São Nicolau de Mira, o padroeiro dos marinheiros
Bispo (250-350)
São Nicolau, o Sagrado Bispo de Mira, conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração e carisma de milagres
Nicolau é também conhecido por São Nicolau de Mira e de Bari. Venerado,
amado e muito querido por todos os cristãos do Ocidente e do Oriente.
Sem dúvida alguma, é o santo mais popular da Igreja. Ele é padroeiro da
Rússia, de Moscou, da Grécia, de Lorena, na França, de Mira, na Turquia,
e de Bari, na Itália, das crianças, das moças solteiras, dos
marinheiros, dos cativos e dos lojistas. Por tudo isso os dados de sua
vida se misturam às tradições seculares do cristianismo.
Filho de nobres, Nicolau nasceu na cidade de Patara, na Ásia Menor, na
metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado bispo de
Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu
apostolado também na Palestina e no Egito. Mais tarde, durante as
perseguições do imperador Diocleciano, foi aprisionado até a época em
que foi decretado o Edito de Constantino, sendo finalmente libertado.
Segundo alguns historiadores, o bispo Nicolau esteve presente no
primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325.
Foi venerado como santo ainda em vida, tal era a fama de taumaturgo que
gozava entre o povo cristão da Ásia. Morreu no dia 6 de dezembro de 326,
em Mira. Imediatamente, o local da sepultura se tornou meta de intensa
peregrinação. O seu culto se difundiu antes na Ásia, e o local do seu
túmulo, fora da área central de Mira, se tornou meta de peregrinação.
O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, bispo de
Constantinopla, que em 842 relatou todos os milagres atribuídos a são
Nicolau de Mira. Depois, mais de sete séculos passados da sua morte,
"Nicolau de Mira" se tornou "Nicolau de Bari". Em 1087, a cidade de
Bari, em Puglia, na Itália, sofria a subjugação dos normandos. E Mira já
estava sob domínio dos turcos muçulmanos. Setenta marinheiros italianos
desembarcaram nessa cidade e se apoderaram das suas relíquias mortais,
transferindo-as para Bari. O corpo de são Nicolau foi acolhido,
triunfalmente, pela população de Bari, que o elegeu seu padroeiro
celestial. E ele não decepcionou: por sua intercessão os prodígios e
milagres ocorriam com grande frequência. Seu culto se propagou em toda a
Europa. Então, a sua festa, no dia 6 de dezembro, foi confirmada pela
Igreja.
A tradição diz que os pais de Nicolau eram nobres, muito ricos e
extremamente religiosos. Que era uma criança com inclinação à
virtuosidade espiritual. Quando jovem, desprezava os divertimentos e
vaidades, preferindo frequentar a igreja. Costumava fazer doações
anônimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e aos pobres.
Dizem que Nicolau colocava os presentes das crianças em sacos e os
jogava dentro das chaminés à noite, para serem encontrados por elas pela
manhã. Dessa tradição veio a sua fama de amigo das crianças. Mais
tarde, ele foi incluído nos rituais natalinos no dia 25 de dezembro,
ligando Nicolau ao nascimento do Menino Jesus.
Mais tarde, quando já era bispo, um pai, não tendo o dinheiro para
constituir o dote de suas três filhas e poder bem casá-las, havia
decidido mandá-las à prostituição. Nicolau tomou conhecimento dessa
intenção, encheu três saquinhos com moedas de ouro, o dote de cada uma
das jovens, para salvar-lhes a pureza. Durante três noites seguidas, foi
à porta da casa daquele pai, onde deixava o dote para uma delas.
Existem muitas tradições e também lendas populares que se criaram em
torno deste santo, tão singelo e singular.
A sua figura bondosa e caridosa, símbolo da fraternidade cristã,
mantém-se viva e impressa na memória de toda a cristandade. Agora,
também na da humanidade toda, porque perpetuada através dos comerciantes
nas vestes de Papai Noel nos países latinos, de Nikolaus na Alemanha e
de Santa Claus nos países anglo-saxões. Mesmo sob falsas vestes, são
Nicolau nos exemplifica e recorda o seu grande amor às crianças e aos
pobres e a alegria em poder servi-los em nome de Deus.
Minha oração
“São Nicolau, o modelo do Papai Noel, exemplo de bondade paterna assim como o Pai celeste, enriquecei os homens com os dons da mesma paternidade. Dai às famílias a graça da bondade e as virtudes para educar os filhos. Amém.”
São Nicolau, rogai por nós!
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