Santa Bibiana ou Viviana
Na época em que Roma estava sob o poder o imperador Juliano, "Apóstata", aconteceu um dos últimos surtos de perseguição fatal aos cristãos, entre 361 e 363. O tirano, que já tinha renegado seu batismo e abandonado a religião, passou a lutar pela extinção completa do cristianismo.
Começou substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, tentando colocar os primeiros no esquecimento. Mas não parou por aí. Os mais populares e os mais perseverantes eram humilhados, torturados e, por fim, mortos.
No ano 363, a família de Bibiana foi executada na sua presença, porque não renunciou à fé cristã. Flaviano, seu pai, morreu com uma marca na testa que o identificava como escravo. Defrosa, sua mãe foi decapitada. Ela e a irmã Demétria, antes, foram levadas para a prisão.
A primeira a morrer foi Demétria, que perseverou na fé após severos suplícios na presença da irmã. Por último, foi o martírio de Bibiana, para a qual, conforme a antiga tradição, o governador local usou outra tática. Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam aproveitar-se de sua beleza, pois a um simples toque eram tomados por um surto de loucura. Bibiana, então, foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.
Sem renegar Cristo, foi entregue aos carrascos para ser chicoteada até a morte e o corpo jogado aos cães selvagens. Outro prodígio aconteceu nesse instante, pois os cães não o tocaram. Ao contrário, mantiveram uma distância respeitosa do corpo da mártir. Os seus restos, então, foram recolhidos pelos demais cristãos e enterrados ao lado dos familiares, num túmulo construído no monte Esquilino, em Roma.
Finalmente, a perseguição sangrenta acabou. A história do seu martírio ganhou uma devoção dos fieis. Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males de cabeça e as doenças mentais e a epilepsia. Seu túmulo tornou-se meta de peregrinação e o seu bonito nome escolhido na hora do batismo. Também a conhecida variação, não menos bela, de Viviana se tornou popular na cristandade.
A veneração era tão intensa que o papa Simplício mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada a ela, no ano 407. O culto ganhou um reforço maior ainda quando, por volta de 1625, foi erguida sob as ruínas da antiga igreja uma basílica. Nela, as relíquias de santa Bibiana se encontram guardadas debaixo do altar-mor.
Além de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, santa Bibiana é, também, padroeira da diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos. É celebrada no dia 2 de dezembro, considerado o de sua morte pela fé em Cristo.
Santa Bibiana, rogai por nós!
São Cromácio
A casa de São Cromácio era centro de atividade espiritual, de estudo, oração e encontro de amigos sacerdotes e leigos, dispostos a cresceram para Deus
Hoje a Igreja nos apresenta São Cromácio, Bispo de Aquiléia (Itália). Esta cidade da Europa, por um tempo foi muito importante para o Império Romano, que a tinha como centro político e principalmente para o Cristianismo, pois São Jerônimo a chamou: “Comunidade de santos”. Neste contexto que, no século IV, Cromácio aparece como pertencente do Clero de Aquiléia e ajudante fiel do Bispo Valeriano. Cromácio nasceu em Aquiléia no ano 345.São Cromácio colaborou na organização da diocese e na luta contra o Arianismo, que semeava a mentira em que Jesus Cristo seria criatura escolhida, e não Deus. A casa de São Cromácio era centro de atividade espiritual, de estudo, oração e encontro de amigos sacerdotes e leigos, dispostos a cresceram para Deus. Quando Valeriano morreu, todos – Clero e o povo – não tiveram dúvida em aclamar Cromácio para Bispo de Aquiléia. Isto em 388.
Como Bispo, foi santo e sábio pastor, culto, enérgico na defesa da doutrina e incansável na evangelização dos povos, o próprio São Cromácio se destacou como pregador e escritor, além de cooperar para que São Jerônimo e Rufino trabalhassem cada um na sua tradução das Sagradas Escrituras. São Cromácio faleceu em sua cidade – Aquiléia – no ano de 408, local que jamais esqueceu deste santo Bispo.
São Cromácio, rogai por nós!
Papa (século IV)
Silvério nasceu em Frosinone, na Campânia, Itália. Era filho do papa
Hormisdas, que fora casado antes de entrar para o ministério da Igreja.
Entretanto, ao contrário do que se encontra em alguns escritos, ele não
foi sucessor do seu próprio pai. Antes de Silvério assumir, e depois do
seu pai, outros ocuparam o trono de Pedro. Em períodos variados, não
ultrapassando dois anos cada um, foram os papas: João I, Félix III,
Bonifácio II, o antipapa Dióscoro da Alexandria, João II e Agapito I.
Eleito no dia primeiro de junho de 536, papa Silvério foi o sucessor do
papa Agapito I, e o numero cinqüenta e oito da Igreja Católica. Embora
fosse apenas subdiácono quando assumiu o trono de Pedro, ele foi um dos
mais valentes defensores do cristianismo, pois enfrentou a imperatriz
Teodora.
O conflito com a imperatriz começou quando ela enviou uma carta a ele
ordenando que aceitasse, em Roma, bispos heréticos, entre eles Antimo.
Respondendo com veemência que não obedeceria de forma alguma, foi preso.
Tiraram-lhe as vestes papais, e, vestido como um simples monge, foi
deportado para Patara, na Ásia.
Enquanto isso, assumia o governo da Igreja o antipapa Virgílio, que foi
colocado em seu lugar porque aceitou a imposição da imperatriz de
receber em Roma os tais bispos heréticos recusados por Silvério. Esse,
por sua vez, pouco depois foi enviado a Lícia. Mas, como era um
religioso muito popular, foi recebido com honras inesperadas pelos
monarcas romanos da região.
Revoltado com a deposição de Silvério, o bispo de Lícia resolveu falar
diretamente com o imperador Justiniano. Foi nesse encontro que proferiu
as palavras que ficariam gravadas na história e seriam repetidas pelos
séculos seguintes: "Existem muitos reis neste mundo, mas apenas um papa
em todo o universo".
Tocado pelas palavras do religioso, o imperador determinou a volta do
papa Silvério a Roma. Mas Teodora continuou com suas armações e, pouco
tempo depois, ele era enviado à ilha de Palmaria, Ponza, onde sofreu um
exílio mais rigoroso que o primeiro.
Novamente, recebeu ordem de Justiniano para voltar a Roma. Contudo o
papa preferiu terminar no cisma que surgira, abdicando no dia 11 de
novembro de 537.
Consumido pelas chagas e pela fome, morreu pouco depois, no dia 2 de
dezembro do mesmo ano. Seu corpo, ao contrário do dos outros papas que
morreram no exílio, não retornou para Roma, permaneceu naquela ilha,
onde sua sepultura se tornou local de muitas graças e meta de
peregrinação. O santo papa Silvério é venerado no dias de sua morte.
Minha oração
“ Aquele que soube seguir o Cristo e imitá-lo em tudo, até mesmo no martírio, dai ao nosso papa a mesma força e sabedoria. Dai também aos líderes aquela virtude que leva a doar-se inteiramente, sempre à frente de seu povo como modelo do rebanho e bom pastor. Amém.”
São Silvério, rogai por nós!
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