Em pouco mais de dois meses, sob
a proteção de um gritante silêncio, foi aprovado um projeto que abre portas para a
ampliação do aborto no Brasil. Segundo informação do jornal interno
da Câmara dos Deputados, a iniciativa
partiu do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Em reunião com deputado
Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, em fevereiro deste
ano, Padilha pediu que, em homenagem ao Dia Internacional
da Mulher, fosse votado no plenário da Câmara, em regime de urgência, o Projeto de Lei 60/1999. O projeto trata do atendimento prioritário
nos hospitais à mulher vítima de violência.
Como resultado do acordo entre o ministro da Saúde
e o presidente da Câmara, o deputado José Guimarães, irmão do deputado José Genoíno e
líder do PT na Câmara, pediu a tramitação do
projeto em regime de urgência. Na ausência por motivo de viagem do
deputado Henrique Eduardo Alves, a presidência da Câmara foi assumida pelo
deputado André Vargas, secretário nacional de comunicação do PT.
O
regime de urgência foi, então, aprovado por uma reunião de líderes das bancadas
dos diversos partidos. Em seguida, no
mesmo dia, o projeto foi emendado e apresentado ao Plenário da Câmara. O projeto foi aprovado no dia 5 de março. Três dias depois foi encaminhado para ser
apreciado pelo Senado. Velocidade incomum para os
padrões parlamentares.
No dia 10 de abril, já renomeado como Projeto de Lei Originário da Câmara 3/2013, ou PLC
3/2013, o texto foi
aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, após leitura de relatório favorável da Senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo.
Nota dos Editores do Blog Catolicismo:
só no Brasil governado por essa escória da esquerda, tendo à frente o PT, uma Comissão de Direitos Humanos de uma das Casas Legislativas aprova um projeto que autoriza o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos.
Nota dos Editores do Blog Catolicismo:
só no Brasil governado por essa escória da esquerda, tendo à frente o PT, uma Comissão de Direitos Humanos de uma das Casas Legislativas aprova um projeto que autoriza o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos.
Se o nojento
projeto autoriza a ‘PROFILAXIA DA GRAVIDEZ’ e PROFILAXIA é a adoção de medidas
que impedem o desenvolvimento do seu objeto – no caso o desenvolvimento da
gravidez – não havendo o desenvolvimento da gravidez, sua causa e função única
(permitir o nascimento de um ser humano) é eliminada.
No dia 19 de junho, após relatório favorável da Senadora Angela
Portela, do PT de Roraima, o projeto foi também aprovado pela
Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Finalmente, no
dia 4 de julho, sem que houvesse sido apresentado um único pedido de emenda, o
PLC 3/2013 foi aprovado no
Plenário do Senado e, em seguida, encaminhado à
Presidência da República para ser sancionado.
O texto, estrategicamente, evita mencionar a palavra aborto, mas abre atalhos para sua ampla
ampliação. O projeto, na sua formulação conceitual
e na sua tramitação política, foi
conduzido com muita esperteza, mas também com notável autoritarismo. Um tema sensível foi conduzido de costas
para a sociedade. Vamos analisar o texto, amigo leitor.
O
artigo primeiro afirma que os hospitais, - todos os hospitais, sem que aí seja feita
nenhuma distinção -, "Devem oferecer
atendimento emergencial e integral decorrentes de violência sexual, e o
encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social”.
Atendimento
emergencial significa o atendimento que deve ser realizado imediatamente após o
pedido, não podendo ser agendado para uma data
posterior. Colocou-se
no mesmo pacote o aborto terapêutico e o aborto por estupro.
O
atendimento integral significa que nenhum aspecto pode
ser omitido, o que por conseguinte
subentende que se a vítima de violência sexual estiver grávida, deverá ser encaminhada aos serviços de
aborto.
Os
serviços de assistência social aos quais a vítima deve ser encaminhada, que não eram mencionados no projeto original, são justamente os
serviços que encaminharão as vítimas aos serviços de aborto ditos legais.
É todo um jogo malandro de palavras que conduz a um
objetivo bem determinado: escancarar
janelas para o aborto no Brasil.
Portanto, uma vez o projeto sancionado, todos os hospitais do Brasil serão
obrigados a encaminhar as vítimas de violência à prática do aborto. O projeto não contempla a possibilidade da objeção de
consciência. O artigo segundo define que, para efeitos desta
lei, "Violência sexual é qualquer forma de
atividade sexual não consentida”.
A expressão "Tratamento do
impacto da agressão sofrida”, constante
do artigo primeiro do texto original, foi suprimida e substituída por
"Agravos decorrentes de violência sexual”,
para deixar claro que a violência sexual
não necessita ser configurada por uma agressão comprovável em um exame de corpo
de delito. Uma vez que o projeto não especifica nenhum procedimento para
provar que uma atividade sexual não tenha sido consentida, e o
consentimento é uma disposição interna da vítima, bastará a afirmação da vítima de que ela não consentiu na relação
sexual para que ela seja considerada, para efeitos legais, vítima de violência e, se ela estiver grávida, possa exigir um
aborto ou o encaminhamento para o aborto por parte de qualquer hospital.
O
inciso quarto do artigo terceiro menciona, ainda, como obrigação de todos os
hospitais, em casos de relação sexual não consentida, “a profilaxia da gravidez". O termo é novo. Foi
estrategicamente plantado neste projeto de lei. Terá que ser
regulamentado ou interpretado.
O projeto, tramitado
com velocidade surpreendente e sob um silêncio antidemocrático, configura uma
violência. O
brasileiro é a favor da vida. Não
se trata apenas de uma opinião, mas de fato medido em reiteradas pesquisas.
A defesa da vida, da liberdade e dos direitos das
minorias, tão duramente conquistados, compõem o mosaico da nossa cidadania.
A
presidente Dilma Roussef, em 2010, empenhou sua palavra
ao rejeitar qualquer iniciativa do seu governo em favor da implantação
do aborto. Compete-lhe, agora, vetar o projeto, sobretudo
garantir a objeção de consciência do médico e da instituição. É o mínimo.
As
passeatas mostram o nascimento de um novo Brasil. Os cidadãos exigem transparência dos seus governantes e
liberdade para manifestar seus pontos de vista. E o que está em jogo não é coisa pequena. É a preservação de um valor
fundamental: o
direito à vida.
Por: Carlos Alberto Di Franco, diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de
Ciência Sociais – IICS e doutor em Comunicação pela Universidade
de Navarra, é diretor da Di Franco – Consultoria em
Estratégia de Mídia.
E-mail: difranco@iics.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário