Assim que tornou-se pública a identidade do novo Papa, rótulos surgiram
atrelados ao nome de Jorge Mario Bergoglio. “Flexível”, para quem guarda
na memória uma imagem de 2001, quando ele lavou e beijou os pés de 12
pacientes com Aids durante visita a um hospital. “Conservador moderado”,
na definição de alas da Igreja que veem no argentino alguém que
conseguiu conter o avanço de correntes liberais entre os jesuítas, ao
mesmo tempo em que representa as mazelas do mundo em desenvolvimento.
“Ultraconservador” é a aposta dos argentinos que lembram do então
arcebispo de Buenos Aires combativo, firmemente contrário à adoção do
casamento gay no país em 2010. E “incógnita”, para quem recorda o ataque
desferido em setembro passado contra padres que se recusaram a batizar
crianças nascidas fora do casamento na Argentina. O adjetivo que melhor
parece definir o ex-arcebispo de Buenos Aires, porém, é outro — humilde.
Aos 76 anos, o primeiro Pontífice jesuíta e latino-americano é
conhecido como um intelectual politizado, que desprezou o conforto da
moradia oficial da arquidiocese para viver num quartinho simples no
segundo andar de um prédio anexo à Catedral de Buenos Aires. Abriu mão
de carros oficiais e viajava de ônibus e metrô para realizar seu
trabalho pastoral, sendo fiel aos votos de pobreza de São Francisco de
Assis, a quem homenageou quando aceitou ontem tornar-se o Papa
Francisco. E quem o conhece já questiona como alguém tão modesto vai se
adequar à suntuosidade do Vaticano.
Biografia bem antes de chegar à Santa Sé
A
retrospectiva da vida de Papa Francisco vai mesmo ao encontro da
primeira impressão deixada ontem. No primeiro discurso diante de
milhares de fiéis que se aglomeraram na Praça de São Pedro, ele exalou
tranquilidade e deixou escapar sorrisos. Passou a imagem de um Pontífice
bem-humorado e até brincalhão, que não titubeou ao dizer que a Igreja
fora buscá-lo “quase no fim do mundo”. Humano.
Os jornalistas
Sergio Rubín, um argentino especializado em religião, e a italiana
Francesca Ambrogetti, radicada em Roma, concordam. Desde 2005, a dupla
percebeu a personalidade intrigante do cardeal que quase foi eleito Papa
e escreveu sua biografia, “O Jesuíta”, lançada em 2010. Baseado numa
série de encontros com o então cardeal, o livro relata um Bergoglio
quase caricato para um argentino: fã de tango e torcedor apaixonado do
San Lorenzo de Almagro, um dos cinco maiores clubes de futebol local,
fundado, curiosamente, por um padre salesiano, Lorenzo Massa.
A
dupla garante, ainda, que Papa Francisco é bem-humorado, do tipo que
conta piadas sobre religião e até sobre os padres. E também gosta de
cozinhar a própria comida, tarefa que aprendeu ainda menino, com a mãe.
— Bem, nunca matei ninguém — disse ele, certa vez, em tom de galhofa, sobre o resultado de suas experiências culinárias.
Colegas
contam que, nas reuniões do Vaticano, o então cardeal gostava de se
sentar nas últimas fileiras. Tentava a todo custo se manter discreto,
mas, desde 2005, isso ficou difícil. E a analogia ao futebol é adequada:
no conclave que elegeu o cardeal Joseph Ratzinger, fora justamente o
jesuíta argentino seu principal desafiante. Segundo um diário anônimo do
conclave, que vazou à imprensa em setembro daquele ano, Bergoglio teria
recebido 40 votos na terceira votação. Mas acabou desistindo da
disputa, em parte, devido a uma denúncia que manchou sua reputação três
dias antes da abertura do conclave. Um advogado de direitos humanos
entrara com uma ação na Justiça acusando o arcebispo de Buenos Aires de
cumplicidade no sequestro de dois padres jesuítas em 1976, sob a
ditadura militar argentina. Segundo o vaticanista John Allen Jr., ele
também foi vítima de uma campanha negativa por e-mail, aparentemente
orquestrada por colegas da Companhia de Jesus. Ele negou veementemente
todas as acusações.
Até o fato de ter renunciado àquela disputa
com Ratzinger parece ter-lhe rendido pontos na Cúria Romana — ainda que
não ele seja um homem de carreira nos círculos administrativos da
Igreja. Numa entrevista ao diário “La Stampa”, no ano passado, deu
sinais de estar ciente dos problemas da contestada Cúria. Mas apontou-os
com sutileza.
— O carreirismo e a busca de uma promoção vêm sob a
categoria do mundanismo espiritual. A Cúria Romana tem seus pontos
negativos, mas eu acho que muita ênfase é colocada nesses aspectos
negativos, e não na santidade dos numerosos sacerdotes e leigos que
trabalham nela — declarou.
Esse tom conciliador parece se refletir
na própria escolha de Bergoglio para o Trono de Pedro. Nascido em
Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, ele é filho de um ferroviário
italiano que emigrou de Turim para a Argentina, onde teve cinco filhos —
uma eleição certeira, capaz de apaziguar a majoritária ala italiana da
Cúria ao mesmo tempo que acena para o mundo em desenvolvimento.
Sem pulmão, mas com fôlego para a política
O
jovem Bergoglio sonhava em ser químico e chegou a completar um curso
técnico. Mas, aos 21 anos, optou pelo sacerdócio e, em 1958, entrou na
Companhia de Jesus — dez anos depois de perder um dos pulmões devido a
uma infecção respiratória. Foi ordenado sacerdote em 1969 e, durante a
ditadura argentina, ascendeu ao comando provincial dos jesuítas.
O
novo Pontífice fala espanhol, italiano e alemão. Construiu toda sua
carreira eclesiástica na Argentina — exceto por dois breves períodos
vividos no Chile e na Alemanha, onde estudou. Amante da poesia e dos
livros, ele revelou a seus biógrafos ser um leitor voraz, apreciador de
Fiódor Dostoiévski e Jorge Luis Borges, “um sábio, um agnóstico que
todas as noites rezava o Pai-Nosso porque havia prometido à mãe”. Até a
revista do Partido Comuninista da Argentina era lida com atenção, embora
o Papa tenha ressaltado:
— Nunca fui comunista.
Pelo
contrário. Ele chegou até a combater os partidários da Teologia da
Libertação e os lampejos marxistas nos anos 70, pois fazia questão de se
manter fiel ao Evangelho. A batina, porém, não ofuscou sua vocação para
a política. Conhecido pelo enfoque no trabalho pastoral e na obra
social, Bergoglio fez das críticas a pobreza e corrupção suas marcas
registradas.
Teve, desde 2003, embates duros com o governo
kirchnerista. Em suas homilias, atacava não só a situação social da
Argentina como o “clima de confrontação política” do país. E depois de
irritar o ex-presidente Néstor Kirchner em várias ocasiões, a batalha se
estendeu à atual presidente e viúva, Cristina Kirchner, que não raro o
acusa de ingerência indevida nos assuntos de Estado.
Os dois,
aliás, parecem travar uma guerra particular. A militância de Bergoglio
não conseguiu impedir a Argentina de tornar-se o primeiro país
latino-americano a autorizar o casamento gay, em 2010. Ou barrar
determinações do governo de Cristina, autorizando, por exemplo, a
distribuição de anticoncepcionais gratuitos. Certa vez, o então
arcebispo disse que as adoções de crianças por casais homossexuais eram
uma discriminação contra os menores. A presidente reagiu, classificando
as declarações como “da época medieval e da Inquisição”.
Bergoglio
cometeu algumas faltas, mas foi jogador de peso na arena nacional de
seu país. Agora, porém, será testado como numa Copa do Mundo da
religião. E com 1,2 bilhão de católicos no planeta, torcida não faltará
para que o Papa da Argentina siga a tradição dos gramados: ataque os
adversários, faça gols e leve ao Vaticano a inspiração — e a graça — do
futebol azul e branco.
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
quinta-feira, 14 de março de 2013
Ex-terrorista acusa Papa FRANCISCO - como habitual, sem provas
É um troço asqueroso! Quem acusa o papa Francisco? Um ex-terrorista e atual kirchnerista!
Pronto!
O troço já se espalhou mundo afora. Na televisão, há pouco, uma senhora
babava de indignação. Por quê? Porque um jornalista chamado Horacio
Verbitsky acusa o agora papa Francisco de ter contribuído para a prisão,
em 1976, de dois jesuítas que trabalhavam sob o seu comando: Francisco
Jalics e Orlando Yorio. Não há uma só prova a respeito, nada, zero! Há
apenas a maledicência de Verbitsky a partir de boatos.
O que a
imprensa mundo afora não está noticiando é que o senhor Verbitsky
pertenceu ao grupo terrorista Montoneros na década de 1970. Ele admite
que participou de tiroteios, ressalvando que, “felizmente, ninguém
morreu”. Como ele sabe? Também minimiza a sua atuação na organização.
É mesmo?
Não e o que sustenta o também jornalista argentino Carlos Manuel Acuña
no livro: “Verbitsky — De la Habana a la Fundación Ford” (“Verbitsky, de
Havana à Fundação Ford”). Segundo Acuña, o homem que acusa o papa
ajudou a desviar para Cuba os US$ 60 milhões que renderam o sequestro
dos irmãos Born (Jorge e Juan). Eles foram capturados em 1975 e
libertados só em 1976.
O mais
asqueroso é que, também na imprensa brasileira, Verbitsky, um puxa-saco
do casal Kirchner (Cristina, como se sabe, adora o jornalismo livre…),
está sendo chamado de “respeitado jornalista”, sem mais nenhuma
referência.
Não há
nenhuma evidência, a não ser boataria sem fundamento, de que o então
cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio tenha colaborado com a ditadura.
Já a relação de Vesbitsky com os terroristas tem até confissão.
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Primeira benção do novo Papa Francisco - íntegra
O argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito nesta quarta-feira após cinco reuniões no conclave
“Queridos irmãos e irmãs, boa noite.
Vocês todos sabem que o dever do Conclave era apontar um bispo de Roma. Me parece que meus irmãos cardeais foram quase até o fim do mundo para consegui-lo... mas aqui estamos. Eu agradeço pela acolhida da comunidade diocesana de Roma.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio, da Argentina, agora Papa Francisco, acena para a multidão na Praça São Pedro
DYLAN MARTINEZ / REUTERS
“Queridos irmãos e irmãs, boa noite.
Vocês todos sabem que o dever do Conclave era apontar um bispo de Roma. Me parece que meus irmãos cardeais foram quase até o fim do mundo para consegui-lo... mas aqui estamos. Eu agradeço pela acolhida da comunidade diocesana de Roma.
Primeiro, eu diria uma prece ao nosso bispo emérito Bento 16. Oremos
todos juntos por ele, que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o proteja.
(Oração do Pai-Nosso)
E agora, comecemos esta jornada, o bispo e o povo, esta jornada da Igreja de Roma, que preside, em caridade, todas as outras igrejas, uma jornada de fraternidade em amor, de confiança mútua. Oremos sempre uns pelos outros. Oremos pelo mundo todo para que possa haver um senso maior de fraternidade. Minha esperança é que esta jornada da Igreja, que iniciamos hoje, com a ajuda do meu cardeal vigário, seja frutífera para a evangelização desta bela cidade.
E agora eu gostaria de dar a bênção, mas primeiro quero pedir um favor. Antes que o bispo abençoe o povo eu peço que vocês orem para que o Senhor me abençoe – a prece do povo por seu bispo. Façamos esta prece – sua prece por mim – em silêncio.
Darei agora minha bênção a vocês e a todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade.
Irmãos e irmãs, agora os deixarei. Obrigado por suas boas-vindas. Orem por mim e estarei com vocês de novo em breve. Nos veremos em breve.
Amanhã, quero ir rezar para a Madonna, para que ela proteja Roma.
Boa noite e bom descanso!”.
Após dois dias e cinco reuniões, uma mais que na eleição de Bento XVI, os 115 cardeais eleitores escolheram o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, para assumir o Trono de Pedro. A escolha surpreendeu os analistas, já que o cardeal de Buenos Aires não constava em nenhuma das listas de papáveis. Ele é o primeiro Papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ser Pontífice. O novo Papa adotou o nome de Francisco.
(Oração do Pai-Nosso)
E agora, comecemos esta jornada, o bispo e o povo, esta jornada da Igreja de Roma, que preside, em caridade, todas as outras igrejas, uma jornada de fraternidade em amor, de confiança mútua. Oremos sempre uns pelos outros. Oremos pelo mundo todo para que possa haver um senso maior de fraternidade. Minha esperança é que esta jornada da Igreja, que iniciamos hoje, com a ajuda do meu cardeal vigário, seja frutífera para a evangelização desta bela cidade.
E agora eu gostaria de dar a bênção, mas primeiro quero pedir um favor. Antes que o bispo abençoe o povo eu peço que vocês orem para que o Senhor me abençoe – a prece do povo por seu bispo. Façamos esta prece – sua prece por mim – em silêncio.
Darei agora minha bênção a vocês e a todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade.
Irmãos e irmãs, agora os deixarei. Obrigado por suas boas-vindas. Orem por mim e estarei com vocês de novo em breve. Nos veremos em breve.
Amanhã, quero ir rezar para a Madonna, para que ela proteja Roma.
Boa noite e bom descanso!”.
Após dois dias e cinco reuniões, uma mais que na eleição de Bento XVI, os 115 cardeais eleitores escolheram o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, para assumir o Trono de Pedro. A escolha surpreendeu os analistas, já que o cardeal de Buenos Aires não constava em nenhuma das listas de papáveis. Ele é o primeiro Papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ser Pontífice. O novo Papa adotou o nome de Francisco.
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Brincando com os 'hermanos' - A velha rixa: eles têm Messi, dois Oscar e agora um Papa
Um pouco do lado profano da escolha de um papa argentino - Argentinos usaram vitória para tirar onda nas redes sociais
Dizem que Deus é brasileiro, mas, com todo o respeito, sua “mano”,
generosa, tem feito também a alegria de nossos vizinhos argentinos. Em
1986, no México, o time de Telê Santana viu o sonho do tetracampeonato
bater na trave, enquanto Maradona usava o pé esquerdo (e a mão também,
seu juiz) para conduzir sua seleção ao segundo título mundial de
futebol. Vinte e sete anos depois, em meio a outra disputa, dessa vez no
campo sagrado do Vaticano, eles levaram a melhor novamente, com a
escolha de Jorge Mario Bergoglio — a partir de agora, Francisco — como o
primeiro Papa latino-americano, apesar da torcida pelo nosso camisa 10,
Dom Odilo Scherer. Seria um caso de dor de cotovelo coletiva — céus,
eles já têm um Messi e dois Oscar, por “A história oficial”, de Luis
Puenzo (em 1985) e “O segredo dos seus olhos”, de Juan José Campanella
(em 2010) — , mas, como a inveja é um pecado, resta apenas dizer: que
seja feita a Sua Vontade.
Mesmo assim, é preciso ser santo para não aceitar as provocações, que
começaram a explodir nas redes sociais assim que a novidade surgiu,
embalada por uma fumaça branca. Os “hermanos” curtiram a escolha,
aproveitando para tirar uma onda com os brasileiros. “Temos um Papa,
enquanto vocês ficam com Pelé”, escreveu um sujeito mais exaltado —
deixando, porém, escapar o respeito pelo atleta do século, eterno
desafeto de Maradona.
Sim, os argentinos têm o cinzento tango, em versão tradicional (Carlos Gardel, Astor Piazzolla) e eletrônica (Gotan Project), além do rock de Fito Paez, Charlie Garcia e Los Fabulosos Cadillacs, entre muitos outros. Sim, na literatura deram ao mundo gigantes como Jorge Luis Borges, Manuel Puig e Julio Cortázar.
Mas comparações nesses ou em outros setores não levam a nada, ainda mais nesse momento de comunhão. Melhor fazer como o mestre Zagallo, que celebrou o fato de o novo Papa ter sido eleito no dia 13 de um ano que termina em 13. “Que coincidência. Treze é o número da sorte, ele vai ser feliz”, disse o veterano técnico em entrevista. E emendou, comentando, bem-humorado, a “derrota” verde e amarela: “Vamos ter que engolir”. De preferência, faltou dizer, junto a um alfajor e dizendo “amém”.
Sim, os argentinos têm o cinzento tango, em versão tradicional (Carlos Gardel, Astor Piazzolla) e eletrônica (Gotan Project), além do rock de Fito Paez, Charlie Garcia e Los Fabulosos Cadillacs, entre muitos outros. Sim, na literatura deram ao mundo gigantes como Jorge Luis Borges, Manuel Puig e Julio Cortázar.
Mas comparações nesses ou em outros setores não levam a nada, ainda mais nesse momento de comunhão. Melhor fazer como o mestre Zagallo, que celebrou o fato de o novo Papa ter sido eleito no dia 13 de um ano que termina em 13. “Que coincidência. Treze é o número da sorte, ele vai ser feliz”, disse o veterano técnico em entrevista. E emendou, comentando, bem-humorado, a “derrota” verde e amarela: “Vamos ter que engolir”. De preferência, faltou dizer, junto a um alfajor e dizendo “amém”.
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Santo do dia - 14 de março
Santa Matilde
Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.
Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.
Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.
Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.
Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.
Santa Matilde, rogai por nós!
Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.
Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.
Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.
Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.
Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.
Santa Matilde, rogai por nós!
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quarta-feira, 13 de março de 2013
Roupa do Papa - curiosidades
Tudo que a roupa do papa sempre te disse e você nunca percebeu
O Papa é a figura mais representativa da Igreja Católica. Por isso, suas roupas são cuidadosamente confeccionadas. Cada peça é muito mais que uma simples vestimenta. Elas transmitem boa parte da história da Igreja, da hierarquia dentro da instituição, das crenças e da fé dos praticantes do catolicismo. Alguns itens causam polêmicas por ser adornados com ouro, mas todas as peças que compõem o traje do papa têm um significado espiritual ou histórico, que muitas vezes passam despercebidos pela maioria. Os sapatos vermelhos, o anel de ouro, os chapéus, a roupa e até a cor do tecido, tudo tem um significado simbólico. Para cada período do ano e para cada situação, o Papa tem um traje específico para usar. É assim, há anos e anos. Veja a seguir, quais são os trajes do Papa e o que cada um deles representam:
Traje Comum
Para que serve? O Traje Comum do Papa é a roupa que ele usa para as atividades rotineiras. É usado quando o Papa não está realizando celebrações.
No que consiste o traje? Consiste em uma batina branca, aliás, a cor branca é considerada a cor oficial do Papa. Também faz parte do traje uma faixa branca e um cordão amarrados na cintura. O Traje Comum ainda é composto pelo amito, que cobre os ombros e o pescoço e simboliza disciplina, e o tradicional sapato vermelho, que representa o sangue de todos que morreram por Cristo.
Traje Ordinário
Para que serve?
O Papa também é um chefe de Estado e em seus encontros políticos, ele usa o Traje Ordinário, que também é usado em cerimônias oficiais e em outras atividades ordinárias. No que consiste o traje? Esse traje também possui uma batina branca, com 33 botões, que representa a idade de Cristo. A roupa ordinária é composta ainda, por uma estola cor de vinho, que representa o poder supremo do Papa e a sua sujeição a Deus. Também faz parte do traje a mozeta, uma espécie de manto vermelho, colocado sobre o ombro do pontífice.
Traje Solene
Para que serve?
Esse traje só é usado em ocasiões muito especiais, como missas solenes e beatificações. No que consiste o traje? No Traje Solene, a tradicional batina branca fica por baixo da casula, que geralmente cobre boa parte da vestimenta do Papa. Também compõe o traje a estola, que é uma faixa de cerca de 2 metros, com símbolos litúrgicos. O Traje Solene também é composto pelo báculo, que é uma espécie de cajado, e a mitra, que é aquele chapéu comprido, com bordados dourados. A mitra é o maior símbolo do poder do Papa.
Casula
Para que serve?
A casula simboliza a sujeição do Papa a Deus como um fado que não é pesado. Ela tem uma cor apropriada para cada ocasião. No que consiste o traje? A casula possui duas variações, uma na forma de um manto longo, casula gótica, ou parecida com um colete, casula romana. Essa peça é sempre bem ornada, geralmente em dourado. A casula sempre possui uma cruz nas costas e há uma cor específica para cada período do ano e para cada ocasião. A casula vermelha, por exemplo, é usada no Domingo de Ramos, no Domingo de Pentecostes, na Sexta-Feira Santa e em datas excepcionais. Já a casula roxa é usada antes do Natal e na Quaresma. E a casula verde é a mais usada durante o ano, ela é utilizada no chamado Tempo Comum, que ao todo, possui entre 33 e 34 semanas.
Solidéu
Para que serve?
No início, o Solidéu era usado como proteção contra o frio, mas a peça acabou se tornando um símbolo de hierarquia. No que consiste o acessório? O Solidéu é uma espécie de chapéu, muito parecido com aquele usado pelos judeus. O Solidéu não é usado somente pelo Papa. Cardeais, Bispos e Abades também o usam, mas só o Papa pode usá-lo na cor branca. Os Bispos e Abades utilizam os de cor roxa, já os Cardeais usam os de cor vermelha. O Solidéu é um dos itens mais usados pelo Papa, mas no momento das orações mais solenes, ele deve ser retirado.
Pálio
Para que serve?
O Pálio, também conhecido como Pálio de Arcebispo, simboliza a união entre os arcebispos e o Papa. No que consiste o acessório? O Pálio tem despertado a curiosidade de alguns brasileiros, por possuir seis cruzes muito semelhantes às cruzes de malta (aquelas, tão ligadas ao Vasco da Gama). Essa peça é uma espécie de colarinho, é feita de lã de ovelha e possui cerca de 5 cm de largura. Inicialmente, era usado somente pelo Papa, mas o seu uso foi estendido aos arcebispos como símbolo de jurisdição delegada a eles pelo Papa.
Anel de São Pedro
Para que serve?
O Anel de São Pedro, também chamado de Anel do Pescador, representa a fidelidade do Papa à Igreja Católica. No que consiste o acessório? O Anel de São Pedro é feito de ouro, é único e exclusivo, cada papa possui o seu. Assim que o papa morre ou renuncia, o anel é destruído, para então ser fundido e com o mesmo material ser feito o anel do novo papa. O acessório possui uma imagem, em baixo-relevo, de São Pedro, e o nome do atual papa, em latim.
Traje do ex-Papa
Para que serve?
Não é comum um papa renunciar, mas já que aconteceu, o agora Papa Emérito Bento XVI, não poderá mais usar os trajes oficias de um papa, ele vestirá um traje especial para ex-papas. No que consiste o traje? A roupa utilizada por Bento XVI a partir de agora será uma batina branca, mas os sapatos não serão mais os vermelhos, e sim sapatos marrons. O solidéu não será mais o branco e sim o roxo, o mesmo que os bispos usam. O Papa Emérito também não poderá mais usar o Anel de São Pedro.
O Papa é a figura mais representativa da Igreja Católica. Por isso, suas roupas são cuidadosamente confeccionadas. Cada peça é muito mais que uma simples vestimenta. Elas transmitem boa parte da história da Igreja, da hierarquia dentro da instituição, das crenças e da fé dos praticantes do catolicismo. Alguns itens causam polêmicas por ser adornados com ouro, mas todas as peças que compõem o traje do papa têm um significado espiritual ou histórico, que muitas vezes passam despercebidos pela maioria. Os sapatos vermelhos, o anel de ouro, os chapéus, a roupa e até a cor do tecido, tudo tem um significado simbólico. Para cada período do ano e para cada situação, o Papa tem um traje específico para usar. É assim, há anos e anos. Veja a seguir, quais são os trajes do Papa e o que cada um deles representam:
Traje Comum
Para que serve? O Traje Comum do Papa é a roupa que ele usa para as atividades rotineiras. É usado quando o Papa não está realizando celebrações.
No que consiste o traje? Consiste em uma batina branca, aliás, a cor branca é considerada a cor oficial do Papa. Também faz parte do traje uma faixa branca e um cordão amarrados na cintura. O Traje Comum ainda é composto pelo amito, que cobre os ombros e o pescoço e simboliza disciplina, e o tradicional sapato vermelho, que representa o sangue de todos que morreram por Cristo.
Traje Ordinário
Para que serve?
O Papa também é um chefe de Estado e em seus encontros políticos, ele usa o Traje Ordinário, que também é usado em cerimônias oficiais e em outras atividades ordinárias. No que consiste o traje? Esse traje também possui uma batina branca, com 33 botões, que representa a idade de Cristo. A roupa ordinária é composta ainda, por uma estola cor de vinho, que representa o poder supremo do Papa e a sua sujeição a Deus. Também faz parte do traje a mozeta, uma espécie de manto vermelho, colocado sobre o ombro do pontífice.
Traje Solene
Para que serve?
Esse traje só é usado em ocasiões muito especiais, como missas solenes e beatificações. No que consiste o traje? No Traje Solene, a tradicional batina branca fica por baixo da casula, que geralmente cobre boa parte da vestimenta do Papa. Também compõe o traje a estola, que é uma faixa de cerca de 2 metros, com símbolos litúrgicos. O Traje Solene também é composto pelo báculo, que é uma espécie de cajado, e a mitra, que é aquele chapéu comprido, com bordados dourados. A mitra é o maior símbolo do poder do Papa.
Casula
Para que serve?
A casula simboliza a sujeição do Papa a Deus como um fado que não é pesado. Ela tem uma cor apropriada para cada ocasião. No que consiste o traje? A casula possui duas variações, uma na forma de um manto longo, casula gótica, ou parecida com um colete, casula romana. Essa peça é sempre bem ornada, geralmente em dourado. A casula sempre possui uma cruz nas costas e há uma cor específica para cada período do ano e para cada ocasião. A casula vermelha, por exemplo, é usada no Domingo de Ramos, no Domingo de Pentecostes, na Sexta-Feira Santa e em datas excepcionais. Já a casula roxa é usada antes do Natal e na Quaresma. E a casula verde é a mais usada durante o ano, ela é utilizada no chamado Tempo Comum, que ao todo, possui entre 33 e 34 semanas.
Solidéu
Para que serve?
No início, o Solidéu era usado como proteção contra o frio, mas a peça acabou se tornando um símbolo de hierarquia. No que consiste o acessório? O Solidéu é uma espécie de chapéu, muito parecido com aquele usado pelos judeus. O Solidéu não é usado somente pelo Papa. Cardeais, Bispos e Abades também o usam, mas só o Papa pode usá-lo na cor branca. Os Bispos e Abades utilizam os de cor roxa, já os Cardeais usam os de cor vermelha. O Solidéu é um dos itens mais usados pelo Papa, mas no momento das orações mais solenes, ele deve ser retirado.
Pálio
Para que serve?
O Pálio, também conhecido como Pálio de Arcebispo, simboliza a união entre os arcebispos e o Papa. No que consiste o acessório? O Pálio tem despertado a curiosidade de alguns brasileiros, por possuir seis cruzes muito semelhantes às cruzes de malta (aquelas, tão ligadas ao Vasco da Gama). Essa peça é uma espécie de colarinho, é feita de lã de ovelha e possui cerca de 5 cm de largura. Inicialmente, era usado somente pelo Papa, mas o seu uso foi estendido aos arcebispos como símbolo de jurisdição delegada a eles pelo Papa.
Anel de São Pedro
Para que serve?
O Anel de São Pedro, também chamado de Anel do Pescador, representa a fidelidade do Papa à Igreja Católica. No que consiste o acessório? O Anel de São Pedro é feito de ouro, é único e exclusivo, cada papa possui o seu. Assim que o papa morre ou renuncia, o anel é destruído, para então ser fundido e com o mesmo material ser feito o anel do novo papa. O acessório possui uma imagem, em baixo-relevo, de São Pedro, e o nome do atual papa, em latim.
Traje do ex-Papa
Para que serve?
Não é comum um papa renunciar, mas já que aconteceu, o agora Papa Emérito Bento XVI, não poderá mais usar os trajes oficias de um papa, ele vestirá um traje especial para ex-papas. No que consiste o traje? A roupa utilizada por Bento XVI a partir de agora será uma batina branca, mas os sapatos não serão mais os vermelhos, e sim sapatos marrons. O solidéu não será mais o branco e sim o roxo, o mesmo que os bispos usam. O Papa Emérito também não poderá mais usar o Anel de São Pedro.
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Mundo tem 1,2 bilhão de católicos, maioria na América Latina, África e Ásia
Mapa-múndi do catolicismo sofreu mudanças radicais: em 1910, a Europa tinha 70% dos católicos; hoje tem apenas 23%
Em
dois mil anos de história, o mapa-múndi do catolicismo sofreu mudanças radicais. Mas poucas foram tão dramáticas como
a transformação dos últimos cem anos. Dados do projeto Pew Fórum sobre Religião
e Vida Pública revelam que, se em 1910 a Europa tinha 70% dos católicos do
mundo, hoje tem apenas 23%.
Papa Francisco - Primeiro Papa não europeu em mais de mil anos
Dois terços dos fiéis da Igreja estão agora na América Latina, África e Ásia. Na América Latina, o número absoluto passou de 70 milhões para 425 milhões de católicos em cem anos, 45% do total. Na Ásia, o número subiu de 14 milhões para 131 milhões. A maior explosão, porém, foi na África. O continente tinha cerca de 1 milhão de fiéis em 1910 (1% do total mundial). Hoje, são 171 milhões (16%).
Os dados também apontam para uma mudança importante no ranking dos principais países católicos do mundo. Em 1910, o maior deles era a França, com 40 milhões de pessoas, seguido pela Itália com 35 milhões. O Brasil aparecia em terceiro, com 21 milhões, comparado a 16 milhões na Alemanha e 14 milhões, no México. Em 2010, o Brasil se consolidou como o maior país católico do mundo, com 126 milhões de fiéis - ainda que o número proporcional de católicos no País tenha caído de 96% da população para 65%.
A segunda posição hoje é do México, com 96 milhões, seguido pelas Filipinas e pelos Estados Unidos, cada um com 75 milhões. Pela primeira vez, um país africano entrou na lista dos dez maiores. Na República Democrática do Congo já há 31 milhões de católicos. Se a queda na Europa foi acentuada, o instituto de pesquisas insiste que a queda no número de europeus católicos se estabilizou desde 2005, quando Joseph Ratzinger foi eleito papa, ainda que em níveis muito baixos do que era cem anos atrás. Naquele momento, o papa colocou a Europa como sua prioridade, escolhendo até mesmo o nome de Bento, em uma homenagem ao padroeiro do Velho Continente.
Ainda assim, os números revelam como a religiosidade está marginalizada na região. Apenas uma minoria aponta que a fé é ainda importante em suas vidas. Na França, a taxa é de apenas 15%. Na Espanha, isso chega a 30%, comparado a 27% na Itália. Na Alemanha, o número chegou a subir com a eleição de Bento XVI, passando de 36% para 52%. Mas, já em 2007, o número tinha caído de novo para 37%. Apenas 10% dos franceses que se dizem católicos vão às missas, comparado a 24% dos espanhóis. Há menos de dez anos, a taxa na Espanha era de 31%. O Pew Fórum sobre Religião e Vida Pública é um projeto do Centro de Pesquisas Pew, em Washington.
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Escolha do cardeal Bergoglio, argentino e jesuíta, prova que a eleição de um Papa não é uma eleição comum
O argentino Jorge Mario Bergoglio é eleito o novo Papa
Aos 76 anos, o jesuíta é cardeal de
Buenos Aires e primeiro Pontífice latino-americano
Ele adotou o nome de
Francisco
Papa argentino
adota o nome de Francisco
O
cardeal jesuíta Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, de 76 anos, é
o escolhido pelo conclave
Novo papa foi ordenado sacerdote aos 33 anos e, aos 36, já comandava os jesuítas na Argentina
Após dois dias e cinco reuniões, uma
mais que na eleição de Bento XVI,
os 115 cardeais eleitores escolheram o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76
anos, para assumir o Trono de Pedro. A escolha surpreendeu os analistas, já que
o cardeal de Buenos Aires não constava em nenhuma das listas de papáveis. Ele é
o primeiro Papa latino-americano e o primeiro jesuíta a se tornar Pontífice. O novo Papa adotou o nome de Francisco. - Vocês sabem que o objetivo do conclave era dar um bispo a Roma. E
parece que meus amigos cardeais foram buscar quase no fim do mundo. Mas aqui
estamos. Obrigado. E antes de mais nada, gostaria de fazer uma oração pelo
nosso Papa Emérito, Bento XVI. Oremos todos juntos por ele, para que o Senhor o
abençoe e Nossa Senhora o receba - disse o novo Papa na sacada da Basílica
de São Pedro, antes de rezar o Pai Nosso.
O arcebispo de Buenos Aires é um jesuíta intelectual que viaja de ônibus e tem uma abordagem própria da pobreza: quando foi nomeado cardeal, Bergoglio convenceu centenas de argentinos a não voar até Roma para celebrar com ele e, em vez disso, doar o dinheiro que gastariam para os pobres. Considerado um moderado, de carreira acadêmica, ele é aberto ao diálogo com outras religiões e nunca foi acusado de nada relacionado à pedofilia. A reforma da Curia está ente suas prioridades. Bergoglio também foi um forte oponente à legalização do casamento gay na Argentina em 2010, argumentando que “crianças necessitam do direito a serem criados e educados por um pai e por uma mãe”. - É interessante que seja alguém da América Latina, mas ninguém falava do Bergoglio, não era cotado. Ele realmente não se dá bem com Cristina Kirchner. Definitivamente não é progressista. É uma pessoa de centro, conservadora, passeia pelos bairros pobres de Buenos Aires. Intelectualmente, não se alinha com Ratzinger. Não me surpreenderia se Scherer fosse secretário de Estado, mas talvez fosse poder demais para a América Latina. Ele é contra o aborto, seu posicionamento em relação ao sexo é o mesmo de Ratzinger - disse ao GLOBO Maria Clara Bingemer, professora de Teologia da Puc-Rio.
Poucos minutos depois do anúncio, o símbolo do Vaticano para o período de Sé Vacante foi retirado do site oficial da Santa Sé e substituído pela inscrição “Habemus Papam”. O teólogo brasileiro Leonardo Boff declarou à agência Ansa, que ficou “surpreso com a rápida” eleição do novo Papa. - A verdade é que estou surpreso, eu não posso dizer nada sobre o novo Papa, é preciso esperar, mas a escolha foi rápida, tão rápida, que é surpreendente. Só gostaria que o Papa eleito seja um Francisco I, um Papa de sandálias para caminhar - disse Boff em uma entrevista telefônica, pouco antes de Bergoglio ser anunciado.
Fiéis comemoram anúncio
A imagem da fumaça
branca levou ao delírio os milhares de pessoas que enfrentavam a chuva fina e um
temperatura de 9 graus na Praça de São Pedro. Além do mau tempo, muitos fiéis
deixaram de ir até a praça devido à expectativa de que a escolha aconteceria
apenas na quinta-feira. O jornal italiano “La Stampa” publicara em
sua manchete de quarta “Um novo Papa
amanhã”. Pela manhã já haviam sido feitas duas votações sem que nenhum
cardeal conseguisse os 77 votos mínimos para ser escolhido. Uma explosão de gritos da multidão de fiéis
presentes na Praça de São Pedro saudou a fumaça branca. “Viva o Papa, viva o Papa”, é o grito que vinha da praça. “Eu não esperava assistir esta noite a uma
coisa tão bonita”, contou um jovem, quase em lágrimas. "Nós viemos aqui, viemos aqui para ver o novo Papa",
gritaram outros fieis.
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