Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Santo do dia - 18 de maio

São Félix de Cantalício

Félix Porro nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Rieti, Itália, em 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses, teve de trabalhar desde a tenra idade, não podendo estudar. Na adolescência, transferiu-se para Cittaducale, para trabalhar como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e à caridade cristã.

Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João. Ele pertenceu à primeira geração dos capuchinhos. Os primeiros anos de vida religiosa passou entre os conventos de Monte São João, Tívoli e Palanzana de Viterbo, para depois, no final de 1547, se transferir, definitivamente, para o convento de São Boaventura, em Roma, sede principal da Ordem, onde viveu mais quarenta anos, sendo chamado de frei Félix de Cantalício.

Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía, para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna. Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos, o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. A todos e a tudo agradecia sempre com a mesma frase: "Deo Gracias", ou seja, Graças a Deus. Mendigou antes o pão e depois, até à morte, vinho e óleo para os seus frades.

Quando já bem velhinho foi abordado por um cardeal que lhe perguntou por que não pedia aos seus superiores um merecido descanso, frei Felix foi categórico na resposta: "O soldado morre com as armas na mão e o burro com o peso do fardo. Não permita Deus que eu dê repouso ao meu corpo, que outro fim não tem senão sofrer e trabalhar".


Em vida, foram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídos a frei Félix, testemunhados quase só pela população: os frades não julgavam oportuno difundi-los. Mas quando ele morreu, ficaram atônitos com a imensa procissão de fiéis que desejavam se despedir do amado frei, ao qual, juntamente com o papa Xisto V, proclamavam os seus milagres e a sua santidade.

Ele vivenciou o seguimento de Jesus descrito nas constituições da Ordem, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente. Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o seu papado.

No dia 18 de maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem, frei Félix deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno. O papa Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de são Félix de Cantalício repousa na igreja da Imaculada Conceição, em Roma. 


São Félix de Cantalício, rogai por nós!


São João I

 João nasceu em Túsculo, uma província da Itália. Foi eleito sucessor do papa Hormisda, em 523, e costuma ser identificado como João Diácono, autor da epístola "Ad senartun", importante para a história da liturgia batismal. É reconhecido também pela autoria de "A fé católica", transmitida pelos antigos, entre as obras do filósofo e mártir são Severino Boécio, cujo trabalho exerceu grande influencia sobre são/santo Tomás de Aquino. Vejamos qual foi a situação herdada pelo papa João I.

O papa Hormisda e o imperador Justino tinham feito cessar o cisma entre Roma e Constantinopla, que se iniciara em 484, com o então imperador Zenon, por meio do que parecia impossível: um acordo entre católicos e arianos. Com esse esquema obtivera bons resultados políticos, pois os godos eram arianos.

Porém, no final de 524, o imperador Justino publicou um decreto ordenando o fechamento das igrejas arianas de Constantinopla e a exclusão dos arianos de toda a função civil e militar.

Roma era, então, governada pelo imperador Teodorico, o Grande, o rei dos bárbaros arianos que tinham invadido a Itália. Ele obrigou o papa João I a viajar a Constantinopla para solicitar ao imperador Justino a revogação daquele decreto.

Apesar de o imperador Justino ter-se ajoelhado perante o primeiro sumo pontífice a pisar em Constantinopla, ele não conseguiu demovê-lo da perseguição aos arianos. A solicitação foi atendida apenas em parte, pois o imperador concordou em devolver as igrejas confiscadas aos arianos, mas manteve o impedimento de os arianos convertidos ao catolicismo poderem retornar ao arianismo.

Com o fracasso de sua missão, o papa João I despertou a ira do imperador Teodorico. Assim, quando colocou os pés em Roma, foi detido e aprisionado em Ravena, onde morreu em 18 de maio de 526. Foi, então, declarado mártir da Igreja. 



São João I, rogai por nós! 

São Leonardo Murialdo
Leonardo Murialdo nasceu na Itália, em 26 de outubro de 1828, e, aos cinco anos, já era órfão de pai. A família era abastada, numerosa, profundamente cristã e muito tradicional em Turim, sua cidade natal. Isso lhe garantiu uma boa formação acadêmica e religiosa. A mãe, sua primeira educadora, o enviou para Savona, para estudar no colégio dos padres Scolapi.

Na adolescência, atravessou uma séria crise de identidade, ficando indeciso entre ser um oficial do rei Carlos Alberto ou engenheiro. Mas a vida dos jovens pobres e órfãos, sem oportunidades e perspectivas, lhe trazia grandes angústias e desejava fazer algo por eles. Por isso Leonardo escolheu o caminho do sacerdócio e da caridade para aplacar essa grande inquietação de sua alma. Com muito estudo, tornou-se doutor em teologia, em 1850, e depois foi ordenado sacerdote, em 1851.

Seus primeiros anos de ministério se distinguiram pela dedicação à catequese das crianças e à criação de vários orfanatos dedicados aos jovens pobres da periferia, aos órfãos e abandonados. A sua mentalidade aberta e o trabalho voltado à juventude lhe trouxeram o convite para ser reitor do Colégio de Jovens Artesãos, o qual aceitou com amor.

Na direção do colégio, Leonardo instaurou um clima de moralidade, harmonia, formação religiosa e disciplina familiar, apoiado por competentes colaboradores, leigos e religiosos. Com essa política, assegurou a muitos jovens o acesso a uma adequada formação cristã, cultural e profissional. Ali, os jovens, assistidos de perto por Leonardo, ingressavam com a idade de oito anos e recebiam formação até os vinte e quatro anos, quando conseguiam um trabalho qualificado.

O êxito da sua pedagogia do amor fez com que o pequeno colégio crescesse em tamanho e em expressão. Surgiram, de várias partes da Itália, solicitações para a criação desses colégios de apoio à juventude. Nesse momento, Leonardo criou a Pia Sociedade Turinense de São José, mais conhecida como Congregação de São José, que se espalhou pela Europa, África e Américas.

A entrega total a essa missão e as extenuantes horas de trabalho lhe custaram graves danos à saúde. Em 30 de março de 1900, depois de várias crises de pneumonia, Leonardo morreu. Em 1970, foi canonizado pelo papa Paulo VI. A festa de são Leonardo Murialdo foi designada para o dia 18 de maio. 


São Leonardo Murialdo, rogai por nós!
 
 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Santo do dia - 17 de maio

São Pascoal Baylon

 

São Pascoal Baylon, conhecido por suas obras e sua paixão por Jesus Sacramentado


Pascoal Baylon nasceu na cidade de Torre Hermosa, na Espanha, em 16 de maio de 1540. Filho de uma família humilde, foi pastor de ovelhas desde muito jovem e, aos dezoito anos, seguindo sua vocação, tentou ser admitido no convento franciscano de Santa Maria de Loreto. Sua primeira tentativa foi frustrada, mas, em 1564, após recusar uma grande herança de um rico senhor que havia sido curado por ele e por causa dos seus dons carismáticos, ele pôde ingressar na Ordem.

Pascoal, por humildade, permaneceu um simples irmão leigo, exercendo as funções de porteiro e ajudante dos serviços gerais. Bom, caridoso e obediente às regras da Ordem, fazia penitência constante, alimentando-se muito pouco e mantendo-se em constante oração. Por causa de sua origem pobre, não possuía nenhuma formação intelectual, porém era rico em dons transmitidos pelo Espírito Santo, possuindo uma sabedoria inata.

Era tão carismático que a ele recorriam ilustres personalidades para aconselhamento, até mesmo o seu provincial, que lhe confiou a tarefa perigosa de levar documentos importantes para Paris. Essa viagem Pascoal fez a pé, descalço e com o hábito de franciscano, arriscando ser morto pelos calvinistas.

Defensor extremado de sua fé, travou grande luta contra os calvinistas franceses, que negavam a eucaristia. Apesar da sua simplicidade, Pascoal era muito determinado quando se tratava de dissertar sobre sua espiritualidade e conhecimentos eucarísticos.

Foi autor de um pequeno livro de sentenças que comprovam a real presença de Cristo na eucaristia e o poder sagrado transmitido ao sumo pontífice. Por isso foi considerado um dos primeiros e mais importantes teólogos da eucaristia.

Ele morreu no dia 17 de maio de 1592, aos cinqüenta e dois anos, em Villa Real, Valência. Em 1690, foi canonizado. O papa Leão XIII nomeou são Pascoal Baylon patrono das obras e dos congressos eucarísticos. 


 São Pascoal Baylon, rogai por nós!

terça-feira, 16 de maio de 2017

Santo do dia - 16 de maio

Santo André Bobola




Filho de pais nobres, cristãos e poloneses, André nasceu no dia 30 de novembro de 1591, na cidade de Sandomir. Aos vinte anos, ingressou no seminário dos jesuítas de Vilna, atual Vilnius, Lituânia. Lá se ordenou sacerdote em 1622, com o desejo único de evangelizar, mas acabou se tornando enfermeiro durante uma epidemia de cólera, dando prioridade a esse trabalho.

Depois foi eleito superior em Bobruik, percorrendo a região por vinte anos, com seu apostolado de pregação e evangelização. O sacerdócio era um risco contínuo nesse território devastado pelas freqüentes guerras entre poloneses, lituanos, russos "brancos" e "moscovis", suecos e cossacos. Esses nômades foram também para a Polônia, que tentava controlar o ingresso com normas rígidas de permissão, sem interromper, contudo, os confrontos sangrentos.

Além do conflito político, havia o religioso entre os católicos romanos; os cristãos orientais, divididos entre si; e os grupos da Reforma. É nesse cenário que padre Bobola marcou sua presença de fé tranqüila e pacífica, alicerçada pelo estudo e pelo gosto pessoal pelos diálogos e debates vigorosos com as demais pessoas.

Ele não vivia sem a pregação. Todos, católicos ou não, admiravam sua coragem. Os inimigos o chamavam de "caçador de almas", com uma aversão que era mais um reconhecimento ao seu valor e a sua coragem diante de tudo e de todos.

Uma revolta dos cossacos, a serviço do Império Russo, inimigo da Polônia, desencadeou uma perseguição político-religiosa sem precedentes. As igrejas, conventos e seminários foram incendiados e os católicos, torturados e martirizados. Todavia padre André Bobola não desistiu do apostolado, nem diminuiu sua pregação. No dia 16 de maio de 1657, os cossacos o capturaram e, após muito suplício e tortura, foi cruelmente assassinado.

Os católicos levaram seu corpo para Pinsk, onde todos foram venerá-lo, mesmo os ortodoxos e os dissidentes. Ali suas relíquias repousaram até o ano de 1808, quando foi trasladado para Polock, na Rússia Branca, antiga União Soviética.

Em 1922, depois da revolução bolchevista, seu corpo foi levado para um museu médico em Moscou. Mas no ano seguinte o entregaram a uma comissão de jesuítas, depois de acertos oficiais entre o papa Pio XI e as autoridades do governo russo.

Assim, a urna do jesuíta mártir foi conduzida a Roma, em 1924, e depositada na igreja de Jesus. Em 1938, o papa Pio XI o proclamou santo e suas relíquias seguiram, numa última viagem, a Varsóvia, Polônia. Santo André Bobola viveu apenas sessenta e seis anos, mas seu corpo viajou por toda a Europa ao longo de três séculos. Ele foi declarado padroeiro da Polônia, junto com Nossa Senhora de Czestochowa, e apóstolo da Lituânia. 

 Santo André Bobola, rogai por nós!


São João Nepomuceno

João nasceu em 1330, em Nepomuk, na Boêmia, atual República Checa. Apesar de os pais serem pobres e ter idade avançada, João conseguiu formar-se doutor em teologia e direito canônico na universidade de Praga, uma das mais modernas e avançadas da época, fundada pelo rei Carlos IV. Mas desde muito cedo João sabia que sua verdadeira vocação era o sacerdócio, a pregação.

Quando, finalmente, recebeu a unção sacerdotal, pôde colocar em prática o seu talento de orador sacro, e o fez de forma tão brilhante que foi convidado a ser capelão e confessor na corte, onde teve muito trabalho, pois o rei Venceslau IV era uma pessoa difícil e de mau-caráter. Mas a rainha e imperatriz Joana da Baviera era muito pia, bondosa e caridosa, e o tomou para diretor espiritual e confessor particular.

Não se sabe exatamente como foi seu martírio e como tudo ocorreu, mas o rei Venceslau, que desejava controlar a Igreja, não estava satisfeito com a possível chegada de um novo bispo, enviado por Roma a pedido da rainha.

A tradição lembra, porém, que o rei teria exigido que João violasse o segredo da confissão da rainha, coisa a que ele se negou e, por isso, foi torturado e morto. Depois, às escondidas, seu corpo foi jogado nas águas do rio Moldávia, em 16 de maio de 1383.

No dia seguinte, a população percebeu um cadáver boiando no rio, circundado por uma luz misteriosa com cinco estrelas. Ao recolhê-lo, reconheceram que se tratava do capelão João. A cidade toda, então, ficou sabendo o que acontecera com ele e reconheceu no rei Venceslau o autor daquela crueldade. Assim, em procissão, o corpo foi levado e enterrado na igreja da Santa Cruz, onde permanece até hoje.

Em 1729, ele foi canonizado. Hoje são João Nepomuceno é celebrado como o mártir da confissão e venerado por todos os habitantes da cidade de Praga. 


São João Nepomuceno, rogai por nós!


São Simão Stock

Simão nasceu em 1165, no castelo da família em Kent, Inglaterra. O seu pai era governador local, e tinha parentesco com a casa real do seu país.

A família, cristã e pia, proporcionou-lhe uma formação intelectual e religiosa aprimorada. Aluno aplicado e inteligente, freqüentou o colégio de Oxford desde os sete anos de idade. Mesmo sendo conduzido para uma carreira que trouxesse glórias terrenas, o que Simão desejava era poder seguir a vida religiosa: para servir a Deus, para a glória de Deus.

Aos doze anos, deixou o castelo paterno para viver como eremita. Retirou-se para o interior da floresta perto de Oxford, e nela viveu sua existência consagrada ao Senhor. A morada escolhida era o velho tronco oco de um carvalho. Logo essa notícia se empalhou e o estranho monge passou a ser chamado de Simão "Stock". Assim ele viveu por vinte anos, empenhado na contemplação, na oração e penitência.

Certa noite, sonhou com Nossa Senhora, que lhe dizia para juntar-se aos monges vindos do mosteiro de Monte Carmelo. A Ordem dos Carmelitas é uma das mais antigas e a primeira criada em homenagem a Maria naquele mosteiro na Palestina. Mesmo não entendendo direito o sonho, Simão obedeceu a Maria. Voltou para o castelo e aos estudos, formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges, percorria as aldeias visitando pobres e doentes, e evangelizando. Em 1213, os carmelitas chegaram à Inglaterra. Simão pôde, finalmente, receber o hábito da Ordem.

Após dois anos, por seu mérito e virtudes, foi nomeado coadjutor na direção da Ordem. E finalmente, em 1216, ocupou o cargo de vigário-geral de todas as províncias européias.

Era o período dos mais delicados para esses monges, pois eram perseguidos por outras ordens, e a dos carmelitas quase foi extinta. Diante das circunstâncias, Simão Stock, então prior-geral, enviou delegados ao papa Honório III para informá-lo da situação crucial, e pedir sua proteção. Ao mesmo tempo, convidou todos os carmelitas a rezarem pedindo ajuda a Maria para a Ordem que lhe foi dedicada, até que viesse a resposta de Roma.

Primeiro veio a resposta da Santíssima Virgem. Simão estava em profunda oração contemplativa quando viu aparecer a Mãe de Deus, cercada de anjos, que lhe mostrou o santo escapulário da Ordem, dizendo-lhe: "Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará". Mandou distribuí-lo aos monges da Ordem para tranqüilizá-los. Segundo a tradição, a aparição ocorreu no dia 16 de julho de 1251.

Depois chegou a decisão do papa Inocêncio, por meio de uma mensagem datada de 13 de janeiro de 1252, entregue a ele pelos representantes que voltaram. Nela, o sumo pontífice informava que declarava a existência legal da Ordem dos Carmelitas e autorizava a continuar a criação dos seus mosteiros na Europa. Foi assim que Simão agiu, inclusive promovendo a mudança estrutural da Ordem, que passou da vida monástica eremítica oriental, para aquela seguida no Ocidente, dos mendicantes ou apostólicos.

A devoção ao escapulário se difundiu rapidamente à cristandade toda, do Ocidente ao Oriente, como um sinal da proteção maternal de Maria e do próprio empenho de seguir Jesus como sua Santíssima Mãe. Simão morreu, com quase cem anos, em 16 de maio de 1265, no mosteiro de Bordeaux, na França, onde foi enterrado. A festa a são Simão Stock é celebrada, no dia 16 de maio, desde 1524, culto que a Igreja depois confirmou e incluiu no seu calendário litúrgico. 


 São Simão Stock, rogai por nós!


Santo Ubaldo
Ubaldo nasceu de nobre família alemã em 1085, na cidade de Gúbio, Itália. Entretanto foi criado por um tio, porque ficou órfão ainda muito criança. Aos quinze anos de idade, resolveu que seria monge ermitão, para estar longe do burburinho e das ilusões da cidade. Seu tio não permitiu, preferindo que ele fosse conviver com os cônegos de São Segundo, para completar os estudos. Com eles Ubaldo ficou até ser chamado pelo bispo João, que o ordenou sacerdote em 1114 e o manteve como auxiliar incansável na reforma eclesiástica que promovia naquela diocese.

Mas neste mesmo ano foi eleito prior da comunidade religiosa de São Mariano, nos arredores de Gúbio, e titular da catedral. À pequena comunidade ele deu um novo desenvolvimento ascético, nos moldes de são Pedro Damião, que tinha transformado o mosteiro de Fonte Avelana em um centro exemplar de vida religiosa. E para lá se dirigiu também Ubaldo, depois do incêndio de 1126, que destruiu a catedral e a comunidade, com os religiosos tendo de se dispersarem.

Acontece que Ubaldo teve atuação tão exemplar nesse período, que em 1129 foi nomeado bispo de Gúbio pelo papa Honório II, que o consagrou pessoalmente. Assim ele voltou para sua cidade, agora também sua sede episcopal. Além de ganhar a confiança do povo quase de imediato, por causa da defesa intransigente dos fracos e oprimidos pelos senhores feudais, Ubaldo passou a ser considerado herói por ter evitado a invasão da cidade pelo terrível Frederico Barba-Roxa, em 1155. Para isso usou suas armas mais eficazes: persuasão, caridade e doçura.

Ubaldo era um pacificador. Diz a tradição que, certa vez, ele se colocou literalmente entre dois grupos adversários que brigavam no centro de Gúbio. Somente ao ver seu amado bispo no chão, ferido pelos participantes de ambos os lados, é que o povo percebeu a violência descabida praticada, a luta cessou e a paz passou a reinar na cidade.

Ele morreu no dia 16 de maio de 1160, tendo sido proclamado padroeiro de Gúbio imediatamente após o falecimento. Com isso a sua canonização foi rápida, ocorrida pouco mais de trinta anos depois. Em 1192, foi proclamado santo Ubaldo, sendo celebrado no dia de sua morte. 


Santo Ubaldo, rogai por nós!
 
 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Santo Anjo da Guarda de Portugal

Santo Anjo da Guarda de Portugal - anjo da Paz, da Pátria e da Eucaristia  

As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima. 

Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.

A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”. 

Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.” 

Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santíssima Trindade.

Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós!

Santo do dia - 15 de maio

Santo Isidro

 Santo Isidro era um homem fiel, de perdão, que numa tremenda enfermidade não se revoltou

O santo de hoje nasceu em Madri (Espanha), no ano de 1070.
Ele era lavrador, um camponês. Vocacionado ao matrimônio casou-se com Maria Turíbia e tiveram um filho, o qual perderam ainda cedo.

Vida difícil e sacrificante, Isidoro santificou-se ao aprender a mística de aceitar e oferecer a Deus suas dores. Participava diariamente da Santa Missa e trabalhava para um patrão injusto e impaciente.

Santo Isidro: um homem fiel, de perdão, que numa tremenda enfermidade não se revoltou. Consumiu-se por amor a Deus. Morreu no ano de 1130, em Madri, sendo enterrado sem nenhuma distinção.

Santo Isidro, rogai por nós!


São Silvano
 A história deste santo liga-se à de são Pacômio — duas vidas paralelas com um preâmbulo na vida civil. Pacômio fora alistado à força no exército imperial e acabou na prisão por indisciplina. 

Foi reconfortado às escondidas por alguns cristãos, e esse gesto de altruísmo levou-o a conhecer a religião destes. A seqüência é conhecida.Silvano, um de seus contemporâneos, escapara ao alistamento forçado subindo ao palco dos teatros populares para alegrar as noites dos soldados. O encontro com os cristãos foi casual, mas determinou uma importante mudança de rumo em sua vida.

Abandonou o teatro e dirigiu-se a Tabennesis, impelido (como tantos outros jovens) pela fama de santidade do abade Pacômio, um pai que não poupava rudes castigos a seus filhos.


Após vinte anos transcorridos no fervor da vida de comunidade, Silvano caiu numa profunda crise e começou a transgredir as rigorosas regras impostas pelo abade. Visto ter-se revelado inútil a medicina suave, Pacômio lançou logo contra ele a excomunhão.
A drástica medida disciplinar teve salutar efeito. Silvano curvou a cerviz: não se deixou exasperar pela exclusão, mas, refletindo consigo mesmo, nele se operou uma segunda conversão. E, desta feita, caminhou para a perfeição, recebendo como prêmio a coroa da santidade, graças à qual pôde confraternizar na glória com o severo abade. 


São Silvano, rogai por nós!
 

domingo, 14 de maio de 2017

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


5º Domingo da Páscoa

Evangelho segundo S. João 14,1-12.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.  Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar?
Quando eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também.  Para onde Eu vou, conheceis o caminho». 
 
Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?».
Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim.  Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». 
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras.  Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai».

Comentário do dia:   São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Tratado sobre os graus de humildade.
«Para onde Eu vou, conheceis o caminho»

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida». O caminho é a humildade, que conduz à verdade. A humildade é o sofrimento; a verdade é o fruto do sofrimento. Poderás perguntar-me: como sabes que Ele fala de humildade, se apenas diz: «Eu sou o caminho»? Porém, Ele mesmo responde quando acrescenta: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29). Ele apresenta-Se portanto como exemplo de humildade e de mansidão. Se O imitares, não andarás nas trevas, mas terás a luz da vida (Jo 8,12). O que é a luz da vida senão a verdade? Ela ilumina todo o homem que vem a este mundo (Jo 1,9), mostrando-lhe o verdadeiro caminho. [...]

Eu vejo o caminho: é a humildade; eu desejo o fruto: é a verdade. E se a estrada for demasiado difícil para que eu possa chegar onde desejo? Escutai a sua resposta: «Eu sou o caminho, quer dizer o viático que te sustentará ao longo desta estrada». Àqueles que se enganam e não conhecem o caminho, Ele exclama: «Sou eu que sou o caminho»; àqueles que duvidam e não acreditam: «Sou eu que sou a verdade»; aos que já estão em marcha mas se fatigam: «Eu sou a vida». Escutai ainda isto: «Eu te bendigo ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste isto - esta verdade secreta - aos sábios e aos inteligentes, quer dizer aos orgulhosos, e o revelaste aos pequeninos, quer dizer aos humildes» (Lc 10,21). [...]

Escutai a verdade a falar àqueles que a procuram: «Vinde a Mim, vós que Me desejais, e sereis saciados com os meus frutos» (Eccl 24,19); e ainda «Vinde a Mim, vós todos que sofreis e tombais sob o peso do vosso fardo, que Eu vos aliviarei» ( Mt 11,28). Vinde, diz Ele. Mas para onde? A Mim, a verdade. Por onde? Pelo caminho da humildade. 


Mãe, você é um presente de Deus. Te amo mãe. Feliz Dia das Mães!




Santo do dia - 14 de maio

São Matias


No capítulo I dos Atos dos Apóstolos vem narrada a eleição desse apóstolo, chamado a recompor o número dos Doze, após a defecção de Judas Iscariotes. Pedro sugeriu o método já posto em prática no Antigo Testamento: tirar a sorte entre dois candidatos. Eram estes José, cognominado o Justo, e Matias. Ambos preenchiam os requisitos para a missão apostólica. “É necessário, pois, que, destes homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu no meio de nós, a começar pelo batismo de João até o dia em que nos foi arrebatado, haja um que se torne conosco testemunha de sua ressurreição.” Antes de tirar a sorte, os apóstolos pediram: “Mostra, Senhor, qual foi que escolheste”. 
 
A sorte recaiu em Matias. É conveniente saber que, antes de fazer parte do reduzido grupo dos apóstolos, reunidos à espera de Pentecostes, o escolhido seguiu Jesus desde o começo de sua vida pública, em meio ao grupo dos discípulos cujo número aumentava, e dia após dia foi testemunha da ressurreição. Depois da descida do Espírito Santo, igualmente para o apóstolo Matias teve início a missão de pregar o Evangelho na Judéia. Mas desde esse momento não houve mais notícias a seu respeito.


A tradição faz chegar até nós a imagem de um ancião, que segura uma alabarda — símbolo de seu martírio. Mas não é certo que tenha morrido mártir, assim como não se pode comprovar que haja morrido em Jerusalém — ou que santa Helena tenha levado suas relíquias a Tréveris, sob a guarda da abadia que traz seu nome.


 São Matias, rogai por nós!



São Miguel Garicoits
Miguel Garicoits nasceu em 15 de abril de 1797, em Ibarre, França. Seus pais, apesar de humildes, socorriam padres fugitivos do terror da Revolução Francesa.

O pároco da vizinhança se encarregou da educação de Miguel e depois o recomendou ao bispo de Baiona. Dedicado e inteligente, foi estudar no Seminário de Dax, ordenando-se sacerdote em 1823, e dois anos depois se tornou professor de Filosofia no Seminário Maior de Bétharram, nos Baixos Pirineus.

Miguel se tornou formador de novos padres. Preocupava-se com o clero, que se mostrava despreparado e desorientado. Para mudar tal quadro, teve a idéia de fundar um instituto de sacerdotes que atuariam como colaboradores nas paróquias, nos colégios e nos seminários, dando suporte intelectual.

O bispo não ficou muito animado com essa idéia, porém o autorizou a tentar. Assim, Miguel iniciou o seu projeto, procurando padres que estivessem dispostos à missão. Ele os educou e preparou, o que encorajou o novo bispo de Baiona a dar o seu apoio. Em 1841, o instituto, que passou a se chamar Padres do Sagrado Coração de Jesus, recebia a aprovação diocesana.

Porém uma doença seria o novo desafio que Miguel teria de enfrentar. Em 1853, adquiriu uma paralisia que o prenderia à cama. Foram nove anos de sofrimento. Padre Miguel morreu em 14 de maio de 1863.

Treze anos depois, teve inicio o seu processo de canonização, que terminou em 1947, quando foi proclamado santo pelo Papa Pio XII. Hoje, os Padres do Sagrado Coração de Jesus, ou Padres de Bétharram, como também er
am chamados, estão presentes na Itália, Espanha, Inglaterra, Argentina, no Uruguai e Brasil. 

São Miguel Garicoits, rogai por nós!



São Pacômio
 
Pacômio nasceu no Egito, em 290, na Tebaida. Filho de pais pagãos, cheios de superstições e idolatrias, desde a infância mostrou grande aversão a tudo isso. Aos vinte anos de idade foi convocado para o exército imperial e acabou ficando prisioneiro em Tebes. Foi quando fez o seu primeiro contato com os cristãos, cuja religião até então lhe era desconhecida.

À noite, na prisão, recebeu um pouco de alimento de alguns cristãos, que, escondidos, conseguiram entrar. Comovido com esse gesto de pessoas desconhecidas, perguntou quem havia mandado que fizessem aquilo e eles responderam: "Deus que está no céu". Nessa noite, Pacômio rezou com eles para esse Deus, sentindo já nas primeiras palavras ouvidas que esta seria a sua doutrina. O Evangelho o tocou de tal forma que ele se converteu ao cristianismo em 313 e voltou para o Egito, onde recebeu o batismo.

Depois, compartilhou durante sete anos a companhia de um ancião eremita de nome Palemon, que vivia dedicado à oração. A princípio, o ancião não quis aceitá-lo a seu lado, porque sabia que a vida de solidão e orações não era nada fácil. Mas Pacômio estava determinado e convenceu-o de que deveria ficar.

Um dia, durante suas caminhadas, Pacômio ouviu uma voz que lhe dizia para inaugurar ali, exatamente naquele lugar, um mosteiro onde receberia e acolheria muitos religiosos. Depois, apareceu-lhe um anjo que o ensinou como deveria organizar o mosteiro.

Pacômio pôs-se a trabalhar arduamente e o deixou pronto. As profecias que ele ouviu se concretizaram e muitas pessoas se juntaram a ele. Monges, eremitas e religiosos de todos os lugares pediram admissão no mosteiro de Pacômio, que obteve a aprovação do bispo Atanásio, santo e doutor da Igreja. Até seu irmão João, que distribuiu toda a sua riqueza entre os pobres, uniu-se a ele.

Com Pacômio nasceu a vida monástica, ou cenobítica, no Egito, não mais com um chefe carismático que agregava ermitãos reunidos em pequenos grupos em torno de si, mas uma comunidade de religiosos, com regras precisas de vida em comum na oração, contemplação e trabalho, a exemplo dos primeiros apóstolos de Jesus.

Pacômio ainda abriu mais oito mosteiros masculinos e um feminino. Sua fama de santidade espalhou-se pelo Egito e pela Ásia Menor. Foi agraciado por Deus com o dom da profecia e morreu no ano de 346, vítima de uma peste que assolava o Egito na época. Até o século XII, havia, ainda, cerca de quinhentos monges da Ordem de São Pacômio.

São Pacômio, o eremita, até hoje é considerado um dos representantes de Deus que mais prestaram serviço à Igreja católica. Sua festa litúrgica ocorre no dia 14 de maio. 


São Pacômio, rogai por nós!