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quinta-feira, 31 de março de 2016

31 de março - Santo do dia

Santo Amós
 Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oséias, Isaías, Jeremias e outros. Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador.

Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus.

Assim, aconteceu com as profecias de Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções. Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas.

Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior. Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo.

Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes.

Seu ministério profético aconteceu quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós embora originário do sul profetizou no norte, que viveu anos de instabilidade econômica, alternados com anos de prosperidade. Esta que foi construída por alguns para si mesmos, enquanto que outros foram oprimidos. Por um lado havia luxo e fartura; por outro, empobrecimento e miséria.

E Amós deixa claro que junto à tudo isso, vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria na verdade o grande pecado: a injustiça social. 


Santo Amós, rogai por nós!

São Benjamim

Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.

Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.

Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado. Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam.

Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus. Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo.

E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.


São Benjamim, rogai por nós!



São Guido

Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã.

No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual.

Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046.

Imediatamente, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a visão em Parma por ter rezado por sua intercessão. Outros milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento. Foi necessário que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy, como ele era também conhecido.

A história de São Guido é curiosa no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua vocação original, mas nunca pode exerce-la na sua plenitude, teve que interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé. Quando pensou que poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a Casa do Pai, já gozando a fama de santidade. 


 São Guido, rogai por nós!


quarta-feira, 30 de março de 2016

Santo do dia - 30 de março

São João Clímaco


O Monte Sinai está historicamente ligado ao cristianismo. Foi o lugar indicado por Deus para entregar a Moisés as tábuas gravadas com os Dez Mandamentos. É uma serra rochosa e árida que, não só pela sua geografia, mas também pelo significado histórico, foi escolhida pelos cristãos que procuravam a solidão da vida eremítica.

Assim, já no século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram ali construídos por numerosos monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco.

João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo num dos mais renomados mosteiros, do venerável ancião Raiuthi. Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes para sua parca refeição e só se reunia aos demais monges nos fins de semana, para um culto coletivo.

Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procura-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma benção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai.

Nesse período ele escreveu muito e o que dele se conserva até hoje é um livro importantíssimo que teve ampla divulgação na Idade Média, "Escada do Paraíso". Livro que lhe trouxe também o sobrenome Clímaco que, em grego, significa "aquele da escada". No seu livro ele estabeleceu trinta degraus necessários à subir para alcançar a perfeição da alma.

Trata-se de um verdadeiro manual, a síntese da doutrina monástica e ascética, para os noviços e monges, onde descreveu, degrau por degrau, todas as dificuldades a serem vividas, a superação da razão e dos sentidos, e que as alegrias do Paraíso perfeito serão colhidas no final dessa escalada, após o transito para a eternidade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento. 


São João Clímaco, rogai por nós!

terça-feira, 29 de março de 2016

Oração para superar os momentos de angústia


Meu Senhor, minha alma está perturbada e angustiada; o medo e o pânico tomam conta de mim. Sei que isto acontece por causa da minha falta de fé, da falta de abandono nas tuas mãos santas e de não confiar totalmente no teu poder Infinito. Perdoa-me Senhor e aumenta a minha fé. Não olhe para a minha miséria e para o meu egocentrismo.

Eu sei que estou apavorado porque teimo e insisto, por minha miséria, em ficar contando apenas com as minhas forças humanas miseráveis, com os meus métodos e com os meus recursos. Perdoa-me Senhor e salva-me, ó meu Deus. Dá-me a graça da fé Senhor, dá-me a graça de confiar no Senhor sem medidas, sem olhar para o perigo, mas olhar somente para ti Senhor; socorre-me ó meu Deus.

Sinto-me só e abandonado, e não há quem possa me ajudar, a não ser o Senhor. Abandono-me em tuas mãos Senhor, nelas eu coloco as rédeas da minha vida, a direção do meu caminhar, e deixo os resultados nas tuas mãos. Eu creio em Vós Senhor, mas aumenta a minha fé. Eu sei que o Senhor ressuscitado caminha do meu lado, mas assim mesmo eu ainda temo, porque não consigo abandonar-me inteiramente em tuas mãos. Socorre a minha fraqueza, Senhor.

Sei meu Senhor, que para vós não há “beco sem saída”, não há problema sem solução. Sei que o Senhor pode fazer jorrar água da pedra e sei que pode transformar água em vinho e pedras em pães. Sei que o Senhor dá ordens aos ventos e ao mar…, e sei que nenhum passarinho cai por terra sem a vossa vontade, e que os fios de meus cabelos estão todos contados (Mt 10,29-30). Eu sei Senhor que o Senhor cuida das aves do céu e dos lírios dos campos, que não semeiam e não ceifam, e o Senhor lhes dá o alimento e as vestes, que valem muito menos do que nós. Eu sei de tudo isto Senhor, mas a minha fé é fraca; me perdoe, me cure e aumente a minha fé Senhor! Eu não desisto de procurar-te e de alcançar uma fé firme.

Em teu Nome levanto a minha cabeça Senhor, e expulso o medo e a angústia de minha alma. Em teu Nome Senhor eu não temerei mal algum, porque sei que o Senhor é o meu Pastor e nada me faltará; eu sei que o Senhor é protetor da minha vida; eu nada temerei.

Deixo tudo nas tuas mãos agora Senhor, seja feita a Vossa santa vontade em minha vida meu Deus. Eu aceito tudo e estou pronto para tudo que o Senhor quiser para mim, pois não pode haver coisa melhor para mim. Entrego o meu passado, o meu presente e o meu futuro em tuas mãos; tudo seja teu Senhor. Faça tudo o que o Senhor quiser fazer de mim. Mesmo que eu perca todos os meus bens, mesmo que eu perca a minha vida, eu quero fazer a tua vontade Senhor. Eu sei que não me faltará nada porque estou em tuas mãos.

Eu aceito tudo Senhor, aceito tudo. Eu sou todo teu, e tudo o que sou e que tenho te pertence meu Deus. Não quero estar apegado a nada; e sei que o Senhor está me libertando de todas essas amarras que me prendem a este mundo. O Senhor me quer livre, desapegado e despojado de tudo. Agora entendo um pouco mais Senhor o que o Senhor está fazendo em mim com este sofrimento que às vezes esmaga a minha alma.

Sei que TUDO concorre para o bem dos que te amam Senhor (Rm 8,28) e eu te amo Senhor; sou miserável pecador, mas te amo. Então, sei que tudo o que o Senhor permitir que me aconteça será para o meu bem, ainda que eu não entenda nada do que esteja acontecendo comigo agora. Sei que no fogo desta provação o Senhor está me moldando, está me lapidando, está me salvando e mudando para melhor. Sei que é no cadinho do fogo do sofrimento que o Senhor purifica as almas. Dai-me a graça de suportar tudo Senhor, na fé, com paciência, resignação, te dando sempre graças. Sei que amanhã eu colherei os frutos de toda esta provação. Bendito sejas Senhor!

E por isso eu quero te louvar Senhor, porque eu creio que o Senhor me ama e nada me acontece sem que o Senhor permita. Seja louvado Senhor, seja bendito o teu santo nome, seja glorificado, exaltado, amado e servido ó meu Deus.

Não quero ser covarde e fugir da missão que o Senhor me der; quero assumir convosco e avançar com tua graça. Sei que convosco eu nunca recuarei pois sei que não me faltará a tua graça Senhor; o Senhor não dá a missão sem a graça necessária. Sei que esta missão é difícil, mas agradeço ao Senhor por me tê-la dado, e eu quero cumpri-la somente por amor a Vós.

Quero fazer tudo com a intercessão de Nossa Senhora, Jesus. Sei que Maria, tua Mãe e minha Mãe, me segue e não me deixa recuar. Quero fazer tudo em Maria, com Maria, por Maria e para Maria, consagrado ao Seu amado Coração de Mãe que me guia e protege.

Sei que o Senhor ressuscitado caminha a meu lado, eu seguro em tuas mãos, lanço-me nos teus braços. Sei que o Senhor cuida de mim. Diante de cada problema quero te perguntar: Como vamos resolver isto Senhor? Eu não sei mas o Senhor sabe. Dá-me teu Santo Espírito, dá-me tua sabedoria e tua força. Vem Espírito Santo, ocupa a minha mente e o meu coração. Quero ser teu ó Divino Espírito Santo, quero ser renovado em vós, na fé e no amor de Deus.

Não permito Senhor que a tristeza tome conta de mim. Quero alegrar-me SEMPRE no Senhor, porque o Senhor está perto (Fl 4, 4s). Em teu Nome eu lanço fora toda a tristeza de minha alma e toda preocupação. Em teu Nome não permito que minha alma seja sufocada e minha vida esmagada e estragada pela tristeza.

Não quero mais ficar olhando para a tempestade que me assusta Senhor, e me enfraquece a fé; quero apenas olhar para o Senhor, com olhar fixo e confiante, no meio da tormenta e da dúvida. Não me deixe ser engolido pelo medo da tempestade Senhor. Ainda que eu tenha de atravessar o vale da morte, não temerei, pois o Senhor vai comigo.

Não quero mais estar aflito Senhor, pois sei que nenhuma aflição vem de Vós, mas do demônio malvado. Não me deixe cair em sua tentação Senhor e me livre de sua presença e de sua ação sobre a minha mente e minha pessoa.

Sei que o Senhor estará comigo sempre, para me livrar de todos os perigos.”
“Levanta-se Deus pela intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, São Miguel Arcanjo e todas as milícias celestes; sejam dispersos todos os seus inimigos e fujam de Sua face todos os que o odeiam. Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.”


Retirado do livro: A Luta Contra a Depressão - Professor Felipe Aquino

29 de março - Santo do Dia

Santos Jonas e Barachiso

A narrativa do martírio sofrido pelos irmãos cristãos, Jonas e Barachiso, persas da cidade de Beth-Asa, em 327, é uma das páginas mais violentas do sofrimento católico. Entretanto, a descrição das torturas infligidas aos irmãos foi registrada por um pagão, o comandante da cavalaria do mandante imperador sanguinário.

Além do martírio, pouco se sabe da vida deles, bem como suas origens. A biografia conhecida dos dois, começa quando visitaram cristãos encarcerados na cidade de Hubahan. A Igreja da Pérsia sofria na época uma das mais cruéis perseguições de que se tem notícia, decretada e comandada pelo imperador Sapor. Jonas e Barachiso resolveram enfrentar os perigos para consolar os cristãos que, dias depois, seriam martirizados. Só naquela prisão, haviam nove condenados à morte.

Por sua atitude, ambos, foram presos e levados à presença do juiz. Aí começou a descrição de todo o terror. Como se negaram a adorar o rei, o sol e a lua, falsos deuses, o juiz mandou separá-los para tentar enganar os irmãos. Barachiso foi colocado no calabouço, enquanto Jonas era barbaramente açoitado. Depois, teve os pés atados e foi jogado nas águas cobertas de gelo.

O juiz chamou então Barachiso e relatou as torturas de Jonas, dizendo-lhe que seu irmão tinha sacrificado aos deuses. Barachiso não acreditou e fez um discurso tão eloqüente em defesa do cristianismo, que o juiz ordenou que seu processo continuasse somente à noite, longe do público, temeroso de que suas palavras acabassem convertendo ali mesmo alguns pagãos. Como castigo, mandou que colocassem ferros em brasa em seus braços. Os torturadores lhe deitaram chumbo derretido pelas narinas e olhos. Foi devolvido ao calabouço, pendurado por um dos pés.

No dia seguinte, o juiz tentou a mesma tática com Jonas, depois de mandar tirá-lo das águas geladas. Disse que Barachiso tinha abandonado sua religião. Este também não acreditou e respondeu com outro discurso fervoroso. Em contrapartida, os torturadores cortaram-lhe as mãos e os pés, arrancaram-lhe a língua e o couro cabeludo, jogaram seu corpo no piche em ebulição, depois cortaram seu corpo em pedaços e jogaram numa cisterna. Quanto a Barachiso, bateram-lhe com ferros pontiagudos, deitaram-lhe piche e enxofre ferventes pela boca, e o maltrataram até que não desse mais sinais de vida.

Realmente, trata-se de uma página chocante do cristianismo dos primeiros tempos, mas importante e cujo registro se faz necessário, para que continue preservada no conhecimento dos católicos dos nossos tempos. De maneira que se compreenda como a fé em Cristo sobrevive a todos os suplícios psicológicos e de sangue através dos séculos para a glória na eternidade de Jesus, o Redentor da Humanidade. 



Santos Jonas e Barachiso, rogai por nós!

São Constantino

Rei de uma região da Inglaterra, casou-se, mas não assumiu seriamente esta aliança, tanto que deixou a esposa para se dedicar às guerras militares. Nesta aventura de poder e fama, ele – como São Paulo – ‘caiu do cavalo’. Era pagão, converteu-se ao Cristianismo e assumiu seriamente o chamado à santidade.

Entrou para um mosteiro irlandês e descobriu seu chamado ao sacerdócio. Junto com outro santo, percorreu muitas regiões da Inglaterra anunciando o nome de Jesus, que tem o poder de nos dar a vitória sobre o ‘homem velho’.

Constantino foi martirizado no ano de 598, atacado por pagãos duros de coração ante o Evangelho.

São Constantino, rogai por nós!


São Segundo de Asti
 
Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes.

Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese. Sem que seu amigo político soubesse, Segundo teria estado com o mártir e este encontro foi decisivo para a sua conversão.

Entretanto, esta só aconteceu mesmo durante outra viagem, desta vez a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Tudo o que se sabe dessa conversão está envolto em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.

Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo, que conta como ele conseguiu atravessar a cavalo o Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia, que lhe fora entregue por Faustino e Jovita para ser dada ao bispo Marciano, antes do martírio. O Pó é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas, minúsculo apenas no nome formado por duas letras, possui mil e quinhentos metros cúbicos de volume d'água por segundo, nos seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros de extensão, um dos mais longos da Itália.

Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas, não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 30 de março do ano 119.

No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti e de Ventimilha, cujo culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico que o celebra no dia 29 de março. 


São Segundo de Asti, rogai por nós!
 

segunda-feira, 28 de março de 2016

A importância da Oitava de Páscoa


Após o domingo de Páscoa a Igreja vive o Tempo Pascal; são sete semanas em que celebra a presença de Jesus Cristo Ressuscitado entre os Apóstolos, dando-lhes as suas últimas instruções (At1,2). Quarenta dias depois da Ressurreição Jesus teve a sua Ascensão ao Céu, e ao final dos 49 dias enviou o Espírito Santo sobre a Igreja reunida no Cenáculo com a Virgem Maria. É o coroamento da Páscoa. O Espírito Santo dado à Igreja é o grande dom do Cristo glorioso.

O Tempo Pascal compreende esses cinquenta dias (em grego = “pentecostes”), vividos e celebrados “como um só dia”. Dizem as Normas Universais do Ano Litúrgico que: “os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, “como se fosse um único dia festivo”, como um grande domingo” (n. 22).

É importante não perder o caráter unitário dessas sete semanas. A primeira semana é a “oitava da Páscoa”. Ela termina com o domingo da oitava, chamado “in albis”, porque nesse dia os recém batizados tiravam as vestes brancas recebidas no dia do Batismo.

Esse é o Tempo litúrgico mais forte de todo o ano. É a Páscoa (passagem) de Cristo da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a Páscoa também da Igreja, seu Corpo. No dia de Pentecostes a Igreja é introduzida na “vida nova” do Reino de Deus. Daí para frente o Espírito Santo guiará e assistirá a Igreja em sua missão de salvar o mundo, até que o Senhor volte no Último Dia, a Parusia. Com a vinda do Espírito Santo à Igreja, entramos “nos últimos tempos” e a salvação está definitivamente decretada; é irreversível; as forças o inferno vencidas pelo Cristo na cruz, não são mais capazes de barrar o avanço do Reino de Deus, até que o Senhor volte na Parusia.

A Igreja logo nos primórdios começou a celebrar as sete semanas do Tempo Pascal, para “prolongar a alegria da Ressurreição” até a grande festa de Pentecostes. É um tempo de prolongada alegria espiritual. Esse tempo deve ser vivido na expectativa da vinda do Espírito Santo; deve ser o tempo de um longo Cenáculo de oração confiante.

Nestes cinquenta dias de Tempo Pascal, e, de modo especial na Oitava da Páscoa, o Círio Pascal é aceso em todas as celebrações, até o domingo de Pentecostes. Ele simboliza o Cristo ressuscitado no meio da Igreja. Ele deve nos lembrar que todo medo deve ser banido porque o Senhor ressuscitado caminha conosco, mesmo no vale da morte (Sl 22). É tempo de renovar a confiança no Senhor, colocar em suas mãos a nossa vida e o nosso destino, como diz o salmista: “Confia os teus cuidados ao Senhor e Ele certamente agirá” (Salmo 35,6).

Os vários domingos do Tempo Pascal não se chamam, por exemplo, “terceiro domingo depois da Páscoa”, mas “III domingo de Páscoa”. As leituras da Palavra de Deus dos oito domingos deste Tempo na Santa Missa estão voltados para a Ressurreição. A primeira leitura é sempre dos Atos dos Apóstolos, as ações da Igreja primitiva, que no meio de perseguições anunciou o Senhor ressuscitado e o seu Reino, com destemor e alegria.

Portanto, este é um tempo de grande alegria espiritual, onde devemos viver intensamente na presença do Cristo ressuscitado que transborda sobre nós os méritos da Redenção. É um tempo especial de graças, onde a alma mais facilmente bebe nas fontes divinas. É o tempo de vencer os pecados, superar os vícios, renovar a fé e assumir com Cristo a missão de todo batizado: levar o mundo para Deus, através de Cristo. É tempo de anunciar o Cristo ressuscitado e dizer ao mundo que somente nele há salvação.

Então, a Igreja deseja que nos oito dias de Páscoa (Oitava de Páscoa) vivamos o mesmo espírito do domingo da Ressurreição, colhendo as mesmas graças. Assim, a Igreja prolonga a Páscoa, com a intenção de que “o tempo especial de graças” que significa a Páscoa, se estenda por oito dias, e o povo de Deus possa beber mais copiosamente, e por mais tempo, as graças de Deus neste tempo favorável, onde o céu beija a terra e derrama sobre elas suas Bênçãos copiosas.

Mas, só pode se beneficiar dessas graças abundantes e especiais, aqueles que têm sede, que conhecem, que acreditam, e que pedem. É uma lei de Deus, quem não pede não recebe. E só recebe quem pede com fé, esperança, confiança e humildade.

As mesmas graças e bênçãos da Páscoa se estendem até o final da Oitava. Não deixe passar esse tempo de graças em vão! Viva oito dias de Páscoa e colha todas as suas bênçãos. Não tenha pressa! Reclamamos tanto de nossas misérias, mas desprezamos tanto os salutares remédios que Deus coloca à nossa disposição tão frequentemente.

Muitas vezes somos miseráveis sentados em cima de grandes tesouros, pois perdemos a chave que podia abri-lo. É a chave da fé, que tão maternalmente a Igreja coloca todos os anos em nossas mãos. Aproveitemos esse tempo de graça para renovar nossa vida espiritual e crescer em santidade.

O Círio Pascal
O Círio Pascal estará acesso por quarenta dias nos lembrando isso. A grande vela acesa simboliza o Senhor Ressuscitado. É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra “círio” vem do latim “cereus”, de cera. O produto das abelhas. O círio mais importante é o que é aceso na vigília Pascal como símbolo de Cristo – Luz, e que fica sobre uma elegante coluna ou candelabro enfeitado. O Círio Pascal é já desde os primeiros séculos um dos símbolos mais expressivos da vigília, por isso ele traz uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que a Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcança com força sempre nova no ano concreto em que vivemos. O Círio Pascal tem em sua cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz.

O Círio Pascal ficará aceso em todas as celebrações durante as sete semanas do Tempo Pascal, ao lado do ambão da Palavra, até a tarde do domingo de Pentecostes. Uma vez concluído o tempo Pascal, convém que o Círio seja dignamente conservado no batistério. O Círio Pascal também é usado durante os batismos e as exéquias, quer dizer no princípio e o término da vida temporal, para simbolizar que um cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna.

No Vaticano, a cera do Círio Pascal do ano anterior é usada para a confecção do “Agnus Dei” (Cordeiro de Deus), que muitos católicos usam no pescoço; é um sacramental valioso para nos proteger dos perigos desta vida, pois é feito do Círio que representa o próprio Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele é confeccionado de cera branca onde se imprime a figura de um cordeiro, símbolo do Cordeiro Imolado para reparar os pecados do mundo.

Esses “Agnus Dei” são mergulhados pelo Papa em água misturada com bálsamo e o óleo Sagrado Crisma. O Sumo Pontífice eleva profundas orações a Deus implorando para os fiéis que os usarem com fé, as seguintes graças: expulsar as tentações, aumentar a piedade, afastar a tibieza, os perigos de veneno e de morte súbita, livrar das insidias, preservar dos raios, tempestades, dos perigos das ondas e do fogo – impedir que qualquer força inimiga nos prejudique – ajudar as mães no nascimento das crianças.


Fonte: Prof. Felipe Aquino - http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2016/03/28/a-importancia-da-oitava-de-pascoa/

Santo do dia - 28 de março

São Guntrano

Guntrano teve muitos descaminhos, muitas opções erradas. Teve muitas mulheres e muitos filhos. Como todo ser humano buscou a felicidade, porém, em lugares errados.

Um homem social, político e de grande influência, mas com o coração inquieto e desejoso de algo maior. Deu toda sua herança para um sobrinho e se decidiu a viver uma radicalidade cristã, ou seja, viver o chamado à santidade. Então, Guntrano passou a ouvir a Palavra de Deus e a acolher os conselhos dos bispos. Governou na justiça, a partir dos bons conselhos recebidos.

Viveu a renúncia de si mesmo para abraçar a cruz e fazer a vontade de Deus. Faleceu com 68 anos, depois de consumir-se no amor a Deus e aos irmãos, sendo cristão na sociedade.



São Guntrano, rogai por nós!


São Xisto III
 Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.

Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.

Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.

Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.

Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.

Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.

Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico. 


São Xisto III, rogai por nós!

domingo, 27 de março de 2016

DOMINGO DA PÁSCOA DA RESSUREIÇÃO DO SENHOR - ALELUIA !!! CRISTO RESSUCITOU !!! ALELUIA !!!

Domingo de Páscoa
O Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.



ALELUIA! ALELUIA!



O SENHOR RESSUSCITOU!
  ALELUIA! ALELUIA!

São Paulo nos diz : "Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida a nossos corpos mortais". Não se pode compreender nem explicar a grandeza da Páscoa cristã sem evocar a Páscoa Judaica, que Israel festejava, e que os judeus ainda festejam, como festejaram os hebreus há três mil anos. O próprio Cristo celebrou a Páscoa todos os anos durante a sua vida terrena, segundo o ritual em vigor entre o povo de Deus, até o último ano de sua vida, em cuja Páscoa aconteceu na ceia e na instituição da Eucaristia.

Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A Páscoa cristã - cheia de profunda simbologia - celebra a proteção que Cristo não cessou nem cessará de dispensar à Igreja até que Ele abra as portas da Jerusalém celestial. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído. Este acontecimento é um dado histórico inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram referência. São Paulo confirma como o historiador que se apoia, não somente em provas, mas em testemunhos.

Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade.


Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desilusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana respeitada.

A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição?, a proclamo?; creio em minha vocação e missão cristã, a vivo?; creio na ressurreição futura? , é alento para esta vida?, são perguntas que devem ser feitas.
A mensagem redentora da Páscoa não é outra coisa que a purificação total do homem, a libertação de seus egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos, purificação que, ainda que implique em uma fase de limpeza e saneamento interior, contudo se realiza de maneira positiva com dons de plenitude, com a iluminação do Espírito, a vitalização do ser por uma vida nova, que transborda alegria e paz - soma de todos os bens messiânicos-, em uma palavra, a presença do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressou com incontida emoção neste texto: " Se ressuscitastes com Cristo, então vos manifestareis gloriosos com Ele".

 

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Evangelho segundo S. João 20,1-9. 
 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. 
Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predileto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. 
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão  e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. 
Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Comentário do dia: Santo Epifânio de Salamina (?-403), bispo
3ª Homilia 3 para a Ressurreição
«Eis o dia que o Senhor fez, dia de festa e de alegria» (Sl 117,24)
O Sol da justiça (Mal 3,20), desaparecido há três dias, ergue-Se hoje e ilumina toda a criação: Cristo, que esteve no túmulo três dias, existia antes de todos os séculos! Ele rebenta a terra como uma vinha e enche de alegria toda a terra habitada. Fixemos os nossos olhos no nascer de um sol que nunca conhecerá o poente; façamos avançar o dia e enchamo-nos da alegria desta luz!
As portas dos infernos foram quebradas por Cristo, os mortos erguem-se como que de um sono. Cristo levanta-Se, Ele que é a ressurreição dos mortos, e vem despertar Adão. Cristo, ressurreição de todos os mortos, levanta-Se e vem libertar Eva da maldição. Cristo levanta-Se, Ele que é a ressurreição, e transfigura com a sua beleza aquilo que estava sem beleza nem brilho (Is 53,2). Como alguém que dormia, Cristo acordou e desfez todas as manhas do inimigo. Ele ressuscitou e dá alegria a toda a criação; ressuscitou e esvaziou a prisão do inferno; ressuscitou e transformou o corruptível em incorruptível (1Cor 15,53). Cristo ressuscitado estabeleceu Adão na incorruptibilidade, na sua dignidade original.
Em Cristo, a Igreja torna-se hoje num novo céu (Ap 21,1), um céu mais belo de contemplar do que o sol que nós vemos. O sol que vemos todos os dias não se pode comparar com esse Sol; tal como um servo cheio de respeito, eclipsou-se diante dele quando O viu suspenso da cruz (Mt 27,45). É desse Sol que o profeta diz: «O Senhor, Sol da justiça, ergueu-Se para os que O temem» (Mal 3,20). [..]. Por Ele, Cristo, Sol de justiça, a Igreja torna-se um céu resplandecente de muitas estrelas, saídas da piscina batismal para uma nova luz. «Eis o dia que o Senhor fez; exultemos e rejubilemos nele. (Sl 117,24), transbordantes de divina alegria.