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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Suspensa sessão do STF que pode terminar empatada

Começa sessão para julgar interrupção da gravidez de anencéfalos no Supremo

Começou há pouco, no STF (Supremo Tribunal Federal) a sessão que irá decidir se a interrupção da gravidez de anencéfalos – fetos com ausência total ou parcial do cérebro – pode ou não ser considerada crime. A sessão foi marcada para o período da manhã para que haja chance de ser concluída no mesmo dia. Na prática, os ministros vão debater o que é a vida - para o futuro presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, o julgamento será um “divisor de águas”.Na anencefalia, há a ausência da maior parte do cérebro e da calota craniana (parte superior e arredondada do crânio). Na merocrania, uma condição extremamente rara, há um defeito menos acentuado da caixa craniana e o resquício do cérebro é coberto por uma membrana. Ambas as anomalias são fatais, mas, no segundo caso, a sobrevida costuma ser maior

A ação chegou ao STF em 2004, por sugestão da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). A entidade defende o aborto quando há má formação cerebral sem chance de longa sobrevivência para a criança. Para grupos religiosos, incluindo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o princípio mais importante é o de que a vida deve se encerrar apenas de forma natural.

Mas há controvérsias de que o bebê anencéfalo, de fato, vivemesmo que brevemente. Juristas, que autorizam a interrupção de gestações desse tipo há mais de 20 anos, alegam que legalmente a vida termina na morte cerebral. É apenas depois disso que são autorizados os transplantes e o desligamento dos aparelhos. Os anencéfalos nunca chegam a ter vida cerebral. É por isso que os especialistas inclusive são contrários ao uso do termo "aborto" - preferem usar "interrupção da gravidez" ou "antecipação do parto”.

Os críticos dessa visão vêem no julgamento uma tentativa de abrir as portas para todos os tipos de aborto, como defendem entidades feministas, inclusive de dentro da Igreja Católica. De acordo com uma pesquisa do instituto Datafolha, em 2004 havia 67% de paulistanos favoráveis a interromper a gravidez de bebês com anencefalia.
[os ministros estão levando em conta o direito que atribuem a mãe de se recusar a manter uma gravidez de um ser humano, inocente e indefeso, anencéfalo; esquecem o direito à vida do mesmo ser humano.]

O relator é o ministro Marco Aurélio Mello, que já se manifestou favoravelmente à medida várias vezes. Será o último grande julgamento da Corte sob a presidência do ministro Cézar Peluso, que se aposentará compulsoriamente em setembro, quando atingirá a idade limite de 70 anos de idade. Ayres Britto o sucederá a partir do dia 19 de abril. É também o segundo mais importante assunto na pauta deste ano, que ainda deverá ter nos próximos meses o julgamento dos citados no escândalo do mensalão.

O que é anencefalia
A anencefalia causada por um defeito no fechamento do tubo neural (estrutura que dá origem ao cérebro e à medula espinhal). Ela pode surgir entre o 21º e o 26º dia de gestação. O diagnóstico é feito no pré-natal, a partir de 12 semanas de gestação, inicialmente por meio de ultrassonografia. Entidades médicas afirmam que o Brasil tem aproximadamente um caso para cada 700 bebês nascidos.

A grande maioria das crianças que nascem sem cérebro morrem instantes depois. Além de carregar no útero um bebê fadado a viver possivelmente por alguns minutos, as mães ainda têm de lidar com a burocracia de registrar o nascimento e o óbito no mesmo dia. Alguns juízes já autorizaram abortos desse tipo. O advogado da CNTS na ação, Luis Roberto Barroso, classifica a gravidez de anencéfalos de “tortura com a mãe”.

Os críticos do aborto de bebês nessa situação citam um caso de 2008 em Patrocínio Paulista, interior de São Paulo. Marcela de Jesus Ferreira sobreviveu um ano e oito meses porque a ausência de cérebro não era total e porque sua mãe, Cacilda Galante Ferrari, se recusou a interromper a gravidez.

Julgamento no STF pode empatar. Peçamos a DEUS para defender os inocentes

"Espero que a decisão seja a favor da vida e de crianças como minha filha", diz mãe de criança com acrania

Mãe de uma criança de 2 anos e 3 meses - diagnosticada com acrania durante a gravidez, a jornalista Joana de Souza Schmitz Croxato acompanha o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e espera que a decisão seja “a favor da vida ”.“Espero que crianças como a minha filha sejam reconhecidas como seres humanos muito especiais, que a sociedade reconheça que é preciso ter solidariedade com quem é mais fraco e que n

ão queira eliminá-los”, disse

Para Joana, o tempo de convivência e de cuidados com o bebê, ainda que curto, ajuda no processo de dor e de posterior perda da criança. “Quando a mãe interrompe a gestação, fica só com a dor. Quando vai adiante, ela tem a oportunidade de se tornar mãe de uma criança muito especial”, explicou.

A jornalista de 29 anos disse nunca ter imaginado que se sentiria tão realizada como mãe. Ela afirma que decidiu seguir adiante com a gestação por amor e respeito à vida da filha Vitória. Segundo Joana, a menina não estaria viva se ela tivesse seguido o aconselhamento dos médicos. “Ela só está viva porque nós demos oportunidade”, disse. “É uma criança que tem uma deficiência neurológica, precisa de estímulo, porém, não é um vegetal, não é uma coisa. É um ser humano com sentimentos. Ela responde ao amor, à dor, tenta engatinhar, chora quando está incomodada, demonstra prazer quando se alimenta e recebe carinho”, disse.

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Religioso é contra aborto de fetos anencéfalos

Dom João Carlos Petrini defende que mães encarem o ‘drama da vida’

Mais que decidir sobre o aborto de anencéfalos, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode abrir nesta quarta-feira uma "brecha" para que a discussão sobre a legalização do aborto ganhe corpo na sociedade brasileira. Esse é um dos temores do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Carlos Petrini. O religioso defende que as mães de anencéfalos concluam a gravidez como uma forma de encarar o "drama da vida" e pede que os ministros do Supremo ajam guiados pela "razão", evitando o debate religioso.

O GLOBO: Qual a sua expectativa em relação à decisão do STF?

DOM JOÃO CARLOS PETRINI: Minha expectativa é que seja usada a razão da maneira mais ampla possível. Que os ministros sejam atentos a todos os fatores em jogo. Os que são a favor do aborto dizem que a dignidade da mãe está sendo ofendida quando ela é obirgada a receber uma criança anencéfala. É justo pensar em formas de dar apoio a essa mãe. Agora, persuadi-la de que o melhor a fazer é eliminar o filho-problema não é a melhor resposta.

Há especialistas que afirmam que não se trata de um aborto, mas de um natimorto cerebral.

DOM PETRINI: Não é verdade! Podemos jogar com as palavras, mas as crianças nascem vivas e tem algumas que sobrevivem por meses. Dizer que são natimortos é tentar camuflar a realidade.

A Igreja teme que uma eventual aprovação do aborto para anencéfalos seja um caminho para a legalização do aborto no Brasil?

DOM PETRINI: Eu diria que existem princípios que são colunas da vida social. E o mais importante é o da inviolabilidade da vida humana. Se for aprovado (o aborto de anencéfalo), abre-se uma brecha na lei para a prática do aborto. Mas não só na lei e sim na consciência das pessoas.

Mas e o risco para as mães nessas gestações?

DOM PETRINI: Um bom legislador e, nesse caso os ministros do Supremo agem como legisladores, procura caminhos de prevenção dos males. Todos sabem que se a mulher fizer uso do ácido fólico, sistematicamente, durante sua vida fértil, o risco de anencefalia é quase nulo. Deveriam pensar nisso em vez de recorrer à morte como solução.

Caso o aborto seja aprovado, qual será a posição da Igreja? Ela deverá excomungar as mulheres e médicos que adotem a prática?

DOM PETRINI: A Igreja não quer apelar para razões religiosas quando fala com a sociedade. As razões religiosas ela usa com os seus fieis. É claro que quem frequenta a Igreja sabe quais são as orientações e sabe que os pecados também são perdoados. Mas não se trata aqui do problema de apenas uma pessoa. Vivemos hoje uma cultura em que tudo é banalizado. Não tem lugar para o drama. Mas o drama faz parte da vida. Enfrentar o drama é sinal de maturidade.

Mas e a excomunhão? A Igreja vai fazer como fez anos atrás, quando uma criança foi violentada, engravidou e fez o aborto legal, e um bispo excomungou sua mãe e os médicos que fizeram o aborto?

DOM PETRINI: A Igreja não vai promover a excomunhão de ninguém. Quando a pessoa não segue os mandamentos é uma maneira de dizer que não faz parte daquele rebanho, de que não se importa. A Igreja não é um tribunal, mas se a pessoa toma essa postura.

Seria o quê? Uma auto-excomunhão

DOM PETRINI: É. Uma auto-excomunhão.


O 'DIREITO À VIDA', independentemente de sua duração é garantido pela Constituição Federal

STF começa a julgar nesta quarta-feira aborto de anencéfalos

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar nesta quarta-feira se mulheres grávidas de fetos anencéfalos (sem cérebro) podem abortar. A tendência da Corte é conceder o direito, segundo aposta dos próprios integrantes do tribunal. Independentemente do resultado, a previsão é de debates longos e polêmicos. Nesta terça-feira, o ministro Carlos Ayres Britto disse que a discussão será um “divisor de águas” na sociedade. E Gilmar Mendes espera participar de “ricos debates” na sessão desta quarta-feira.

- O processo é um divisor de águas no plano da opinião pública, repercute muito no campo da religiosidade, da saúde pública, enfim, é um tema grandioso pelo seu impacto, até no modo de conceber a própria vida, a própria sociedade - disse Ayres Britto, em declaração feita à imprensa durante visita ao Congresso Nacional nesta terça-feira.

Ele ressaltou que o julgamento será repleto de “reflexões e de intuições, porque o sentimento também conta na hora de equacionar os fatos”. Os ministros acreditam que o debate será longo, podendo inclusive terminar na quinta-feira.

- Há uma grande relevância nesse julgamento. Vamos ter ricos debates - afirmou Gilmar Mendes, que também esteve nesta terça-feira no Congresso.

A ação foi ajuizada em junho de 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). Antes dos votos dos 11 ministros, haverá sustentação oral dos advogados de religiosos e de profissionais de saúde. Em discussão estarão temas como o início da vida e a dignidade da mulher. Já foram realizadas audiências públicas no tribunal sobre o assunto. Uma das conclusões foi a de que não há perspectiva de vida para os fetos acometidos do mal, que morrem pouco tempo após o parto.

O Código Penal considera o aborto crime passível de punição para a mulher submetida ao procedimento e para o médico que a auxilia. As exceções são para gravidez fruto de estupro e para salvar a vida da gestante. Segundo o advogado da causa, Luís Roberto Barroso, como o feto é inviável na anencefalia, os ministros do STF não terão dificuldade em incluir a possibilidade na lista de exceções.

Representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) têm sido ouvidos por integrantes do tribunal para rebater o argumento. Para eles, o direito à vida é expresso na Constituição - independente de quanto tempo essa vida durar.

Liminar autorizou aborto, mas foi derrubada

Quando a ação chegou ao STF, o relator, ministro Marco Aurélio Mello, concedeu liminar autorizando uma grávida de feto anencéfalo a interromper a gestação. A liminar foi cassada pelo plenário da Corte em outubro do mesmo ano por sete votos a quatro. Votaram a favor da liminar, além do próprio relator, Ayres Britto, Celso de Mello e Sepúlveda Pertence, hoje aposentado.

Dos ministros que ainda compõem a Corte, votaram contra a liminar Cezar Peluso, Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Este último defendeu a posição por questões técnicas, mas ressalvou que concederia a liminar em outro momento da tramitação do processo.

Em 2005, por sete votos a quatro, o plenário do STF decidiu pela admissibilidade da ação: ou seja, definiu que o tribunal era o foro adequado para julgar a causa. Peluso foi contrário à admissão. Gilmar Mendes, a favor.

Nesta terça-feira, em Belo Horizonte, jovens participaram de caminhada e oração contra a descriminalização do aborto de anencéfalos. Na Igreja da Boa Viagem, uma das principais da capital mineira, o ato fez parte de uma série de vigílias em várias paróquias, atendendo à convocação da CNBB.

Santo do dia - 11 de abril

Santo Estanislau

Estanislau foi martirizado por um amigo, por não tê-lo apoiado contra os preceitos católicos, mesmo na condição de rei. Tão disciplinado era o bispo que exigia essa mesma disciplina de seu rebanho, que nem o cargo soberano do infrator o fez calar-se, pagando por isso com a própria vida.

Estanislau era polonês, nasceu na Cracóvia, em Szczepanowa, no ano 1030. Seus pais eram pobres, mas encontraram nos monges beneditinos uma forma de dar educação moral e espiritual ao filho. Assim, quando terminou os estudos básicos, Estanislau conseguiu seguir e concluir o ensino superior na Bélgica, na célebre Escola de Liège.

Voltando à sua terra natal, sua atuação como sacerdote ficou marcada e registrada pelo zelo pastoral e pelas benéficas iniciativas realizadas com caridade e inteligência. A conseqüência natural foi sua designação para o posto de bispo da Cracóvia pelo papa Alexandre II. Decisão que contou com o apoio não só do clero, como também de toda a população, inclusive do próprio rei Boleslau II.

O rei admirava Estanislau e, nos primeiros anos, apoiou-o no trabalho incansável de evangelização em toda a região, assim como na formação do clero local, o qual preparou para substituir os monges beneditinos na administração da Igreja polonesa. Mas Estanislau também apoiava o rei em suas melhores ações.

Afinal, Boleslau também foi descrito, na história, como um soberano que alargou e consolidou as fronteiras do seu jovem país, além de ter valorizado grandemente as terras de sua pátria, com a reforma fundiária que implantou, acompanhada de mudanças políticas e econômicas muito favoráveis ao povo. Entretanto o rei apaixonou-se por uma bela matrona, Cristina, que era casada com Miecislau, outro nome polonês histórico.

Apesar dos conselhos de Estanislau e de sua exigência de que os preceitos católicos do casamento fossem respeitados, Boleslau não se conformou em ficar sem sua amada. Simplesmente, mandou raptá-la. O bispo ameaçou excomungá-lo, mas o rei não recuou. Estanislau cumpriu a ameaça e Boleslau, enfurecido, ordenou a execução do religioso, comandando em pessoa a invasão da igreja de São Miguel, na Cracóvia, onde Estanislau celebrava uma missa.

Porém os guardas, impedidos por uma força misteriosa, não conseguiram se aproximar do bispo, tendo o rei de assassiná-lo com as próprias mãos. Estanislau foi trucidado no dia 11 de abril de 1079. Imediatamente, passou a ver venerado pelo povo polonês, sendo canonizado em 1253. Seu culto, até hoje, é muito difundido na Europa e na América.

Santo Estanislau, rogai por nós!

terça-feira, 10 de abril de 2012

10 de abril - Santo do dia

São Macário de Antioquia
Macário recebeu esse nome por causa de seu tio e padrinho de batismo: o bispo de Antioquia. Mas dele não herdou apenas o nome, como também sua religiosidade e o destino: ser líder e ocupar um posto importante na Igreja.

Macário nasceu na Armênia, no final do primeiro milênio, foi educado sob a orientação do tio-padrinho e cresceu preparando-se com esmero para tornar-se um sacerdote, o que aconteceu assim que atingiu a idade necessária. Também não causou nenhuma surpresa sua indicação para suceder o tio como bispo.

Nesse posto, Macário realizou o apostolado que depois seria a causa de sua canonização. Pregava diariamente, visitava todos os hospitais confortando os doentes e dividindo tudo o que tinha com os pobres. O que resultou disso foi a conversão constante de pagãos. Ainda nessa fase, conta a tradição que aconteceu um prodígio presenciado por muitos: Macário, quando se ajoelhava para rezar, ficava tão emocionado que levava constantemente, entre as mãos, um pano para enxugar as lágrimas.

Um leproso teria aplicado esse pano ainda úmido sobre suas feridas e se curado da terrível doença. Bastou para que, diariamente, uma multidão de doentes procurasse a casa do bispo Macário para receber sua bênção. Assim, outras graças se sucederam.

Porém a fama desagradava o humilde bispo. Ele, então, empossou um substituto para a diocese, o padre Eleutério, e buscou a solidão. Na companhia de quatro sacerdotes, viajou como penitente à Terra Santa, peregrinou aos lugares sagrados e passou a pregar. Converteu centenas de muçulmanos e com isso provocou a ira dos poderosos. Preso e torturado, foi deixado à noite pregado por enormes pregos que perfuravam seus pés e mãos, no chão de uma cela, numa espécie de crucificação. Entretanto, durante a noite, um anjo apareceu na cela e libertou Macário dos pregos. As portas da prisão se abriram sozinhas e ele ganhou a liberdade. Assim dizem os escritos da tradição cristã.
Macário ainda evangelizou e praticou curas na Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália.

Foi por essa época que teria apagado um incêndio em Malines, Bélgica, ao fazer o sinal da cruz. Terminou seus dias no convento dos agostinianos de São Bavo, em Ghent, também na Bélgica, mas decidiu que morreria em sua terra natal. Mesmo gravemente doente, conseguiu fazer a viagem de volta enfrentando pelo caminho a peste, que dizimava populações. Sua história se fecha com outro fato prodigioso: comunicou aos companheiros que seria a última vítima da peste. E tudo aconteceu como ele dissera.

Depois que o bispo Macário morreu, em 10 de abril de 1012, ninguém mais perdeu a vida por causa daquele mal contagioso. Sua festa litúrgica ocorre no dia do seu trânsito, sendo considerado o padroeiro das grandes epidemias.

São Macário de Antioquia, rogai por nós!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Santo do dia - 9 de abril

Santa Maria de Cléofas
Maria de Cléofas, também chamada "de Cléopas", ou ainda "Clopas". É destas três formas que consta dos evangelhos o nome de seu marido, Cléofas Alfeu, irmão do carpinteiro José. Maria de Cléofas era, portanto, cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Tiago Menor e Simão, também chamados de "irmãos do Senhor", expressão semítica que indica também os primos, segundo o historiador palestino Hegésipo.

Por sua santidade, ela uniu-se à Mãe de Deus também na dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da ressurreição de Jesus (Mc 16,1): "E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo". O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: "Por que procuram o vivo entre os mortos?"

Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda a sua sofrida e milagrosa caminhada de pregação. Estava com Nossa Senhora aos pés da cruz e junto ao grupo das "piedosas mulheres" que acompanharam seus últimos suspiros. Estava, também, com as poucas mulheres que visitaram o túmulo de Cristo para aplicar-lhe perfumes e ungüentos, constatando o desaparecimento do corpo e presenciando, ainda, o anjo anunciar a ressurreição do Senhor.

Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um lugar singular e especial no coração dos católicos, neste dia que a Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica.

Santa Maria de Cléofas, rogai por nós!

domingo, 8 de abril de 2012

A Ressurreição do Senhor

A Ressurreição do Senhor

O Tempo de Páscoa

Introdução:
A importância capital da Páscoa da Ressurreição, a magna festa da Cristandade, a mais antiga, e centro de todas as outras, solene, majestosa é pervadida de júbilo: "Esse é o dia que o Senhor fez, seja para nós dia de alegria e felicidade".(Sl.117,24) São Paulo, Apóstolo, ressaltará o valor desse grandioso acontecimento: : "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé"(1 Cor.15.14). Na liturgia, essa alegria é prolongada pela repetição da palavra "aleluia", pelo branco dos paramentos e pelos cânticos de exultação. Com razão dizia Tertuliano: - "Somai todas as solenidades dos gentios e não chegareis aos nossos cinqüenta dias de Páscoa".

Ora, entre os acontecimentos daqueles dias, há episódios que passam muitas vezes despercebidos; porém, bem analisados, revelam em toda a sua força o poder do amor.



Oração Preparatória: Ó Imaculado e Sapiencial Coração de Maria, nós Vos oferecemos esta meditação, em reparação a todas as ofensas que recebeis pelos pecados cometidos por toda a Humanidade. E concedei-nos o dom de participar do júbilo glorioso do Vosso Imaculado Coração, inundado de inefável consolação, no momento em que foi restituído à alegria pela triunfal Ressurreição de Jesus.
Amém

I - As ressurreições ao longo dos tempos.

O profeta Elias operara a ressurreição do filho da viúva de Sarepta, em casa de quem vivia. (1Rs 17, 17-24). Mais tarde, o mesmo faria Eliseu com o filho de uma sunamita (2Rs 4, 17-37).

O próprio Salvador, tomado de pena ao encontrar o cadáver da filha de Jairo, ordenou às mulheres que não mais chorassem, pois a menina apenas dormia. Jesus conservou consigo somente os pais e três apóstolos e, tomando-a pela mão, disse-lhe: "Menina, eu te ordeno, levanta-te!". Ela se pôs de pé cheia de vida e de alegria. Maravilhados com o prodígio, os pais nem se deram conta de que a jovenzinha precisava se alimentar, e o próprio Mestre teve de lhes lembrar isto. (Mc 5, 35-43).

A compaixão de Jesus pelos sofrimentos humanos se manifestou novamente ao deparar Ele com um enterro, na cidade de Naim. Todos caminhavam consternados em extremo, pois falecera o filho de uma viúva, seu único sustento. O féretro encontrava-se cercado por gente desfeita em pranto. As misericordiosas entranhas de Nosso Senhor se comoveram: "Não chores", diz Ele à pobre mãe. E, colocando sua onipotência divina a serviço de sua bondade infinita, diz: "Moço, eu te ordeno, levanta-te!" Obedecendo à solene voz do Criador, começou a falar aquele que havia pouco ainda era defunto. Jesus tomou-o pela mão e o entregou a sua mãe (Lc 7, 11-16 ).

1 - Os sentimentos fortes e harmônicos do Coração de Jesus ...

A mais impressionante de todas as ressurreições operadas por Jesus foi, sem dúvida, a de Lázaro. Maria, irmã do morto, advertiu o Mestre de que o cadáver já estava em decomposição, pois recebera o ósculo da morte quatro dias antes. Entretanto, apesar de saber Jesus que o milagre a ser efetuado aguçaria a inveja dos fariseus e, assim, apressaria sua própria morte, Ele ansiava ardentemente cumprir os desígnios do Pai. No Sagrado Coração de Jesus encontram-se, então, dois fortes sentimentos harmônicos: a compaixão por seu amigo Lázaro e pelas irmãs dele, e a pressa em realizar a finalidade de sua Encarnação.

Manda que se remova a lápide da entrada do túmulo. Um repugnante odor se espalha entre os presentes. Uma voz possante e onipotente ordena: "Lázaro, vém para fora!" À boca do túmulo cavado na pedra, um cadáver revivescido apresenta-se com dificuldade, com vendas por todo o corpo. Uma nova determinação; diz Nosso Senhor: "Desatai-o e deixai-o ir", com divina serenidade. Era a mesma voz à qual os ventos e os mares obedeciam ... (Jo 11, 38-44).

Ao longo da Era cristã haverá outras ressurreições: São Pedro fará retornar à vida Tabita (At 9, 36-46); São Paulo, com um abraço, reerguerá da morte o jovem Êutico (At.20,9-12); São Bento devolverá com saúde, a um camponês, o filho, cujo corpo inerte havia sido posto à porta do mosteiro.

Contudo, se numerosas foram as ressurreições ao longo dos tempos, no que a Ressurreição de Cristo se distingue das demais ? (1)

II - A maior prova da divindade.

"Tenho o poder para entregar a minha vida, bem como para a reassumir" ( Jo.10,18 )

Nunca ninguém profetizou seu próprio retorno à vida terrena. Menos ainda, aconteceu de alguém operar por seu próprio poder esse milagre tão acima da natureza criada. Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou, porque não era apenas homem, mas também Deus.

A morte de Cristo consistiu na separação da alma e do corpo, como na morte dos outros seres humanos. Mas a divindade estava de tal modo ligada ao homem Cristo, que, apesar da alma e do corpo terem se separado, a própria divindade sempre esteve unida ao corpo e à alma de um modo perfeitíssimo. É necessário, pois, que creiamos não apenas que Ele se fez homem e que morreu para nossa Redenção, bem como que ressurgiu dos mortos.

São Tomás de Aquino completa: ...e a divindade do Verbo jamais se separou nem da sua alma, nem do seu corpo. Por isso, o corpo reassumia a alma e o corpo, quando queria. !

Quando professamos a nossa fé, rezando no Credo, ressuscitou ... e não, foi ressuscitado, como se o fosse por outro, é porque Jesus Cristo por sua própria força entregou a alma, reassumindo-a também, por força própria! Então, podemos ler nos Salmo 3, 6...."adormeci, e estive sepultado no sono e levantei-me."

Outra diferença ainda entre a Ressurreição de Cristo e a dos outros, é devido ao tipo de vida para a qual o morto ressuscitou. Quando Lázaro, por exemplo, foi ressuscitado, retornou para a mesma vida de antes - vida terrena e corruptível -,ao passo que Cristo ressuscitou para vida gloriosa e incorruptível. (2)

Ao contemplarmos com júbilo o triunfo de Jesus Cristo ressuscitado, juntemo-nos à Nossa Senhora, aos Apóstolos, aos Anjos,com toda a Igreja transbordando de alegria Pascal...

Oração: Ó Senhor Jesus que na verdade ressuscitastes; é certíssimo que sois o Deus todo-poderoso, pois um homem morto não pode ressuscitar-se; e que só Deus, que dispõe da vida e da morte, é capaz de semelhante prodígio. Vossa Ressurreição gloriosa garante a nossa fé, porque se Jesus é Deus, divina é a Sua Religião, divino é o Evangelho, divina é a Igreja que fundou sobre a rocha de São Pedro. Seguindo a luz de minha fé, guia infalível, fazendo os sacrifícios que ela me pede, sei que é nada disso em vão, porque "Jesus Cristo, minha esperança, ressuscitou! Aleluia!"(3)

Ó Coração de Maria, restituído à alegria pela Ressurreição de Jesus! Rogai por nós !


III - Um aspecto pouco comentado... ...na narrativa da Ressurreição de Jesus.

Embora não o tenham afirmado os Evangelistas, é de senso comum, e os bons autores são concordes a esse respeito, que Jesus apareceu em primeiro lugar a sua Mãe, logo após a Ressurreição. Na seqüência, apareceu a santa Maria Madalena (Mc 16,9; Jo.11-17) e, depois, a outras santas mulheres. (Mt 28, 9-10).

Então, Jesus apareceu a Maria, sua Mãe, logo após sair do sepulcro. Em segundo lugar, a Madalena (Jo.20,16), com enorme ternura, chamando-a pelo nome. E, em terceiro lugar, apareceu as outras mulheres, também com muita bondade, deixando que d'Ele se aproximassem e até osculassem os seus pés (Mt.28,9-10 ).

Por que motivo teria escolhido as mulheres para Se manifestar, antes dos próprios Apóstolos ?

Parece incompreensível a atitude de Nosso Senhor, encarregando às mulheres de transmitir a Boa Nova aos próprios Apóstolos, a fim de que estes a anunciem pelo mundo; tratando-se do mais importante de todos os milagres, o fundamento de nossa fé, a Ressurreição do Senhor!

E, por cúmulo, eles nem sequer chegam a lhes dar crédito..."não quiseram acreditar.! (Mc.16, 11)

1 - O fervor é um tesouro!

A esta altura nos perguntamos por que essa diferença de atitude, para com elas, de um lado, e para com os Apóstolos, de outro. O trato do Senhor para com os Apóstolos é bem descrito por São Marcos: "Finalmente apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a sua incredulidade e dureza de coração, por não terem dado crédito aos que o viram ressuscitado" (Mc.16,14). Suas primeiras palavras, portanto, segundo o evangelista, é de censura para com eles. Que diferença! Por quê ?

Não teria entendido nada dessa sublime lição quem afirmasse que Jesus quis dar preeminência à mulher sobre o homem. Não é este o caso. Na verdade, tais episódios deixam transparecer claramente a essência do Evangelho, que Nosso Senhor havia resumido nos seguintes termos: "Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também deveis amar-vos uns aos outros"(Jo.13,34).É no perfeito amor a Deus e ao próximo que está a síntese do Evangelho.

Era tão grande o amor que aquelas mulheres tinham por Jesus que até seu instinto de conservação havia se definhado, pois corriam risco ir. Carregavam imperfeições, mas o amor pelo Senhor era puro. E quando esse amor é assim depurado, Cristo mesmo toma sobre si a tarefa de aperfeiçoar as ações que a natureza humana decaída venha a realizar.

Com essa afirmação, não é nossa intenção fazer o elogio da imprudência enquanto tal, mas ressaltar como as atitudes irrefletidas das santas mulheres do Evangelho eram compensadas pelo puro amor de Deus - a caridade.

É oportuno lembrar que também o coração do jovem costuma mover-se pelo amor, sobretudo quando arrebatado pelo fervor primaveril. Tal como as santas mulheres, muitas vezes não se guia pela prudência, nem pela razão, mas sim pela audácia. Se se trata de um amor desinteressado e puro, Deus o premeia.

Essa chama é um tesouro, que precisa ser tratada com carinho. (1)

2 - A felicidade está em buscar Jesus

No primeiro dia da semana foi Maria Madalena ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi ter com Simão Pedro e com outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram¨ (Jo 20, 1-2).

"Logo no primeiro momento que ela pode, porque estava proibido segundo a lei de Moisés, dar mais de duzentos passos no sábado. Ela estava aflita esperando que o sábado passasse para poder ir ao túmulo onde estava o corpo de Jesus. Ela O amava tanto que queria vê-LO ainda que morto e estava disposta a enfrentar a madrugada, pois, está dito no Evangelho - de manhã cedo - quando ainda estava escuro. Ela partiu e não esperou a clarear do dia. Assim devemos ser nós. Quantas vezes temos uma moção interior da graça para procurar Nosso Senhor no Tabernáculo, para entrar em uma igreja, rezar um pouco, parar por um momento nossas atividades e nos dirigir a Deus e nos vem ao pensamento: Não, neste momento não estou sentindo nada, não me sinto propenso. . .

Era escuro, madrugada, era arriscado uma dama naquela circunstância sair pelas ruas, tudo indicava que não era prudente ir ao sepulcro naquela hora. Contudo, ela o faz, e faz porque está tomada de entusiasmo, de ardor, está tomada de devoção. Exemplo para nós. . .

¨Viu a pedra tirada do sepulcro¨ ; ela se deu conta que ali havia se passado algo, a pedra foi parar longe, o próprio trilho em que corria a pedra foi arrancado. Ela o que fez? Terá voltado para casa?

Quantas vezes encontramos pela nossa vida fatos sobrenaturais impressionantes e ao invés de pararmos para os considerar e nos colocar imediatamente em oração, não fazemos como Santa Maria Madalena que correu, ela podia ter caminhado pelas ruas, não, ela correu.

Depois dela ter visto o milagre, senso de hierarquia, foi avisar ao Chefe da Igreja, o Papa. ¨Foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava¨ . Ela escolheu bem as duas pessoas: Um era o Chefe o outro o mais amado; um era o que mais amava o outro era o mais amado.

¨...e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram¨.

É bem a situação de quem não tinha ouvido dizer que Nosso Senhor ressuscitaria ao terceiro dia. Se ela soubesse da ressurreição ela certamente acreditaria, mas a ela não foi dada esta notícia, porque Deus queria esta atitude de alma e conseqüentemente os méritos, o mérito de estar aflita, procurando com sofreguidão, com emoção.

Assim devemos ser nós, e por isso voltarmos sempre a Nossa Senhora e pedirmos a Ela este estado de espírito:

Oração: Oh Mãe! Vós quando soubestes da atitude de Santa Maria Madalena, ficastes alegre, porque era bem o que passava em Vosso coração, Vós queríeis encontrar o Vosso Divino Filho o quanto antes, e se Vós não Vos movestes da vossa casa foi porque o próprio Jesus Vos apareceu em primeiro lugar, as primícias da ressurreição vos foram oferecidas pelo Vosso próprio Filho.

Minha Mãe, vendo eu este exemplo de Santa Maria Madalena, nós Vos pedimos: Dai-nos a graça de sempre procurar Jesus ainda que eu esteja na aridez, porque o símbolo da morte está exatamente na aridez, naquela hora em que não sentimos nada no coração, ainda assim saiamos às pressas e com toda a ênfase a procura de Jesus. (4)

3 - Deus faz de nossos desejos a medida de Seus benefícios!

Como é admirável o amor ardente de Santa Maria Madalena: corre ao sepulcro, e não achando lá o sagrado corpo de Jesus, imagina que o tiraram. Onde o puseram? Quer a todo o custo saber; e em vez de se retirar como os discípulos e as outras mulheres, fica ali, retida pelo amor, para buscar Aquele que ela não pode achar. Fica ali sem nada temer, porque depois de haver perdido Jesus, nada há que receie perder.

Para um desejo veemente nada parece impossível e torna o homem capaz de tudo. Como é intenso o seu desejo de achar Jesus! Bem-aventurada a alma que ama a Jesus até O desejar assim! Deus faz dos nossos desejos a medida dos Seus benefícios, e junto d'Ele os maiores bens não custam muitas vezes mais que um suspiro. A nossa grande desgraça é não amar; e, por isso, não desejar com intensidade a nossa perfeição. Supliquemos a Nossa Senhora de toda a santidade, a gloriosa Rainha dos Anjos que afaste de nós os obstáculos que nós mesmos colocamos para a nossa santificação. (3) Assim seja!

CORAÇÃO DE MARIA, INUNDADO DE INEFÁVEL CONSOLAÇÃO NA ASCENÇÃO DE JESUS, rogai por nós!

Referências:
(1) Revista Arautos do Evangelho - Mons. João Clá Dias, nº 4 - abril 2002 págs. 13-17
(2) Exposição sobre o Credo - Santo Tomás de Aquino- Ed. Loyola, 2a.edição, págs.54-55
(3) Meditações - M.Hamon , Lello & Irmãos Editores- Porto, Tomo II, págs. 250-251
(4) Meditação do Mons. João Clá Dias - Catedral Metropolitana da Sé de São Paulo - 3 de julho de 2004 (sem revisão do autor)