União homoafetiva opôs Papa aos Kirchner
Então cardeal, Bergoglio disse
que o projeto tinha ‘a pretensão de destruir o plano de Deus”
Em meados de 2010, quando o Congresso argentino
se preparava para aprovar a histórica lei que permitiu o casamento entre
pessoas do mesmo sexo, o então cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de
Buenos Aires, assegurou, em carta enviada aos quatro principais
monastérios da cidade, que o projeto promovido pelo
governo Kirchner representava “a pretensão de destruir o plano de Deus”.
No documento, revelado na época pelo jornal “La
Nación”, o cardeal dizia
ainda que no projeto estava “a inveja do demônio, pela qual o pecado entrou no mundo,
que pretende destruir a imagem de Deus: homem e mulher que recebem o mandato de
crescer, multiplicar-se e dominar a terra”.
Bergoglio
foi um dos mais duros opositores do projeto enviado ao Congresso, que,
após intenso debate, tornou-se lei. As
críticas aprofundaram suas diferenças com Néstor e Cristina Kirchner. Não
que o relacionamento fosse bom. O ex-presidente Néstor
Kirchner (2003-2007) se irritava com as homilias
nas quais Bergoglio falava da corrupção entre os políticos argentinos e
questionava os altos índices de pobreza no país. Para Kirchner, eram
ataques diretos a seu governo. Para Bergoglio, eram opiniões que ele, como
arcebispo, não podia deixar de expressar.
O
cardeal teve a mesma firmeza na campanha contra o casamento homoafetivo.
Em sua carta, Bergoglio pedia aos
monastérios portenhos que “clamem ao Senhor para que envie seu Espírito aos
senadores, para que não votem mobilizados pelo erro ou por situações de
conjuntura, e sim pelo que é uma lei natural, a lei que Deus lhes ensina”.
Fonte:
G1
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