Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

terça-feira, 30 de junho de 2020

Junho - Mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus!

O Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração de Maria”. O mês de junho é tradicionalmente para os católicos o «Mês do Sagrado Coração de Jesus».

 A devoção recobra novo impulso em Paray le Monial.


O centro geográfico e histórico da devoção ao Sagrado Coração se encontra em Paray de Monial, pequena localidade francesa de Borgoña, na qual vivia a religiosa da Visitação que recebeu as aparições de Jesus no século XVII, Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690).


Detalhes e a mensagem desta página da história da Igreja ficam recolhidos na página web da diocese de Autun, na qual se encontra este santuário que cada ano recebe mais de trezentos mil peregrinos. A mensagem que Jesus deixou as estas religiosas francesas, a primeira das aparições aconteceu em 27 de dezembro de 1673, é uma visão de Deus que contrasta com a tendência do século em que estourou o jansenismo.


«Meu Coração divino está tão apaixonado de amor pelos homens, e por ti em particular, que ao não poder conter em si as chamas de sua ardente caridade, há que transmiti-las com todos os meios», disse-lhe Cristo nesta ocasião segundo ela escreveu depois.


A visita de João Paulo II a Paray le Monial, em 5 de outubro de 1986, deu uma nova vitalidade à devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Breve história da devoção

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus existiu desde os primeiros tempos da Igreja, quando se meditava sobre o lado e o Coração aberto de Jesus de onde jorrou sangue e água. Deste Coração nasceu a Igreja e por ele se abriram as portas do céu. Veneramos nela o próprio coração de Deus. No século XVII estabeleceu-se definitiva e especificamente a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus, solicitada pelo próprio Jesus Cristo a Santa Margarida Maria Alacoque.


Em 16 de junho de 1675 Nosso Senhor apareceu a ela. Seu Coração estava envolto em chamas, coroado de espinhos, com uma ferida aberta, da qual brotava sangue, e de seu interior saia uma cruz. Santa Margarida escutou o Senhor dizer: ‘Eis aqui o Oração que tanto amou os homens e, em troca, recebe da maioria dos homens só ingratidão, irreverência e desprezo, neste sacramento de amor’. Nosso Senhor, com as seguintes palavras nos diz em que consiste a devoção: amor e reparação. Amor pelo muito que Ele nos ama. Reparação e desagravo pelas muitas injurias que recebe, sobretudo na Sagrada Eucaristia.

A bem-aventurada Jacinta, no seu leito de morte, disse à Lúcia: Tu cá ficas para dizer que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. O Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração de Maria.


Muitos outros paralelismos entre as duas devoções mostram a sua íntima vinculação: as nove primeiras sextas-feiras e os cinco primeiros sábados; 
o espírito reparador que anima as duas devoções; 
o movimento de Consagração da Humanidade ao Sagrado Coração de Jesus feito por Leão XIII e o pedido de Consagração da Rússia ao Imaculado Coração feito por Nossa Senhora em Fátima; 
e por fim a promessa do triunfo final: “Eu reinarei”, repetia continuamente o Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria, e “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará”, disse Nossa Senhora em Fátima.

Fonte: Amor a Nossa Senhora

Aquele que recorre à Virgem Maria não deve se desesperar

Aquele que recorre à Virgem Maria não deve se desesperar


O temor e a esperança nunca devem andar desacompanhados um do outro, pois se o temor não for acompanhado de esperança, não é temor, mas desespero, e a esperança sem temor é presunção. Todo o vale será preenchido (Lc 3,5): urge, pois, encher de confiança, e ao mesmo tempo de temor de Deus, esses vales de desânimo que se formam quando conhecemos as nossas imperfeições e os pecados cometidos?”.
São Francisco de Sales, como se depois da morte ainda quisesse continuar a guerra que declarara ao desalento, arrancou do próprio demônio uma confissão repleta de estímulo até para as almas mais criminosascerta vez um jovem de Chablais, que há cinco anos estava possuído pelo espírito maligno, foi levado para junto do túmulo do santo Bispo de Genebra, no tempo em que corria o processo da sua beatificação. Tardou vários dias até esse jovem ver-se curado.

Nesse meio tempo, ele foi submetido pelo bispo Charles Auguste de Sales e pela Madre de Chaugy a vários interrogatórios junto dos restos mortais do Santo. Relata uma testemunha ocular que, numa dessas ocasiões, o demônio gritava com mais furor e confusão, dizendo: “Por que hei de sair?”, e a Madre de Chaugy exclamou com aquela veemência que lhe era peculiar: Ó Santa Mãe de Deus, rogai por nós!  Maria, Mãe de Jesus, socorrei-nos!”. Com essas palavras, o espírito infernal redobrou os seus horríveis gritos, bradando: “Maria, Maria! Ah! E eu, que não tenho Maria! Não pronuncieis esse nome, pois que me faz estremecer! Se houvesse uma Maria para mim, como a tendes para vós, eu não seria o que sou. Mas eu não tenho Maria!”.
Todos choravam. “Ah! continuou o demônio, se eu tivesse um só instante dos muitos que desperdiçais… Sim, um só instante e uma Maria, eu não seria um demônio…!”.

Pois bemNós que vivemos (SI 113,18) temos o momento presente para regressar a Deus e temos Maria para nos obter essa graça. Quem, pois, há de se desesperar?
Joseph Tissot

Retirado do livro: A Arte de aprender com as próprias faltas, Ed. Cléofas e Ed. Cultor de Livros
LEIA TAMBÉM:
A mediação de Maria

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.



Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.


Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do Mundo, tende piedade de nós.

Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós
.


Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, de majestade infinita, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, templo santo de Deus, tende piedade de nós. 

Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Casa de Deus e porta do céu, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e de amor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor, tende piedade de nós. 

Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, tende piedade de nós. 

Coração de Jesus, no qual o Pai põe as suas complacências, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, rico para todos que o invocam, tende piedade de nós. 

Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, propiciação pelos nossos pecados, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, saturado de opróbrios, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, tende piedade de nós. 

Coração de Jesus, atravessado pela lança, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, tende piedade de nós. 

Coração de Jesus, salvação dos que esperam em vós, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, esperança dos que expiram em vós, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.


V. Jesus, manso e humilde de coração. 
R. Fazei nosso coração semelhante ao vosso.



Oração:


Deus onipotente e eterno, olhai para o coração de vosso Filho diletíssimo e para os louvores e as satisfações que ele, em nome dos pecadores, vos tributa; e aos que imploram a vossa misericórdia concedei o benigno o perdão em nome do vosso mesmo Filho Jesus Cristo, que convosco vive e reina em união com o Espírito Santo, Deus por todos os séculos dos séculos. Amém 


Sugestões:
No mês de Junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, rezar todos os dias;

Nos demais meses, toda às sextas-feira - - caso impossível pelo menos na primeira sexta-feira de cada mês.

30 de junho - Santo do dia

Santos primeiros mártires da Igreja Romana - Protomártires da Igreja de Roma


O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus

Os primeiros mártires romanos, martirizados em Roma em 64 durante o reinado de Nero, ao lado da comunidade hebraica florescente e respeitada (Popéia, a mulher de Nero, era judia), vivia a exígua e pacífica  comunidade cristã guiada pelo príncipe dos apóstolos.

Por que Nero perseguiu os cristãos com tanta ferocidade? O historiador Cornélio Tácito nos oferece a explicação: “Visto que circulavam boatos de que o incêndio de Roma havia sido doloso, Nero apresentou-os como culpados, punindo com penas requintadíssimas aqueles que, obstinados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo de cristãos”. 


Quais fossem suas culpas nós o sabemos muito bem: reuniam-se nas noites de sábado para celebrar a eucaristia, na qual se fala de corpo e sangue de Cristo dado como alimento aos fiéis.


O Martirológio romano diz:
“Em Roma, celebra-se o natal de muitíssimos santos mártires que, sob o império de Nero, foram falsamente acusados do incêndio da cidade e por  sua ordem foram mortos de vários modos atrozes: alguns foram cobertos  com pêlos de animais selvagens e lançados aos cães para que os fizessem em pedaços; outros, crucificados e, ao declinar do dia, usados como tocha para iluminar a noite. Todos eram discípulos dos apóstolos e foram os primeiros mártires que a santa Igreja romana enviou a seu Senhor antes da morte dos apóstolos”.


A ferocidade com a qual Nero golpeou os inocentes cristãos (o incêndio tinha sido provocado por sua ordem com o fim de reconstruir Roma com base num grandioso projeto) não encontra obviamente a justificação do supremo interesse do império. Aqueles pacíficos crentes em Cristo não constituíam ameaça. A selvageria usada contra eles foi tal que provocou horror e piedade nos próprios espectadores do circo. 


“Agora se manifestou piedade”, escreve ainda Tácito, “mesmo se tratando de gente merecedora dos mais exemplares castigos, porque se via que eram eliminados não para o bem público, mas para satisfazer a crueldade de um indivíduo.”  A perseguição durou três anos, e seu exórdio teve o mais ilustre dos mártires: Pedro. A conclusão foi assinalada pela decapitação de são Paulo.


Depois da solenidade universal dos apóstolos São Pedro e Paulo, a liturgia nos apresenta a memória de outros cristãos que se tornaram os primeiros mártires da Igreja de Roma, por isso, protomártires.

O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus, principalmente nos momentos mais difíceis que todos nós temos.

Os mártires viveram tudo em Cristo.

No ano de 64, o imperador Nero pôs fogo em Roma e acusou os cristãos. Naquela época a comunidade cristã, vítima de preconceitos, era tida como uma seita, e inimiga, pois não adoravam o Imperador.

Qualquer coisa que acontecia de negativo, os cristãos eram acusados. Por isso, foram acusados de terem posto fogo em Roma, e a partir daí, no ano 64, começaram a ser perseguidos.

Os escritos históricos em Roma narram que os cristãos eram lançados nas arenas para servirem de espetáculo ao povo, junto às feras. Cobertos de piches, como tochas humanas e muitos outros atos atrozes.

E a resposta era sempre o perdão e a misericórdia.
O Papa São Clemente I escreveu: “Nos encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as preocupações inúteis e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra da nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o que é agradável ao nosso criador.”

Santos primeiros mártires da Igreja Romana, rogai por nós!


São Theobaldo

São Theobaldo era filho do Conde Arnaldo de Champagne e educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética. Ele deixou os militares, e com a permissão de seu pai entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1135 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite passavam em orações.

Na busca de solidão e contemplação eles peregrinaram para Compostela e Roma e reassumiram suas vidas de eremitas em Salanigo, perto de Vicenza, Itália. Walter morreu dois anos mais tarde. A santidade de Theobaldo atraiu muitos discípulos e ele foi ordenado e tornou-se um monge Camaldoles. Ele curava varias doenças apenas com sua benção e oração. Sua fama se espalhou e vários nobres e príncipes vinha a sua procura para conselhos e curas. Sua fama alcançou também os seus parentes que vinham visita-lo. Sua mãe mais tarde também se tornou uma eremita em um local próximo. Ele faleceu em Salanigo, Itália em 30 de junho de 1066. Ele foi canonizado pelo Papa Alexandre II em 1073. Sua festa é celebrada no dia 30 de junho.

São Theobaldo, rogai por nós!

segunda-feira, 29 de junho de 2020

As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores

As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores 


Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.


Eis as promessas:


1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria. 


 

Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
 

Eis as Graças:


1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.

2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.


29 de junho - Santo do dia

São Pedro e São Paulo Apóstolos

Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.

Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.

Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. 

Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho. Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.

Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério.

Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!


domingo, 28 de junho de 2020

Evangelho do dia

Evangelho Cotidiano


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 


 Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo -  Domingo


Anúncio do Evangelho (Mt 16,13-19)

— O Senhor esteja convosco

 Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

Glória a Vos, Senhor

Naquele tempo, 13 Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14 Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15 Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.

17 Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18 Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

— Palavra da Salvação.


— Glória a vós, Senhor.

Santo do dia - 28 de junho

Santo Atílio


A Igreja sofreu, no início dos tempos, perseguições por parte dos imperadores. E era, ao mesmo tempo, dilacerada pelas heresias que proliferavam por todas as partes, que ameaçavam sua unidade na fé.

Os cristãos das comunidades cristãs de Viena e Lyon foram barbaramente atingidos por uma dessas perseguições. Ela foi decretada pelo imperador Marco Aurélio e atingiu o auge de sua violência em 177, quando chegou à diocese de Lyon, na França.

Os sobreviventes dessa comunidade, cuja maioria procedia da Ásia Menor dirigiram aos cristãos de lá uma circular relatando em detalhes tudo o que aconteceu e como muitos deles foram martirizados numa das mais terríveis matanças da história do cristianismo.

Perseguidos nas casas, nas praças e banhos públicos, os cristãos começaram a ser agredidos e encarcerados. Submetidos a julgamentos em praças públicas, eram condenados à morte. Algumas mortes foram imediatas, para acabar com a liderança. Mas muitos cristãos foram reservados aos espetáculos no anfiteatro, como ocorreu com Atílio.

Ele era um jovem diácono, pouco mais de quatorze anos. Sua família era  de nobres da região do Lazio, na Itália. Aliás, o nome Atílio é o diminutivo de Átalo, originário do sabino antigo, muito freqüente na localidade.

Segundo consta, o presidente do tribunal decidiu reservar o jovem Atílio para ser julgado por último. Queria que ele renegasse a fé, servindo-lhe de troféu para ser enviado ao imperador. Por isso o suplício de Atílio foi longo. Ele teve de assistir a tudo, até quando o seu bispo, Fotino, já ancião, foi agredido e agonizou por dois dias até morrer, mas sem renegar a Cristo.

Depois, Atílio presenciou, no Circo, o martírio de outros companheiros, que foram açoitados com varas e depois entregues às feras. Foram quarenta e oito mártires, que morreram em dias diferentes. Até que, finalmente, no dia 28 de junho, ele também foi sentenciado à morte, porque não renegou a fé cristã.

Atílio morreu queimado sentado numa cadeira de ferro colocada no centro do Circo, num bárbaro espetáculo pagão. Durante a noite, cristãos ainda sobreviventes conseguiam recolher partes dos corpos que restavam e os enterravam secretamente, como fizeram com aquelas do jovem diácono Atílio.

Passada a perseguição, todos foram recolhidos e enterrados naquela que seria, mais tarde, a catedral de Lyon. O culto desses mártires começou logo após, numa solenidade grandiosa que se chamou "festa das Maravilhas". Com a reforma do Martirológio Romano, os mártires cuja identificação era precisa receberam celebração individual. No caso de santo Atílio, ele é festejado no dia 28 de junho. 


 Santo Atílio, rogai por nós!


Santo Irineu de Lyon

Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna, no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, outro Padre e santo da Igreja. Dele Irineu pôde recolher ainda viva a tradição apostólica, pois Policarpo fora consagrado bispo pelo próprio João Evangelista, o que torna importantíssimos os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por são Policarpo, que o enviou para a Gália, atual França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Lá, trabalhou ao lado de Fotino, o primeiro bispo de Lyon, que, em 175, o enviou a Roma para, junto do papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas. Esses fanáticos, vindos do Oriente, pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

Contudo tanto o papa quanto Irineu foram tomados pela surpresa da bárbara perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio. Rapidamente, em 177, ela atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé.

Um ano depois, Irineu retornou a Lyon, onde foi eleito e aclamado sucessor do bispo mártir, Fotino. Nesse cargo ele permaneceu vinte e cinco anos. Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.

A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as heresias", onde trata da falsa gnose, e depois, de todas as outras heresias da época. O texto grego foi perdido, mas existem as traduções latina, armênia e siríaca.

Importante não só do lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de então.

Mais tarde, um outro tratado, chamado "Demonstração da pregação apostólica", foi encontrado inteiro, numa tradução armênia. Além de vários fragmentos de outras obras, cartas, discursos e pequenos tratados.

Irineu morreu como mártir no dia 28 de junho de 202, em Lyon, e sua festa litúrgica ocorre nesta data. As relíquias de santo Irineu estão sepultadas, junto com os mártires da Igreja de Lyon, na catedral desta cidade. 


Santo Irineu de Lyon, rogai por nós!



São Pedro e São Paulo
 
A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.

A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre. 


São Pedro e São Paulo, rogai por nós!


Santa Vicência Gerosa

Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que freqüentava todos os dias.

Os anos seguintes à invasão napoleônica da Itália mudaram sua vida. A crise econômica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência.

Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas atividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas.

 Foi lá que, em 1824, conheceu Bartolomeia Capitanio. Era uma jovem professora de dezessete anos, nascida também numa família humilde, em Lovere. Desde menina, pensava em dedicar-se a praticar a caridade aos pobres e aos doentes. Por isso se diplomou professora no colégio das clarissas de sua cidade natal.

Conheceram-se por meio do pároco, porque ele queria que Gerosa criasse alguns grupos de orações para jovens. Ele sabia que Bartolomeia havia criado uma escola para instruir e dar formação religiosa às meninas pobres e abandonadas. Lá, Gerosa daria orientação nas práticas das atividades domésticas. A escola tornou-se um centro de encontro para jovens e muitos grupos de orações também foram criados.

Estavam tão empenhadas em auxiliar os pobres e enfermos que foram chamadas para ajudar no hospital de Lovere. Na oportunidade, tiveram a  inspiração de dar vida a uma comunidade religiosa feminina do tipo das irmãs de caridade vicentinas. A situação política, entretanto, era desfavorável, não permitia essa interdependência.

Com muita dificuldade, junto com a companheira, Gerosa fundou, em 1827, um novo instituto religioso regular, para dar assistência aos doentes, instrução gratuita às meninas abandonadas, fundar orfanatos e dar assistência à juventude. Foi chamado de Instituto das Irmãs de Maria  Menina, com sede em Lovere e com as regras escritas por Bartolomeia. Para evitar objeções de caráter político, o instituto foi fundado autônomo. E assim independente ele permaneceu, cresceu e se difundiu nos anos subseqüentes.

Mas, em 1833, Bartolomeia morreu, com apenas vinte e seis anos de idade. Gerosa continuou sozinha, recebendo, mais uma vez, o apoio e o estímulo de seu orientador espiritual. O instituto estabeleceu-se e recebeu aprovação canônica em 1840. Catarina Gerosa emitiu os votos, vestiu o hábito e tomou o nome de Vicência, sendo eleita madre superiora.

Morreu depois de uma longa doença, em 28 de junho de 1847, e foi sepultada ao lado da co-fundadora, no santuário da Casa-mãe, em Lovere. Atualmente, o Instituto das Irmãs da Caridade das Santas Bartolomeia Capitanio e Vicência Gerosa, ou Irmãs de Maria Menina, atua em toda a Europa, África, Ásia e nas Américas. Santa Vicência Gerosa é celebrada no dia de sua morte e foi canonizada pelo papa Pio XII em 1950.


Santa Vicência Gerosa, rogai por nós!


sábado, 27 de junho de 2020

Ladainha de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser
propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante. E, desde 1499, foi honrada na Igreja de São Mateus in Merulana.

Em 1812, o velho Santuário foi demolido. O quadro foi colocado, então, num oratório dos padres agostinianos. Em 1866, os redentoristas obtiveram de Pio IX o quadro da imagem milagrosa. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocada na Igreja de Santo Afonso, em Roma. De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!

Ladainha de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 

Ó Mãe do Perpétuo Socorro, graças a este vosso nome, o meu coração transborda de confiança em Vós. Eis-me aos vossos pés, venho expor-Vos todas as necessidades da minha vida e morte; venho chamar sobre todas estas misérias o vosso maternal socorro; dignai-Vos escutar-me lá do Céu, e dai-me favorável acolhida, ó minha Mãe!

Em todas as minhas dificuldades e penas, vinde em meu socorro, ó caridosa Mãe!
No momento perigoso da tentação,
Quando tiver a desgraça de cair no pecado, para que me levanteis,
Se algum laço funesto me encadeia ao serviço do demônio, para que eu possa rompê-lo,
Se vivo na tibieza, para que Jesus Cristo não me vomite da sua boca,
Quando for negligente em recorrer a Vós, para que logo Vos invoque,
Para receber dignamente os Sacramentos,
Em todos os exercícios dum cristão fervoroso, e sobretudo na oração e meditação,
Para que eu conserve ou recobre a castidade,

Para que adquira a humildade,
Para que alcance amar a Deus de todo o meu coração,
Para que, pelo amor para com Deus, me conforme em tudo com a sua santa vontade,
Para que cumpra fielmente os deveres do meu estado,
Quando a enfermidade afligir meu corpo e abater minha alma,
Quando a angústia e a tristeza se apoderarem de mim,
Se Deus me sujeita ao tormento das penas interiores,
Se a Providência me prova pela pobreza ou revezes da fortuna,
Se encontro na minha própria família motivo de dor,
Quando for humilhado, contrariado, maltratado,

Para que obtenha a conservação e conforto dos que me são caros,
Para que alcance a libertação das almas do Purgatório,
Para que coopere na salvação dos pecadores,
Para que obtenha a graça da perseverança final,
Quando me vier a última enfermidade,
No meu último suspiro,
Quando aparecer ante o vosso Filho que há de ser o meu Juiz,
Quando estiver no Purgatório,

Em todo tempo e lugar,
Para que Vos venere, ame e invoque sempre,
Para que Vos faça amar e venerar por muitos cristãos,
Louvada, amada, invocada, bendita eternamente sejais, ó Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, minha esperança, meu amor, minha Mãe, minha felicidade e vida minha. 
Assim seja.

Arautos



Detalhes simbólicos do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Dia 27 de junho nossa Igreja celebra o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro.

Pensando nisso, achamos interessante divulgar um artigo do site Gaudium Press e Aleteia que explicará o significado do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

A Mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Aparentemente é um simples quadro de mais uma das inúmeras devoções à Santa Mãe de Deus, mas se nos determos em seus detalhes, veremos que a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é cheia de simbolismos e significados

Medindo 53 por 41,5 centímetros o ícone foi produzido no estilo bizantino em madeira sobre um fundo dourado. Na época em que a obra foi executada, durante o Império Romano, os artistas utilizavam o ouro ou simplesmente sua cor para retratar apenas as grandes personalidades.

Segundo a tradição o quadro foi pintado por um artista até hoje desconhecido que, por sua vez, inspirou-se em uma pintura atribuída a São Lucas. O ícone é rico em detalhes e a cada um deles é atribuído um significado, uma simbologia, uma mensagem.

Eis alguns desses detalhes:
1. Abreviação grega de “Mãe de Deus”.
2. O quadro original foi coroado em 1867. O quadro original foi coroado em 1867 em agradecimento dos muitos milagres feitos por Nossa Senhora em seu título preferido “Perpétuo Socorro”.
3. Estrela no véu de Maria, a Estrela que nos guia no mar da vida até o porto da salvação.
4. Abreviatura de “Arcanjo São Miguel” .
5. O Arcanjo São Miguel apresenta a lança com que foi perfurado o lado de Cristo, a vara com a esponja embebida em vinagre oferecida a Cristo na Cruz para que bebesse, e o cálice da amargura.
6. A boca de Nossa Senhora guarda silêncio - A boca de Maria é pequenina, para guardar silêncio, e evitar as palavras inúteis.
7. A túnica é vermelha, cor da realeza e do martírio. -  Túnica vermelha, distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora.
8. O Menino Jesus segura as mãos de Maria, que permanecem abertas como convite a colocarmos ali as nossas próprias mãos, unindo-nos a Jesus; e os dedos de Nossa Senhora apontam para o Filho, mostrando que Ele é o Caminho. As mãos de Jesus apoiadas na mão de Maria, significando que por elas nos vêm todas as graças.
9. Abreviatura de “Arcanjo São Gabriel”.
10. Maria olha diretamente para nós.  Os olhos de Maria, grandes, voltados sempre para nós, a fim de ver todas as nossas necessidades.
11. São Gabriel com a Cruz e os pregos,  instrumentos da morte de Jesus.
12. Abreviatura de Jesus Cristo em grego.
13. Jesus veste roupas da realeza. O halo ornado com uma cruz proclama que Ele é o Cristo.
14. A mão esquerda de Maria sustenta Jesus: a mão do consolo que ela estende a todos os que a procuram nas lutas da vida.
15. A sandália desatada simboliza a humildade de Nosso Senhor Jesus Cristo e a esperança de um pecador que, agarrando-se a Jesus, vai em busca da Sua misericórdia. O Menino levanta o pé para não deixar a sandália cair, visando assim salvar o pecador.
16. O manto azul com forro verde sobre a túnica vermelha também apresenta cores da realeza. Manto azul, emblema das mães naquela época. Maria é a Virgem – Mãe de Deus. Somente a imperatriz podia usar essas combinações de cores na tradição bizantina. O azul, além disso, era ainda o emblema das mães.

17. Por fim, todo o fundo dourado destaca a importância de Maria: é símbolo de poder e nobreza, bem como da glória do Paraíso para onde iremos, levados pelo Perpétuo Socorro da Santíssima Mãe de Deus e Mãe nossa.



Assista também: A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

O fundo do quadro é de ouro, dele esplendem reflexos cambiantes, matizando as roupas e simbolizando a glória do paraíso para onde iremos, levados pelo perpétuo socorro de Maria.

Assustado pela aparição dos dois anjos, mostrando-lhe os instrumentos de sua morte, Jesus corre para os braços de sua Mãe, e com tanta pressa que desamarrou-se o cordão da sandália… Nossa Senhora abriga-o com ternura e o Menino Jesus sente-se seguro nos braços de sua Mãe. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao menino, mas a nós – apelando para os homens evitarem o pecado, causa do susto e da morte de Jesus. As mãos de Jesus estão na mão de Maria para lembrar que Ela é a Medianeira de todas as graças.

Por Emílio Portugal Coutinho
Fontes: Gaudium Press
Aleteia
Transcrito por Blog Catolicismo


Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Hoje, 27 de junho, é uma das festas mais antigas e belas de Nossa Senhora“Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro”. Jesus é o Perpétuo Socorro. E esta festa é celebrada no mesmo dia do grande S. Cirilo de Alexandria (330-442), bispo e doutor da Igreja, que presidiu o importantíssimo Concílio de Éfeso que no ano de 431 proclamou solenemente Nossa Senhora como Mãe de Deus (Theotókos), diante da heresia de Nestório, patriarca de Constantinopla, que negava esta verdade.

A devoção à Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro é uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro. Esta novena começou em 11 de julho de 1922 nos EUA.

O famoso e conhecido quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi pintado em estilo bizantino e representa Nossa Senhora, Mãe de Deus, a Senhora das Dores, que socorre seu Filho ainda Menino assustado diante da visão de S. Miguel com o vaso de vinagre à esquerda e S. Gabriel com a Cruz à direita. A Criança divina assustada diante desses instrumentos de sua Paixão se refugia nos braços de sua Mãe, agarra em suas mãos e deixa cair a sandália do pé direito. A Mãe a acolhe e a prepara para um dia viver a Paixão redentora da humanidade.

Leia também: 27/06 – Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora sofreu as nossas dores

Nossa Senhora tem o semblante coberto de tristeza e resignação e traz na cabeça a coroa de Rainha.

O quadro tem origem desconhecida; segundo um antiga tradição teria sido pintado por S. Lucas, o que não é garantido. Mas com certeza se sabe que desde 1499 é venerado em Roma. Em 1866, o Papa Pio IX o entregou aos Padres Redentoristas para que divulgassem essa devoção, o que eles fazem ainda hoje. Ela é a Patrona dos Redentoristas. Atualmente o quadro original se encontra na igreja de S. Afonso de Ligório em Roma.

Maria é a Senhora que nos apresenta Jesus, o Perpétuo Socorro da humanidade. Cada cristão precisa te-la como mãe. Aos pés da Cruz Jesus a entregou ao discípulo amado João, que representa toda a humanidade, cada um de nós, amados de Jesus. “Mãe, eis ai o teu filho; filho, eis ai a tua Mãe”. E o evangelista S. João diz que “ele a levou para a sua casa” (Jo 19, 25s).

Assista também: A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

S. João levou Nossa Senhora para morar com ele naquela casinha no alto das montanhas de Éfeso que existe ainda hoje, na Turquia. Eu já tive a oportunidade de estar ali em peregrinação. Éfeso era a capital da Província Romana da Ásia; ali havia cerca de 300 mil pessoas no tempo em que Nossa Senhora viveu com S. João.

Cada um de nós precisa também “levar Maria para sua casa” como Mãe,  como Jesus mandou. Se Jesus no-la deu aos pés da Cruz, com lábios de  sangue, é porque nós precisamos dela para nos ajudar na difícil caminhada da vida em busca da nossa salvação. Desprezar Nossa Senhora como mãe, seria, então, uma ofensa muito grave a Jesus; seria desprezar a última dádiva que Ele nos deixou antes de morrer por nós.

Por:  Prof. Felipe Aquino

Santo do dia - 27 de junho

São Cirilo de Alexandria

Cirilo nasceu no ano de 370, no Egito. Era sobrinho de Teófilo, bispo de Alexandria, e substituiu o tio na importante diocese do Oriente de 412 até 444, quando faleceu aos setenta e quatro anos de idade.

Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade próprias do pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo.

Mas sua grande obra foi mesmo a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus, da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos, esse papa se fez representar por Cirilo.

O mais importante deles talvez tenha sido o Concilio de Éfeso, em 431, no qual se concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.

Logo em seguida, todos eles, ainda liderados por Nestório, que continuaram pregando a tal heresia, foram excomungados. Contudo as idéias "nestorianas" ainda tiveram seguidores, até pouco tempo atrás, no  Oriente. Somente nos tempos modernos elas deixaram de existir e todos acabaram voltando para o seio da Igreja Católica e para os braços de sua eterna rainha: Maria, a Santíssima Mãe de Deus.

Cultuado na mesma data por toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, são Cirilo de Alexandria, célebre Padre da Igreja, bispo e confessor, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua morte, durante o pontificado do papa Leão XIII. 


 São Cirilo de Alexandria, rogai por nós!

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Oração Consagratória ao Sagrado Coração de Jesus

Eis o Coração que tanto amou os homens, de Jesus  

 


 Oração de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus

Coração Sagrado de meu amado Jesus: eu, ainda que vilíssima criatura, vos dou e consagro minha pessoa, vida e ações, penas e padecimentos, confiando que nenhuma parte de meu ser me sirva se não é para amar-vos, honrar-vos e glorificar-vos.


Esta é minha vontade irrevogável: Ser todo vosso e fazer tudo por vosso amor, renunciando de todo o meu coração a quanto possa desagradar-vos. 

Vos tomo, pois, oh! Coração Divino, pelo único objeto de meu amor, protetor de minha vida, prenda de minha salvação, remédio de minha inconstância, reparador de todas as culpas de minha vida; e asilo seguro na hora de minha morte. Sede, pois, oh! Coração bondoso, minha justificação para com Deus Pai, e afastai de mim os raios de sua justa cólera.


Oh! Coração amoroso, ponho toda a minha confiança em Vós, pois ainda que temo tudo de minha fraqueza, sem dúvida, tudo o espero de vossa misericórdia; Consumi em mim tudo o que vos desagrada e resiste, e fazei que vosso puro amor se imprima tão intimamente em meu coração, que jamais chegue a esquecer-vos nem a estar separado de Vós. 


Vos suplico, por vossa mesma bondade, escrevais meu nome em Vós mesmo, pois quero ter cifrada toda minha sorte em viver e morrer como vosso escravo. Amém.


Santo do dia - 26 de junho

São João e São Paulo


João e Paulo eram nobres, de família enraizada no poder do Império Romano e viveram no século IV. Possuíam uma casa no Monte Célio, dentro da cidade de Roma, tudo indicando que essa seria a cidade de suas origens.

Ambos ocupavam cargos importantes no governo de Constâncio, filho do imperador Constantino. Como bons cristãos, usavam a fortuna e a influência que possuíam para beneficiar os pobres da cidade. Por esse motivo tornaram-se conhecidos dos marginalizados, abandonados e desvalidos.

Tal fama, no entanto, acabou por prejudicá-los, pois, quando assumiu o imperador Juliano, apóstata convicto e ferrenho, os dois tiveram de abandonar a vida pública por pressão do monarca. Mas o que o imperador queria mesmo é que João e Paulo, abandonassem a fé cristã e adorassem os deuses romanos. Afinal, dois cristãos tão populares como eles certamente eram exemplos a serem seguidos pelos habitantes em geral.

Juliano fez tudo o que pôde para conseguir seu intento, só não esperava encontrar tanta coragem e perseverança. O imperador tentou atraí-los novamente para altos postos da corte, mas os irmãos recusaram. Diante das investidas de Juliano, venderam todas as propriedades que tinham e  repartiram o dinheiro com os pobres. O fato causou a ira de Juliano e eles acabaram sendo presos e processados.

Todavia o imperador deu-lhes mais uma semana para que renunciassem à fé. Quando o prazo venceu, deu mais dez dias e de nada adiantou. Tentou obrigá-los a adorar uma estátua de Júpiter, o que somente possibilitou que fizessem um eloqüente discurso a favor do seguimento de Jesus. Como não se dobraram de maneira alguma, foram, finalmente, decapitados.

Segundo consta nos registros da Igreja, João e Paulo foram secretamente sepultados na casa do Monte Célio, na noite do dia 26 de junho de 362. Eles foram os primeiros mártires da perseguição decretada por Juliano, o Apóstata. Esses dados tão precisos estavam pintados nas paredes das ruínas da residência quando, anos mais tarde, as relíquias dos dois mártires foram localizadas, durante o governo do papa Dâmaso.

Esse pontífice mandou erguer uma igreja no local, dedicada a são João e a são Paulo, que foram mais do que irmãos de sangue. Foram também irmãos de alma e de fé no testemunho de Cristo. Mais tarde, o papa Leão Magno levantou em honra dos dois uma basílica e, no Vaticano, um mosteiro. 


São João e São Paulo, rogai por nós!


São José Maria Robles Hurtado

A condição da Igreja no México foi muito difícil desde que entrou em vigor, em 5 de fevereiro de 1917, a nova Constituição anticlerical e anti-religiosa, depois do longo período de ditadura que a antecedeu.

O clero católico foi objeto de perseguições, ora mais ora menos intensas, com muitos religiosos, leigos e sacerdotes sendo brutalmente assassinados, exclusivamente por serem cristãos. Diga-se, mesmo, que não existia processo, o julgamento era instantâneo e a sentença sumária.

Dentre esses mártires encontramos padre José Maria Robles Hurtado. Ele nasceu em Mascota, Jalisco, na diocese de Tepic, no dia 3 de maio de 1888. Foi pároco de Tecolotlán, em Jalisco, onde difundia a fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tamanho era seu entusiasmo que escrevia pequenas orações e poesias, que distribuía entre os fiéis para enriquecer ainda mais o culto e louvar o Senhor.

Amado e querido pelo seu rebanho, constituído de camponeses pobres e  muito carentes. Para melhor atendê-los, fundou a Congregação das "Irmãs do Coração de Jesus Sacramentado".

Porém, no mês consagrado ao culto do Sagrado Coração de Jesus, em junho de 1927, a horrenda perseguição atingiu a sua paróquia em Tecolotlán, e ele foi levado e encarcerado.

Alguns dias, ou horas antes de ser morto, padre José Maria escreveu uma poesia, na qual expressou seus últimos desejos: "Desejo amar o teu  Coração, Jesus meu, com participação total, desejo amá-lo com paixão, desejo amá-lo até o martírio. Com minh'alma te bendigo, meu Sagrado Coração; diga-me: aproxima-se o instante da feliz e eterna união?"

No dia 26 de junho de 1927, o padre José Maria, exatamente pelo grande amor à Cristo, foi amarrado numa árvore, na serra da Quila, em Jalisco, diocese de Autlan, e mantido assim até morrer. Dessa maneira, seguiu para a feliz e eterna união no Sagrado Coração de Jesus, coroado com seu martírio final.

O grupo de vinte e cinco mártires mexicanos no qual estava incluso foi beatificado, em 1992, pelo papa João Paulo II. Mais tarde, o mesmo pontífice, no ano de 2000, canonizou todos eles. A festa de são José Maria Robles Hurtado foi designada para o dia 26 de junho. 


 São José Maria Robles Hurtado, rogai por nós!


São Josemaria Escrivá de Balaguer

Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro, Huesca, na Espanha, no dia 9 de janeiro de 1902. Os pais, José e Dolores, tiveram seis filhos, sendo que as três meninas mais novas morreram ainda criança. O casal deu aos filhos uma profunda educação cristã.

Em 1915, a indústria de tecido do pai faliu e a família mudou-se para Logronho, onde havia mais trabalho. Nessa cidade, Josemaría reconheceu sua vocação religiosa. Intuiu que Deus desejava algo dele, depois de observar na neve algumas pegadas dos pés descalços de um frade. Em vez de ficar tentando descobrir o que ele lhe pedia, decidiu primeiro tornar-se sacerdote. Ingressou no seminário de Saragoça, onde também cursou direito como aluno voluntário. Seu pai morreu em 1924, e ele se viu como chefe de família. No ano seguinte, recebeu a ordenação sacerdotal e foi exercer o seu ministério numa paróquia rural e, depois, em Saragoça também.

Com autorização do seu bispo, em 1927 foi para Madri, com o objetivo de formar-se em direito. Um ano depois, durante um retiro espiritual, pediu a Deus para mostrar-lhe com clareza o que precisava ser feito e, assim, funda a Opus Dei, um caminho moderno de evangelização para a Igreja. Desde então, trabalhava na instituição, ao mesmo tempo que continuava exercendo o seu ministério, especialmente entre os pobres e doentes. Além disso, estudava na Universidade de Madrid e dava aulas para manter a família.

A missão da Opus Dei é a de promover entre os fiéis cristãos de qualquer condição social uma vida plenamente coerente com a fé no meio do mundo e contribuir, assim, para a evangelização de todos os ambientes da sociedade. Ou seja, difundir a mensagem de que todos os batizados estão chamados a procurar a santidade e a dar a conhecer o Evangelho, tal como recordou o Concílio Vaticano II.

Quando rebentou a Guerra Civil espanhola, e com ela a perseguição religiosa, ele exercitou o ministério na clandestinidade, até conseguir sair de Madri e fixar residência em Burgos. Acabada a guerra, em 1939, regressou a Madri e obteve o doutorado em direito. Nos anos que se seguiram, dirigiu numerosos retiros para leigos, sacerdotes e religiosos.

Em 1946, fixou residência em Roma, fazendo o doutorado em teologia pela Universidade Lateranense. É nomeado consultor de duas congregações da Cúria Romana, membro honorário da Academia Pontifícia de Teologia e prelado honorário do papa. De Roma desloca-se, em numerosas ocasiões, a diversos países da Europa, América Central e do Sul, a fim de impulsionar o estabelecimento e a consolidação da Opus Dei nessas regiões.

Josemaría morreu em conseqüência de uma parada cardíaca, no dia 26 de junho de 1975, em seu quarto de trabalho e aos pés de um quadro de Nossa Senhora, a quem lançou o seu último olhar. Todavia a Opus Dei já estava presente nos cinco continentes, contando com mais de sessenta mil membros de oitenta nacionalidades.

Foi Beatificado no dia 17 de maio de 1992 e foi canonizado em 6 de outubro de 2002 pelo papa João Paulo II na praça de São Pedro em Roma. A festa litúrgica de São Josemaría Escrivá de Balaguer é celebrada no dia 26 de junho. O seu corpo repousa na igreja prelatícia de Santa Maria da Paz, em Roma. 


São Josemaria Escrivá de Balaguer, rogai por nós!


São Sigismundo (Zygmunt) Gorazdowski
 Sigismundo Gorazdowski nasceu em 1o de novembro de 1845, em Sanok, Polônia, numa família muito religiosa, tendo saúde frágil desde a infância.

Após concluir o segundo grau, entrou na faculdade de direito da Universidade de Lwow. No segundo ano de faculdade, descobriu a vocação para o sacerdócio, interrompeu o curso de direito e entrou para o Seminário Maior em Lwow. A sua ordenação sacerdotal foi suspensa por causa do seu grave estado de saúde. Os seus amigos escreveram em suas memórias: "A não admissão à ordenação sacerdotal foi para Sigismundo um golpe muito doloroso, sofreu moral e fisicamente, mas não perdeu a confiança no Senhor Deus". Dois anos depois, o seu estado de saúde melhorou tanto que pôde receber o sacramento da Ordem na catedral de Lwow, no dia 25 de julho de 1871. Seu lema: "Ser tudo para todos, para salvar pelo menos um".

Seu trabalho pastoral foi reconhecido pelo carisma excepcional de unir o trabalho sacerdotal com o trabalho caritativo. Descobrindo a grande pobreza espiritual de seus fiéis e várias dificuldades no anúncio da mensagem evangélica, elaborou e editou "Catecismo", que teve a tiragem de mais de cinqüenta mil exemplares.

Para os jovens, preparou e editou "Conselhos e admoestações". Valorizando muito os sacramentos, especialmente o da eucaristia, iniciou  na arquidiocese de Lwow a prática da primeira comunhão comunitária para as crianças. Foi também o grande propagador de lembranças da primeira comunhão e do sacramento da crisma. Padre Sigismundo nunca excluiu ninguém de sua ação de caridade, dedicando-se, especialmente, aos marginalizados pela sociedade e aos doentes vítimas de cólera.

Em 1877, padre Sigismundo iniciou suas atividades sacerdotais e beneficentes em Lwow, e como vigário assumiu o trabalho de catequista em várias escolas, continuando, sempre, o seu trabalho de editor e redator. Preparou e editou "Princípios e normas de boa educação" para os pais e educadores. Publicou, também, muitos artigos, principalmente pastorais, sociais e pedagógicos. Criou a "Sociedade Bom Pastor", para auxiliar os sacerdotes, e fundou a Casa de Trabalho Benévolo, para os mendigos. Como consta nos relatórios dessa Casa, "muitos pobres abandonaram a mendicância e, recuperando a sua dignidade, voltaram à  vida decente".

O abrigo para incuráveis e convalescentes foi uma obra de misericórdia cristã em resposta às necessidades de pessoas sofredoras e doentes, vítimas de uma lei do governo que obrigava os enfermos a abandonarem o hospital após seis semanas de internação, independentemente do estado de saúde. Escreveram na época: "Quando ninguém soube acolher os infelizes e doentes desenganados... ele pensou em construir um abrigo aos infelizes".

Não se pode esquecer do "Instituto Menino Jesus" para as mães solteiras e as crianças abandonadas. Atuou, ainda, na Sociedade de Santa Salomé, auxiliando as viúvas pobres com seus filhos, e também na Sociedade das Costureiras Pobres. Foi co-fundador da Associação das Sociedades Beneficentes na Galícia, que coordenava e dirigia todas as obras cristãs de misericórdia.

A fundação da escola e publicação do jornal enfrentaram grande oposição dos inimigos da Igreja, o que proporcionou muitas aflições, sofrimentos, incompreensões e humilhações ao padre Sigismundo, praticamente até a sua morte.
Em 17 de fevereiro de 1884, fundou a Congregação das Irmãs de São José - Irmãs Josefinas para dirigir as suas obras beneficentes. A Congregação das Irmãs de São José, fiel ao carisma de seu fundador, dirige institutos educacionais, engaja-se no trabalho catequético, serve aos doentes, sofredores e vítimas de todo tipo de pobreza. A congregação atua na Polônia, Alemanha, França, Itália, Ucrânia e nas missões da África e da América do Sul.

Sigismundo Gorazdowski morreu no dia 1o de janeiro de 1920, em Lwow. Na época, dizia-se que ele era "o olho do cego, a perna do coxo e o pai dos pobres". Seu processo de beatificação foi iniciado em 1989. No dia 26 de junho de 2001, o santo padre João Paulo II beatificou esse apóstolo da misericórdia divina, cuja memória é celebrada no dia 26 de junho. No dia 23 de outubro de 2005, foi declarado santo pelo papa Bento XVI. 


São Sigismundo Gorazdowski, rogai por nós!

São Vigílio
 

 Vigílio nasceu em Roma e vivia com a família na belíssima região montanhosa trentina. Ele foi consagrado bispo de Trento por Ambrósio, que era bispo de Milão e tinha autoridade por todo o norte da Itália.

Quando de sua consagração, o papa era Sirício, um enérgico defensor do primado romano por toda a comunidade cristã. Vigílio já havia declarado em diversas correspondências que "o apóstolo Pedro em pessoa sobrevive no bispo de Roma". Mas mesmo assim o papa permitia que Ambrósio tivesse total autonomia de poder pelo norte da Itália, pois ali a estrutura cristã não estava muito bem consolidada. Ambrósio era o terceiro bispo de Trento e parte importante desse território ainda não estava evangelizada.

Vigílio engajou-se de corpo e alma, sob tutela de Ambrósio, a combater e  erradicar o paganismo de sua região. Para auxiliá-lo, recebeu mais três sacerdotes missionários, Sisínio, Martiro e Alessandro, todos vindos do Oriente. Assim, os trabalhos avançavam, pois percorriam todas as localidades pregando e catequizando a população.

Ele se tornou respeitado pelo seu estilo humilde e servil, pelo caráter reto e justo, e por sua amizade e caridade sem distinção. Dessa forma, Vigílio conseguiu a conversão de muitas aldeias e cidades pagãs, fazendo, por outro lado, muitos inimigos também.

Depois de dez anos de trabalho missionário, uma tragédia ocorreu. Uma discórdia em Sanzeno, entre os seguidores dos antigos cultos pagãos e um cristão que se negava a venerar Saturno, acabou colocando parte da população contra os três missionários, auxiliares de Vigílio. Eles foram mortos e queimados.

Mesmo diante dessa fatalidade, Vigílio não mudou seu comportamento. Humildemente, perdoou as pessoas que cometeram tais atrocidades e recolheu as relíquias dos mártires missionários, enviando-as para Constantinopla e Milão. O seu lema sempre fora "vencer sucumbindo", por isso não esmoreceu, aplicando-o durante toda a sua vida sacerdotal.

O bispo Vigílio morreu no dia 26 de junho de 405. Segundo uma antiga tradição sobre seu martírio, ele teria sucumbido após ter recebido alguns coices de cavalo, no Vale Rendena. Como não foi socorrido, agonizou até a morte.


Suas relíquias mortais estão sob a guarda da catedral da diocese de Trento, onde são veneradas no dia do seu trânsito.


São Vigílio, rogai por nós!