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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Santo do dia - 31 de julho


Santo Inácio de Loyola

Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo "uma alma maior que o mundo".

Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: "São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer".

Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem "tudo para a maior glória de Deus", pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus "famosos" Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar filosofia e teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: "O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição das almas próprias, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição das do próximo".

Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o Céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora "com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade", repetia.

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Santa do dia - 30 de julho

Santa Maria de Jesus Sacramentado Venegas

Natividade Venegas de La Torre nasceu em 8 de setembro de 1868, em Jalisco, no México. A última de doze filhos, desde a adolescência cultivou uma devoção especial à eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de consagrar-se totalmente ao Senhor no serviço ao próximo.

Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres, o Hospital do Sagrado Coração. Em 1910, ela emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência.

As companheiras escolheram-na, em seguida, como superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua comunidade numa verdadeira congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo arcebispo de Guadalajara. Na ocasião, madre Nati, como ficou conhecida, e as companheiras fizeram os votos perpétuos; e ela trocou o seu nome para o de Maria de Jesus Sacramentado.

Exerceu o cargo de superiora-geral entre 1921 e 1954, conseguindo conservar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição religiosa. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas co-irmãs, entregou a vida pelos pobres e sofredores, tornou-se um modelo de irmã- enfermeira. Após deixar a direção da sua Congregação, passou os últimos anos da vida, marcados pela enfermidade, em oração e recolhimento, dando mais um testemunho de sua abnegação. Morreu com a idade de noventa e um anos, no dia 30 de julho de 1959.

O papa João Paulo II declarou-a bem-aventurada em 1992. Continuamente recordada e invocada pelo povo, que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes, foi proclamada santa pelo mesmo sumo pontífice no ano 2000.

Santa Maria de Jesus Sacramentado Venegas, primeira mexicana canonizada, soube permanecer unida a Cristo na sua longa existência terrestre, por isso deu abundantes frutos de vida eterna, assim discursou o santo padre durante a solene cerimônia em Roma.

Santa Maria de Jesus Sacramentado Venegas, rogai por nós

30 de julho - Santo do dia

São Pedro Crisólogo
Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu.


Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, freqüentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica.

Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III.

Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões.

Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia.

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento.

A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

São Pedro Crisólogo, rogai por nós

quarta-feira, 29 de julho de 2009

29 de julho - Santo do dia


Santa Marta

Hoje, lembramos a vida de Santa Marta, que tem seu testemunho gravado nas Sagradas Escrituras. Padres e teólogos encontram em Marta e sua irmã Maria, a figura da vida ativa (Marta) e contemplativa (Maria). O nome Marta vem do hebraico e significa "senhora".

No Evangelho, Santa Marta apresenta-se como modelo ativo de quem acolhe: "... Jesus entrou em uma aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa". (Lc 10,38)

Esta não foi a única vez, já que é comprovada a grande amizade do Senhor para com Marta e seus irmãos, a ponto de Jesus chorar e reviver o irmão Lázaro.

A tradição nos diz que diante da perseguição dos judeus, Santa Marta, Maria e Lázaro, saíram de Betânia e tiveram de ir para França, onde se dedicaram à Evangelização. Santa Marta é considerada em particular como patrona das cozinheiras e sua devoção teve início na época das Cruzadas.

Santa Marta agora no Céu reina com Cristo, pois aqui soube ser ativa na amizade e acolhimento de Deus. Aprendamos com ela!


Santa Marta, rogai por nós!

terça-feira, 28 de julho de 2009

28 de julho - Santo do dia


São Celestino

Com satisfação nós lembramos da santidade do Papa Celestino I, que governou a Igreja dos anos 422 até 432. Ele nasceu na Itália e, ao ser escolhido para governar a Igreja do Cristo, usou muito bem o cajado da justiça e paz.

No tempo dele a auto-suficiência do Pelagianismo que, embora condenado no Concílio de Cartago, perdurava querendo "contaminar" os cristãos, pois afirmava uma auto salvação.

Combatente também contra a heresia do Nestorianismo - que afirmava ter Jesus duas naturezas e duas pessoas - São Celestino fez de tudo para condenar o erro e pecado sem deixar de amar o errado e o pecador; assim viveu na santidade até entrar na eterna casa dos santos em 432.
São Celestino, rogai por nós!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

27 de julho - Santo do dia


São Pantaleão

O santo de hoje viveu no Séc. III e IV da Era Cristã, durante um período de intensa perseguição aos cristãos que não podiam professar a própria fé, pois o que predominava naquela época era o culto aos deuses pagãos.

Pantaleão era filho de Eustóquio, gentio e de Êubola, cristã. Sua mãe encaminhou-o na fé cristã. Após o falecimento de sua mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos estudos de retórica, filosofia e medicina.

Durante a perseguição, travou amizade com um sacerdote, exemplo de virtude, Hermolau, que o persuadiu de Nosso Senhor Jesus Cristo ser o autor da vida e o senhor da verdadeira saúde.

Um dia que se viu diante duma criança morta por uma víbora, disse para consigo: "Agora verei se é verdade o que Hermolau me diz". E, segundo isto, diz ao menino: "Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste". Levantou-se a criança e a víbora ficou morta; em vista disso, Pantaleão converteu-se e recebeu logo o Santo Batismo.

Acabou sendo convocado pelo imperador Maximiano como seu médico pessoal. As milagrosas curas que em nome de Jesus Cristo realizava suscitaram a inveja de outros médicos, que o acusaram de cristão perante o imperador que, por sua vez, o mandou ser amarrado a uma árvore e degolado.

Desta forma, assumindo a coroa do martírio, São Pantaleão passou desta vida para a vida eterna.


São Pantaleão, rogai por nós!

domingo, 26 de julho de 2009

26 de Julho - Santo do dia

São Joaquim e Sant'Ana

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana. Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece". Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galiléia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus. O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.
São Joaquim e Sant'Ana...roguem por nós!

sábado, 25 de julho de 2009

25 de julho - Santo do dia


São Cristóvão

Cristóvão, antes do batismo, chamava-se Réprobo, porém, depois, se chamou Cristóvão, que é o mesmo que dizer aquele que carrega Cristo, pois ele carregou Cristo em seus ombros, transportando-o e guiando-o; em seu corpo, tornando-o esquálido; em sua mente, pela devoção; e em sua boca, confessando-o e pregando a sua mensagem.

Cristóvão era de linhagem Cananéia, de estatura elevada e ereta, rosto feio e aparência assustadora. Tinha doze cúbitos de comprimento, e lemos em algumas histórias que, quando estava a serviço do rei de Canaã, vivendo junto a ele, veio-lhe à mente procurar o maior príncipe existente no mundo e a ele servir e obedecer. E foi tão longe, que encontrou o legítimo grande rei, cuja fama geralmente era de que seria o maior do mundo. E quando este rei o viu, tomou-o para o seu serviço e o fez habitar em sua corte. Certa vez, um menestrel cantou perante ele uma canção na qual citava constantemente o demônio, e o rei, que era um homem cristão, ao ouvi-lo mencionar o demônio, traçou o sinal da cruz em sua fronte. E quando Cristóvão viu isso, ficou curioso em saber que sinal seria aquele e para que o rei o fizera, e lhe perguntou isso. E por que o rei não lhe queria responder, ele disse: Se não me disserdes, não mais habitarei convosco. Então o rei lhe explicou, dizendo: Sempre que ouço mencionarem o demônio, temo que ele possa ter poder sobre mim, e eu me previno contra ele com este sinal, a fim de que não me faça mal e não me perturbe. Então, Cristóvão lhe disse. Temeis que o demônio vos possa fazer mal? Então, o demônio é mais poderoso e maior do que vós. Por isso, fui enganado em minha esperança e em meu plano, pois supunha ter encontrado o maior e o mair poderoso senhor do mundo, mas eu vos recomendo a Deus, porque vou procura-lo para que seja o meu senhor, e eu, o seu servo.

Em seguida, ele se despediu daquele rei e apressou-se a ir em busca do demônio. E quando passava por um grande deserto, avistou um grande séqüito de cavalheiros, no meio dos quais se destacava um cavalheiro cruel e horrível que, aproximando-se dele, lhe perguntou qual era o seu destino, e Critóvão, respondendo, disse-lhe: ‘Estou à procura do demônio, para que seja o meu senhor’. E ele lhe respondeu: ‘Eu sou quem procuras’. Então, Cristóvão ficou contente, pediu-lhe para ser seu servo perpétuo e o tomou como seu mestre e senhor. E indo os dois juntos pelo mesmo caminho, encontraram nele uma cruz erguida. O demônio, ao avistar a cruz, logo ficou apavorado e fugiu, deixando o caminho normal, e, fazendo um grande desvio, fez Cristóvão passar por um deserto árido. Mais tarde, quando já haviam contornado a cruz, reconduziu-o ao caminho principal que haviam deixado. Quando Cristóvão perguntou porque hesitara e abandonara o caminho principal e limpo e entrara num deserto assim tão árido, o demônio não quis lhe explicar de forma alguma. Então, Cristóvão lhe disse: ‘Se não me disseres, separar-me-ei imediatamente de ti e não mais te servirei’.

Ao que o demônio se viu obrigado a lhe contar, dizendo-lhe: ‘Havia um homem chamado Cristo que foi suspenso numa cruz, e, quando vejo o seu sinal, fico apavorado e fujo dele, onde quer que o veja’. Cristóvão disse-lhe: ‘Então, ele é maior e mais poderoso que tu, já que tens medo do seu sinal, e eu, agora, por não ter encontrado o maior senhor do mundo, compreendo bem que trabalhei em vão. E eu não mais servirei a ti; segue, pois, teu caminho, pois eu vou à procura de Cristo’.

E após ter, durante muito tempo, procurado e perguntado onde poderia encontrar Cristo, finalmente, chegou a um grande deserto, até onde habitava um eremita, e este lhe falou de Jesus Cristo e o instruiu diligentemente na fé e lhe disse: ‘Este Rei a quem desejas servir pede o serviço de jejuares muitas vezes’. E Cristóvão lhe disse: ‘Pede de mim qualquer outra coisa, que eu a farei, pois o que me pedes eu não farei’. E o eremita lhe disse: ‘Então, deves vigiar e orar constantemente’. E Cristóvão lhe disse: ‘Não sei o que isto seja. Não farei tal coisa’. Então o eremita lhe disse: ‘Conheces aquele rio assim e assim, onde muitos pereceram e se perderam?’ Ao que Cristóvão respondeu: ‘Conheço-o muito bem’. Então lhe disse o eremita: ‘Como és de estatura nobre, elevada e forte em teus membros, deves morar perto daquele rio, e transportarás pelo mesmo todos quantos por ele precisarem passar, o que será algo muito agradável a Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem desejas servir, e eu espero que Ele se mostrará a ti’. Então disse Cristóvão: ‘Sem dúvida, este serviço eu posso muito bem executar, e eu prometo a ele que o farei’. Em seguida, Cristóvão foi até aquele rio e lá construiu uma morada para si e carregava nas mãos uma grande vara, à guisa de bastão, para se apoiar dentro da água, e assim transportava toda sorte de pessoas, sem parar. E lá habitou, executando esse trabalho, durante muitos dias.

E certa vez, quando dormia em sua choupana, ouviu uma voz de criança que o chamava e dizia: ‘Cristóvão, sai de dentro e vem carregar-me até a outra margem’. Então, levantou-se e saiu, porém não viu ninguém. E voltando de novo para dentro da casa, ouviu a mesma voz, correu para fora e não avistou ninguém. Pela terceira vez, foi ele chamado e, saindo, viu uma criança à beira do rio, que lhe pediu por favor que o transportasse para a outra margem. Então, Cristóvão pôs aquela criança aos ombros, apanhou o bastão e entrou no rio para atravessa-lo. E a água do rio subiu e aumentava cada vez mais; e a criança pesava como chumbo, e a cada passo que dava rumo ao centro do rio, a água aumentava e crescia cada vez mais, e a criança tornava-se mais pesada ainda, a tal ponto que Cristóvão ficou muito angustiado e temia vir a afogar-se. Por fim, conseguiu escapar daquela situação com grande esforço, fez a travessia e colocou a criança no chão, e disse a ela: ‘Menino, puseste-me num grande perigo; pesas tanto como se tivesse o mundo sobre os meus ombros: não poderia carregar um peso maior’. E o menino respondeu: ‘Cristóvão, não te espantes, pois não só carregaste o mundo inteiro em teus ombros, como também carregaste Aquele que criou e fez o mundo inteiro. Eu sou Jesus Cristo, o Rei, a quem serves neste mundo. E para que saibas que digo a verdade, põe teu bastão no chão, junto à tua casa, e amanhã verás que ele estará coberto de flores e de frutos’. E desapareceu de repente de sua vista. Então, Cristóvão colocou o bastão na terra, e, quando levantou de manhã, encontrou-o parecido com uma palmeira, carregado de flores, folhas e tâmaras.

Então, Cristóvão se dirigiu até a cidade de Lícia e não conseguia entender a linguagem de seus habitantes. Então, orou ao Senhor, para que fizesse com que pudesse entende-los, e assim fez. E enquanto estava rezando, os juízes pensavam que estivesse louco, e o deixaram lá sozinho. Então, quando Cristóvão pôde entender o que diziam, cobriu o semblante e foi até o lugar onde costumavam martirizar os cristãos, e os confortou em nome do Senhor. Então, os juízes bateram-lhe na face, e Cristóvão lhes disse: ‘Se eu não fosse cristão, eu vingaria esta ofensa’. Então Cristóvão arremessou o seu bastão no chão e pediu ao Senhor que, para converter aquelas pessoas, ele devia se cobrir de flores e de frutos. E logo assim sucedeu. E então, converteu oito mil pessoas. E o rei enviou dois cavaleiros para que o trouxessem, e o encontraram orando, e não ousaram lhe dizer isso. E logo em seguida, o rei mandou muitos outros cavalheiros e logo se puseram a rezar com ele. E quando Cristóvão se ergueu, disse a eles: ‘O que procurais?’ E ao verem o seu semblante, lhe disseram: ‘O rei nos mandou aqui, a fim de amarra-lo e conduzi-lo até ele’. E Cristóvão lhes disse: ‘Se eu quisesse, não poderíeis me levar até ele, amarrado ou solto’. E eles lhe disseram: ‘Se quiseres seguir o teu caminho, vai livre, para onde quiseres. E nós diremos ao rei que não te encontramos’. ‘Assim não será’, disse-lhes ele, ‘mas eu irei convosco’.

Então, ele os converteu à Fé, e ordenou-lhes que deviam lhe atar as mãos às costas e conduzi-lo assim amarrado à presença do rei. E quando o rei o avistou, ficou apavorado e caiu do trono. E os servos o ergueram novamente. Então, o rei perguntou pelo seu nome e pela sua pátria. E Cristóvão lhe respondeu: ‘Antes de ser batizado, eu me chamava Réprobo, e depois, eu sou Cristóvão; antes do batismo, um cananeu; agora um cristão’. Ao que disse o rei: Tens um nome tolo, isto é, o nome de Cristo crucificado, que não conseguiu livrar-se e não pode ser-te útil. Como, pois, maldizes os cananeus, por que não sacrificas aos nossos deuses?’ Cristóvão respondeu-lhe: ‘Com razão te chamas Dagnus, pois és a morte do mundo e o companheiro do demônio, e os teus deuses são obras de mãos humanas’. E o rei lhe disse: ‘Foste alimentado entre animais selvagens e por isso só podes falar uma linguagem rude e palavras desconhecidas dos homens. E agora, se quiseres sacrificar aos deuses, dar-te-ei grandes presentes e grandes honrarias, e se não quiseres, destruir-te-ei e acabarei contigo, no meio de grandes sofrimentos e torturas’. Mas, apesar de tudo isso, ele não se dispôs, de forma alguma, a sacrificar, por isso ele foi mandado para a prisão, e o rei mandou decapitar outros cavaleiros que havia mandado buscá-lo, e a quem ele convertera.

"Em seguida, o rei mandou levar para dentro da prisão de Cristóvão duas mulheres bonitas, uma das quais se chamava Nicéia e a outra Aquilina, e prometeu a elas grandes presentes caso conseguissem fazer com que Cristóvão pecasse com elas. Quando Cristóvão notou isso, prostrou-se em oração, e ao ser forçado por elas, que o abraçaram para que se resolvesse a agir, ele se ergueu e disse: ‘O que procurais? Para que fim aqui viestes?’ E elas, ficando assustadas com seu aspecto e com a expressão clara do seu semblante, disseram: ‘Ó santo de Deus, compadecei-vos de nós, a fim de que creiamos neste Deus que pregais’. E quando o rei ouviu isso, ordenou que as duas fossem retiradas de lá e trazidas à sua presença. E lhes disse: ‘Fostes enganadas. Mas conjuro-vos pelos meus deuses que, se não sacrificardes a eles, sereis imediatamente castigadas com uma morte horrível’. E elas lhe disseram: ‘Se quiserdes que sacrifiquemos, ordenai que o lugar fique livre e que todas as pessoas se reúnam no templo’. Quando isso foi feito, elas entraram no templo, tomaram os cintos e os colocaram em volta do pescoço dos deuses e os arrastaram até o chão, e os fizeram em pedaços. E disseram aos que estavam presentes: ‘Chamai os médicos e os que trabalham com sanguessugas para que curem os vossos deuses’. Então, por ordem do rei, Aquilina foi enforcada, e uma enorme pedra foi amarrada e suspensa aos seus pés, de modo que os seus membros foram quebrados de modo horrível. E quando estava morta e passou para o Senhor, sua irmã Nicéia foi atirada a uma grande fogueira, porém ela conseguiu sair ilesa, intacta. Então eles mandaram decepar-lhe a cabeça à força e assim sofreu a morte.

A seguir, Cristóvão foi trazido à presença do rei. Este ordenou que fosse torturado com varas de ferro e colocada em sua cabeça uma cruz de ferro em brasa. Em seguida, após mandar fazer um recipiente de ferro e pôr Cristóvão amarrado dentro dele, ordenou que colocassem fogo por baixo, e o enchessem de piche. Mas o recipiente se derreteu como cera, e Cristóvão saiu sem qualquer ferimento ou queimadura. E o ver isso, o rei ordenou que fosse amarrado a um poste resistente e fosse crivado de flechas por quarenta arqueiros. Contudo, nenhum daqueles arqueiros conseguiu acertá-lo, pois as flechas ficavam imóveis no ar, próximas a ele, sem toca-lo. Então o rei, imaginando que tivesse sido atravessado pelas flechas dos arqueiros, dirigiu-se até ele para ficar bem perto. E uma das flechas, virando-se repentinamente no ar, atingiu-o num dos olhos, deixando-o cego. Cristóvão disse-lhe: ‘Tirano, vou morrer amanhã. Fazei um pouco de lama misturada ao meu sangue e ungi com ela vosso olho e sereis curado’. Então, à ordem do rei, ele foi levado para que lhe cortassem a cabeça. Fez a sua oração, e a cabeça lhe foi decepada, e assim sofreu o martírio. E o rei então pegou um pouco do seu sangue e o colocou na vista, e disse: ‘Em nome de Deus e de S. Cristóvão’ e logo ficou curado. Então o rei acreditou em Deus e deu ordens para que, se qualquer pessoa culpasse a Deus ou a S. Cristóvão, deveria ser imediatamente morto à espada.

Esta é, com algumas alterações, a história de S. Cristóvão, extraída da Legenda Áurea, da forma como foi traduzida para o inglês por William Caxton, uma história conhecida em toda a cristandade, tanto no Oriente como no Ocidente. Dela surgiu a crença popular de que todo aquele que contemplasse uma imagem do santo naquele dia não sofreria mal algum: crença essa que foi responsável pela colocação de grandes estátuas e afrescos que o representavam na parte oposta à entrada das igrejas (algumas das quais ainda existem em nosso próprio país), de forma que todos os que entrassem pudessem vê-la. Ele era o santo padroeiro dos viajantes, sendo invocado contra os perigos representados pelas águas, tempestades e pragas. E, em épocas mais recentes, encontrou uma popularidade renovada como padroeiro dos motoristas.

A lenda de S. Cristóvão só assumiu a sua forma final na Idade Média: seu nome latino Christophorus (o que leva Cristo), além de ter um significado espiritual, recebeu também um significado material. A história foi enfeitada pela vitalidade da fantasia medieval. Excluindo-se o fato de ter existido, realmente, um mártir de nome Cristóvão, nada se sabe ao certo a respeito do mesmo: O Martirológio Romano diz que ele sofreu o martírio na Lícia, sob o Imperador Décio, morto por flechas e decapitado, após sair ileso das chamas.

São Cristovão, rogai por nós

sexta-feira, 24 de julho de 2009

24 de julho - Santo do dia


São Charbel

O santo de hoje nasceu no norte do Líbano, num povoado chamado Bulga-Kafra, no ano de 1828. Proveniente de uma família cristã e centrada nos valores do Evangelho, muito cedo precisou conviver com a perda de seu pai.

Após discernir o seu chamado à vida religiosa, com 20 anos ingressou num seminário libanês maronita. Durante o Noviciado, trocou seu nome de batismo (José) por Charbel.
Mostrou-se um homem fiel às regras, obediente à ação do Espírito Santo e penitente.

Após sua ordenação em 1859, enfrentou muitas dificuldades, dentre elas a perseguição ferrenha aos cristãos com o martírio de muitos jovens religiosos e a destruição de inúmeros mosteiros em sua época.
Em meio a tudo isso, perseverou na fé, trazendo consigo as marcas de uma vocação ao silêncio, a penitência e a uma vida como eremita.

Aos 70 anos, vivendo num ermo dedicado a São Pedro e São Paulo, com saúde bastante fragilizada, discerniu que era chegada a hora de sua partida para a Glória Celeste. Era Véspera de Natal. E no dia 24 de Dezembro, deitado sobre uma tábua, agonizante, entregou sua vida Àquele que concede o prêmio reservado aos que perseveram no caminho de santidade: a vida eterna.
São Charbel...rogai por nós!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Santo do dia - 23 de julho

Santa Brígida

Brígida, ou Brigite, nasceu princesa, em 1303, no castelo de Finstad, na Suécia. Descendia de uma casa real muito pia, que forneceu à Igreja muitos santos e que se dedicava a construir mosteiros, igrejas e hospitais com a própria fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para a população pobre, Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações divinas, todas anotadas por ela no seu idioma sueco. Depois, as descrições foram traduzidas para o latim e somaram oito grandes volumes, que ainda hoje são fonte de consulta para historiadores, teólogos e fiéis cristãos.

Aos dezoito anos, ela se casou com o nobre chamado Ulf Gudmarsson, um homem cristão e muito piedoso. O casal teve oito filhos, dentre os quais a filha venerada como santa Catarina da Suécia. Era com rigor que eles cuidavam da educação religiosa e acadêmica dos filhos, sempre no caminho para a santificação em Cristo. Durante um longo período, Brígida foi dama de companhia da rainha Bianca, de Namur, por isso freqüentava sempre as cortes luxuosas. Mas não se corrompeu neste ambiente de riquezas frívolas, ao contrário, manteve-se fiel aos ensinamentos cristãos, perseverando seu espírito na dignidade e na caridade da fé.

Após a morte de um dos seus filhos, o casal resolveu fazer uma peregrinação ao santuário de Santiago de Compostela, na Espanha. No retorno, Ulf caiu gravemente enfermo, e nessa ocasião Brígida, em sonho, teve uma revelação de são Dionísio, que lhe disse que o marido não morreria. De fato ele ficou curado, mas logo em seguida ingressou no mosteiro de Alvastra, onde vivia um dos seus filhos, e lá morreu, em 1344.

Viúva, Brígida decidiu retirar-se definitivamente para a vida monástica, para realizar um velho projeto, a fundação de um mosteiro duplo, de homens e mulheres, que deu origem à Ordem do Santo Salvador, sob as Regras de são Agostinho, passando, então, a viver nele. Quando obteve aprovação canônica, a fundadora transferiu-se para Roma.

Ali viveu por vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma dos costumes e a volta do papa de Avignon. Com o apoio do rei da Suécia, construiu e instaurou setenta e oito mosteiros por toda a Europa. Ela morreu em 23 de julho de 1373, durante uma romaria à Terra Santa.

Desde então, a Ordem fundada por ela passou a ser dirigida por sua filha, Catarina da Suécia, alcançando notoriedade pelos anos futuros. Canonizada em 1391, apenas dezoito anos após sua morte, santa Brígida já tinha um culto muito vigoroso em todo o mundo cristão da Europa, sendo celebrada no dia de sua morte. O local onde residia em Roma foi transformado em um belíssima igreja dedicada a ela, na praça Farnese.

Santa Brigida, rogai por nós

quarta-feira, 22 de julho de 2009

22 de julho - Santo do dia

Santa Maria Madalena

Embora fosse apenas uma pecadora famosa de sua cidade, Maria Madalena, nascida em Magdala, na Galiléia, teve uma participação importantíssima na passagem de Jesus pela Terra. Ela foi perdoada publicamente por ele, que a tomou como exemplo de que seu Pai acolhia a todos, desde que chegassem ao arrependimento. Além disso, foi, ainda, a escolhida para ser a primeira testemunha da ressurreição.

Madalena ouvira falar de Jesus, pois a fama dos milagres dele corria entre o povo. Ele já ressuscitara mortos, devolvera a visão a cegos, colocara voz na boca de mudos e audição nos ouvidos de surdos, além de fazer andar paralíticos e curar doentes de todos os tipos. Assim, no dia em que Jesus participava de um banquete na casa de Simão, o fariseu, Maria Madalena resolveu fazer uma confissão pública de arrependimento, porque o seu pecado era público, como diz a Sagrada Escritura.

Invadindo o local da ceia, ela não ousou olhar para Jesus. Apenas ajoelhou-se na sua frente, banhou seus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos, num pedido de perdão mudo. Impressionados, os presentes imaginavam que ela fosse ser repudiada pelo Mestre, que, todavia, disse à mulher: "Foram-lhes perdoados os seus muitos pecados, porque você muito amou". Com o coração em paz, ela saiu dali ainda em prantos, mas feliz. A partir desse dia, tornou-se uma das mais fiéis seguidoras do Messias.

Ela estava ao lado de Maria quando da crucificação do Senhor e, na madrugada da Páscoa, era tanta a saudade que sentia de Jesus que foi chorar à porta do sepulcro. De repente, ouviu a voz, que jamais esqueceria, chamar seu nome. Assim, as profecias cumpriram-se diante de seus olhos. Jesus ressuscitara!

Está escrito: "No dia da Páscoa, Jesus apareceu a ela e a mandou ir anunciar a sua ressurreição aos discípulos". Depois disso, segundo uma antiga tradição grega, Maria Madalena teria ido viver em Éfeso, onde morreu. Lá, tinham ido morar também João, o apóstolo predileto de Jesus, e Maria, Mãe de Jesus.

A liturgia bizantina celebra-a como "Apóstola dos Apóstolos", para que continue a sua missão de anunciar a ressurreição do Senhor no seu rito apostólico. Festejada no dia 22 de julho, santa Maria Madalena tornou-se a padroeira de muitas ordens religiosas, sendo venerada até mesmo pelos padres predicadores.

Santa Maria Madalena, rogai por nós

terça-feira, 21 de julho de 2009

21 de julho - Santo do dia


São Lourenço de Brindes

Presbítero da Igreja, o santo de hoje, é reconhecido como Doutor, pois amou, aprofundou, serviu e com ardor comunicou a Sã Doutrina Católica. Nascido em Brindes, na Itália, no ano de 1559, São Lourenço entrou na família franciscana, como Capuchinho e chegou a Superior Geral.

Homem de Deus e conciliador da maneira franciscana de viver com as necessidades da época, como pregador, espalhou a Palavra de Deus em muitos lugares, como Itália, Espanha, Portugal, França, Bélgica, Holanda. Conhecedor do hebraico, aramaico, caldeu, grego, latim, alemão, italiano e outras línguas, pôde - como teólogo e apologista - aprofundar nos estudos das Sagradas Escrituras e bradar pelos quatro cantos da Igreja e do mundo a Verdade, pois o protestantismo se alastrava, assim como diversas heresias.

São Lourenço fugia constantemente das honras e, além de dormir no chão, levantava-se à noite para rezar e se alimentava somente de pão, água e verduras, como penitência. Além de grande propagador da Palavra, foi quem muito lutou para vivê-la, por isso, ao ocupar a função de diplomata da Igreja, serviu de pacificador durante a ameaça de invasão, por parte dos turcos; São Lourenço, que entrou no Céu com 60 anos, deixou muitos escritos, os quais externam o amor pela Palavra de Deus: "A Palavra de Deus é luz para a inteligência, fogo para a vontade, para que o homem possa conhecer e amar a Deus... é martelo contra a dura obstinação do coração, nos vícios contra a carne, o mundo e o demônio; é espada que mata todo o pecado".
São Lourenço de Brindes, rogai por nós!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

20 de julho - Santo do dia


Santa Margarida

Margarida nasceu no ano 275 na Antioquia de Pisidia, uma florescente cidade da Ásia Menor. Órfã de mãe desde pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para jamais se aproximar de Deus, se "algo" não acontecesse. E algo divino aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica e a vida de Margarida enveredou por outro caminho. Caminho que a levaria à santidade.

Cresceu inteligente e muito dedicada às coisas do espírito. Mas o pai começou a perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo, para participar dos sacrifícios aos deuses. Sem suspeitar que, à noite, ela participava de cultos cristãos. Como não podia sequer imaginar tal fato, alguém tratou de abrir seus olhos.

Foi aí que começou o suplício de Margarida. Ele exigiu que ela abandonasse o cristianismo. Como ela se recusou, primeiro lhe impôs um severo castigo, mandando a jovem para o campo trabalhar ao lado dos escravos. Depois, como nem a força fazia a filha mudar de idéia, entregou-a ao prefeito local para que fosse julgada pelo "crime de ser cristã".

O martírio da jovem Margarida foi tão terrível e de resultados tão fantásticos, que se tornou uma das paginas da tradição cristã mais transmitida através dos séculos. Justamente por ter sido tão cruel, o povo se apegou de tal forma ao sofrimento da jovem que à sua narrativa se acrescentaram fatos lendários. O certo foi que primeiro ela foi levada à presença do juiz e prefeito e diante dele se negou a abandonar a fé cristã. Foram horas de pressão e tortura psicológica que, por fim, viraram tortura física. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Dizem que a população e até mesmo os carrascos protestaram contra a pena decretada.

No dia seguinte, ela apareceu sem o menor sinal de sofrimento à frente do governante. Este, irado com o estranho fato, determinou que ela fosse assada viva sobre chapas quentes. Novamente a comoção tomou conta de todos, pois nem assim a jovem morria ou demonstrava sofrer. Diz a tradição, que Margarida teria sido visitada no cárcere pelo Satanás, em forma de um dragão que a engoliu. Mas, Margarida conseguiu sair do seu ventre, firmando contra ele o crucifixo que trazia nas mãos. Ela foi então jogada nas águas de um rio gelado. Quando saiu de lá viva, com as correntes arrebentadas e sem sinal das torturas aplicadas, muita gente ajoelhou-se, converteu-se e até se ofereceu para morrer no lugar dela. Mas o prefeito enfurecido mandou que a decapitassem.

Ela morreu no dia 20 de julho de 290, com a idade de quinze anos. O seu corpo foi recolhido e levado para um lugar seguro, onde foi enterrado pelos cristãos convertidos, passando a ser venerada em todo o Oriente. No século X foi trasladado para a Itália e desde então seu culto se difundiu também em todo o Ocidente. De tal modo, que Santa Margarida foi incluída entre os "Catorze Santos Auxiliadores", aos quais o povo cristão recorre pela intercessão nos momentos mais difícieis. Santa Margarida e solicitada para proteger as grávidas dos partos difíceis.
Santa Margarida, rogai por nós

domingo, 19 de julho de 2009

Santo do dia - 19 de julho


São Serafim de Sarov

Prothor Moshnim nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde seus pais eram comerciantes. Aos dez anos, ficou muito doente. Nossa Senhora apareceu-lhe em sonho prometendo que seria curado por ela. De fato, alguns dias depois ele se recuperou, após tocar no quadro de Nossa Senhora durante uma procissão.

Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar. Confirmou sua vocação na idade de dezoito anos, quando ingressou no Mosteiro de Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns santos, e curou-o após tocá-lo.

Aos vinte e sete anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa Senhora e Jesus Cristo também. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que estava na igreja. Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz.

Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma grande perfeição espiritual. Mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. E como não tinha dinheiro foi espancado, quase morrendo. Em seguida, os ladrões foram detidos e no julgamento o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida.

Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante mil dias e mil noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante, humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o desânimo".

Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.

São Serafim de Sarov, rogai por nós

sábado, 18 de julho de 2009

17 de julho - Santo do dia


São Francisco Solano

Nasceu na Espanha no ano de 1549. Sua formação passou pelo Colégio Jesuíta, ingressando mais tarde na Ordem Franciscana. Prestou ali muitos serviços, mas seu grande desejo era a evangelização para muitos. Foi quando deixou a Europa e foi para a América Latina.

Chegou em Lima (Peru), evangelizando também pela Argentina, Chile, Paraguai, Andes e etc. Tudo isso em busca de evangelizar a muitos.

Francisco Solano consumiu-se na evangelização. Por obediência voltou a Lima para ser dentro da Ordem, um formador de novos evangelizadores.

Solano faleceu com 61 anos pronunciando palavras de louvor ao Senhor: " Deus seja bendito"!

Quem se consome pelas almas, tem a certeza de que Deus foi glorificado.

São Francisco Solano, rogai por nós!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Santa Maria Madalena Postel

No dia 28 de novembro de 1758, nasceu a filha primogênita do casal Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia, França. A criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina, tendo como padrinho aquele rico proprietário.

Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho, que, como seus pais, queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se formou professora. No início, não pensou na vida religiosa, sua preocupação era com a grande quantidade de jovens que, devido à pobreza, estavam condenadas à ignorância e à inferioridade social.

De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e dificuldade, criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças, jovens e adultos abandonados à ignorância, até do próprio clero da época, que desconhecia a palavra "pastoral". Era solicitada sempre pelos mais infelizes: pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam como uma mãe zelosa, protetora, que não os abandonava, sempre cheia de fé em Cristo. Aos ricos pedia ajuda financeira e, quando não tinha o suficiente, ia pedir esmolas, pois a escola e as obras não podiam parar.

A Revolução Francesa chegou arrasadora, em 1789, declarando guerra e ódio ao trono e à Igreja, dispersando o clero e reduzindo tudo a ruínas. Júlia Postel fechou a escola, mas, a pedido do bispo, escondeu em sua casa os livros sagrados e o Santíssimo Sacramento e foi autorizada a ministrar a comunhão nos casos urgentes. Organizou missas clandestinas e instruiu grupos de catequistas para depois da Revolução. Sua vocação religiosa estava clara.

A paz com a Igreja foi restabelecida em 1802. Juntamente com duas colegas e a ajuda do padre Cabart, Júlia Postel fundou a Congregação das Filhas da Misericórdia, em Cherbourg. Ao proferir seus votos, escolheu o nome de Maria Madalena. A princípio, a formação das religiosas ficou voltada para o ensino escolar e foi baseada nos mesmos princípios dos irmãos das escolas cristãs, já que na época era grande essa necessidade. Essas religiosas, aos poucos, foram se espalhando por todo o território francês. Depois, a pedido de Roma, a formação foi mudada, passando a servir como enfermeiras.

Em 1832, madre Maria Madalena, junto com suas irmãs, estabeleceu-se nas ruínas da antiga Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte. Foi reconstruída com dificuldade e tornou-se a Casa-mãe da congregação. Madre Maria Madalena Postel morreu com noventa anos de idade, em 16 de julho de 1846. A fama de sua santidade logo se espalhou pelo mundo cristão.

Foi beatificada em 1908, e depois canonizada pelo papa Pio XI, em 1925. Está sepultada em Saint-Sauveur-le-Vicomte. A sua festa acontece no dia 17 de julho e a sua obra, hoje, chama-se Congregação das Irmãs de Santa Maria Madalena Postel.

Santa Maria Madalena Postel, rogai por nós

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Escapulário do Carmo

Algumas informações sobre o Escapulário do Carmo

1. O que é?

O escapulário do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração à Santíssima Virgem Maria pela inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal.
O distintivo externo desta inscrição ou consagração é o pequeno escapulário marrom.

O escapulário do Carmo é um sacramental, quer dizer, segundo o Concílio Vaticano II, "um sinal sagrado segundo o modelo dos sacramentos, por meio do qual se significam efeitos, principalmente espirituais, obtidos pela intercessão da Igreja". (S.C.60).

2.- Origem e propagação

No final do século XII ou início do XIII nascia no monte Carmelo, da Palestina, a Ordem dos Carmelitas. Logo se viram obrigados a emigrar para o Ocidente. Na Europa, tampouco foram muito bem recebidos por todos. Por isso o Superior Geral da Ordem, São Simão Stock, suplicava com insistência a ajuda da Santíssima Virgem com esta oração:

Flos Carmeli
Vitis Florigera
Splendor coeli
Virgo puerpera
Singularis y singular
Mater mitis
Sed viri nescia
Carmelitis
Sto. Propitia
Stella maris

Flor do Carmelo
vinha florida
esplendor do Céu
Virgem fecunda
Ó mãe terna!
intacta de homem
aos carmelitas
proteja teu nome
(dá privilégios)
Estrela do mar.

Em 1251, a Bem-aventuraa Virgem Maria, acompanhada de uma multidão de anjos, apareceu a São Simão Stock, Superior dos Carmelitas, com o escapulário da Ordem em suas mãos, e disse-lhe: "Tu e todos os Carmelitas tereis o privilégio, que quem morrer com ele não padecerá o fogo eterno"; quer dizer, quem morrer com ele, se salvará.

Este relato é encontrado já em um santoral do final do século XIV, que sem dúvida o toma em códices mais antigos. No mesmo século XIII Guilherme de Sandwich O.C. menciona em sua "Crônica", a aparição da Virgem a São Simão Stock prometendo-lhe a ajuda do Papa.

A promessa do escapulário é de tal transcendência, que precisamente por isso suscitou forte oposição.

3. Significado do Escapulário

Ao vestir o escapulário, e durante toda a vida, é muito importante que saibamos apreciar o profundo e rico significado, como pertença a uma Ordem, à do Carmo, com obrigação de viver segundo sua rica espiritualidade e seu próprio carisma. Quem veste o escapulário deve procurar ter sempre presente a Santíssima Virgem e tratar de copiar suas virtudes, sua vida e atuar como Ela, Maria, atuou, segundo suas palavras: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra.

O escapulário do Carmo é um MEMORIAL de todas as virtudes de Maria. Assim o recordava a todos: religiosos, terciários, confrades. "Que formam, por um especial vínculo de amor, uma mesma família da Santíssima Mãe", o Papa Pio XII, em 11.2.1950.

Reconheçam neste memorial da Virgem um espelho de humildade e castidade.

  • Vejam, na forma simples de sua feitura, um compêndio de modéstia e candor.
  • Vejam, principalmente, nesta peça que vestem dia e noite, significada, com simbolismo eloqüente, a oração com a qual o auxílio divino.
  • Reconheçam, por fim, nela sua consagração ao Sacratíssimo Coração da Virgem Imaculada, recentemente recomendada".

Cada escapulário tem seus privilégios ou graças particulares, mas todos podem ser substituído pela medalha-escapulário (cfr. Decreto de 16-XII-1910). Seria falta de fé na autoridade suprema do Vigário de Cristo que confere a esta medalha o privilégio, crer que vales menos, para ganhar as promessas, levar a medalha que os pedaços de pano (ainda que em determinados casos, por outras razões externas de maior visibilidade, etc, pode ser preferível o escapulário de pano).

A medalha-escapulário deve ter de um lado a imagem de Jesus com o Coração, e do outro uma imagem da Virgem sob qualquer invocação. Do mesmo modo que os escapulários, devem ser abençoadas por um sacerdote.

4. Valor da promessa do Escapulário

é doutrina católica, repetida pelo Concílio Vaticano II: "O conjunto dos fiéis, porque tem a unção do Espírito Santo (cfr. 1 Jo. 2, 20-27) não pode errar quando acredita, e esta peculiar propriedade sua é manifestada pelo sentido sobrenatural de fé de todo o povo quando, desde os Bispos até os fiéis, presta seu consentimento universal no que se refere à fé e os costumes. Com este sentido de fé... e sob a guia do sagrado Magistério... adere-se infalivelmente a ela, com certeiro juízo a penetra mais profundamente e a aplica mais plenamente à vida" (L.G. 12).

Esta precisa e esplêndida formulação conciliar não pode ser mais explícita. E é que a mesma prerrogativa de infalibilidade concedida por Jesus a seu Vigário mediante a assistência do Espírito Santo, tem precisamente como finalidade que o conjunto do Povo de Deus, sua Igreja e Corpo místico, não se equivoque, por exemplo, com uma devoção aceita por todos.

Enm conseqüência: Se a promessa do Escapulário aplicada a todos os fiéis (proceda da visão de São Simão Stock ou de onde quer que seja) não fosse verdadeira, o Espírito Santo não teria permitido que a Igreja, o conjunto do Povo de Deus, a tivesse por certa. Para muitos a prova é irrefutável, nem para isso é necessária uma definição do Supremo Magistério. Embora sim houve controvérsias e foram solucionadas pela Santa Sé.

5.- Privilégio sabatino

O Escapulário do Carmo além da promessa de salvação para quem morrer com ele, leva também consigo o chamado privilégio sabatino.

Segundo a tradição, à morte de Clemente V (1314), no conclave que durou dois anos e três meses, a Santíssima Virgem apareceu ao Cardeal Jaime Duesa, muito devoto a ela, e anunciou-lhe que seria Papa com o nome de João XXII, e acrescentou: "Quero que anuncie aos Carmelitas e a seus Confrades: os que usarem o Escapulário, guardarem a castidade conforme seu estado, e rezarem o ofício divino, - ou os que não saibam ler se abstenham de comer carnes nas quartas-feiras e sábados -, se forem ao purgatório Eu farei que o quanto antes, especialmente no sábado seguinte à sua morte tenham suas almas levadas para o céu".

Muito foi escrito sobre a "Bula sabatina", que nesse sentido publicou João XXII, mas não há suficientes provas documentais dela. Entretanto no século XV é muito citada, por exemplo pelo pseudopapa Alexandre V (eleito pelo Concílio de Pisa, depois de ter destituído a Gregório XII e Benedito XIII, para acabar com o cisma; mas é claro que um deles deveria ser legítimo, e um concílio não pode destituí-lo, entretanto alguns, como São Roberto Belarmino, consideram a Alexandre V Papa verdadeiro, e o próximo Alexandre se intitulou VI); embora sua bula de 7-07-1409 confirmando o Escapulário não tenha valor magisterial, é interessante seu testemunho de que conhecia a de João XXII. Esta também foi citada por Sixto IV (1-04-1477), Clemente VII (1530) e São Pio V (1566) – quem além disso cita e confirma a de Alexandre V -; etc.

Nas citas da "Bula sabatina" pelos diversos autores, encontram-se diversas leituras dela (o que prova que não dependem de um só documento imediato). Por exemplo, alguns em vez de ser "sábado" quando a Virgem socorre os confrades do purgatório lêem "súbito" (o quanto antes), o que parece uma errata de transcrição, embora assim tenha passado à liturgia e às encíclicas de Pio XII.

O privilégio sabatino foi muito impugnado, não histórica, mas teologicamente, chegando ao Inquisidor Geral de Portugal, em 1609, a proibir os Carmelitas de predicá-lo. Estes apelaram ao Romano Pontífice, que confiou por causa do Santo Oficio, e finalmente, em 1613 deu um decreto renovado literalmente por Inocêncio XI (1678), São Pio X (1908) e Pio XI (1922). Nele ficou estabelecido que se permite aos Pe. Carmelitas pregar que o povo cristão pode crer... (segue o dito anteriormente).

Pio XII em sua citada Carta Magna do Escapulário do Carmo de 1950, ensina: "à verdade, não deixará a piedosíssima Mãe que seus filhos que expiam suas culpas no purgatório, não consigam o quanto antes a vida eterna por sua intervenção diante de Deus, em conformidade com o privilégio sabatino".

Em resumo: o privilégio sabatino consiste em que a Santíssima Virgem tirará do purgatório o quanto antes, especialmente no sábado depois de sua morte, a quem tenha morrido com o Escapulário e durante sua vida tenha guardado castidade segundo seu estado e rezado todos os dias o ofício (que pode ser substituído pela Liturgia das Horas ou pela abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados, ou um sacerdote com faculdade para isso, o pode comutar por outra obra piedosa, v.gr. a oração diária do Terço). Se uma pessoa peca contra a castidade ou deixa um dia de fazer a obra prescrita, poderá recuperar o privilégio ao confessar-se e cumprir a penitência (de maneira semelhantes a como se recuperam os méritos perdidos pelo pecado mortal, o que parece quase excessiva generosidade de Deus, mas é doutrina católica).

A certeza deste privilégio mais que histórica, como dizíamos do Escapulário, está fundada na potestade da Igreja que assim o põe e recomenda. Seria temerário e ofensivo para a Igreja, cuja Cabeça é Cristo e sua alma vivificante o Espírito Santo, crer que comete um erro secular e universal em algo que pertence à doutrina e vida cristã.

Em 1950 recordava Pio XII: "Certamente, a piedosa Mãe não deixará de fazer que os filhos expiem no Purgatório suas culpas, alcancem o antes possível a pátria celestial por sua interseção, segundo o chamado privilégio sabatino, que a tradição nos transmitiu" com estas palavras:

"Eu, sua Mãe de Graça, descerei no sábado depois de sua morte e a quantos- religiosos, terciários e confrades- encontrarei no Purgatório os libertarei e os levarei ao monte santo de vida eterna".

6.- Proteção maternal

Por seu profundo simbolismo mariano, pelos grandes privilégios e pelo grande amor e privilegiada assistência, manifestada através dos séculos a Santíssima Virgem do Carmo a quem vestem devotamente seu escapulário, é o que tão prodigiosamente estendeu-se a todas as pares esta devoção de vestir o escapulário.

Sobretudo por seu rico simbolismo: ser filho de Maria, ver nele todas as virtudes de Maria, ser símbolo de nossa consagração filial à Mãe Amável. Por Morrer na graça de Deus, que o vista piedosamente.

  • Porque sairá do Purgatório o quanto antes quem morrer devotamente com ele.
  • Por chegar sua proteção a todos os momentos da vida, da morte e mais além". Na vida protejo; na morte ajudo, depois da morte salvo, com suas credenciais.
  • Pelos inúmeros prodígios que tem realizado.
  • Pelas relações com suas aparições mais recentes em Lourdes e Fátima.

Pelas muitas indulgências que desfrutam os que vestem este escapulário.

7.- Indulgências

Eis aqui as indulgências plenárias e parciais para os que vestirem o escapulário.

A).- Indulgências plenárias.-
1. O dia que se impõe o escapulário e o que é inscrito na terceira Ordem ou Confraria.
2. Nestas festas:
a) Virgem do Carmo (16 de Julho ou quando se celebre);
b) São Simão Stock (16 de maio);
c) Santo Elias Profeta (20 de Julho);
d) Santa Teresa de Jesus (15 de Outubro),
e) Santa Teresa do Menino Jesus (1 de outubro);
f) São João da Cruz (14 de Dezembro);
g) Todos os Santos Carmelitas (14 de Novembro).

B).- Indulgências Plenária no dia do Carmo.- O dia do Carmo, 16 de Julho, ou na data em que exatamente se celebre, tem concebida uma indulgência plenária.

C).- Indulgência parcial.- ganha-se a indulgência parcial por usar piedosamente o santo escapulário. Pode-se ganhar não só por beijá-lo, mas também por qualquer outro ato de efeito e devoção. E não só ao escapulário, mas também à medalha-escapulário.

8.- Recomendação pontifícia

Desde o século XVI -que é quando se estende por toda a cristandade o uso do escapulário do Carmo –quase todos os Papa o vestiram a propagaram.

O Papa João Paulo II, que é terciário carmelita, recordou em diversas ocasiões que veste com devoção, desde criança, o escapulário do Carmo.

A Igreja, como reconhecimento e estímulo das mais importantes verdades e práticas cristãs, institui as festas litúrgicas (missa e ofício próprio, etc.). Esse é o valor que tem a festa da Virgem do Carmo, em 16 de julho, estendida por Benedito XIII a toda a Igreja universal. Além disso, a Virgem do Carmo é venerada como Padroeira dos pescadores, marinheiros e toda a gente do mar, também a república do Chile sob sua invocação de Nossa Senhora do Carmo de Maipú.

9.- Bênção e imposição

A Sagrada Penitenciária Apostólica -de quem depende esta legislação- disse que se recomenda o uso tradicional do escapulário enquanto a tamanho, matéria, cor, etc., que podem ser usados também outros.

Qualquer sacerdote pode abençoar e impor o escapulário do Carmo aos fiéis em geral.

Para ficar inscrito na confraria organizada pela Terceira Ordem do Carmo, este sacerdote deve estar facultado pelo superior Geral dos Carmelitas. Os simples fiéis não podem abençoá-los nem impor.

Esta é a fórmula para abençoá-lo i impor o Escapulário:

V: Mostrai-nos Senhor, tua misericórdia -
R: E dá-nos tua salvação.
V: Escuta, Senhor, minha oração.
R: E chegue a ti meu clamor.
V: O Senhor esteja convosco.
R: Ele está no meio de nós.

OREMOS.

Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, abençoa com tua desta a este hábito que, por teu amor e o de tua Mãe a Virgem Maria do Monte Carmelo, irá levar com devoção teu servo (ou serva), a fim de que pela intercessão de tua própria Mãe e defendido(a) do espírito maligno, persevere em tua graça até a morte: Que vives e reinas pelos séculos dos séculos.-

R: Assim seja.

A continuação asperge-se o escapulário com água benta e depois o impõe na pessoa ou pessoas (a cada um separadamente) Dizendo a cada uma.

Receba este hábito bendito, suplicando à Santíssima Virgem que, por seus méritos, o leves sem mancha, defenda contra todas as adversidades e te conduza à vida eterna.

R: Que assim seja.

E acrescenta: Eu, usando da potestade que me foi concedida, te recebo à participação de todos os bens espirituais que, pela misericórdia de Jesus Cristo, praticam os religiosos Carmelitas. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.-

R: Que assim seja

Que te abençoe o Criador do céu e da terra, o Deus todo-poderoso, que dignou-se incorpora-lo à Confraria da Santíssima Virgem do monte Carmelo, a quem imploramos que na hora de sua morte abata a cabeça da serpente infernal e finalmente, consigas as palmas e a coroa da herança sempiterna. Por Jesus Cristo nosso Senhor.-

R: Que assim seja.

E asperge-se o novo confrade com água benta.

Quando são mais de uma pessoa a receber o santo escapulário, se diz no plural. Não deixe de exortar-lhes a que vistam dignamente o escapulário, tratando de imitar as virtudes de Maria.

Em caso de necessidade, basta para abençoar o escapulário o sinal da cruz do sacerdote e as palavras.

"Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém".

10. Tipos de escapulários

  • Escapulário café (Carmelita)

A Virgem Maria, aparece a São Simão Stock, no convento da cidade de Cambridge (Inglaterra) em 16 de julho de 1251.

São Simão, já cansado por sua avançada idade, e debilitado pela penitência, pedia a Deus pelas angústias e tribulações que sua ordem padecia constantemente. Suplicava à Virgem, que o socorresse com uma Graça especial. Ela, diante do chamado suplicante desse seu filho, apareceu rodeada de anjos, com o Escapulário nas mãos.

Disse-lhe: " Recebe, meu filho, amadíssimo, esta prenda de meu amor para convosco, este será um privilégio, para ti e para todos quantos o usem ; Quem morrer com ele, não irá ao fogo do inferno".

  • Escapulário verde

Quando na família há algum familiar ou amigo que se encontra longe da fé queremos fazer algo a respeito, Maria Mãe Santíssima nos deu uma forma de convertê-los quando ela apareceu à Irmã Justina Bisqueyburu em 1840, levando "a vestidura da conversão - O escapulário verde." Ela disse:

" Esta insígnia santa de meu imaculado Coração há de ser uma grande meio para a conversão das almas..."

Por um período de mais de seis anos, A Virgem apareceu à Irmã Justina e respondeu muitas perguntas com relação ao escapulário e a seu uso.

A Virgem Maria disse que o Escapulário Verde não necessita de nenhuma bênção especial, e não necessita de qualquer inscrição como o Escapulário Café. Pode ser abençoado por qualquer sacerdote. Se a pessoa que nós queremos que se beneficie deste escapulário não convém em levá-lo consigo, este pode ser colocado em qualquer lugar de seu quarto.

Todos os dias deve dizer a seguinte oração:

"Imaculado coração de Maria, rogai por nós agora e na hora de nossa morte"

Se a pessoa por quem se tem intenção no escapulário não vai dizer a oração, então aquele que o presenteia deve rezar no seu lugar, todos os dias.

A Virgem Maria disse:
"As maiores graças são obtidas pelo uso do escapulário, mas estas graças vêm em proporção direta com o grau de confiança que o usuário tenha em mim".

Santa Brígida tinha tal confiança na Virgem Maria. Por isto a Virgem lhe revelou:" não há pecador no mundo, que embora se encontre em inimizade com Deus, não possa voltar a Deus e recuperar sua Graças se ele ou ela vem a mim pedir assistência."

Fonte: ACI Digital

16 de julho - Santo do dia


NOSSA SENHORA DO CARMO

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor a Virgem Mãe de Deus; é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: "O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual".

Carmelo (em hebraico, "carmo" significa vinha; e "elo" significa senhor; portanto, "Vinha do Senhor"): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf I Rs 18,20-45).
Estes profetas foram "participantes" da obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos; chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este por sua vez estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: "Recebe, meu filho, este escapulário da tua ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno".
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo - e ainda - escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte". Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do Escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.


Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Santo do dia - 16 de julho


Bem-Aventurado Bartolomeu Fernandes dos Mártires

Bartolomeu nasceu em Lisboa, em maio de 1514. Era filho de Domingos Fernandes e de Maria Correia, ambos de famílias tradicionais, abastadas e nobres. O filho foi batizado com o nome do santo apóstolo na igreja de Nossa Senhora dos Mártires e, por serem seus devotos, incluíram também o "dos Mártires" para homenagear Maria.

Foi educado na Corte portuguesa com muito requinte, recebeu sólida formação humanística e cristã. Cedo decidiu pela vida religiosa, ingressando na Ordem dos Dominicanos em 1528. Fez o noviciado no mosteiro de Lisboa, onde se diplomou em filosofia e teologia. Desde sua graduação, em 1538, foi professor nos vários conventos da capital da Corte, função que exerceu durante vinte anos.

Foi apresentado pela rainha Catarina para suceder o arcebispo de Braga e o papa Paulo IV confirma-o, em 1559. Bartolomeu aceitou essa dignidade por obediência ao seu prior provincial, o qual o teria indicado antes à rainha, de quem era conselheiro e confessor.

Iniciou a sua atividade na vastíssima arquidiocese empreendendo uma atividade apostólica de ação multifacetada e de cunho reformador. Realizou incontáveis visitas pastorais; empenhou-se na evangelização do povo, para isso publicando o "Catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais", que continua sendo editado. Atento e solicito à cultura e santificação do clero, instituiu aulas de teologia moral em vários locais da diocese e escreveu cerca de trinta obras doutrinais, cujas publicações atingiram o terceiro milênio. Uma que mereceu particular importância foi o "Stimulus pastorum", distribuída aos padres dos Concílios Vaticano I e II, e que foi editada mais de vinte vezes.

Esse empenho reformador o bispo Bartolomeu dos Mártires imprimiu, também, em espaços estruturais e durante toda a sua vida. Em 1560, confiou aos padres jesuítas o ensino público a cargo da arquidiocese de Braga, o que originou o excelente Colégio de São Paulo.

No ano seguinte, construiu o Convento da Santa Cruz na cidade de Viana do Castelo.

Participou no Concílio de Trento, de 1561 a 1563, onde apresentou mais de duzentas e sessenta petições como síntese das interpelações de reforma para a Igreja. Solidificou ainda mais a marca do grande reformador que era, quando, no ano seguinte, efetuou, em Braga, um sínodo diocesano, e, depois de dois anos, um outro, provincial.

Foi ele também que, entre 1571 e1572, idealizou e iniciou a construção do Seminário Conciliar no Campo da Vinha. Nesse ano, decidiu renunciar ao arcebispado de Braga. Foi para o Convento da Santa Cruz, onde se manteve recolhido, dedicando-se aos estudos eclesiásticos e à pregação até morrer, em 16 de julho de 1590. Reconhecido e aclamado pelo povo por sua santidade como pai dos pobres e dos enfermos, seu túmulo encontra-se na antiga igreja dominicana em Viana do Castelo, Portugal.

O papa João Paulo II proclamou-o, em 2001, bem-aventurado Bartolomeu Fernandes dos Mártires, no dia litúrgico de são Carlos Borromeu, com quem o bem-aventurado trabalhou, arduamente, na concretização dos objetivos do Concilio de Trento.

Bem-Aventurado Bartolomeu Fernandes dos Mártires, rogai por nós

quarta-feira, 15 de julho de 2009

15 de julho - Santo do dia


São Boaventura

Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco.

Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro.

Boaventura buscou a Ordem Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma miniatura da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples, pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford, Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.

Essa nova situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas controvérsias que surgiam com as ordens seculares. Opôs-se a todos os que atacavam as ordens mendicantes, especialmente a dos franciscanos. Foi nesta defesa, como teólogo e orador, que teve sua fama projetada em todo o meio eclesiástico.

Em 1257, pela cultura, ciência e sabedoria que possuía, aliadas às virtudes cristãs, foi eleito superior-geral da Ordem pelo papa Alexandre IV. Nesse cargo, permaneceu por dezoito anos. Sua direção foi tão exemplar que acabou sendo chamado de segundo fundador e pai dos franciscanos. Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova geração dos frades, convivendo com os de visão mais antiga, renovando as Regras, sem alterar o espírito cunhado pelo fundador. Para tanto dosou tudo com a palavra: para uns, a tranqüilizadora; para outros, a motivadora.

Alicerçado nas teses de santo Agostinho e na filosofia de Platão, escreveu onze volumes teológicos, procurando dar o fundamento racional às verdades regidas pela fé. Além disso, ele teve outros cargos e incumbências de grande dignidade. Boaventura foi nomeado cardeal pelo papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez também bispo-cardeal de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de organizar o Concílio de Lyon, em 1273.

Nesse evento, aberto em maio de 1274, seu papel foi fundamental para a reconciliação entre o clero secular e as ordens mendicantes. Mas, em seguida, frei Boaventura morreu, em 15 de julho de 1274, ali mesmo em Lyon, na França, assistido, pessoalmente, pelo papa que o queria muito bem.

Foi canonizado em 1482 e recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica ocorre no dia se sua passagem para a vida eterna.

São Boaventura, rogai por nós

terça-feira, 14 de julho de 2009

14 de julho - Santo do dia


São Camilo de Lellis

Nasceu no ano de 1550 na Itália. Filho de pai militar, também seguiu essa carreira, mas não pode prosseguir devido a um tumor em um dos pés. Recorreu ao hospital de São Tiago em Roma, onde viveu sua compaixão pelos outros doentes.

Porém, ele deu um 'sim' ao pecado, se entregando ao vício do jogo, onde perdeu tudo e ficou na miséria total. Saiu do hospital devido o seu temperamento. Foi de hospital em hospital para cuidar de sua ferida, até bater na porta dos franciscanos capuchinhos e ali quis trabalhar na obra de Deus.

Com 25 anos começou o seu processo de conversão. No hospital em Roma, Deus suscitou nele a santidade de ver nos doentes a pessoa de Cristo e também o carisma dos 'Camilianos'. Camilo também viveu uma bela amizade com São Felipe Néri.

Entrou para os estudos, foi ordenado sacerdote, e vendo a realidade dos peregrinos de Roma, que não tinham uma assistência médica digna, foi brotando nele o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente, do peregrino. E muitos se juntaram a ele nessa obra. Em cada sofredor está a presença do crucificado.

São Camilo partiu para o céu em 1614.

São Camilo de Lellis, rogai por nós!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

13 de julho - Santo do dia

São Henrique II

Henrique, primogênito do duque da Baviera, nasceu num belíssimo castelo às margens do rio Danúbio, em 973, e recebeu o mesmo nome do seu pai. Veio ao mundo para reinar, desfrutando de todos os títulos e benesses que uma corte imperial pode proporcionar ao seu futuro soberano, com os luxos e diversões em abundância. Por isso foi uma grata surpresa para os súditos verem que o jovem se resguardou da perdição pela esmerada criação dada por sua mãe.

Seu pai, antes conhecido como "o briguento", abriu seu coração à orientação da esposa, católica fervorosa, que anos depois seu apelido foi mudado para "o pacífico". Assim, seus filhos receberam educação correta e religiosamente conduzida nos ensinamentos de Cristo. Um dos irmãos de Henrique, Bruno, foi o primeiro a abandonar o conforto da corte para tornar-se padre e, depois, bispo de Augusta. Das irmãs, Brígida fez-se monja e Gisela, bem-aventurada da Igreja, foi mulher do rei Estêvão da Hungria, também um santo.

O príncipe Henrique, na idade indicada, foi confiado ao bispo de Ratisbona, são Wolfgang, e com ele se formou cultural e espiritualmente. A tradição germânica diz que, certa noite, Henrique sonhou com o seu falecido diretor espiritual, são Wolfgang, que teria escrito na parede do quarto do príncipe: "Entre seis". Henrique julgou que morreria dali a seis dias, o que não ocorreu. Depois, achou que a morte o alcançaria dali a seis meses. Isso também não aconteceu. Mas, seis anos após o sonho, ele assumiu o trono da Alemanha, quando da morte de seu pai.

Por causa dos laços familiares, acabou sendo coroado também imperador de Roma, sendo consagrado pelo papa Bento VIII. Henrique II não poderia ter comandado o povo com mais sabedoria, humildade e cristandade do que já tinha. Promoveu a reforma do clero e dos mosteiros. Regeu a população com justiça, bondade e caridade, freqüentando com ela a santa missa e a eucaristia. Convocou e presidiu os concílios de Frankfurt e Bamberg. Realizou ainda muitas outras obras assistenciais e sociais.

Ao mesmo tempo que defendia o povo e a burguesia contra os excessos de poder dos orgulhosos fidalgos, estabeleceu a paz com Roberto, rei da França. Com o fim da guerra, reconstruiu templos e mosteiros, destinando-lhes generosas contribuições para que se desenvolvessem e progredissem. Enfim, ao lado da esposa Cunegundes, agora santa, concedeu à população incontáveis benefícios sociais e assistenciais, amparando os mais necessitados e doentes. O casal chegou a fazer voto eterno de castidade, para que, com mais firmeza de espírito, pudessem dedicar-se apenas a fazer o bem ao próximo.

Henrique II morreu em 13 de julho de 1024 e foi sepultado em Bamberg. Foi canonizado em 1152, pelo papa Eugênio III. Talvez o rei são Henrique II seja um dos santos mais queridos da Alemanha, ao lado de sua esposa.

São Henrique , rogai por nós