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domingo, 30 de abril de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho  Cotidiano

4º Domingo da Páscoa

Anúncio do Evangelho (Jo 10,1-10)

Aleluia! Aleluia! Aleluia!

— Eu sou o bom pastor, diz o Senhor; eu conheço minhas ovelhas e elas me conhecem a mim. (Jo 10,14)

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus: 1“Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. 

6Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO
 
 «Eu sou a porta das ovelhas»

Hoje no Evangelho, Jesus utiliza duas imagens referentes a si mesmo: Ele é o pastor. E Ele é a porta. Jesus é o bom pastor que conhece as ovelhas. «Ele chama cada uma pelo nome» (Jo 10,3). Para Jesus, não somos um número; tem um contacto pessoal com cada um de nós. O Evangelho não é só uma doutrina: é a adesão pessoal de Jesus conosco.

E, não só nos conhece pessoalmente. Também pessoalmente ama-nos. “Conhecer”, no Evangelho de são João, não significa simplesmente um ato do entendimento, senão um ato de adesão à pessoa conhecida. Jesus leva-nos a cada um no seu coração. Nós também lhe devemos conhecer assim. Conhecer Jesus não implica só um ato de fé, senão também de caridade, de amor. «Examinai-vos se conheceis —diz-nos são Gregório Magno, comentando este texto— se lhe conheceis não pelo fato de crer, senão pelo amor». E o amor mostra-se com as obras.

Jesus é também a porta. A única porta. «Quem entrar por mim será salvo» (Jo 10,9). E mais adiante realça: «Ninguém vai ao Pai senão por mim» (Jo 14,6). Hoje um ecumenismo mal entendido faz que alguns pensem que Jesus é um de tantos salvadores: Jesus, Buda, Confúcio..., Maomé, que mais dá! Não! Quem se salva se salvará por Jesus Cristo, ainda que nesta vida não o saiba. Quem luta por fazer o bem, o saiba ou não, vai por Jesus. Nós, pelo dom da fé, sim que o sabemos. Agradecemos-lhe. Esforçemo-nos por atravessar esta porta, que se bem é estreita, Ele nos a abrirá de par em par. E demos testemunho de que toda a nossa esperança está posta Nele. -  P. Pere SUÑER i Puig SJ (Barcelona, Espanha)


Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Entra pela porta aquele que entra por Cristo, aquele que imita a paixão de Cristo, aquele que conhece a humildade de Cristo, que sendo Deus se fez homem por nós» (Santo Agostinho)

  • «Jesus Cristo promete conduzir as ovelhas aos “pastos”, às fontes da vida. Mas qual é o alimento do homem? Ele vive da verdade e de ser amado pela Verdade. Ele precisa de Deus, do Deus que se aproxima dele e lhe mostra o caminho da vida» (Bento XVI)

  • «Assim a Igreja é o redil, cuja única e necessária porta é Cristo (Jn 10,1-10). E também o rebanho, do qual o próprio Deus predisse que seria o pastor (cf. Is 40,11) e cujas ovelhas, ainda que governadas por pastores humanos, são contudo guiadas e alimentadas sem cessar pelo próprio Cristo, bom Pastor e Príncipe dos pastores, o qual deu a vida pelas suas ovelhas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 754)


30 de abril - Santo do Dia

São José Benedito Cotolengo

Sacerdote dos desprotegidos

José Benedito Cotolengo nasceu em Brá, na província de Cuneo, no norte da Itália, no dia 3 de maio de 1786. Foi o mais velho dos doze filhos de uma família cristã muito piedosa. Ele tinha apenas cinco anos quando sua mãe o viu medindo os quartos da casa com uma vara, para saber quantos doentes pobres caberiam neles. Dizia que, quando crescesse, queria encher sua casa com esses necessitados, fazendo dela "seu hospital". O episódio foi um gesto profético. Na cidade de Brá, ainda se conserva tal casa.

Com dezessete anos, ingressou no seminário e, aos vinte e cinco, se ordenou sacerdote na diocese de Turim. Seu ministério foi marcado por uma profunda compaixão pelos mais desprotegidos, esperando sempre a hora oportuna para concretizar os ideais de sua vocação.

Em 1837, padre José Benedito foi chamado para ministrar os sacramentos a uma mulher grávida, vítima de doença fatal. Ela estava morrendo e, mesmo assim, os hospitais não a internaram, alegando que não havia leitos disponíveis para os pobres. Ele nada pôde fazer. Entretanto, depois de ela ter morrido e ele ter confortado os familiares, o padre se retirou para rezar. Ao terminar as orações, mandou tocar os sinos e avisou a todos os fiéis que era chegada a hora de "ajudar a Providência Divina".

Alugou uma casa e conseguiu colocar nela leitos e remédios, onde passou a abrigar os doentes marginalizados, trabalhando, ele mesmo, como enfermeiro e buscando recursos para mantê-la, mas sem abandonar as funções de pároco. Era tão dedicado aos seus fiéis a ponto de rezar uma missa às três horas da madrugada para que os camponeses pudessem ir para seus campos de trabalho com a Palavra do Senhor cravada em seus corações.

Os políticos da cidade, incomodados com sua atuação, conseguiram fechar a casa. Mas ele não desistiu. Fundou a Congregação religiosa da Pequena Casa da Divina Providência e as Damas da Caridade ou Cotolenguinas, com a finalidade de servir os pequeninos, os deficientes e os doentes. Os fundos deveriam vir apenas das doações e da ajuda das pessoas simples. Padre José Benedito Cotolengo tinha como lema "caridade e confiança": fazer todo o bem possível e confiar sempre em Deus. Comprou uma hospedaria abandonada na periferia da cidade e reabriu-a com o nome de "Pequena Casa da Divina Providência".

Diante do Santíssimo Sacramento, padre José Benedito e todos os leigos e religiosos, que se uniram a ele nessa experiência de Deus, buscavam forças para bem servir os doentes desamparados, pois, como ele mesmo dizia: "Se soubesses quem são os pobres, vós os servirias de joelhos!". Morreu de fadiga, no dia 30 de abril de 1842, com cinqüenta e seis anos.

A primeira casa passou a receber todos os tipos de renegados: portadores de doenças contagiosas, físicas e psíquicas, em estado terminal ou não. Ainda hoje abriga quase vinte mil pessoas, servidas por cerca de oitocentas irmãs religiosas e voluntárias. A congregação pode ser encontrada nos cinco continentes, e continua como a primeira: sem receber ajuda do Estado ou de qualquer outra instituição. O padre José Benedito Cotolengo foi canonizado por Pio XI em 1934, e sua festa litúrgica ocorre no dia 30 de abril.


São José Benedito Cotolengo, rogai por nós!
 

São Pio V
 

São Pio V, Papa devoto de Nossa Senhora, a Rainha das Batalhas

Antonio Miguel Ghislieri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de Alexandria, e, aos quatorze anos, já ingressara na congregação dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua carreira atravessou todas as etapas de maneira surpreendente. Foi professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566, tomando o nome de Pio V.

A melhor definição para o seu governo é a palavra incômodo, aliás, como é o governo de todos os grandes reformadores dos costumes. Assim que  assumiu, foi procurado, em Roma, por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a nenhum, afirmando, ainda, que um parente do papa, se não  estiver na miséria, "já está bastante rico". Dessa maneira, acabou com o nepotismo na Igreja, um mal que até hoje afeta as comunidades no âmbito político. Implantou, ainda, outras mudanças no campo pastoral, aprovadas no Concílio de Trento: a obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o incremento das missões e a censura das publicações, para que não contivessem material doutrinário não aprovado pela Igreja.

Depois de conseguir a união dos países católicos, com a conseqüente vitória sobre os turcos muçulmanos invasores, e de ter decretado a excomunhão e deposição da própria rainha da Inglaterra, Elisabeth I, o furacão se extinguiu. Papa Pio V morreu no dia primeiro de maio de 1572, sendo canonizado em 1712.

Sua memória, antes venerada em 5 de maio, a partir da reforma do calendário litúrgico, passou a ser festejada nesta data, 30 de abril. 

A minha oração
“Ao nosso papa pedimos a fortaleza contra as heresias, a força contra o demônio e a tentação com uma santa devoção à Virgem Maria, a Senhora e Rainha das Batalhas. Com ele, pedimos por nossos governantes que sejam fiéis a Deus e comprometidos com o povo, comprometidos com a verdade.  Amém”

São Pio V, rogai por nós!

 

 

sábado, 29 de abril de 2023

29 de abril - Santo do Dia

Santa Catarina de Sena

Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. Mesmo analfabeta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. Fica fácil imaginar a infância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. Mas, mesmo que não fosse assim tão debilitada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo.

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas  ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que  muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico.

Dois papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos, e conseguiu que o papa legítimo, Urbano VI, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o papado estava em Avignon e não em Roma, e a Cúria sofria influências francesas.

Outra dificuldade, intransponível para muitos, que enfrentou serenamente e com firmeza, foi a peste, que matou pelo menos um terço da população européia. Ela tanto lutou pelos doentes, tantos curou com as próprias mãos e orações, que converteu mais algumas centenas de pagãos. Suas atitudes não deixaram de causar perplexidade em seus contemporâneos. Estava à frente, muitos séculos, dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente.

Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas e editadas de alto valor histórico, místico e religioso, como o livro "Diálogo sobre a Divina Providência", lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. Foi declarada "doutora da Igreja" pelo papa Paulo VI em 1970. 

Oração oficial
“Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que, por causa de suas extraordinárias virtudes e pelo que conseguistes para a Igreja e a Sociedade, fostes aclamada e abençoada por todos, volte teu bondoso olhar para mim, que confiante na tua poderosa proteção pede, com todo o ardor da afeição e suplica a ti, que obtenha pelas tuas preces o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada).

Com a tua imensa caridade, recebestes de Deus os mais estupendos milagres e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós, que oramos a ti e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor.

Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade; e o seu nome será novamente exaltado e abençoado; e consiga para nós a graça suplicada, com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus, e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso em eterna alegria e felicidade. Amém.”

A minha oração
Santa Catarina de Sena, vós que fostes instrumento de Deus para a Igreja e o povo, sendo admirada e um exemplo de vida dedicada a Deus, dai-nos a graça de nos mantermos perseverantes na fé transmitida pela Igreja e a buscar uma maior intimidade diária com nosso Amado; a fim de que um dia possamos contemplar a face Divina. Amém.”

 
Santa Catarina de Sena, rogai por nós!


São Pedro de Verona


Pedro nasceu em Verona no ano de 1205. Seus pais eram hereges maniqueus, adeptos da doutrina religiosa herética do persa Mani, Manes ou Maniqueu, caracterizada pela concepção dualista do mundo, em que espírito e matéria representam, respectivamente, o bem e o mal.

Entretanto, o único colégio que havia no local era católico e lá o menino não só aprendeu as ciências da vida como os caminhos da alma. Pedro se converteu e se separou da família, indo para Bolonha para terminar os estudos. Ali acabava de ser fundada a Ordem dos Dominicanos, onde ele logo foi aceito, recebendo a missão de evangelizar. Foi o que fez, viajando por toda a Itália, espalhando suas palavras fortes e um discurso de fé que convertiam as massas. Todas as suas pregações eram acompanhadas de graças, que impressionavam toda comunidade por onde passava. E isso logo despertou a ira dos hereges.

Primeiro inventaram uma calúnia contra ele. Achando que aquilo era uma  prova de Deus, Pedro não tentou provar inocência. Aguardou que Jesus achasse a hora certa de revelar a verdade. Foi afastado da pregação por  um bom tempo, até que a mentira se desfez sozinha, e ele foi chamado de volta e aclamado pela comunidade.

Voltando às viagens evangelizadoras, seus inimigos o afrontaram de novo tentando provar que suas graças não passavam de um embuste. Um homem fingiu estar doente, e outro foi buscar Pedro. Este, percebendo logo o que se passava, rezou e pediu a Deus que, se o homem estivesse mesmo doente, ficasse curado. Mas, se a doença fosse falsa, então que ficasse doente de verdade. O maniqueu foi tomado por uma febre violentíssima, que só passou quando a armadilha foi confessada publicamente. Perdoado por Pedro, o homem se converteu na mesma hora. Pedro anunciou, ainda, não só o dia de sua morte, como as circunstâncias em que ela ocorreria. E, mesmo tendo esse conhecimento, não deixou de fazer a viagem que seria fatal.

No dia 29 de abril de 1252, indo da cidade de Como para Milão, foi morto  com uma machadada por um maniqueu que o emboscou. O nome do assassino era Carin, que, mais tarde, confessou o crime e, cheio de remorso, se internou como penitente no convento dominicano de Forli.

Imediatamente, o seu culto se difundiu em meio a comoção e espanto dos fiéis, que passaram a visitar o seu túmulo, onde as graças aconteciam em profusão. Apenas onze meses depois, o papa Inocente IV canonizou-o, fixando a festa de são Pedro de Verona para o dia de sua morte.


São Pedro de Verona, rogai  por nós!

sexta-feira, 28 de abril de 2023

28 de abril - Santo do Dia

 Santo Agapito I


 O bispo eleito para suceder o pontífice João II, na cidade de Roma, foi Agapito I, que se consagrou no dia 13 de maio de 535. O seu pontificado durou apenas onze meses e dezoito dias.

Nesse tão curto período do seu governo, o papa Agapito I elevou as finanças da Igreja; tomou decisões doutrinais importantes para a correta compreensão dos fundamentos do cristianismo e lutou com energia pela defesa da fé e dos bons costumes. Ele mandou queimar as bulas de Bonifácio II, condenatórias das doutrinas de Dióscoro, e negou aos hereges re-convertidos que conservassem seus cargos e benefícios, como pretendia o imperador Justiniano. Enfim, foi um papa zeloso e defensor da tradição católica.

Também proibiu que os bispos das Gálias, atuais França e Espanha, vendessem os bens de suas igrejas, até mesmo em caso de extrema necessidade. Excomungou Antimo, o patriarca de Constantinopla, que havia alcançado o patriarcado graças às intrigas da imperatriz Teodora, e  nomeou em seu lugar Mena, um bispo católico, homem de fé e saber. Como revelou o próprio papa Agapito I, numa carta a Pedro, bispo de Jerusalém; era a primeira vez, desde os tempos apostólicos, que uma Igreja Oriental recebia como patriarca um bispo consagrado pelo papa.

Fundou, em Roma, uma academia de Belas Letras e várias escolas para adultos e crianças pobres, e distinguiu-se por sua inesgotável caridade.

Por fim, o papa Agapito I viajou para Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, na qualidade de embaixador do rei, na esperança, logo tornada desilusão, de fazer cessar a desastrosa guerra greco-gótica  da Itália, estourada em 535. Porém quase foi condenado ao exílio pelo imperador Justiniano, decidindo voltar para Roma. Ocorreu, entretanto, que o papa Agapito I foi acometido por uma grave enfermidade, morrendo logo em seguida, no dia 22 de abril de 536. Seu funeral foi tal como nunca se vira em Constantinopla, tanto para um bispo quanto para um imperador. O corpo de santo Agapito I, papa e confessor, foi transladado para o Vaticano e enterrado no dia 17 de setembro do mesmo ano, no pátio da catedral de São Pedro, em Roma.

A santidade do papa Agapito I sempre foi muito lembrada pelos escritos de são Gregório Magno. Ele que é reverenciado pela Igreja no dia 28 de abril, como consta do Martirológio Romano.


Santo Agapito I, rogai por nós!


Santa Joana (Gianna) Baretta Molla
 
Na família italiana dos Baretta de Milão, os treze filhos foram reduzidos a oito pela epidemia da gripe espanhola e por duas mortes ocorridas na primeira infância. Desses oito, saíram uma pianista, dois engenheiros, quatro médicos e uma farmacêutica. Um dos engenheiros, José, depois se fez sacerdote, e dois médicos fizeram-se religiosos missionários: madre Virgínia e padre Alberto.

Gianna Baretta, para nós Joana, a penúltima dos oito, nasceu no dia 4 de outubro de 1922 na cidade de Magenta, onde cresceu e se formou médica cirurgiã, com especialização em pediatria, concluída 1952. Porém preferiu exercer clínica geral, atendendo especialmente os velhos abandonados e carentes. Para ela, tudo era dever, tudo era sagrado: "Quem toca o corpo de um paciente, toca o corpo de Cristo", dizia.

Em 1955, ela se casa com Pedro Molla. O casal vive na tradição religiosa  familiar: missa, oração e eucaristia, inserida com harmonia na Modernidade. Joana ama esquiar na neve, pintar e a música também. Ela freqüenta o teatro e os concertos com o marido, importante diretor industrial, sempre muito ocupado.

Residem em Magenta mesmo, onde Joana participa ativamente também da vida local da Associação Católica Feminina. Os retiros espirituais são momentos de forte interiorização e ela é a verdadeira colaboradora dessas novidades felizes da comunidade católica. Vive essa atribuição como sua missão de médica.

Nascem os filhos: Pedro Luiz , Maria Rita e Laura . No mês de setembro de 1961, no início da quarta gravidez, é hospitalizada e então é descoberto um fibroma no útero. Diante da gravidade, sempre mais evidente, do caso, a única perspectiva de sobreviver é renunciar à gravidez, para não deixar órfãos os três filhos. Mas Joana possui valores cristãos firmemente consolidados e coloca em primeiro lugar o direito à vida. E assim decide, com o preço da sua vida, ter o bebê.

Joana Emanuela nasce e sua mãe ainda a segura nos braços antes de morrer, no dia 28 de abril de 1962. Uma morte que é uma mensagem iluminada do amor em Cristo.

Após sua morte, o marido lê as anotações pessoais de Joana que antecediam os retiros espirituais, e descobre sua conexão indissolúvel com o amor, o sacrifício e a fé inabalável.

Ao proclamar santa Joana Baretta Molla, em 2004, o papa João Paulo II quis exaltar, juntamente com seu heroísmo final, a sua existência inteira, os ensinamentos de toda uma vida no seguimento de Jesus, exemplo para os casais modernos.

Joana Emanuela, a filha nascida do seu sacrifício, em pronunciamento nessa ocasião, disse: "Sinto em mim a força e a coragem de viver, sinto que a vida me sorri". Ela ainda disse que rende homenagem à mãe "dedicando a minha vida à cura e assistência aos anciãos".


Santa Joana, rogai por nós!

São Luís Maria Grignion de Montfort
Luís Maria Grignion nasceu em Montfort, França, em 1673. Descendente  de uma família cristã bem situada, recebeu uma excelente instrução e educação. Ainda menino, decidiu seguir o caminho da fé e vestiu o hábito de sacerdote em 1700.

Seu maior desejo era ser um missionário no Canadá, mas acabou sendo enviado a Poitiers, ali mesmo na França. Logo ficou famoso devido à sua  preparação doutrinal e o discurso fácil e atraente. Todos queriam ouvir suas palavras, mas sua caridade era outra: cuidar de pacientes com doenças repugnantes.

A idéia de ser missionário não o abandonava. Mesmo contrariando seu superior, foi pedir permissão diretamente ao papa. Para tanto, fez uma viagem a pé, ida e volta, de Poitiers a Roma. Entretanto, o papa Clemente XI disse-lhe que havia urgência, naquele momento, em pregar aos franceses, que viviam sob o conflito entre Roma e a doutrina jansenista, uma nova heresia.

Luís Maria obedeceu e passou a pregar nas cidades e no meio rural e, quando necessário, confrontava os doutores jansenistas com discurso igualmente douto, munido de sua autoridade teológica. Ainda assim, sua linguagem era extremamente acessível aos mais humildes, adaptado ao seu cotidiano, à sensibilidade popular, combinada com o exemplo de uma conduta coerente e cristã. Usava de um discurso fraterno, convidando o povo a adorar e confiar num Jesus amigo, em vez de temê-lo como um rígido juiz. Outra característica muito importante de sua pregação era a devoção extremada a
doutrina jansenista,
Embora a Igreja daquele tempo estivesse questionando certos aspectos do culto mariano, ele pregava a veneração sem excessos, firme e constante a Maria, a Mãe de Deus. Por meio dela é que Jesus fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná. Esse argumento, de fato, sempre esteve muito presente em todos os seus escritos e exortações, como o tratado da "Verdadeira devoção à Santa Virgem", e todos eles relacionados com a prática do Rosário. Seus textos foram publicados em 1842 e tornaram-se os fundamentos da piedade mariana. Em meados de 1712, Luís Maria de Montfort elaborou as Regras e fundou uma nova ordem masculina: a dos Missionários da Companhia de Maria.

Esses religiosos, chamados habitualmente de montfortianos, estenderam, aos poucos, as suas atividades pela Europa, América e África. Contudo seu fundador acompanhou apenas o seu início, porque morreu no dia 28 de abril de 1716, poucos anos depois de sua aprovação. Em 1947, o papa Pio XII proclamou-o santo. 
 

Frases do santo
“Quem encontrar Maria, encontrará a Vida [Jesus Cristo]”. 

“O Senhor não considera tanto o sofrimento em si mesmo, mas sim a maneira como se sofre”.

A minha oração
“Senhor, hoje são milhares os cristãos que se consagraram a Virgem Maria pelo ‘tratado’. Que meu coração se desperte, cada vez mais, para ser um escravo da Virgem Maria. Amém. 

São Luís Maria Grignion de Montfort, rogai por nós!
 


São Pedro Chanel
 Pedro nasceu no dia 12 de julho de 1803, na pequena Cuet, França. Levado pelas mãos do zeloso pároco, iniciou os estudos no seminário local e, em 1824, foi para o de Bourg, onde três anos depois se ordenou sacerdote.

Desde jovem, queria ser missionário evangelizador, mas primeiro teve de  trabalhar como pároco de Amberieu e Gex, pois havia carência de padres em sua pátria. Juntou-se a outros padres que tinham a mesma vocação e trabalhavam sob uma nova congregação, a dos maristas, dos quais foi um dos primeiros membros, e logo conseguiu embarcar para a Oceania, em 1827, na companhia de um irmão leigo, Nicézio.

Foi um trabalho lento e paciente. Os costumes eram muito diferentes, a cultura tão antagônica à do Ocidente, que primeiro ele teve de entender o povo para depois pregar a palavra de Cristo. Porém, assim que iniciou a evangelização, muitos jovens passaram a procurá-lo. O trabalho foi se expandindo e, logo, grande parte da população havia se convertido.

Ao perceber que vários membros de sua família haviam aderido ao cristianismo, Musumuso, o genro do cacique, matou Pedro Chanel a bordoadas de tacape. Era o dia 28 de abril de 1841.

Foi o fim da vida terrestre para o marista, entretanto a semente que plantara, Musumuso não poderia matar. Quando o missionário Pedro Chanel desembarcou na minúscula ilha de Futuna, um fragmento das ilhas Fiji entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, não se pode dizer que o lugar fosse um paraíso.

A pequena ilha é dividida em duas por uma montanha central, e cada lado era habitado por uma tribo, que vivia em guerra permanente, uma contra a outra. Hoje o local é, sim, um paraíso para os milhares de turistas que a visitam anualmente e para a população, que é totalmente católica e vive na paz no Senhor.

E se hoje é assim, muito se deve à semente plantada pelo trabalho de Pedro Chanel, que por esse ideal deu seu testemunho de fé. O novo mártir cristão foi beatificado em 1889 e inscrito no Martirológio Romano em 1954, sendo declarado padroeiro da Oceania.


São Pedro Chanel, rogai por nós!
 

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Santo do Dia - 27 de abril


Santa Zita

 Zita foi empregada doméstica durante trinta anos em Luca, na Itália. Hoje em dia, as comunidades de baixa renda sofrem grande injustiça social, principalmente quando trabalham em serviços domésticos, como ela, mas no século XIII as coisas eram bem piores.

Zita nasceu em 1218, no povoado de Monsagrati, próximo a Luca, e, como tantas outras meninas, ela foi colocada para trabalhar em casa de nobres ricos. Era a única forma de uma moça não se tornar um peso para a família, pobre e numerosa. Ela não ganharia salário, trabalharia praticamente como uma escrava, mas teria comida, roupa e, quem sabe, até um dote para conseguir um bom casamento, se a família que lhe desse acolhida se afeiçoasse a ela e tivesse interesse em vê-la casada.

Zita tinha apenas doze anos quando isso aconteceu. E a família para quem foi servir não costumava tratar bem seus criados. Ela sofreu muito,  principalmente nos primeiros tempos. Era maltratada pelos patrões e pelos demais empregados. Porém agüentou tudo com humildade e fé, rezando muito e praticando muita caridade. Aliás, foi o que tornou Zita famosa entre os pobres: a caridade cristã. Tudo que ganhava dos patrões, um pouco de dinheiro, alimentos extras e roupas, dava aos necessitados. A conseqüência disso foi que, em pouco tempo, Zita dirigia a casa e comandava toda a criadagem. Conquistou a simpatia e a confiança dos patrões e a inveja de outros criados.

Certa vez, Zita foi acusada de estar dando pertences da despensa da casa para os mendigos, por uma das criadas que invejavam sua posição junto aos donos da mansão. Talvez não fosse verdade, mas dificilmente a moça poderia provar isso aos patrões. Assim, quando o patriarca da casa perguntou o que levava escondido no avental, ela respondeu: "são flores", e soltando o avental uma chuva delas cobriu os seus pés. Esta é uma de suas tradições mais antigas citadas pelos seus fervorosos devotos.

A sua vida foi uma obra de dedicação total aos pobres e doentes que durou até sua morte, no dia 27 de abril de 1278. Todavia, sua interferência a favor deles não terminou nesse dia. O seu túmulo, na basílica de São Frediano, conserva até hoje o seu corpo, que repousa intacto, como foi constatado na sua última exumação, em 1652, e se tornou um lugar de graças e de muitos milagres comprovados e aceitos. Acontecimentos que serviram para confirmar sua canonização em 1696, pelo papa Inocêncio XII.

Apesar da condição social humilde e desrespeitada, a vida de santa Zita marcou de tal forma a história da cidade que ela foi elevada à condição de sua padroeira. E foi uma vida tão exemplar que até Dante Alighieri a cita na Divina Comédia. O papa Pio XII proclamou-a padroeira das empregadas domésticas. 

Oração a Santa Zita
“Ó Santa Zita, que, no humilde trabalho doméstico, soube ser solícita como foi Marta, quando servia Jesus, ajudai-me a suportar com ânimo e paciência todos os sacrifícios que me impõe os meus trabalhos domésticos. Peço ainda, que os suporte com amor, zelo e fidelidade a família que sirvo.”

A minha oração
“Ó Deus, recebei o meu trabalho, o meu cansaço e as minhas tribulações e, pela intercessão de Santa Zita, dai-me forças para cumprir sempre meus deveres, Santa Zita, ajudai-me. Amém.”


Santa Zita, rogai por nós!


quarta-feira, 26 de abril de 2023

Santo do Dia - 26 de abril

Santo Anacleto


Eis uma curiosidade com relação ao santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século.

Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": papa Anacleto e papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.

O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como conseqüência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.

Ele foi o segundo sucessor de são Pedro e foi o terceiro papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.

Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de são Pedro.


Santo Anacleto, rogai por nós!

São Pascásio

Pascásio Radbert foi personagem considerável no seu tempo. Os historiadores da Teologia continuam a mencionar a teoria que ele imaginou para “esclarecer” o mistério da presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Como diplomata, viajou muito entre 822 e 834, para solucionar questões da Igreja e tentar apaziguar os conflitos que punham em campo os sucessores de Carlos Magno.

Era um enjeitado exposto no pórtico de Nossa Senhora de Soissons no fim do século VIII. A abadessa Teodarda, prima direita de Carlos Magno, recolheu-o e educou-o da melhor maneira que pôde. Sempre ele se referiu à sua mãe adotiva com reconhecimento e veneração; apesar disso, deixou-a algum tempo para se lançar em aventuras.

Converteu-se aos 22 anos, e foi então Adelardo, irmão de Teodarda, abade de Corbie, que o recebeu entre os seus monges. Veio a ser um célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie. Em 844, os seus colegas de elegeram-no como abade mas, sete anos mais tarde, fizeram uma espécie de revolução que o obrigou a refugiar-se noutra abadia. 

Não se afligiu. Nascera para ser escritor, e tinha várias obras em preparação: “Que felicidade, dizia, ser lançado nos braços da filosofia e da sabedoria, e poder de novo beber no meu outono o leite das Sagradas Escrituras, que alimentou a minha juventude!”

Mas afinal os monges de Corbie acabaram por o chamar; voltou a viver com eles como simples religioso, edificando-os com os exemplos e continuando a escrever. Aí morreu a 26 de abril de 865.

São Pascásio, rogai por nós!

 

 São Rafael Arnaiz Barón

Imagem de São Rafael Arnaiz Barón 

Um jovem santo, alegre e monge trapista

Monge (irmão) Trapista [1911 – 1938] – 27 anos

Origens
Filho de Rafael Arnaiz e de Mercedes Báron, primeiro de quatro filhos de uma família católica, artista, pintor, poeta e violinista. 
Seus pais reconheceram suas habilidades artísticas e aos 15 anos deram-lhe de presente aulas de desenho. Isso o motivou a cursar arquitetura. 

Caminhos a trilhar
Sendo um bom aluno, ganhou de seus pais a possibilidade de passar alguns dias em Ávila com seus tios, que eram muito religiosos, pessoas devotas e inclinadas a uma vida piedosa, que viriam a ser verdadeiros amigos espirituais e os grandes influenciadores do caminho seguido pelo santo.

Anseio pela oração
Em suas obras completas, escrevendo ao seu tio Leopoldo confidencia: “Eu não sei rezar”. Aos 19 anos de idade, essa maravilhosa e terrível descoberta faz com que se decida pela vida monástica junto aos Trapistas, caminho que ainda levou três anos.

São Rafael Arnaiz Barón: exemplo de alegria e determinação

Alegre e divertido
São Rafael Arnaiz Barón era um jovem muito alegre e divertido e dominava a atenção nos ambientes em que entrava. Era um jovem fumante e, ao ingressar na ordem trapista, em 1934, escreve com sinceridade à sua mãe sobre a saudade do vício do fumo e da dificuldade com os horários. (Na monastério trapista, acorda-se muito cedo). Vivendo com muita alegria e determinação, venceu o vício e as provas. 

O diabetes
Após quatro meses, já diagnosticado com diabetes, precisou deixar a Trapa (como é chamado o monastério trapista) para cuidar de sua frágil saúde, e esta seria a via crucis de sua santificação, abraçada com sincera e redentora alegria.  Ao retornar para o monastério trapista, em 1936, é readmitido como oblato e já não pode professar os votos religiosos. 

Maturidade Espiritual 
Neste momento de sua vida, já percebe-se nele um grande crescimento e maturidade espiritual a ponto de declarar em seus escritos o que se faz na trapa: 

“Amar a Deus e deixar-se amar por Ele, e nada além disso.” (Apologia do Trapista, Obras Completas)

Páscoa
Entre idas, vindas e guerras, deixou a Trapa, em 1937, pela última vez novamente por motivos de saúde. Naquele mesmo ano, decidiu abrir mão da comodidade de sua família e regressou para o monastério, onde faleceu em 1938 aos 27 anos de idade. 

Devoção a São Rafael Arnaiz Barón

“Só Deus”
Apesar de sua pouca idade, a transformação operada em sua vida por Deus foi fantasticamente realizada em pouco tempo. Sua pouca idade não foi obstáculo para o projeto de Deus. Sua alegria e inteireza foram o combustível para uma rápida conversão. Seu espírito profundamente católico é refletido em seus escritos ricos de espiritualidade e da presença de Deus, num contínuo esvaziamento de si mesmo, para que, no fim, “só Deus” permanecesse, como tantas vezes declarou.

Altares
Foi beatificado por São João Paulo II, em 1992, e canonizado pelo Papa Bento XVI em 2009. O fato que o levou à canonização foi a milagrosa cura de uma mulher após um gravíssimo quadro de eclampsia em 2001, após a súplica de uma amiga e de monges trapistas ao beato Irmão Rafael. Sua festa litúrgica é no dia 26 de abril, data de sua páscoa!

Minha oração
“Senhor Jesus, que ensinais, por meio de São Rafael Arnaiz, que a única coisa importante é amar a Deus. Ajuda-nos, por sua intercessão, a buscá-Lo e amá-Lo sobre todas as coisas, confiantes que nisso consiste a única e verdadeira felicidade!”

São Rafael Arnaiz Barón, rogai por nós!
 

terça-feira, 25 de abril de 2023

Santo do Dia - 25 de abril

São Marcos


O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão

toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança.

Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho.

Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e  reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição.

Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Nessa piedosa cidade, prestou serviço também a são Paulo, em sua primeira prisão. Tanto que, quando foi preso pela segunda vez, Paulo escreveu a Timóteo e pediu que este trouxesse seu colaborador, no caso, Marcos, a Roma, para ajudá-lo no apostolado.

Ele escreveu o Evangelho a pedido dos fiéis romanos e segundo os ensinamentos que possuía de são Pedro, em pessoa. O qual, além de aprová-lo, ordenou sua leitura nas igrejas.

Seu relato começa pela missão de João Batista, cuja "voz clama no deserto". Daí ser representado com um leão aos seus pés, porque o leão, um dos animais símbolos da visão do profeta Ezequiel, faz estremecer o deserto com seus rugidos.

Levando seu Evangelho, partiu para sua missão apostólica. Diz a tradição que são Marcos, depois da morte de são Pedro e são Paulo, ainda viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram.

Ainda segundo a tradição, ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto  celebrava o santo sacrifício da missa. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou são Marcos como padroeiro desde o ano 828.

A minha oração
“Que ao exemplo de São Marcos, sejamos fiéis, amigos e companheiros uns dos outros no serviço da evangelização, levando com coragem a Palavra de Deus ao mundo inteiro, despertando nos corações o desejo de conhecer quem é Jesus Cristo.”


São Marcos Evangelista, rogai por nós!

 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Santo do Dia - 24 de abril

São Bento Menni


Ângelo Hércules Menni nasceu no dia 11 de março de 1841, em Milão, na

Itália, sendo o quinto dos quinze irmãos. A família do casal de negociantes Luiz e Luiza era de cristãos fervorosos, onde se rezava o Rosário todas as noites, se praticava a caridade e todos os sacramentos.

Foi esse ambiente familiar, somado a quatro episódios, que fizeram o jovem Ângelo optar por tornar-se um sacerdote. Foram eles: a oração diária diante de um quadro de Maria, a Santíssima Mãe de Jesus; alguns exercícios espirituais aos dezessete anos de idade; os conselhos de um eremita de sua cidade natal; e o exemplo dos irmãos de São João de Deus tratando os soldados que chegavam à estação de Milão, feridos na batalha de Magenta, serviço que ele próprio praticou.

Aos dezenove anos de idade, entrou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus, trocando o nome de batismo pelo de Bento. Iniciou os estudos filosóficos e teológicos no Seminário de Lodi e depois foi concluí-los no Colégio Romano, atual Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 1866.

Nessa ocasião, o papa Pio IX confiou-lhe a difícil missão de restaurar a Ordem Hospitaleira na Espanha; aliás, a escolha não poderia ter sido mais feliz. Este jovem religioso, que tinha apenas vinte e cinco anos, chegou em Barcelona em 1867. Ali começou a restauração da Ordem, que tinha sido suprimida pelo liberalismo, tanto na Espanha como em Portugal. Depois de dar nova vida à Ordem na Espanha, continuou com a sua restauração em Portugal e no México, já no princípio do século XX.

Bento foi um homem de generosidade e caridade inesgotáveis e de excepcionais predicados de comando e administração. Em 31 de maio de 1881, juntamente com duas religiosas, fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, especializada na assistência aos doentes psiquiátricos.


Estava em Paris quanto adoeceu, vindo a falecer no dia 24 de abril de 1914, na cidade de Dinan. As suas relíquias mortais estão guardadas na capela da Casa-mãe de Ciempozuelos, em Madri, Espanha.

Em 1985, o papa João Paulo II declarou-o beato, e, em 1999, o mesmo pontífice canonizou são Bento Menni, proclamando-o "profeta da hospitalidade".


São Bento Menni, rogai por nós!



São Fidelis de Sigmaringen
Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601.

Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar.
Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana.

Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé.

Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes  de morrer, no dia 24 de abril de 1622.
O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724. 


São Fidelis de Sigmaringa, rogai por nós!


Santa Maria Eufrásia Pelletier
Batizada com o nome de Rosa Virginia Pelletier, ela nasceu na ilha de Noirmontier, região da Vandea, França, no dia 31 de julho de 1796. Cresceu onde foi o centro da Revolução Francesa, sendo educada pelas ursulinas de Chavanhe e, depois, freqüentou o Instituto da Associação Cristã de Tours.

Aos dezesseis anos, entrou no mosteiro de Tours, na Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, fundada, em 1641, por são João Eudes, destinada à reabilitação das jovens e das mulheres em perigo moral e para a reeducação cristã de todas que lá pediam abrigo e proteção.

Em 1817, fez os votos de profissão de fé e tomou o nome de Maria de Santa Eufrásia e, aos vinte e nove anos, foi nomeada superiora desse mosteiro. Ali fundou a Obra das "Madalenas", onde as moças que voltavam para o caminho correto podiam aderir à vida religiosa, nos moldes das carmelitas, seguindo relativamente o Regulamento, vestindo o hábito e tendo uma ala própria no mosteiro.

Em 1829, fundou, em Angers, um novo Refúgio, nome usado pelas carmelitas para designar uma Casa da sua ordem, do qual se tornou superiora depois de dois anos. Dessa forma, deu um grande impulso para a continuação do trabalho de redenção das moças no desvio da vida. Assim, a Casa de Angers tornou-se a Casa-mãe de uma organização paralela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, submetida a essa ordem, mas com mosteiros com autonomia separada.

Estava fundada a Ordem de Nossa Senhora do Bom Pastor, da qual se tornou a superiora geral até o fim da vida. Ela encontrou muitas resistências, porém, em 1835, o papa Gregório XVI, que concordava com ela, aprovou a nova ordem.

A sua obra foi tão vigorosa que Maria Eufrásia fundou mais Casas do que todos os fundadores de ordens da Igreja. Foram 111 entre 1829 e 1868, ano em que morreu, vitimada por um tumor que lhe causou muito sofrimento, no dia 24 de abril.

Foi beatificada em 1933 e canonizada sete anos depois. Uma estátua de santa Maria Eufrásia Pelletier foi colocada na basílica de São Pedro, no Vaticano, com muita justiça entre os grandes fundadores de ordens da Igreja. Sua festa é realizada no dia de sua morte.


Santa Maria Eufrásia Pelletier, rogai por nós!

 

Santa Maria Isabel Hesselblad 

Fotografia de Santa Maria Isabel Hesselblad

  Santa Maria Isabel Hesselblad e seu retorno à fé católica

Virgem e fundadora [1870 – 1957]

Origem
Maria Isabel Hesselblad nasceu em Faglavik, Suécia, em 1870, em uma família de fé luterana, vivida de modo diário e concreto. Desde a escola primária, pelo seu sensível grau de observação, notava que seus colegas de classe professavam as crenças cristãs mais diversas, mas achava que não devia ser assim. Por isso, começou a pôr-se em busca da única Verdade.

Enfermeira em Nova Iorque
Aos 18 anos, Maria Isabel Hesselblad decidiu emigrar para Nova Iorque para ajudar, financeiramente, a sua família. Lá, começou a trabalhar como enfermeira no Hospital Roosevelt. Seu contato direto com o mundo do sofrimento e da enfermidade a deixou profundamente impressionada. Naquele período, ocorreu um episódio, narrado em sua biografia, que demonstra quanto a futura Santa era agraciada por Deus.

O Episódio
Certa noite, por descuido, ficou fechada no necrotério do hospital; por isso, decidiu passar o tempo rezando ao lado de cada um dos cadáveres. Ajoelhada ao lado do corpo de um homem, teve a impressão de sentir uma espécie de respiro, mesmo se fraco. Em seu certificado médico dizia que ele tinha falecido por ataque cardíaco. Mas, Isabel sentia aquele respiro sempre mais forte e claro. Como boa enfermeira, sabia que aquele cadáver, no estado entre a vida e a morte, precisava de calor para voltar à vida. Então, cobriu-o com sua roupa. No dia seguinte, ela foi encontrada assim, rezando ao lado daquele jovem, que reviveu.

Santa Maria Isabel Hesselblad e a Reforma da Ordem de Santa Brígida

Retorno à Europa como católica
Nos Estados Unidos, Isabel tinha como diretor espiritual o jesuíta Padre Johann Hagen. Graças a ele, abraçou definitivamente a fé católica e foi batizada no dia da Assunção de Nossa Senhora, em 1902. Logo, voltou à Europa como católica: primeiro visitou sua família na Suécia e, depois, foi para Roma, onde ficou hospedada na casa que era de Santa Brígida, mas depois utilizada pelas Carmelitas.

Permissão de Papa Pio X
Ali, com uma permissão especial do Papa Pio X, recebeu o hábito religioso das Brigidinas e aprofundou a espiritualidade deste Instituto, originário da sua terra natal. Assim, entendeu qual era a sua vocação: refundar a Ordem, segundo as exigências daquele tempo, mas também fiel à tradição do carisma contemplativo e à solene celebração litúrgica. Transcorria o ano 1911.

Autobiografia – “O rebanho”
Em seus escritos autobiográficos, emergiu que Isabel ficou fascinada, em tenra idade, por uma frase do Novo Testamento, que se referia a um único rebanho, para o qual o Senhor, Bom Pastor, reconduziria todos. Passeando pela natureza extensa e sem confins do seu país, começou a se interrogar qual seria aquele rebanho único. Porém, ao invés de desanimar, diante de todas aquelas perguntas sem resposta, recebeu, como dom de Deus, um grande conforto e uma força incrível. Ouviu até uma voz, que lhe fez uma promessa: iria descobrir, um dia, qual seria este único rebanho. Ao sentir a presença do Senhor, tão perto de si, Isabel se tranquilizou.

Refundação da Ordem
Desde então, Isabel, que acrescentou ao seu nome o de Nossa Senhora, se esforçou para levar, novamente, a Ordem de Santa Brígida à Suécia, que conseguiu em Djursholm, em 1923, e, enfim, em Vadstena, em 1935. Dedicou toda a sua vida à caridade concreta com todos, sobretudo com os necessitados e mais frágeis. Durante a II Guerra Mundial, junto com suas coirmãs, acolheu muitos judeus perseguidos, transformando sua casa em centro de distribuição de alimentos e roupas para quem não tinha nada.

O Falecimento e a Orações a Santa Maria Isabel Hesselblad

Páscoa
Cansada, fisicamente, mas não de espírito, Maria Isabel faleceu em Roma, em 1957, onde foi beatificada, durante o Grande Jubileu do 2000, e canonizada pelo Papa Francisco, em 2016.


Oração
Maria Isabel escreveu de próprio punho e o deu à sua avó, antes de retornar aos Estados Unidos, em 1903: “Eu vos adoro, grande prodígio do céu, por dar-me alimento espiritual em vestes terrenas! Vós me consolais nos momentos obscuros, quando se dissipam, em mim, todas as esperanças! Ao coração de Jesus, junto ao balaústre do altar, estarei unida, eternamente, por amor”.

Minha oração
“Ao seu tempo, haverá um só pastor e um só rebanho. Dai-nos, querida santa, o amor e o trabalho pela unidade das nossas comunidades e da Igreja, a fim de que Cristo Reine sobre tudo e sobre todos.”

Santa Maria Isabel Hesselblad, rogai por nós!

 

domingo, 23 de abril de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

3º Domingo da Páscoa

Anúncio do Evangelho (Lc 24,13-35)

Aleluia! Aleluia! Aleluia!

— Senhor Jesus, revelai-nos o sentido da Escritura; fazei o nosso coração arder, quando falardes.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.

14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” 

19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”. 

25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 

27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” 

33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO

«Naquele mesmo dia, o primeiro da semana»

Hoje comentamos a proclamação do Evangelho com a expressão: «Naquele mesmo dia, o domingo» (Lc 24,13). Sim, ainda Domingo. A Páscoa —já o dissemos— é como um grande domingo de cinquenta dias. Oh, se conhecêssemos a importância que tem este dia na vida dos cristãos! «Existem motivos para dizer, como sugere a homilia de um autor do século IV (o pseudo Eusébio de Alexandria), que o “dia do Senhor” é o “senhor dos dias” (…). Esta é, efetivamente, para os cristãos a “festa primordial”» (São João Paulo II). O domingo, para nós, é como o seio materno, berço, celebração, casa e também alento missionário. Oh, se entrevíssemos a luz da poesia que leva! Então afirmaríamos como aqueles mártires dos primeiros séculos: «Não podemos viver sem o domingo».

Mas quando o dia do Senhor perde relevância na nossa existência, também se eclipsa o “Senhor do dia”, e ficamos tão pragmáticos e “sérios” que apenas damos crédito aos nossos projetos e previsões, planos e estratégias; então, inclusive essa liberdade com que Deus atua, é para nós motivo de escândalo e de afastamento. Ignorando o assombro, fechamo-nos à manifestação mais luminosa da glória de Deus, e tudo se converte num entardecer de decepção, prelúdio de uma noite interminável, onde a vida parece condenada a uma permanente insônia.

Apesar disso, o Evangelho proclamado no meio das assembleias dominicais é sempre anúncio angélico de uma claridade dirigida a entendimentos e corações lentos para crer (cf. Lc 24,25), e por isso é suave, não explosiva, pois —de outro modo— mais que iluminar-nos, nos cegaria. É a Vida do Ressuscitado que o Espírito nos comunica com a Palavra e o Pão partido, respeitando o nosso caminhar feito com passos curtos e nem sempre bem dirigidos.

Cada domingo recordemos que Jesus «entrou para ficar com eles» (Lc 24,29), conosco. Cristão, hoje já o reconheces-te?  Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Durante estes dias, o Senhor juntou-se, como mais um, aos dois discípulos que iam a caminho e repreendeu-os pela sua resistência em acreditar. Seus corações, por Ele iluminados, receberam a chama da fé e passaram de mornos a ardentes, na medida em que o Senhor lhes abria o sentido das Escrituras» (São Leão Magno)

  • «O encontro com Deus na oração, na leitura da Bíblia e na vida fraterna vos ajudará para conhecer melhor o Senhor e a vós próprios, descobrindo assim o projeto de amor que Ele tem para vossas vidas» (Francisco)

  • «Os evangelhos são o coração de todas as Escrituras, ‘enquanto são o principal testemunho da vida e da doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador’ (Concílio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 125)


São Jorge é Santo mesmo?


“São Jorge, qual a verdadeira história dele, é um santo mesmo? Da Igreja Católica ou de macumba?  

Nunca me senti bem em relação a ele, pois já vi sua imagem em lugares nada cristãos… Poderia me esclarecer, por favor?”

A Igreja não tem dúvida de que São Jorge existiu e é Santo; 

tanto assim que sua memória é celebrada no Calendário litúrgico no dia 23 de abril. São Jorge foi mártir; a Igreja possui os “Atos do seu martírio” e  sua “Paixão”, que foi considerada apócrifa pelo Decreto Gelasiano do século VI. Mas não se pode negar de maneira simplista uma tradição tão universal como veremos: a Igreja do Oriente o chama de “grande mártir” e todos os calendários cristãos incluíram-no no elenco dos seus santos.

São Jorge é considerado um dos “oito santos auxiliadores” (8 de agosto). Já no século IV o grande imperador romano Constantino, que se converteu ao cristianismo em 313, construiu uma igreja em sua honra. No século V já havia cerca de 40 igrejas em sua honra no Egito. Em toda a Europa multiplicaram as suas igrejas. Em 1222, o Concílio Regional de Oxford na Inglaterra estabeleceu uma festa em sua honra, e nos primeiros anos do século XV, o arcebispo de Cantuária na Inglaterra ordenou que esta festa fosse celebrada com tanta celebridade como o Natal. No ano de 1330, o rei católico Eduardo III da Inglaterra já tinha fundado a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge.

São Jorge, além de haver dado nome a cidades e povoados, foi proclamado padroeiro de muitas cidades como Gênova, Ravena, Roma, de regiões inteiras espanholas, de Portugal, da Lituânia e da Inglaterra, com a solene confirmação, para esta última, do Papa Bento XIV.
O culto de São Jorge começou desde os primeiros anos da Igreja em Lida, na Palestina, onde o mártir foi decapitado e sepultado no início do século IV. Seu túmulo era alvo de peregrinações na época das Cruzadas, no século XII, quando o sultão muçulmano Saladino destruiu a igreja construída em sua honra.

A conhecida imagem de São Jorge como cavaleiro que luta contra o dragão, difundida na Idade Média, é parte de uma lenda contada em suas muitas narrativas de sua paixão. Diz a lenda que um horrível dragão saía de vez em quando de um lago perto de Silena, na Líbia, e se atirava contra os muros da cidade fazendo morrer muita gente com seu hálito mortal, sendo que os exércitos não conseguiam exterminá-los. Então, o povo, para se livrar desse perigo lhe ofereciam jovens vítimas, escolhidas por sorteio. Só que num desses sorteios, à filha do rei foi sorteada para ser oferecida em comida ao monstro. Desesperado, o rei, que nada pôde fazer para evitar isso, acompanhou-a em prantos até às margens do lago. Mas, de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era são Jorge, que marchou com seu cavalo em direção ao dragão e  atravessou-o com sua lança. Outra lenda diz que ele amansou o dragão como um cordeiro manso, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Continua a narração dizendo que  o tribuno e cavaleiro Jorge fez ao povo idólatra da cidade um belo sermão, após o qual o rei e seus súditos se converteram e pediram o batismo. O rei  lhe teria oferecida muito dinheiro, mas Jorge teria partido sem nada levar, mandando o rei distribuir o dinheiro aos pobres.

É claro que isso é uma lenda na qual não somos obrigados a acreditar; mas é preciso entender o valor subjetivo das lendas religiosas sobre os santos. O povo as criava e divulgava para enaltecer a grandeza do santo, de maneira parabólica e fantasiosa; mas nela há um fundo de verdade. É um estilo de literatura, fantasiosa sim, mas que não pode ser desprezada de todo. Muitos artistas e escultores famosos pintaram e esculpiram imagens do Santo: Rafael, Donatelo, Carpaccio, etc.

Segundo a tradição São Jorge foi condenado  à morte por ter renegado aos deuses do império, o que muito acontecia com os cristãos. Ele foi torturado, mas parecia  que era de ferro, não se queixava. Diz a tradição que diante de sua  coragem e de sua fé, a própria mulher do imperador se converteu, e que muitos cristãos, diante dos carrascos, encontraram a força de dar o testemunho a Cristo com o próprio martírio. Por fim, também são Jorge inclinou a cabeça sobre uma coluna e uma espada super afiada pôs fim à sua jovem vida.

Como houve muitos cristãos que morreram mártires nesses tempos da perseguição romana, nada impede que um deles tenha sido o cavaleiro e tribuno militar Jorge.

Recebi um e-mail de uma pessoa me perguntando: 

 “São Jorge, qual a verdadeira história dele, é um santo mesmo? Da Igreja Católica ou de macumba? Nunca me senti bem em relação a ele, pois já vi sua imagem em lugares nada cristãos… Poderia me esclarecer por favor?”

A Igreja não tem dúvida de que São Jorge existiu e é Santo; tanto assim que sua memória é celebrada no Calendário litúrgico no dia 23 de abril. São Jorge foi mártir; a Igreja possui os “Atos do seu martírio” e sua “Paixão”, que foi considerada apócrifa pelo Decreto Gelasiano do século VI. Mas não se pode negar de maneira simplista uma tradição tão universal como veremos: a Igreja do Oriente o chama de “grande mártir” e todos os calendários cristãos incluíram-no no elenco dos seus santos.

São Jorge é considerado um dos “oito santos auxiliadores” (8 de agosto). Já no século IV o grande imperador romano Constantino, que se converteu ao cristianismo em 313, construiu uma igreja em sua honra. No século V já havia cerca de 40 igrejas em sua honra no Egito. Em toda a Europa multiplicaram as suas igrejas. Em 1222, o Concílio Regional de Oxford na Inglaterra estabeleceu uma festa em sua honra, e nos primeiros anos do século XV, o arcebispo de Cantuária na Inglaterra ordenou que esta festa fosse celebrada com tanta celebridade como o Natal. No ano de 1330, o rei católico Eduardo III da Inglaterra já tinha fundado a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge.

São Jorge, além de haver dado nome a cidades e povoados, foi proclamado padroeiro de muitas cidades como Gênova, Ravena, Roma, de regiões inteiras espanholas, de Portugal, da Lituânia e da Inglaterra, com a solene confirmação, para esta última, do Papa Bento XIV.

O culto de São Jorge começou desde os primeiros anos da Igreja em Lida, na Palestina, onde o mártir foi decapitado e sepultado no início do século IV. Seu túmulo era alvo de peregrinações na época das Cruzadas, no século XII, quando o sultão muçulmano Saladino destruiu a igreja construída em sua honra.

A conhecida imagem de São Jorge como cavaleiro que luta contra o dragão, difundida na Idade Média, é parte de uma lenda contada em suas muitas narrativas de sua paixão.

Diz a lenda que um horrível dragão saía de vez em quando de um lago perto de Silena, na Líbia, e se atirava contra os muros da cidade fazendo morrer muita gente com seu hálito mortal, sendo que os exércitos não conseguiam exterminá-los. Então, o povo, para se livrar desse perigo lhe ofereciam jovens vítimas, escolhidas por sorteio. Só que num desses sorteios, à filha do rei foi sorteada para ser oferecida em comida ao monstro. Desesperado, o rei, que nada pôde fazer para evitar isso, acompanhou-a em prantos até às margens do lago. Mas, de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era são Jorge, que marchou com seu cavalo em direção ao dragão e atravessou-o com sua lança. Outra lenda diz que ele amansou o dragão como um cordeiro manso, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Continua a narração dizendo que o tribuno e cavaleiro Jorge fez ao povo idólatra da cidade um belo sermão, após o qual o rei e seus súditos se converteram e pediram o batismo. O rei lhe teria oferecida muito dinheiro, mas Jorge teria partido sem nada levar, mandando o rei distribuir o dinheiro aos pobres.

É claro que isso é uma lenda na qual não somos obrigados a acreditar; mas é preciso entender o valor subjetivo das lendas religiosas sobre os santos. O povo as criava e divulgava para enaltecer a grandeza do santo, de maneira parabólica e fantasiosa; mas nela há um fundo de verdade. É um estilo de literatura, fantasiosa sim, mas que não pode ser desprezada de todo.

Muitos artistas e escultores famosos pintaram e esculpiram imagens do Santo: Rafael, Donatelo, Carpaccio, etc.

Segundo a tradição São Jorge foi condenado à morte por ter renegado aos deuses do império, o que muito acontecia com os cristãos. Ele foi torturado, mas parecia que era de ferro, não se queixava. Diz a tradição que diante de sua coragem e de sua fé, a própria mulher do imperador se converteu, e que muitos cristãos, diante dos carrascos, encontraram a força de dar o testemunho a Cristo com o próprio martírio. Por fim, também são Jorge inclinou a cabeça sobre uma coluna e uma espada super afiada pôs fim à sua jovem vida.

Como houve muitos cristãos que morreram mártires nesses tempos da perseguição romana, nada impede que um deles tenha sido o cavaleiro e tribuno militar Jorge.

Prof. Felipe Aquino

Canção Nova 

 Padroeiro

São Jorge é considerado Padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Ele é invocado ainda contra a peste, a lepra e as serpentes venenosas. O Santo é honrado também pelos muçulmanos, que lhe deram o apelativo de “profeta”.

Curiosidade

 

São Jorge, o santo comparado a "São Miguel" no Oriente

De mártir a Santo guerreiro
Os cruzados contribuíram muito para a transformação da figura de São Jorge de mártir em Santo guerreiro, comparando a morte do dragão com a derrota do Islamismo. Com os Normandos, seu culto arraigou-se profundamente na Inglaterra, onde, em 1348, o rei Eduardo III instituiu a “Ordem dos Cavaleiros de São Jorge”. Durante toda a Idade Média, a sua figura tornou-se objeto de uma literatura épica, que concorria com os ciclos bretão e carolíngio.

Devoção a São Jorge

Memória Facultativa
Na falta de notícias sobre a sua vida, em 1969, a Igreja mudou a sua celebração: de festa litúrgica passou a ser memória facultativa, sem alterar seu culto. As relíquias de São Jorge encontram-se em diversos lugares do mundo. Em Roma, na igreja de São Jorge em Velabro é conservado seu crânio, por desejo do Papa Zacarias. Como acontece com outros santos, envolvidos por lendas, poder-se-ia concluir que também a função histórica de São Jorge é recordar ao mundo uma única ideia fundamental: que o bem, com o passar do tempo, vence sempre o mal. A luta contra o mal é uma dimensão sempre presente na história humana, mas esta batalha não se vence sozinhos: São Jorge matou o dragão porque Deus agiu por meio dele. Com Cristo, o mal jamais terá a última palavra!

São Jorge, rogai por nós!