, e sim Abraão, porque farei de ti uma multidão de povos...´´(Gen17,18).

Foi um momento muito solene em que Deus escolheu o ´´Pai´´ do seu Povo, de onde nasceria o Salvador.

É interessante notar que Deus muda também o nome de Sara, de Sarai (estéril) para Sara (fértil).

´´Disse Deus a Abraão: ´´Não chamarás mais a tua mulher Sarai e sim Sara. Eu a abençoarei, e dela te darei um filho. Eu a abençoarei, e ela será mãe de nações e dela sairão reis´´ (Gen 17, 15/16).

A mesma mudança de nome ocorreu com Jacó, o Patriarca do povo Judeu, que Deus passa a chamar de Israel:

´´Deus apareceu ainda a Jacó ... e o abençoou. Deus lhe disse: ´´Tens o nome de Jacó, mas não te chamarás mais Jacó: teu nome será Israel´´.

Deus disse: ´´Eu sou El Shaddai. Sê fecundo e multiplica/te. Uma nação, uma assembléia de nações nascerá de ti e reis sairão de teus rins. Eu te dou a terra que dei a Abraão e a Isaac...´´ (Gen 35,10/13).

Nessas passagens vemos outro momento solene na história do povo de Deus, onde Ele muda o nome de Jacó para designar/lhe o patriarca. A expressão ´´El´´ significa ´´Deus de Israel´´ (Gen 33,20).

Essa ´´mudança de nome´´ Jesus fez também com Simão, ´´no primeiro encontro´´, em vista da missão solene que lhe haveria de dar mais tarde:

´´Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja´´ (Mt 16,18).

Não resta dúvida, portanto, que Pedro, e seus sucessores, são a Pedra angular, visível, que Cristo, Pedra angular invisível, quis na Igreja. Jesus quis essa pedra visível para que ela mantivesse a unidade da Igreja e a integridade da sua doutrina na verdade que liberta e salva.

Após a Ressurreição Jesus confirma Pedro como o pastor de todo o rebanho.

´´Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: ´´Simão, filho de João, amas/me mais do que estes ? ´´ Respondeu ele: ´´Sim, Senhor, tu sabes que te amo´´. Disse/lhe Jesus. ´´Apasce
´´Mystici Corporis Christi´´nta os meus cordeiros´´ (Jo 21, 15/17)´´.

Por três vezes o Senhor repetiu esta pergunta a Pedro, e por três vezes lhe disse: ´´Apascenta as minha ovelhas´´. A nenhum outro apóstolo isto foi dito.

Alguns Padres da Igreja viram nesta tríplice confirmação de Pedro como ´´Pastor do rebanho´´, como que uma maneira de apagar aquelas três vezes que Pedro negou tristemente o Senhor dizendo: ´´Não conheço este homem´´ (Jo 18,17.25/27, Mt 26,70/75).

Na verdade essa repetição tríplice era a forma solene que o hebreu usava na confirmação de uma missão.

É importantíssimo notar que, mesmo após Pedro ter negado Jesus tristemente, por três vezes, ainda assim o Senhor não tirou dele a chefia do rebanho. Como então / podemos perguntar / os homens querem tirar de Pedro e do Papa o Primado da Igreja, se nem mesmo Jesus, após ter sido negado e renegado por Pedro, tirou/lhe o mandato ? Se Cristo manteve Pedro como o Chefe da Sua Igreja, mesmo após a negação triste, seremos nós homens, que teremos a ousadia de negar/lhe o primado? Não sejamos insensatos, ´´com Deus não se brinca´´, nos ensina São Paulo.

Isto mostra que atentam gravemente contra a vontade expressa do Senhor aqueles que não querem aceitar a jurisdição do Papa sobre toda a Igreja universal.

Desde os primeiros séculos da Igreja, o Bispo de Roma, o Papa, exerceu o primado na Igreja. Vejamos, por exemplo, o que diz São Cipriano (
#8224;258), bispo de Cartago, o grande defensor da unidade da Igreja, já no terceiro século:

´´O Senhor diz a Pedro: ´´Eu te digo que és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Dar/te/ei as chaves do reino dos céus...O Senhor edifica a sua Igreja sobre um só, embora conceda igual poder a todos os apóstolos depois de sua ressurreição, dizendo: ´´Assim como o Pai me enviou, eu os envio. Recebei o Espírito Santo, se perdoardes os pecados de alguém, ser/lhes/ão perdoados, se os retiverdes, ser/lhes/ão retidos. No entanto, para manifestar a unidade, dispõe por sua autoridade a origem desta mesma unidade partindo de um só. Sem dúvida, os demais apóstolos eram, como Pedro, dotados de igual participação na honra e no poder; mas o princípio parte da unidade para que se demonstre ser única a Igreja de Cristo... Julga conservar a fé quem não conserva esta unidade da Igreja? Confia estar na Igreja quem se opõe e resiste à Igreja? Confia estar na Igreja, quem abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está fundada a Igreja?´´ ( Sobre a Unidade da Igreja ).

Vemos, portanto, que desde os primeiros séculos, os cristãos já tinham a noção exata de que sobre a cátedra de Pedro foi fundada a Igreja.

São João Crisóstomo (
#8224;407), bispo de Constantinopla, doutor da Igreja, dizia que:

´´No interesse da paz e da fé não podemos discutir sobre questões relativas à fé sem o consentimento do Bispo de Roma.´´

´´Pedro, na verdade, ficou para nós como a pedra sólida sobre a qual se apoia a fé e sobre a qual está edificada a Igreja. Tendo confessado ser Cristo o Filho de Deus vivo, foi/lhe dado ouvir: ´´Sobre esta pedra / a da sólida fé / edificarei a minha Igreja´´(Mt 16,18).

´´Tornou/se enfim Pedro o alicerce firmíssimo e fundamento da Casa de Deus, quando, após negar a Cristo e cair em si, foi buscado pelo Senhor e por ele honrado com as palavras: ´´apascenta as minhas ovelhas´´(Jo 21,15s). Dizendo isto, o Senhor nos estimulou à conversão, e também a que de novo se edificasse solidamente sobre Pedro aquela fé, a de que ninguém perde a vida e a salvação, neste mundo, quando faz penitência sincera e se corrige de seus pecados´´ (Haer. 59,c,8).

Segundo o testemunho de Santo Ireneu (
#8224;202), desde o primeiro século, a Igreja de Roma tinha a primazia do ensino. Antes de dar a lista dos doze primeiros papas, ele afirma:

´´Porque é com essa Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda igreja, isto é, que devem concordar os fiéis procedentes de qualquer parte, ela, na qual sempre, em benefício dos que procedem de toda parte, se conservou a tradição que vem dos apóstolos´´ (Contra as Heresias).

Santo Agostinho, após a condenação do Pelagianismo, a heresia que desprezava a graça de Deus, no sínodo do ano 416, com a concordância do Papa Inocêncio I, pronunciou a frase que ficou célebre na Igreja:

´´Roma locuta, causa finita !´´ (Roma falou, encerrada a questão !)

Na Encíclica ´´Mystici Corporis Christi´´, o Papa Pio XII mostrou muito bem que aqueles que não se ligam à Cabeça visível da Igreja, também não se ligam a Cristo, Cabeça da Igreja:

´´ Há os que se enganam perigosamente, crendo poder se ligar a Cristo, cabeça da igreja, sem aderir fielmente a seu Vigário na terra. Porque suprimindo esse Chefe visível, quebrando os laços luminosos da unidade, eles obscurecem e deformam o Corpo místico do Redentor a ponto de ele não poder ser reconhecido e achado dentro dos homens, procurando o porto da salvação eterna´´.

Qualquer um de nós no lugar de Jesus, após ter sido negado por Pedro, por três vezes, naquela hora terrível, teria dispensado Pedro da chefia da Igreja. Mas Jesus é diferente de todos nós ... manteve Pedro no timão da sua Barca.

Parece/me que Jesus quis fazer o seu eleito, sentir fortemente a sua miséria, para nunca confiar em si mesmo, especialmente no governo da Igreja nascente. Pedro foi orgulhoso; ele havia dito a Jesus, momentos antes de Jesus ser preso:

´´Senhor, estou pronto a ir contigo até a prisão e a morte´´ (Lc 22,33).

Ao que Jesus lhe respondeu:

´´Digo/te Pedro, que não cantará hoje o galo, até que três vezes hajas negado que me conheces´´ (v. 34).

É importante notar que tudo isso aconteceu na mesma noite em que Jesus foi preso.

Há uma verdade que os santos nos ensinam: é pela humilhação que nos tornamos humildes. Jesus deixou Pedro passar pela humilhação de negá/lo três vezes, talvez para que se tornasse humilde e apto para a chefia da Igreja.

Mas é importante notar também que nessa mesma noite, Jesus disse a Pedro:

´´Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo, mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos´´ (Lc 22,31).

Como são importantes estas palavras ! Satanás, quis derrubar Pedro, se possível fazer com ele o que tinha feito com Judas Iscariotes, mas o Senhor orou por ele ... ´´mas eu roguei por ti´´.

Se Pedro não desfaleceu após a tríplice negação de Jesus, se não caiu no mesmo remorso desesperador de Judas, certamente foi porque o Senhor intercedeu por ele junto do Pai. Pedro chorou amargamente o seu pecado:

´´Voltando/se o Senhor, olhou para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra do Senhor : ´´hoje, antes que o galo cante, negar/me/às três vezes. Saiu dali e chorou amargamente´´ (Lc 22, 61/62).

Que lágrimas benditas ! Lágrimas de arrependimento e de dor, mas também de confiança que vence o desespero.

Com tudo isso Jesus tinha feito uma grande obra no coração do seu escolhido. Aquele olhar de Jesus para Pedro destruiu toda a presunção e orgulho do primeiro Papa.

´´Voltando/se o Senhor, olhou para Pedro. Então Pedro lembrou/se da palavra do Senhor...´´(Lc 22,61).

E depois de tudo isso, Jesus manteve/o no Primado da Igreja...

´´Confirma os teus irmãos!´´ (Lc 22.31)

´´Apascenta as minhas ovelhas!´´ (Jo 21,17)

Esse é o ministério petrino que o Papa cumpre em todos os tempos, e que o nosso querido João Paulo II exerce viajando pelo mundo todo para confirmar na fé os seus irmãos. Já foram cerca de 80 viagens pelo mundo todo.

A Igreja já teve cerca de 264 Papas, chegou mesmo a ter muitos anti/Papas, que foram Papas ilegítimos, mas sempre teve o sucessor legítimo de Pedro. A permanência contínua desse ministério, contra todos os obstáculos enfrentados nesses 2000 anos, mostra/nos de maneira clara e inequívoca de que foi instituído por Deus.

É interessante notar que nenhum deles assumiu o nome de Pedro. Nunca houve o Pedro II, Pedro III; isto porque na verdade todos eles são o mesmo Pedro. Nós o chamamos de João Paulo II, mas Jesus continua a chamá/lo de Pedro.

´´Tu és Pedro !´´ (Mt 16,18).

Certa vez São João Bosco teve um sonho profético. Viu o mar agitado pelos ventos e uma batalha acontecendo. No meio da tormenta ele viu uma grande nau dirigida pelo Papa, atravessando o oceano agitado. Duas correntes saiam de cada lado da barca e a prendiam em duas fortes colunas de alturas diferentes. Sobre a mais alta ele viu a Sagrada Hóstia num ostensório, estando escrito na sua base as palavras ´´Salus credentium´´ (Salvação do que crêem). Sobre a outra coluna ele viu a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora e na base as palavras: ´´Auxilium Christianorum´´ (Auxiliadora dos Cristãos).

Deus mostrou a D. Bosco, e a nós, que essas são as três salvaguardas principais da Igreja, que não permitirão jamais as portas do inferno a vencerem: a Eucaristia, Maria e o Papa.

Devemos observar que Pedro sempre foi o lider do Colégio dos Apóstolos e seu porta/voz. Muitas são as passagens onde ele aparece como o líder, antes e depois da morte e ressurreição de Jesus, evidenciando o primado de Pedro no Colégio dos Doze.

Vejamos alguns exemplos.

O nome de Pedro é mencionado 171 vezes no Novo Testamento. João apenas 46 vezes, é o segundo mais citado.

No catálogo dos Apóstolos, Pedro é sempre citado em primeiro lugar:

´´Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João seu irmão ...´´ (Mc 3,16).

´´Eis os nomes dos doze apóstolos: ´´o primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão ...´´ (Mt 10,1/4).

´´Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos : Simão, a quem deu o nome de Pedro; André seu irmão...´´ (Lc 6,12/16).

Após a ressurreição de Jesus, continua Pedro sempre citado em primeiro lugar:

´´Tendo entrado no Cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles : ´´Pedro e João, Tiago, André ...´´ (At 1,13).

Por outro lado, Pedro aparece sempre como o ´´porta/voz´´ do Grupo:

´´Então perguntou/lhes Jesus: ´´E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: ´´Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!´´ (Mt 16,15/16).

É interessante notar que Pedro é também o escolhido pelo Pai para revelar aos outros a divindade de Jesus.

´´Feliz és Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos ceus´´ (Mt 16,17).

Em outras ocasiões Pedro toma a frente:

´´Pedro começou a dizer/lhe: ´´Eis que deixamos tudo e te seguimos´´ (Mc 10,28).

´´Então Pedro se aproximou dele e disse: ´´Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim ? Até sete vezes?´´ (Mt 18,21).

´´Disse/lhe Pedro: ´´Senhor, propões esta parábola só a nós ou também a todos? ´´ (Lc 12,41).

No momento difícil, após o discurso sobre a Eucaristia, quando Jesus ´´checou´´ até o fundo a fé dos discípulos, é Pedro quem responde :

´´Então Jesus, perguntou aos Doze: ´´Quereis vós também retirar/vos ? Respondeu/lhe Simão Pedro: ´´Senhor, a quem iríamos nós ? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus´´(Jo 6,67/69).

Essas passagens mostram bem a ´´escolha´´ de Pedro. Em muitas outras encontramos essa expressão ´´Pedro e os seus´´:

´´Entretanto, Pedro e seus companheiros tinham deixado vencer/se pelo sono ...´´ (Lc 9,32)

´´Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia ...´´ (Mc 16,7).

É relevante notar que Jesus orou por Pedro... (Lc 22,31).

Tudo isto mostra a necessidade do Papa para a Igreja. A Pedro o Senhor quis confiar uma missão especial, simbolizado pela palavra ´´Kephas´´, que quer dizer Rocha, Fundamento sólido sobre o qual se ergueria o edifício da Igreja, que haveria de perdurar até o fim do mundo. Por isso, o seu fundamento também há de ser duradouro; daí vemos claramente que as faculdades, os poderes dado a Pedro, hão de ser transmissíveis aos seus sucessores, como desde o princípio os Apóstolos e seus sucessores assim entenderam.

Desde o início os demais Apóstolos entenderam a missão especial de Pedro, conferida a ele por Jesus, e o respeitaram.

Um fato que mostra bem isso foi, por exemplo, o que aconteceu no dia de Pentecostes. É Pedro quem toma a palavra para falar ao povo :

´´Pedro, de pé com os Onze, ergueu a voz e assim lhes falou: ´´Homens da Judéia, e habitantes todos de Jerusalém ...´´ (At 2,14 s).

Em outra ocasião:

´´Então Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu/lhes : ´´Chefes do povo e anciãos, ouvi/me ...´´ (At 4,8s).

É bom recordarmos que o único Apóstolo que ficou aos pés da cruz do Senhor crucificado foi João; mas, ainda assim Pedro permaneceu o lider, o porta/voz deles, o chefe da Igreja, como Jesus havia querido.

´´À vista disso, Pedro dirigiu/se ao povo: Homens de Israel, por que vos admirais disto?´´ (At 3,12/25).

Outro fato importantíssimo do exercício dos poderes de Pedro, foi a admissão do primeiro pagão (Cornélio) na Igreja, em Jope, aceita por ele. Isto era algo inadmissível para os judeus. Mas Jesus mostrou a Pedro que veio salvar a todos; e, depois que Pedro viu o Espírito Santo ´´cair sobre os que ouviam a palavra´´ (At 10,44) na casa de Cornélio, não teve dúvidas de batizar a todos da sua casa :

´´Pode/se, porventura, recusar a água do batismo a esses que, como nós, receberam o Espírito Santo? E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo´´ (At 10,44/45).

Esta foi a primeira vez que os pagãos( os não judeus) foram admitidos na Igreja; isto é, batizados; e por decisão de Pedro. Leia todo o texto de At 10, 1/48. Somente Pedro tinha esta autoridade. Se esta decisão ´´história´´ fosse tomada por outro, certamente seria muito difícil de ter sido aceita em Jerusalém. Mas, quando Pedro voltou para lá, e expôs cuidadosamente os fatos, todos aceitaram:

´´Os apóstolos e os irmãos da Judéia ouviram dizer que também os pagãos haviam recebido a palavra de Deus. E quando Pedro subiu a Jerusalém, os fiéis que eram da circuncisão repreenderam/no: ´´Por que entraste em casa de incircuncisos e comeste com eles?´´ Mas Pedro fez/lhes uma exposição de tudo o que acontecera....´´

´´Depois de terem ouvido essas palavras, eles se calaram e deram glória a Deus dizendo: ´´Portanto também aos pagãos concedeu Deus o arrependimento que conduz à vida´´(At 11,1/18).

É muito relevante o fato do Senhor ter introduzido os pagãos na Igreja, pelo do Batismo, exatamente através de Pedro. Mais uma vez Pedro...

Outro fato marcante na vida da Igreja primitiva, e que mostra claro os poderes de Pedro, foi na realização do Primeiro Concílio universal; o de Jerusalém, no ano 49.

Toda a polêmica girou em torno da necessidade da circuncisão antes do pagão ser batizado. São Paulo e S. Barnabé ensinavam, na forte comunidade de Antioquia, que não era necessário a circuncisão; mas alguns cristãos, vindos de Jerusalém à Antioquia ensinavam o contrário. Houve conflito.

´´Alguns homens, descendo da Judéia [à Antioquia], puseram/se a a ensinar aos irmãos o seguinte: ´´Se não vos circuncidais, segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos´´. Originou/se então grande discussão de Paulo e Barnabé com eles, e resolveu/se que estes dois, com alguns outros irmãos, fossem tratar desta questão com os Apóstolos e os anciãos em Jerusalém´´ (At 15,1/3).

Por isso aconteceu o primeiro Concílio da Igreja. Ouçamos a narração de S. Lucas :

´´Ao fim de uma grande discussão, Pedro levantou/se e lhes disse: ´´Irmãos, vós sabeis que já há muito tempo Deus me escolheu dentre vós, para que da minha boca os pagãos ouvissem a palavra do Evangelho e cressem ... Por que, pois, provocais agora a Deus, impondo aos discípulos um jugo [circuncisão] que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? Nós cremos que pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seremos salvos, exatamente como eles.

Toda a assembléia o ouviu silenciosamente´´ (At 15,1/12).

Só ´´depois de terminarem´´ (v.13) é que Tiago toma a palavra para corroborar e completar o que Pedro decidiu. Não sei sob que fundamentos alguns livros protestantes querem afirmar que foi Tiago, e não Pedro, quem presidiu o Concílio de Jerusalém. Basta ler Atos15, para se tirar facilmente a conclusão.

É interessante notar também o que Pedro lembra a todos: ´´há muito tempo Deus me escolheu dentre vós...´´

É relevante notar ainda que Paulo e Barnabé, bem como a importante comunidade cristã de Antioquia, a mais antiga depois da de Jerusalém, não resolveu a questão da circuncisão por ela mesma, mas foram levar a decisão para Pedro e os Apóstolos em Jerusalém. Isto mostra que no Cristianismo nunca ouve comunidades ´´independentes´´ ou igrejas que viviam independentes dos Apóstolos. A Igreja primitiva sempre esteve sob a jurisdição dos Apóstolos e de Pedro, como podemos ver em vários fatos.

´´Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuiam terras ou casas vendiam/nas, e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam/no aos pés dos apóstolos´´ (At 4,35).

No episódio triste de Ananias e Safira, é pelas mãos de Pedro que eles recebem a punição de Deus pelo seu pecado:

´´Pedro, porém disse : ´´Ananias, por que tomou conta Satanás do teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo ...´´. Ao ouvir essas palavras Ananias caiu morto´´ (At 5,3/6).

É belo notar que:

´´...traziam os doentes para as ruas e punham/nos em leitos e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles´´ (At 5,15).

Quando o sumo Sacerdote e os doutores da lei quiseram obrigar os Apóstolos ao silêncio,

´´Pedro e os Apóstolos replicaram: ´´importa obedecer antes a Deus do que aos homens´´ (At 5,29).

Sempre Pedro está na frente; e junto com os Apóstolos. Não há como negar o primado de Pedro à frente da Igreja primitiva.

A jurisdição dos Apóstolos sobre a Igreja sempre se fez valer, e jamais houve ´´igrejas independentes´´, até a triste reforma protestante de 1517:

´´Os Apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram/lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo ... Então os dois Apóstolos lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo´´ (At 8,14/17).

A partir deste episódio a Igreja foi descobrindo o Sacramento da Crisma, ministrado pelo Bispo. Isto mostra que os Apóstolos governavam toda a Igreja primitiva.

Após a perseguição que se seguiu à morte de Estevão, muitos gentios se converteram em Antioquia, pela pregação dos dispersos que lá se refugiaram. A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém. Enviaram então Barnabé à Antioquia (At 11,19/22). A Igreja de Jerusalém mantinha a vigilância. São Lucas registra que :

´´Em cada Igreja [os apóstolos] instituíam anciãos e, após orações com jejuns encomendavam/nos ao Senhor, em quem tinham confiado´´ (At 14,23).

Esses fatos mostram claro que as igrejas particulares nunca foram independentes dos Apóstolos, e de Pedro especialmente, como querem os irmãos separados da Igreja Católica. Toda a Tradição apostólica confirma isto.

São Pedro foi martirizado em Roma. As escavações realizadas sob a basílica do Vaticano nos últimos decênios, bem como os escritores antigos, confirmam isto. Os arqueólogos descobriam um túmulo cristão sob a basílica vaticana, em meio a túmulos pagãos. Esse túmulo cristão tinha acesso por uma via que devia ser muito frequentada. Foram encontradas junto a esse túmulo numerosas inscrições a carvão (graffiti), fazendo menção ao Apóstolo Pedro. Encontraram ossos de um indivíduo de 60 a 70 anos, que é muito provavelmente de S. Pedro. Quando Pedro morreu, no ano 67, os cristãos ainda não tinham cemitérios próprios, e por isso o enterraram em um cemitério pagão.

Foi o imperador romano Constantino, filho de Santa Helena, que convertido ao Cristianismo, construiu a basílica de S. Pedro, no século IV. É importante notar que ele podia ter escolhido, ao lado do local onde a Basílica foi construída, um terreno mais adequado, plano e grande: o chamado ´´Circo de Nero´´. Ao contrário, mandou edificar a Basílica sobre um terreno fortemente inclinado e já ocupado por um cemitério, que era um local respeitado pelos romanos. Se Constantino preferiu o local acidentado e ´´desrespeitou´´ o cemitério, construindo sobre ele a Basílica, é porque deve ter tido uma razão forte, exatamente a presença do túmulo de São Pedro ali.

Por todas essas razões os Bispos de Roma são os sucessores de Pedro, com jurisdição sobre toda a Igreja. A Igreja Católica é chamada também de Romana por ter a sua sede, a Santa Sé, em Roma. Esta denominação, embora não seja uma exigência doutrinária, não é gratuita. Firmando a sede da Sua Igreja exatamente no coração do Império Romano, aquele que quis destruir a Igreja, que sacrificou milhares de mártires, com isto Cristo mostrou ao mundo que a Sua Igreja é invencível, e que jamais os poderes do inferno a vencerão. Sua promessa se cumpre. O império romano, talvez o maior império que a humanidade já conheceu, não conseguiu vencer aqueles Doze homens simples da Galiléia; ao contrário, foi ´´engolido´´ pelo cristianismo. No ano 313 o imperador Constantino, filho de Santa Helena, assinava o Edito de Milão, que acabava com a perseguição contra os cristãos em todo o império. Pouco tempo depois, o imperador Teodósio oficializava o cristianismo como a religião oficial do império...

DO Livro: ´´A MINHA IGREJA´´ DO Prof. Felipe de Aquino 

sexta-feira, 21 de março de 2014

Santo do dia - 21 de março

Santa Benedita Cambiagio Frassinello


Benedita Cambiagio nasceu no dia 02 de outubro de 1791, em Langasco, Gênova. Última dos sete filhos de José e Francisca, eles a batizaram dois dias depois de seu nascimento. Ainda pequena, se mudou para Pavia, com sua família, onde o trabalho era mais promissor. Lá recebeu uma educação cristã rigorosa e teve uma profunda experiência espiritual, que a fez pensar em seguir a vida religiosa. Porém, a família a conduziu para o casamento, que ocorreu em 1816, quando ela tinha vinte e cinco anos, com João Batista Frassinello um operário e fervoroso cristão, procedente de Ronco Scrivia.

Porém, dois anos depois, sem filhos, Benedita e João Batista, que nutriam entre si um amor de irmãos, passaram a viver como tal na mesma casa. Benedita pôde assim realizar seu desejo juvenil, de se consagrar somente à Deus. Na época, sua irmã Maria, muito doente se hospedara em sua casa e o casal passou a cuidar dela com amor e dedicação, até sua morte, em 1825. Ocasião em que, João Batista entrou como irmão leigo na comunidade religiosa dos padres Somascos, e Benedita, na comunidade das Irmãs Ursulinas de Capriolo. Mas, no ano seguinte ela voltou para Pavia, muito doente. Lá teve uma visão onde lhe apareceu São Jerônimo Emiliani, ficando curada por completo.

Depois disso, Benedita começou a trabalhar na educação de jovens e crianças, com a aprovação do bispo Luís Tosi. Precisando de ajuda, Benedita recorreu ao pai. Diante da recusa, foi ao bispo, e este pediu então a João Batista que a ajudasse. Ele atendeu logo, voltou para a esposa-irmã, renovando o voto de castidade perfeita, pelas mãos do bispo.
Benedita se dedicava de corpo e alma, à educação humana e cristã de jovens e crianças pobres e abandonadas, enquanto João Batista se encarregou de conseguir ajuda material.

Na época, a instituição escolar era muito precária e Benedita fez um alertar às autoridades locais O governo entendeu o recado e concedeu à ela o título de "promotora pública da educação". Benedita passou a receber apoio de jovens e voluntárias formando uma instituição escolar de excelente nível, cujo estatuto foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas. Ela uniu ao ensino escolar, a formação catequética e o trabalho, tornando jovens e crianças modelos de vida cristã, assegurando-lhes a verdadeira formação.

A dedicação constante de Benedita nasceu e cresceu do seu fervor ao Cristo na Eucaristia e da contemplação à Jesus na Santa Cruz.. Tinha em Deus, seu sustento e sua defesa. Não lhe faltaram, na vida, experiências espirituais, que se repetiam, especialmente, durante as Missas. Porém, isso não interferia nos compromissos cotidianos da fundadora. Mas, a Obra e o programa educativo de Benedita, passaram por duras críticas por parte da oposição e de algumas pessoas do clero. Em 1838, Benedita cedeu a sua Instituição ao bispo Luís Tosi e, com cinco irmãs, deixaram Pavia indo para Ligúria.

Na cidade de Ronco Scrivia, Benedita abriu uma escola para jovens e fundou a Congregação das Irmãs Beneditinas da Providência, escrevendo ela mesma as Regras e Constituições. A Instituição se desenvolveu rapidamente, tanto que em 1847, uma nova casa foi inaugurada em Voghera. E dez anos depois outra em Valpolcevera. No dia 21 de março de 1858, Benedita faleceu em Ronco Scrivia, no dia e hora por ela previstos.

Quarenta anos depois de sua morte, o Instituto, fundado por Benedita, se tornou independente. Assim, as religiosas puderam assumir o nome de "Irmãs Beneditinas da Divina Providência", em memória à fundadora, Benedita Cambiagio Frassinello. Em toda sua vida, ela se deixou conduzir pelo Espírito Santo, através de várias experiências pessoais. Embora sua luta fosse grande, nunca esmoreceu diante das dificuldades, seguindo sempre seu desejo de servir à Humanidade e a Deus. Foi beatificada em 1987 e canonizada em 2000, pelo Papa João Paulo II, que marcou a festa de Santa Benedita Cambiagio Frassinello para o dia de sua morte.

Santa Benedita Cambiagio Frassinello, rogai por nós! 


São Nicolau de Flue

Bruder Klaus nasceu no dia 21 de março de 1417, na Suíça. Oriundo de família pobre, ainda jovem queria ser monge ou eremita. Nesta época não pôde realizar o sonho porque tinha que ajudar os pais nos trabalhos do campo. Mais tarde também não o conseguiu, pois se casou. Felizmente a escolhida era uma moça muito virtuosa e religiosa, chamada Dorotéia, com a qual teve dez filhos. Vários deles se tornaram sacerdotes, e um dos netos, Conrado Scheuber, morreu com o conceito de santidade.

Ainda neste período Klaus não pôde se dedicar totalmente às orações e meditações como queria. Os escritos da época narram que, devido ao seu reconhecido senso de justiça, retidão de consciência e integridade moral, foi convocado a assumir vários cargos públicos, como, juiz, conselheiro e deputado.

Finalmente, aos cinqüenta anos de idade conseguiu a concordância da família e abandonou tudo. Adotou o nome de Nicolau e foi viver numa cabana que ele mesmo construiu, não muito longe de sua casa, mas num local ermo e totalmente abandonado. Tinha por travesseiro uma pedra e como cama uma tábua dura. Naquele local viveu por dezenove anos e há um fato desse período que impressionou no passado e impressiona até hoje. Há provas oficiais de que ele, durante todos esses anos, alimentou-se exclusivamente da Sagrada Comunhão. Entretanto, não conseguia se manter na solidão. Amável e receptivo, não fugia de quem o procurasse. E a pátria precisou dele várias vezes.

Pacificador e inimigo das batalhas, conhecido por seus atos e pela condição de eremita, foi chamado a mediar situações explosivas como a ameaça de guerra contra os austríacos e a eclosão iminente de uma guerra civil. Mas, quando não houve jeito de alcançar a paz no diálogo, ele também não fugiu de assumir seu lugar nos campos de batalha, como soldado e mesmo oficial. Entretanto, seu trabalho na reconciliação entre as partes envolvidas nestas questões de guerra repercutiu muito na população. Nicolau passou a ser venerado pelo povo, que logo o chamou de "Pai da Pátria".

Porém, à qualquer chance que tinha voltava para sua cabana, até ser solicitado novamente. Foi conselheiro espiritual e moral de muita gente, tanto pessoas simples como ocupantes de cargos elevados. Era muito respeitado por católicos e protestantes. Há quase um consenso em seu país de que a Suíça é hoje um país neutro e pacífico, que dificilmente se envolve em guerras ou conflitos internacionais, graças à influência do "Irmão Klaus", como era, e ainda é, carinhosamente chamado por todos os suíços.

Ele morreu no dia 21 de março de 1487, exatos setenta anos do seu nascimento. O corpo de Nicolau está sepultado na Igreja de Sachslen. Beatificado em 1669, foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1947. A memória de São Nicolau de Flue é venerada pela Igreja, no dia 21 de março e como herói da pátria, no dia 25 de setembro. Ele é o Santo mais popular da Suíça.

São Nicolau de Flue, rogai por nós!
 

São Serapião de Thmuis

Serapião nasceu no Egito, no norte da África e era um sacerdote profundo conhecedor das questões eclesiásticas. Tornou-se um dos maiores combatentes dos hereges no século IV que, aliás, foi o mais fértil deles. Fértil de hereges, mas também de combatentes. Serapião, era amigo e companheiro do bispo Atanásio, que lhe enviou cinco cartas, as quais fazem parte dos arquivos da Igreja, incentivando-o a continuar na luta contra a doutrina dos arianos. Essa doutrina negava a divindade de Jesus.

Embora não haja muitos dados confiáveis sobre sua vida, podemos seguir alguns dos seus passos na História do Cristianismo. Cursou a escola de Alexandria e tornou-se monge sob os ensinamentos de Santo Antão, abade que, ao morrer, lhe deixou como herança uma de suas túnicas de pelo. Referência encontrada numa das narrações de Atanásio, doutor da Igreja, discípulo e biógrafo de Santo Antão. Durante muito tempo dirigiu a Escola Catequética de Alexandria e, desejoso de dedicar mais tempo à oração e à penitência, retirou-se desse trabalho. Porém, não demorou muito tempo para que Serapião voltasse à direção da Igreja, sendo consagrado bispo de Thmuis, uma cidade do Egito, permanecendo na função entre os anos 340 e 356.

Serapião escreveu vários livros, sendo um que combatia o maniqueísmo, outra heresia que surgira naquela época, e da qual foi senão o maior, ao menos o mais ferrenho inimigo. Essa doutrina pregava que havia uma separação entre corpo e alma, sendo a alma pertencente a Deus e o corpo ao demônio. Também, redigiu várias epístolas sobre a doutrina cristã, e discursava muito, com isso evangelizou inúmeras pessoas ilustres e importantes de sua época.

São Jerônimo, que dedicou à Serapião um capítulo de seu livro "Homens Ilustres", nos conta que ele também fazia parte da comissão de cinco bispos que foi ao imperador Constâncio II interceder pelo bispo Atanásio, que fora exilado. Mas, como esse imperador era ariano a missão fracassou e Serapião foi deposto do seu bispado. Esse bispado que Serapião lamentou assumir, pois para isso teve que deixar sua vida de solidão e recolhimento. Em um de seus escritos encontrados, "Carta aos Monges", ele deixa muito claro como considerava ótima a escolha que os monges faziam ao renunciar às alegrias efêmeras e aos prazeres do mundo.

Esse bispo desempenhou suas funções como poucos, morrendo em 362. O Martirológio Romano indica o dia 21 de março para a veneração litúrgica de São Serapião de Thmius.

São Serapião de Thmuis, rogai por nós!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

3 de setembro - Santo do dia

São Gregório Magno


Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.

Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.

São Gregório Magno, rogai por nós!


São Marino



Nas últimas décadas do século III, dois cristãos, Marino e Leão, procedentes da ilha de Arbe, na Dalmácia, viajaram para Rimini, Itália, atraídos pela oportunidade de trabalhar como escultores, onde evangelizaram a região e ali morreram. Os dados que temos além desses fazem parte de uma vigorosa tradição cristã.

Ela nos conta que, assim que Marino chegou, procurando pedras para o seu trabalho, descobriu a região do monte Titano, ficando maravilhado pela imponência do monte e beleza do local, tanto assim que sempre que podia voltava para lá. Além de trabalhar no seu ofício, desenvolvia a missão de converter a população riminiense ao cristianismo. Devido a essa atividade, certa vez uma senhora pagã, maldosa e sem caráter, querendo impedi-lo de propagar a religião, dizendo ser sua esposa, acusou-o às autoridades de professar o cristianismo.

Como era época de perseguição aos cristãos imposta pelo imperador Diocleciano, ele foi obrigado a refugiar-se na floresta do monte Titano, a qual conhecia muito bem. Todavia a citada senhora foi atrás dele tentando dar crédito às suas acusações. Marino não encontrou outra maneira de defender-se dela a não ser com suas orações e jejum, aguardando por um milagre da Providência divina. E ele chegou. A senhora, vendo sua total entrega à vontade de Deus, converteu-se e redimiu-se. Voltou a Rimini, onde se explicou às autoridades e à população.

A tradição narra, também, que Marino e Leão, para evitar outras experiências daquele tipo, retiraram-se para junto de uma pequena comunidade que vivia no alto do monte Titano, estabelecendo a região como seu definitivo refúgio. Depois, Leão transferiu-se, sozinho, para o vizinho monte Feretrio, atual Montefeltro. Mas o terreno onde ficou Marino era de propriedade de dona Felicíssima, uma das mais influentes matronas da comunidade, cujo filho, Veríssimo, amante da caça, decidiu fazer de Marino sua presa. Ao ser encontrado, ele se defendeu da violência somente com a força das orações ao Senhor; foi escutado imediatamente, pois, quando o jovem tentou atingi-lo, ficou paralisado como uma estátua.

Sabendo do fato prodigioso, a mãe, dona Felicíssima, foi em seu socorro, suplicando a Marino o perdão pelo ato tão violento do filho Veríssimo, que, graças ao desespero da mãe e à intercessão das orações de Marino, voltou à normalidade. Depois, converteu todos da família de dona Felicíssima, que doou a Marino as terras daquela região do monte Titano. Além disto, pelo seu trabalho de pregação e a conversão de cristãos, o bispo de Rimini, Gaudêncio, também venerado como santo, conferiu a Marino a ordem do diaconato.

Marino morreu no ano 366. Foi sepultado na igreja que ele mesmo havia erguido e dedicado a são Pedro, atualmente dedicada a são Marino. O local tornou-se meta de uma peregrinação tão vigorosa que seu culto foi reconhecido pela Igreja pela devoção dos fiéis, sendo festejado no dia 3 de setembro. O mais interessante é que da sua atuação evangelizadora frutificou um país. Assim, na história de Igreja, são Marino é o único santo fundador de um país e padroeiro da república que leva o seu nome, a pequenina e bela República de São Marino.

São Marino, rogai por nós!