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quinta-feira, 14 de março de 2013

Minutos depois do anúncio do nome do novo papa, entrou em ação a cadeia de difamação


Mal foi anunciado o nome do novo papa, começou a circular mundo afora a acusação de que Jorge Mario Bergoglio, agora papa Francisco, teria denunciando dois jesuítas, subordinados seus, para a ditadura. Quem espalha a história é o jornalista Horacio Verbitsky, que pertenceu ao grupo terrorista Montoneros. Ele próprio admite que deu alguns tiros, “mas sem matar ninguém”. Claro, claro! Um outro jornalista argentino o acusa de ter desviado para Cuba os US$ 60 milhões que renderem o sequestro de dois bilionários argentinos. Considerando a sua história e a de Bergoglio, é muito mais verossímil que ele tenha se metido na sujeira do sequestro — terrorista confesso — do que o agora papa se envolvido com as forças da repressão. Quando procuramos os detalhes, ficamos sabendo que o dito “jornalista respeitável” não tem uma só prova, um só indício. O ódio àquele que foi escolhido para conduzir a Igreja Católica certamente deriva de sua postura considerada “conservadora” também em política. O até ontem arcebispo de Buenos Aires repudia uma Igreja transformada em partido político.

Também começaram a circular os ataques ao papa Francisco por conta de sua censura ao casamento gay e à adoção de crianças por pares homossexuais. Aqui e ali, com ares de indignação, quase de escândalo, lembrava-se ainda que o novo papa se opõe ao aborto, a pesquisas com embriões humanos e defende as regras de relacionamento amoroso e concepção da… Igreja Católica! Meu deus! Para onde caminha este mundo louco, não é mesmo?

Com que então os cardeais escolheram para conduzir a Igreja Católica alguém que defende os fundamentos da… Igreja Católica!? Fico cá me perguntando por que, afinal, esses benfeitores da humanidade, tão convencidos de que o Vaticano é um covil de reacionários, não vão testar as suas teses progressistas em países que tiveram a ventura de não passar pela “ditadura católica” — como os muçulmanos, por exemplo. Teerã… É! Penso em Teerã, capital do Irã, cujo presidente, Mahamoud Ahmadinejad, é tão amigo dos “companheiros” brasileiros… Teerã me parece um bom lugar para essa militância, livre do, como é mesmo?, “peso do mundo judaico-cristão”…. Só tomem cuidado com os guindastes. Quando virem algumas pessoas penduradas, elas não estão trabalhando…


“Ah, o Reinaldo acha que a gente não tem o direito de se expressar aqui mesmo; quer mandar a gente para o Irã…” Uma ova! Eu acho que vocês têm o direito de pedir o que lhe der na telha, mas têm também o dever de permitir que a Igreja seja Igreja — uma entidade que, embora aspire a valores universais, fala aos seus e não exerce poder de estado. Adere a ela quem quer. “Mas não tenho o direito de ser gay e ser católico”? Não se tem notícia de que a Igreja tenha expulsado de um de seus templos quem quer que seja. Também é uma mentira escandalosa que a religião promova a perseguição a este ou àquele.

A instituição tem, no entanto, a sua concepção do que seja a família natural — e acho difícil que isso mude algum dia. Mas é evidente que reconhece a existência da homossexualidade e da vida em comum de parceiros homossexuais como realidade de fato. Só não aceita que tenha o mesmo status da “família natural”. Aí grita alguém: “Por quê? É inferior?” Não! É outra coisa, que a instituição não aceita como parâmetro.

Qual é o problema? Apesar da oposição da Igreja Católica da Argentina ao casamento gay e à possibilidade de adoção, a lei foi aprovada, não foi? O que me pergunto é por que não basta aos militantes da causa vencer. Por que, afinal de contas, exigem que a Igreja Católica comungue de seus mesmos valores? Fico muito impressionado que a escolha de um papa e a indicação do presidente de uma comissão do Congresso brasileiro tenham de necessariamente ser filtrados por essa pauta. Parece que a Igreja Católica, especialmente nas reportagens de TV, não tem mais nenhum desafio pela frente. Parece que aquela que é a maior instituição educacional do mundo, a maior instituição de benemerência do mundo, a maior rede de atendimento médico do mundo — só para citar alguns dos aspectos, digamos, mundanos da Igreja — agora se define por sua opinião sobre o… casamento gay! Tenham paciência!

“Reinaldo está querendo dizer que milhões de pessoas não têm importância…” Não! Estou afirmando que a pauta da Igreja Católica é outra, ora essa! Eu sei que é chato ser um tanto óbvio, mas a medida da instituição, apesar de todos os seus desvios — porque feita por homens imperfeitos — é o exemplo deixado por Jesus Cristo e as verdades reveladas (assim creem os católicos) nos Evangelhos. É uma perda de tempo, um desperdício de energia e, no fundo, uma estupidez cobrar que ela renuncie a seus fundamentos.

A Igreja não abrirá mão do que considera a “família natural”; não cederá aos apelos em favor da descriminação do aborto; não acatará a destruição de embriões humanos em nome da pesquisa científica; não dará seu endosso à dissolução do casamento; não cederá, ATENÇÃO PARA ISTO!, ao pragmatismo do capitalismo, do liberalismo (e é um liberal que escreve) etc.

Não fará nada disso porque o seu diálogo com o mundo moderno consiste em amparar quem sofre no… mundo moderno, mas não em ceder a seus apelos. A Igreja Católica pode beijar os pés dos que considera “pecadores”, mas não aceitará jamais o seu pecado. E essa talvez seja a dimensão mais incompreendida da instituição.

Quando se diz que a igreja ama o pecador, mas não o pecado, não se está fazendo mero jogo de palavras. Todo homem, mesmo o mais vil, é digno de piedade, mas isso não quer dizer que possamos concordar com seus malfeitos.

Nessas horas, sempre me vem à mente o exemplo notável do advogado católico Sobral Pinto. Anticomunista ferrenho, foi advogado, não obstante, de Luiz Carlos Prestes e Harry Berger (Arthur Ewert era seu nome real), que lideraram o levante comunista de 1935. Presos, foram barbaramente torturados pelo regime getulista. Entrou para a história a estratégia de Sobral, que evocou para defendê-los a Lei de Proteção aos Animais. Sim, ele abominava o comunismo, mas isso não o fazia abominar as PESSOAS comunistas. 

Submetidas que estavam a um tratamento desumano, inaceitável, injusto, Sobral fez o seu trabalho de advogado e viveu na prática o mandamento de sua religião. Bem, todos sabemos o que os comunistas fizeram com os cristãos quando e onde chegaram ao poder, não é mesmo? Será que Prestes, ele mesmo, teria salvado a cabeça de Sobral Pinto? Acho que não… Findo o Estado Novo, subiu ao palanque do Getúlio que havia liderado o regime que o torturara e que mandara para a Alemanha nazista a sua mulher, Olga Benário, que era judia e estava grávida. Como Prestes conseguiu fazer aquilo? Alguns, acreditem!, chegam a admirá-lo por isso. Fez porque ele tinha uma causa que considerava mais importante: a luta contra o imperialismo. Ora, se essa luta o fazia dar as mãos a um mostro, ela também poderia fazê-lo mandar para o paredão um anjo, não é?

 “Por que essa viagem, Reinaldo?” Não é viagem nenhuma, não! Só estou deixando claro que os fundamentos do catolicismo não estão e não podem estar sujeitos a certas contingências. A Igreja pode e deve ser mais célere em buscar meios que facilitem a divulgação de sua “mensagem”, da “Palavra”, mas não contem com a possibilidade de que ela se transforme numa ONG, cujo rumo seja ditado pela “minoria democrática”, esse conceito tão singular criado pela militância influente, à qual a imprensa adere gostosamente. Uma igreja é feita por seus fiéis. Nesse sentido, deve-se abrir para o povo. Mas uma religião, prestem atenção!, conduz em vez de ser conduzida. Quem tem de se submeter à maioria democrática é o estado laico — e, ainda assim, é preciso que o  faça segundo critérios muito claros, ou o mundo regride para o estado da natureza, para a luta de todos contra todos. A Igreja não é uma democracia. E faz, para lembrar a missa, o convite para “Ceia do Senhor”.  É, insisto, um convite: “Felizes os convidados…”

Na Igreja do papa Francisco, como na de Bento XVI, de João Paulo II e de outros tantos, há lugar pra todo mundo, para todos nós, com todas as nossas particularidades e imperfeições. Mas, vejam que coisa!, nem todas as ideias e as visões de mundo são aceitas também como verdades dessa Igreja.

 E me ocorre agora uma questão interessante: nem todas as ideias e visões de mundo devem ser aceitas nas associações GLBTs, por exemplo. Tenho a certeza de que nem mesmo gays eventualmente contrários ao casamento gay, e eles existem, seriam considerados bem-vindos, não é? O mesmo vale para o mundo da ciência. Cientistas que se opõem à pesquisa com embriões humanos levam na testa a pecha de obscurantistas. Conheço casos. Entendo. No fim das contas, os pequenos papas de suas respectivas seitas acham inaceitável que possa existir um papa da Igreja Católica. E saem gritando “cortem-lhe a cabeça!” em nome da tolerância.


Por Reinaldo Azevedo

‘Sou um pecador, mas, como essa tarefa me foi dada, aceito’, disse Bergoglio

Ao aceitar escolha, Papa afirmou ser um ‘pecador’

Na primeira votação, argentino já teria saído na frente

“Sou um pecador, mas, como essa tarefa me foi dada, aceito”. Com essa frase, o então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, teria aceitado a escolha dos cardeais eleitores, na quinta votação, que lhe deu os dois terços de votos necessários para convertê-lo no primeiro Pontífice jesuíta e latino-americano. Passado o susto da escolha, que pegou praticamente todo o mundo de surpresa, alguns cardeais presentes no conclave explicam como o Papa do “fim do mundo” foi eleito. Segundo a imprensa italiana, a candidatura de Bergoglio ganhou força na noite de terça-feira.

 

 O recém eleito Papa Francisco no dia seguinte a sua eleição: ascendência italiana teria pesado na escolha dos cardeais ALESSANDRO BIANCHI / REUTERS

A primeira votação não chegou a um nome, segundo o cardeal irlandês Sean Brady. Mas de acordo com o jornal “La Stampa”, nem bem a fumaça preta havia se dissipado, começaram reuniões informais na Casa de Santa Marta, onde os religiosos estavam hospedados. Num desses encontros, o argentino teria recebido o apoio dos influentes italianos Giovanni Re e Tarcisio Bertone, este também camerlengo. - Quando acabou, ficou claro que as preferências eram bem variadas - disse Brady, líder da Igreja na Irlanda. - Houve vários candidatos.

Na manhã de quarta-feira, após três votações, os eleitores fizeram uma nova procissão e repetiram o ritual. A vitória de Bergoglio começou a se desenhar já na noite anterior, quando ele obteve o maior número de votos no primeiro escrutínio, embora o resultado tivesse sido pulverizado demais para consolidar a maioria absoluta. - Quando você anda com a cédula na mão e para em frente ao afresco do “Juízo Final” é uma grande responsabilidade - disse o cardeal americano, Sean O’Malley à agência AP.

Durante o almoço de quarta-feira, O’Malley se sentou com Bergoglio. Com a votação inclinando-se a seu favor, o arcebispo de Buenos Aires, sempre sorridente, já se mostrava sombrio. - Ele é muito acessível, muito amigável. Tem um bom sentido de humor, é diligente. É muito agradável estar com ele.

Na primeira votação da tarde, os cardeais chegaram bem perto de uma decisão. Mas ainda não totalmente. Começaram então a última eleição. Enquanto eles liam as cédula, os religiosos começaram a se dar conta que haviam chegado ao nome de Bergoglio. - Foi um momento muito comovente, à medida que se escutavam os nomes - disse o irlandês Sean Brady. - Bergoglio... Bergoglio... e de repente chegamos ao número mágico de 77.

Os cardeais aplaudiram. Timothy Dolan, de Nova York, disse que todos os presentes se emocionaram. - Não acreditado que tenha havido um olho seco na casa (capela) - disse.
Bergoglio anunciou o nome que assumiria - Francisco - e foi se vestir com a indumentária papal na “Sala das Lágrimas”, uma sacristia que tem esse nome porque muitos outros Papas choraram diante da imensidão da tarefa que lhes aguardava. Quando Bergoglio voltou ao recinto, já como líder da Igreja, seu primeiro ato foi caminhar até um cardeal em cadeira de rodas na parte dos fundos da capela, para saudá-lo, contou o irlandês.

Os assistentes levaram uma plataforma com uma cadeira branca para que Francisco se sentasse, enquanto os outros iam um a um expressar seu respeito. Ele recusou o assento especial. - Sentou-se conosco, no mesmo nível - afirmou Dolan. - Senti uma estranha emoção ao beijar seu anel de Papa. É muito difícil explicar.

Era o momento de enfrentar o público. Mais de 100 mil pessoas se reuniram na Praça São Pedro, e da sacada, Francisco se preparava para recebê-los. Trabalhadores do Vaticano fizeram fila para apertar sua mão, mas o Papa se preocupava com atraso. - Havia muitas pessoas lá fora na chuva, e ele não queria que esperassem muito - contou o cardeal americano.

Previsões erradas
Após o anúncio, a primeira providência dos jornais foi desconstruir as próprias previsões, que apontavam principalmente para Scola e para o brasileiro Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. Para o “La Stampa”, Scola se revelou um “gigante com pés de barro” ao não conseguir formar consenso em torno de seu nome mesmo entre os 28 cardeais italianos. Contra ele teriam pesado a forte oposição da Cúria romana - em especial de Bertone e do cardeal italiano Angelo Sodano - e suas próprias ligações com o Comunhão e Libertação (CL), um movimento carismático italiano com fortes e controvertidas ligações com políticos.

Paralelamente, diz o jornal, ganhou impulso o movimento pela eleição de um Papa do Novo Mundo, uma vez que a grande força da Igreja Católica se encontra hoje na África, na Ásia e, principalmente, nas Américas. Ou, como disse um cardeal africano que o “La Stampa” citou sem relevar a identidade: “Não é possível ter o pastor na montanha e o rebanho no vale”. Ao mesmo tempo, a Igreja latino-americana vem perdendo fiéis de forma crescente para seitas neopentecostais. Um Papa do continente poderia dar novo ânimo aos católicos locais.

Porém, mesmo entre os cardeais das Américas, Bergoglio não era o mais cotado. Os vaticanistas citavam sempre, além de Scherer, o canadense Marc Ouellet e os americanos Timothy Dolan e Sean O’Malley. Embora tivesse sido o segundo mais votado no conclave que elegeu Bento XVI, em 2005, os analistas acreditavam que a idade, 76 anos, pesava contra o argentino, além do fato de um jesuíta jamais ter chegado ao Trono de São Pedro.

O “La Stampa” lembra que, além da boa votação em 2005, Bergoglio atraiu a simpatia de um bom número de cardeais por sua fama de austero na condução da igreja argentina. Bento XVI, diz o jornal, nunca escondeu seu apreço pelo jesuíta. Já o analista Vittorio Messori, do “Corriere della Sera”, avalia que a ascendência italiana do novo Papa, que é filho de imigrantes napolitanos, e seu bom trânsito em Roma pesaram entre os europeus. Na visão deles, o agora Papa Francisco vai inflamar o rebanho em casa e ter a austeridade para enfrentar as crises que assolam a igreja.

Novo papa é ferrenho opositor do casamento gay, mas defende batismo de filhos de mães solteiras



Pontífice de 76 anos foi eleito nesta quarta-feira

O novo Papa Francisco tem opiniões bem marcadas a respeito de assuntos polêmicos e, por exemplo, se opôs às leis de casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao reconhecimento da identidade dos travestis e transexuais aprovados na Argentina.

A seguir, as posições do novo pontífice:

CASAMENTO GAY: foi um tenaz opositor à lei do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo aprovada em julho de 2010 na Argentina com apoio do governo e que foi a primeira do tipo na América Latina.  "Não sejamos ingênuos: não se trata de uma simples luta política; é a pretensão destrutiva ao plano de Deus", disse Bergoglio pouco antes da sanção da lei.

O padre Nicolás Alessio (53 anos) foi expulso do Tribunal Interdiocesano de Córdoba (norte) por apoiar o casamento gay.

IDENTIDADE DE GÊNERO: também foi contrário à lei de identidade de gênero aprovada em maio de 2012 e que autoriza travestis e transexuais a registrar seus dados com o sexo escolhido.

EUTANÁSIA: contrário à eutanásia. Chegou a declarar que "na Argentina se aplica a pena de morte" no caso do aborto e a "eutanásia acobertada" em idosos enfermos.

PRESERVATIVOS: contrário, assim como a Igreja, incluindo como forma de prevenção à Aids.

BATISMO: em 2012 pediu a padres de 11 dioceses de Buenos Aires que batizassem todos os bebês, incluindo os nascidos de uma relação extraconjugal.

ESCÂNDALOS DE PEDOFILIA: três padres católicos foram condenados desde 2002 na Argentina por abuso sexual de menores com penas de entre oito e 24 anos de prisão, enquanto dois bispos renunciaram por envolvimento em escândalos sexuais.  Em todos os casos, a Igreja evitou fazer comentários e disse que acataria as decisões da justiça.

PAPEL NA DITADURA: Bergoglio recebe críticas por supostamente não ter protegido dois padres jesuítas que foram sequestrados em 1976, durante o último regime militar (1976/83), e depois liberados.

MEIO AMBIENTE: aqueles que o conhecem dizem que é um defensor do meio ambiente.

REFORMAS NA IGREJA: para o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, "não se vislumbra que (Bergoglio) possa promover mudanças estruturais a respeito da posição tradicional da Igreja sobre o uso do preservativo, a anticoncepção hormonal de emergência, a eliminação do celibato".

O mesmo para "o papel das mulheres na Igreja, o tratamento às pessoas divorciadas ou aos homossexuais, a liberação do aborto".

GLOBALIZAÇÃO E POLITICA: o novo Papa aceita a globalização, mas advertiu que "tem seus perigos". "Não podemos renegar da cultura de nossos povos. Este é o grande perigo" que a globalização traz consigo, destacou Bergoglio.

Defendeu ainda o trabalho dos laicos na política e definiu "a política como a tarefa do bem comum, ao contrário das ideologias, que sempre engendram violência".

COMUNISMO E LIBERALISMO: o Papa Francisco expôs suas críticas tanto ao comunismo como ao liberalismo e destacou que, "assim como comunismo caiu por suas contradições internas, este liberalismo também vai cair por suas contradições internas" e advertiu que "não devemos nos resignar a aceitar passivamente a tirania do econômico. A tarefa não deve reduzir-se a que as contas fechem para tranquilizar os mercados". Também defendeu um trabalho maior sobre a sociedade.

Fonte: AFP

Primeira missa do papa Francisco com cardeais é celebrada na Capela Sistina



Durante a manhã, ele foi a uma basílica romana para orar em particular diante da Virgem e homenageá-la, momento em que pediu que todos orassem por ele
O papa Francisco começou na tarde desta quinta-feira (14/3) a primeira missa como pontífice na Capela Sistina com os cardeais eleitores. Vestido com os paramentos dourados e com a mitra, o Papa entrou na Capela do Vaticano acompanhado dos 114 cardeais eleitores que na quarta-feira o converteram no primeiro pontífice latino-americano da história. Na Praça de São Pedro, milhares de fiéis acompanharam o momento solene por telões.
"Quando caminhamos sem a cruz, edificamos sem a cruz e confessamos com Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor. Somos mundanos, bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor", disse o Papa ao se referir aos desafios da Igreja.

O pontífice iniciou nesta manhã o primeiro dia como pontífice indo a uma basílica romana para orar em particular diante da Virgem e homenageá-la com um ramo de flores. Ele permaneceu 20 minutos ante a imagem antiga da Virgem e depositou um ramo de flores, bem simples, de acordo com um um dos 15 seminaristas, freiras e padres que assistiram à primeira atividade do Papa fora do Vaticano.

"Orem pelo Papa", pediu, em italiano, da mesma maneira que o fez na véspera, diante da multidão entusiasmada que o recepcionou na Praça de São Pedro, um gesto surpreendente, quase uma revolução para o líder de uma Igreja com 1,2 bilhão de católicos, ao pedir ao mundo que abençoasse seu bispo e não oferecendo sua bênção ao mundo. "Rezem por mim e nos veremos em breve. Amanhã pedirei à Virgem que proteja Roma. Boa noite a todos e descansem", anunciou nessa primeira mensagem como pontífice, transmitida ao vivo pelos canais de TV mundiais. 


Clique para ver o 'primeiro dia do Papa Francisco'


Fonte: Correio Braziliense

Presidente da CNBB nega que papa tenha sido conivente com ditadura

Segundo dom Damasceno, durante a ditadura, Jorge Mario Bergoglio era sacerdote jesuíta e as suspeitas sobre sua posição em favor da ditadura não correspondem ao temperamento dele


O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, negou nesta quinta-feira (14/3) que o papa Francisco tenha sido omisso ou conivente com a ditadura na Argentina, entre 1966 e 1973. O arcebispo disse ter convivido com o papa Francisco em vários eventos, como por exemplo uma reunião de bispos latino-americanos em Aparecida do Norte (SP).


   Papa Francisco reza na Basílica de Santa Maria Maior durante visita privada


Segundo dom Damasceno, durante a ditadura, Jorge Mario Bergoglio era sacerdote jesuíta e as suspeitas sobre sua posição em favor da ditadura não correspondem ao temperamento dele. “Essa versão certamente não coaduna com a verdade”, disse ele. “ele é um verdadeiro pastor, um homem de solidariedade.”


Na Argentina, no entanto, organizações de direitos humanos divulgaram ontem (13) informações de que o papa Francisco invocou o direito que há na legislação argentina de se recusar a aparecer em tribunais que julgavam torturas e assassinatos cometidos pelo governo ditatorial argentino. 


Já o jornal argentino Clarín informou que o papa, ao contrário do que afirmam as organizações de direitos humanos, assumiu riscos para salvar os que lutavam contra a ditadura. Uma biografia autorizada sobre o atual papa foi escrita e chama-se O Jesuíta.

O arcebispo brasileiro ressaltou que o momento é para olhar o papa “daqui para frente”. Dom Damasceno disse não conhecer em detalhes os aspectos da ditadura argentina. Mas que o fundamental é observar os atos do papa a partir de sua eleição.

Papa Francisco começa o dia rezando em igreja romana

Em 1° dia como Papa, Francisco visita basílica de Nossa Senhor

Sumo Pontífice deve visitar Bento XVI ainda hoje
Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, o Papa argentino Francisco levantou calmamente, tomou café com antigos colegas e foi à Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, rezar a Nossa Senhora por seu pontificado. Sorridente, ele deixou a residência Santa Martha - onde ele e os outros cardeais passaram a noite - ao lado do cardeal Agostino Vallini e do prefeito da Casa Pontifícia e secretário pessoal de Bento XVI, Georg Gänswein. 
A Basílica de Santa Maria Maggiore é a igreja mais antiga do mundo dedicada a Maria. Francisco passou pouco tempo no local. Ele rezou diante de uma imagem da santa chamada Salus Populi Romani, ou Protetora do Povo Romano, cumprindo o desejo que tinha anunciado na varanda central da basílica de São Pedro:  - Amanhã, quero ir rezar a Nossa Senhora, para que abençoe toda a cidade de Roma - afirmou em seu primeiro discurso como Pontífice.

Ao deixar a basílica, ele acenou alegremente ao dizer “Misericórdia, misericórdia”. No regresso ao Vaticano, o Papa voltou ao quarto onde estava instalado para recolher seus pertences. Ao cumprimentar o pessoal, mostrava-se descontraído e cordial.

Ainda nesta quinta-feira, o argentino deve visitar o Papa Emérito Bento XVI, com quem conversou por telefone na noite de quarta-feira. Na parte da tarde de hoje, na Capela Sistina, às 17h (locais), o Papa preside a Santa Missa com os cardeais eleitores.

O novo Pontífice já tem uma agenda cheia de compromissos nos próximos dias. Na sexta-feira, às 11h (locais), Francisco irá receber em audiência todos os cardeais na Sala Clementina. No dia seguinte, no mesmo horário, participará de audiência com os jornalistas na Sala Paulo VI.

No domingo, Francisco recitará o Angelus do Apartamento Papal, às 12h. A Santa Missa para a solene inauguração do Pontificado será celebrada na Praça São Pedro, na próxima terça-feira, às 9h30m (locais).