Missa de encerramento da JMJ poderá
ser em Copacabana
O Campus Fidei, em Guaratiba,
amanheceu hoje tomado pela lama.
Tem gente do comitê organizador da Jornada Mundial
da Juventude que acha impraticável o
Papa Francisco realizar, domingo, a missa de encerramento em Guaratiba e defende a transferência da cerimônia para a Praia de Copacabana. O prefeito Eduardo Paes afirmou que vai
apoiar qualquer decisão do comitê organizador.
Responsável por
montar espaço diz que jornada não é visita ao shopping
Castigado pela chuva desde a noite de segunda-feira, o Campus Fidei, em Guaratiba, está repleto
de poças d'água e com muita lama. Apesar disso, Duda Magalhães, diretor da
empresa Dream Factory, responsável pela produção e montagem do espaço, disse
nesta quarta-feira que os peregrinos já
estão cientes de que o evento "não
é uma visita a um shopping", ao
se referir às áreas alagadas e ao vento frio, que fazia operários,
jornalistas e peregrinos baterem os queixos durante a manhã. A temperatura
estava na casa dos 15 graus. — O evento é uma missa campal. Passar frio,
calor, estar numa área de terra ou alagada, são condições de um evento como
este. Quem é peregrino sabe que vai passar por essa experiência. Isso é um dado
da equação. Não é um problema do Campus Fidei, sempre foi assim nas jornadas
— disse o diretor da Dream Factory, também responsável por eventos como o
carnaval de rua do Rio e pela árvore de Natal da Lagoa.
Magalhães ainda admitiu que, caso a chuva persista no final de semana, uma parte dos 22 lotes do
terreno, que tem cerca de 1,7 milhão de metros quadrados, pode ser fechada
devido aos alagamentos. — A previsão do
tempo indica sol a partir de sexta-feira. Até agora, o terreno reagiu bem. Estamos
fazendo monitoramento e drenagem de todos os lotes do campus. Um terreno como
esse pode ter áreas alagadas. Mas, se a chuva persistir, vamos isolar esse
lotes para garantir a segurança do público — disse Magalhães, que não
informou quais áreas correm risco de ser fechadas para os fiéis.
Ele disse ainda que estão sendo utilizadas bombas de sucção para auxiliar no sistema de
drenagem das áreas mais críticas, que ainda contam com canaletas para o
escoamento da água. A três dias do evento, operários trabalhavam para acertar
os últimos ajustes no palco principal, cujas escadas de acesso ao altar
acumulavam poças d’água. Ali, será
realizada a vigília, no sábado, quando são esperadas 900 mil pessoas. No
local, o Papa Francisco vai celebrar a
missa de encerramento da jornada, no domingo, para cerca de 1, 2 milhão de pessoas.
Em frente ao palco, máquinas cobriam de pedras ontem o espaço do terreno que será de acesso
exclusivo para as autoridades. As demais áreas, que são mais distantes e
serão utilizadas pelos peregrinos, inclusive para o pernoite, são de terra. A
organização do evento, no entanto, afirma que o piso de areia é uma questão de segurança, já que, em caso de
manifestações ou tumultos, as pedras
correriam o risco de serem utilizadas como armas.
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