Forças Armadas não descartam uso
de armas letais contra protestos em área externa do Campo Fidei
Manifestantes
serão barrados no Campo da Fé, em Guaratiba
General do Exército diz que os sucessivos protestos
no Rio não alteraram o planejamento das Forças Armadas na segurança da visita
do papa
O Centro de Coordenação de Defesa Diária do Rio de
Janeiro, que comandará a segurança em Guaratiba, na zona oeste, durante a
Jornada Mundial da Juventude, informou na manhã desta quinta-feira, 18, que não será permitida a entrada de grupos de
manifestantes no Campus Fidei (Campo da Fé), local da vigília e da
missa de encerramento, com a presença do papa Francisco. O general do Exército
José Alberto da Costa Abreu disse que as sucessivas manifestações no Rio não
alteraram o planejamento das Forças Armadas na segurança do evento. "Não houve necessidade de reavaliação.
Já estávamos trabalhando com a possibilidade de movimentos contestadores. Fomos
surpreendidos pelos protestos durante a Copa das Confederações, ninguém
esperava, mas manifestações intimidatórias e atos terroristas já estavam no
nosso rol de preocupações", afirmou.
A segurança no entorno e
no interior do Campus Fidei será feita por 7 mil militares do Exército e
da Marinha. Barreiras
serão feitas em um raio de quatro quilômetros. Segundo o oficial,
apenas pessoas em atitudes suspeitas serão revistadas. No
interior do terreno não serão usadas armas letais nem não letais. As armas serão usadas somente na parte
externa.
Segundo
o general, o fato de as Forças Armadas terem assumido a responsabilidade pela
segurança interna no Campus Fidei não trouxe dificuldades para a organização do
contingente. A 4ª Brigada de Infantaria
Leve, localizada em Juiz de Fora (MG), vai
substituir os seguranças particulares que não chegaram a ser contratados
pelo comitê organizador da Jornada. "Eles
têm experiência em ações no Haiti e conhecimento de idiomas", afirmou
o general.
No altar do papa
Francisco, 400 militares estarão de terno e não de uniforme. O total do efetivo de segurança será
de 13.700 agentes, sendo 10.200 das Forças Armadas e o restante da Força
Nacional de Segurança, policiais e guardas municipais. As Forças Armadas terão poder de polícia em Guaratiba. Fora do
Campus Fidei, só irão atuar com poder de polícia mediante decreto presidencial.
Para tanto, será necessário que o governador Sérgio Cabral faça o pedido à
Presidência da República.
Fonte:
O Estado de
São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário