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terça-feira, 19 de maio de 2009

19 de maio - Santo do dia


São Pedro Celestino

Pedro nasceu em 1215, na província de Isernia, Itália, de pais camponeses com muitos filhos. Segundo os escritos, decidiu que seria religioso aos seis anos de idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu estudando com os beneditinos de Faifoli. Assim que terminou os estudos, retirou-se para um local ermo, onde viveu por alguns anos.

Depois foi para Roma, recebendo o sacerdócio em 1239. Entrou para a Ordem beneditina e, com licença do abade, voltou para a vida de eremita. Assumiu, então, o nome de Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas.

Em 1251, fundou, com a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo, pessoalmente, a aprovação do papa Leão IX, em 1273.

Em 1292, morreu o papa Nicolau V e, após um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha chegado a um consenso para sua sucessão. Nessa ocasião, receberam uma carta contendo uma dura reprovação por esse comportamento, pois a Igreja precisava logo de um chefe. A carta era de Pedro de Morrone e os cardeais decidiram que ele seria o novo papa, sendo eleito em 1294 com o nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi política e por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais.

Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado, renunciou em favor do papa Bonifácio VIII, seu sucessor. Isso gerou nova crise, com o poder civil ameaçando não reconhecer nem a renúncia, nem o novo sumo pontífice. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou, humildemente, ficar prisioneiro no castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte.

Dez meses depois de seu confinamento, Pedro Celestino teve uma visão e ficou sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os santos sacramentos e aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento previstos: 19 de maio de 1296. Logo, talvez pelo desejo de uma reparação, a Igreja declarou santo o papa Pedro Celestino, já em 1313.

A Ordem dos Celestinos continuou se espalhando e crescendo, chegando a atingir, além da Itália, a França, a Alemanha e a Holanda. Mas, depois da Revolução Francesa, sobraram poucos conventos da Ordem na Europa.

São Pedro Celestino, rogai por nós

segunda-feira, 18 de maio de 2009

18 de maio - Santo do dia


São Félix de Cantalício

Félix Porro nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Rieti, Itália, em 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses, teve de trabalhar desde a tenra idade, não podendo estudar. Na adolescência, transferiu-se para Cittaducale, para trabalhar como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e à caridade cristã.

Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João. Ele pertenceu à primeira geração dos capuchinhos. Os primeiros anos de vida religiosa passou entre os conventos de Monte São João, Tívoli e Palanzana de Viterbo, para depois, no final de 1547, se transferir, definitivamente, para o convento de São Boaventura, em Roma, sede principal da Ordem, onde viveu mais quarenta anos, sendo chamado de frei Félix de Cantalício.

Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía, para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna. Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos, o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. A todos e a tudo agradecia sempre com a mesma frase: "Deo Gracias", ou seja, Graças a Deus. Mendigou antes o pão e depois, até à morte, vinho e óleo para os seus frades.

Quando já bem velhinho foi abordado por um cardeal que lhe perguntou por que não pedia aos seus superiores um merecido descanso, frei Felix foi categórico na resposta: "O soldado morre com as armas na mão e o burro com o peso do fardo. Não permita Deus que eu dê repouso ao meu corpo, que outro fim não tem senão sofrer e trabalhar".

Em vida, foram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídos a frei Félix, testemunhados quase só pela população: os frades não julgavam oportuno difundi-los. Mas quando ele morreu, ficaram atônitos com a imensa procissão de fiéis que desejavam se despedir do amado frei, ao qual, juntamente com o papa Xisto V, proclamavam os seus milagres e a sua santidade.

Ele vivenciou o seguimento de Jesus descrito nas constituições da Ordem, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente. Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o seu papado.

No dia 18 de maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem, frei Félix deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno. O papa Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de são Félix de Cantalício repousa na igreja da Imaculada Conceição, em Roma.

São Félix de Cantalício, rogai por nós

domingo, 17 de maio de 2009

17 de maio - Santo do dia


São Pascal Baylon ou São Paschoal Baylon

São Pascal Baylon

Nasceu em 24 de maio de 1540 em Torre Hermosa em Aragão. Ele foi crismado na Páscoa em honra da festa.

De acordo com os registro de sua juventude, ele foi um pastor de ovelhas como o seu pai mas tinha uma austeridade destinguida dos demais e ainda teria feito vários milagres. Ele aprendeu sozinho a ler. Recebeu um visão que disse a ele para entrar no Mosteiro Franciscano mais próximo e então ele se tornou um irmão franciscano em Alcantrine em 1564, sendo cozinheiro e porteiro e passou a sua vida em humildade e em uma rigoroso ascetismo e possuía um amor intenso a Santíssima Eucaristia.

Em uma missão a França ele defendeu a doutrina da Real Presença de Cristo na Eucaristia com pastores Calvinistas com tal veemência que foi ameaçado pelos irados Hugenotes. Apesar de sua pouca educação ele foi conselheiro de ricos e pobres. Pascal faleceu em Villareal e ele é especialmente venerado na Espanha e na Itália.

Foi beatificado em 1618 e canonizado em 1690.

Foi declarado padroeiro das Confraternidades Eucarísticas em 1897 pelo Papa Leão XIII.


São Pascoal Baylon, rogai por nós

sábado, 16 de maio de 2009

Algumas palavras sobre a EUCARISTIA

Você sabe o que é Eucaristia?
Segundo o Dicionário Aurélio a resposta é:

"Um dos sete sacramentos da Igreja Católica, no qual Jesus Cristo se acha presente sob as aparências de pão e vinho, com o seu corpo, alma e divindade"

Você acredita Nisso?

BOLSENA-ORVIETO, ITÁLIA

Em 1263, um padre alemão achava difícil acreditar que Cristo estivesse realmente presente na hóstia consagrada. Enquanto celebrava uma missa e dizia: “Este É o meu corpo..., Este É o meu sangue...”, então, sangue começou a jorrar da hóstia e a pingar sobre o altar.
O papa ouvindo a história mandou investigar imediatamente. Quando todos os fatos foram confirmados, ele fez uma grande celebração e colocou a hóstia milagrosa em exibição na Catedral de Orvieto.
Um ano após o milagre, em agosto de 1264, o papa Urbano IV instituiu a festa de Corpus Christi, celebrada até os dias de hoje em todo o mundo.

LANCIANO, ITÁLIA

Há 700 anos atrás, um outro padre também duvidava que a eucaristia pudesse ser o corpo e o sangue de Cristo.
Afinal, tudo o que ele via era um pedaço de pão e um cálice com vinho sobre o altar.
Aconteceu o mesmo que em Bolsena, enquanto eram repetidas as palavras de Jesus:
“Tomai todos e comei, este É o Meu corpo… Tomai todos e bebei, este É o Meu sangue…”
A hóstia consagrada se transformou em carne e sangue na frente de todos.

O sangue após 700 anos está coagulado, mas é fresco como novo. Isto está comprovado pela ciência.

LANCIANO, ITÁLIA
Pelos exames científicos (Fotometro Cromoscan). O perfil das frações de cerume tem comportamento normal e semelhante ao de cerume de sangue fresco.

Desde 1574, vários exames já foram realizados.
Em 1971 e em 1981, cientistas de renome internacional conduziram investigações sobre o milagre de Lanciano.
Como resultado concluíram que:
Trata-se de carne e sangue humano.
A carne é tecido muscular do coração humano do ventrículo esquerdo.
A carne é um “coração” completo em sua estrutura essencial.
A carne e o sangue são do tipo AB (o mesmo encontrado no Sudário de Turim).
O fato do sangue continuar fresco é um fenômeno extraordinário.

"Feliz aqueles que crêem sem ter visto"
(João, 20, 29)

A Eucaristia é uma dádiva de Deus, trazida até nós por Seu filho, Jesus Cristo.

A Eucaristia não é um direito.

Portanto, ninguém pode ditar quem pode e quem não pode comungar, a não ser você mesmo e a sua consciência.

Tenha fé em Deus.

Tenha fé no que Jesus nos deixou.

Tenha fé em você mesmo(a).

Tenha fé que o pior pecador pode ser merecedor da dádiva de Deus.

A Eucaristia é o alimento da alma.

Divulgue a verdade sobre a Eucaristia

Quem divulga não esta ajudando a si mesmo, mas poderá estar ajudando a alguém que realmente precisa da presença de Deus em sua vida.

"Quem é generoso progride na vida; quem ajuda será ajudado"
(Pr 11,25)

Aqueles que estão a sua volta.

Você acredita Nisso?

Será possível?

Será apenas um ritual?


16 de maio - Santo do dia

São João Nepomuceno

João nasceu em 1330, em Nepomuk, na Boêmia, atual República Checa. Apesar de os pais serem pobres e ter idade avançada, João conseguiu formar-se doutor em teologia e direito canônico na universidade de Praga, uma das mais modernas e avançadas da época, fundada pelo rei Carlos IV. Mas desde muito cedo João sabia que sua verdadeira vocação era o sacerdócio, a pregação.

Quando, finalmente, recebeu a unção sacerdotal, pôde colocar em prática o seu talento de orador sacro, e o fez de forma tão brilhante que foi convidado a ser capelão e confessor na corte, onde teve muito trabalho, pois o rei Venceslau IV era uma pessoa difícil e de mau-caráter. Mas a rainha e imperatriz Joana da Baviera era muito pia, bondosa e caridosa, e o tomou para diretor espiritual e confessor particular.

Não se sabe exatamente como foi seu martírio e como tudo ocorreu, mas o rei Venceslau, que desejava controlar a Igreja, não estava satisfeito com a possível chegada de um novo bispo, enviado por Roma a pedido da rainha.

A tradição lembra, porém, que o rei teria exigido que João violasse o segredo da confissão da rainha, coisa a que ele se negou e, por isso, foi torturado e morto. Depois, às escondidas, seu corpo foi jogado nas águas do rio Moldávia, em 16 de maio de 1383.

No dia seguinte, a população percebeu um cadáver boiando no rio, circundado por uma luz misteriosa com cinco estrelas. Ao recolhê-lo, reconheceram que se tratava do capelão João. A cidade toda, então, ficou sabendo o que acontecera com ele e reconheceu no rei Venceslau o autor daquela crueldade. Assim, em procissão, o corpo foi levado e enterrado na igreja da Santa Cruz, onde permanece até hoje.

Em 1729, ele foi canonizado. Hoje são João Nepomuceno é celebrado como o mártir da confissão e venerado por todos os habitantes da cidade de Praga.

São João Nepomuceno, rogai por nós

sexta-feira, 15 de maio de 2009

15 de maio - Santo do dia


Santo Isidoro

O santo de hoje nasceu em Madri, Espanha, no ano de 1030.

Ele era lavrador, um camponês. Vocacionado ao matrimônio casou-se com Maria Turíbia e tiveram um filho, o qual perderam ainda cedo.

Vida difícil e sacrificante, Isidoro santificou-se ao aprender a mística de aceitar e oferecer a Deus suas dores; participava diariamente da Santa Missa e trabalhava para um patrão injusto e impaciente.

Santo Isidoro: um homem fiel, de perdão, que numa tremenda enfermidade não se revoltou, consumiu-se por amor a Deus. Morreu aos 60 anos.
Santo Isidoro, rogai por nós!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Santo do dia - 14 de maio

São Matias

Matias, o apóstolo "póstumo". É assim chamado porque surgiu depois da morte do apóstolo Judas Iscariotes, o traidor. Alguns teólogos se referem à ele como o décimo terceiro apóstolo, pois foi eleito para ocupar esse posto, conforme consta dos Atos dos Apóstolos, na Bíblia.

A eleição dos onze apóstolos deu-se dias depois da Ascensão de Jesus e da vinda do Espírito Santo e assim foi descrita: "Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: Com o preço de sua maldade se comprou um campo". O salmo 109 ordena "Que outro receba seu cargo".

'Convém, então, que elejamos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus'". (At 1, 21-26)

As outras informações existentes sobre Matias fazem parte das tradições e dos escritos da época. Esses registros, entretanto, são apenas fragmentos com algumas citações e frases, que foram recuperadas e, segundo os teólogos, são de sua autoria. De fato, existe uma certa confusão entre os apóstolos Matias e Mateus em alguns escritos antigos.

Segundo a tradição Matias evangelizou na Judéia, Capadócia e, depois, na Etiópia. Ele sofreu perseguições e o martírio, morreu apedrejado e decapitado em Colchis, Jerusalém, testemunhando sua fidelidade a Jesus.

Há registros de que santa Helena, mãe do imperador Constantino, o Grande, mandou trasladar as relíquias de são Matias para Roma, onde uma parte está guardada na igreja de Santa Maria Maior. O restante delas se encontra na antiqüíssima igreja de São Matias, em Treves, na Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e que o tem como seu padroeiro.

São Matias era comemorado no dia 24 de fevereiro, mas atualmente sua festa ocorre no dia 14 de maio.

São Matias, rogai por nós

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aparições de Nossa Senhora de Fátima

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Onde aconteceu: Em Portugal.

Quando: Em 1917.

A quem: A Irmã Lúcia, Jacinta e Francisco Marto.

HISTÓRIA DAS APARIÇÕES.

JESUS CRISTO veio trazer à terra a Mensagem, única e suficiente, que está contida no seu Evangelho e nos ensinamentos oficiais da Igreja.

Mas os homens são muito esquecidos e distraídos e, pelo tempo fora, vão querendo pôr de lado alguns aspectos da Mensagem divina. Então Deus digna-se relembrar tais aspectos menosprezados, mas em perigo de se adulterarem com os costumes e a mentalidade de cada época, ou até mais, contrariados pelo inimigo fundamental que é o demônio.

Umas vezes intervém Nosso Senhor em pessoa para dar a conhecer aos homens estas Mensagens a que podemos chamar de parciais, ou de repetição. É o caso das revelações do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria.

Outras vezes, mais freqüentes, o Senhor deixa vir sua Mãe.

Mais raro e até talvez único na história da Igreja é ter Nossa Senhora mandado um Anjo à sua frente, para iniciar uma preparação que Ela depois quis continuar, e para dar aos acontecimentos de Fátima um preâmbulo, logo colocou os protagonistas num clima saturado de sobrenatural, e de onde se depreendem já as coordenadas daquilo que viria a constituir o âmago da Mensagem:

Deus ofendido; necessidade de reparação; mudança de vida.

AS APARIÇÕES DO ANJO.

Na primavera de 1916, três pastorzinhos tinham levado o seu rebanho de ovelhas para o pasto perto da aldeia de Fátima. Foi como qualquer dia, como os outros na vida de Lúcia com 09 anos, seu primo Francisco com 08 anos e sua irmãzinha Jacinta de 06 anos.

Transcrevemos em seguida as palavras exatas de Lúcia sobre as três aparições do Anjo, estando presentes apenas ela e os seus dois priminhos, Francisco e Jacinta.

1ª Aparição do Anjo.

Conta a Irmã Lucia.

“As datas não posso precisá-las com certeza, porque, nesse tempo, eu não sabia ainda contar os anos, nem os meses, nem mesmo os dias da semana. Parece-me, no entanto, que deveu ser na Primavera de 1916 que o Anjo nos apareceu a primeira vez na nossa Loca do Cabeço... subimos a encosta em procura dum abrigo e como foi, depois de aí merendar e rezar, que começamos a ver, a alguma distância, sobre as árvores que se estendiam em direção ao Nascente, uma luz mais branca que a neve, com a forma dum jovem, transparente, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do Sol. À medida que se aproximava, íamos-lhe distinguindo as feições. Estávamos surpreendidos e meios absortos. Não dizíamos palavra.

Ao chegar junto de nós, disse:

– Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.

E ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão. Levados por um movimento sobrenatural imitamo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar:

Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

Depois de repetir isto três vezes, ergueu-se e disse:

– Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.

E desapareceu.

A atmosfera do sobrenatural que nos envolveu era tão intensa, que quase não nos dávamos conta da própria existência, por um grande espaço de tempo, permanecendo na posição em que nos tinha deixado, repetindo sempre a mesma oração.

A presença de Deus sentia-se tão intensa e íntima que nem mesmo entre nós nos atrevíamos a falar.”

Cada uma das palavras do Anjo e até das da narrativa de Lúcia, mereceriam longo e apropriado comentário e dariam lugar para proveitosa meditação. Será feito em ocasião mais oportuna.

2ª Aparição do anjo.

“A segunda deveu ser no pino do Verão, (junho) nesses dias de maior calor, em que íamos com (os) rebanhos para casa, no meio da manhã, para os tornar a abrir só à tardinha. Fomos, pois passar as horas da sesta à sombra das árvores que cercavam o poço já várias vezes mencionado.

De repente, vimos o mesmo Anjo junto de nós.

Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios.

Como nos havemos de sacrificar? – perguntei.

De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal.

Sobretudo, aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar.

Estas palavras do Anjo gravaram-se em nosso espírito, como uma luz que nos fazia compreender quem era Deus, como nos amava e queria ser amado; o valor do sacrifício, e como o sacrifício Lhe era agradável, como por atenção ao sacrifício oferecido, convertia os pecadores.

Por isso, desde esse momento, começamos a oferecer ao Senhor tudo que nos mortificava, mas sem discorrermos a procurar outras mortificações ou penitências, exceto a de passarmos horas seguidas prostrados por terra, repetindo a oração que o Anjo nos tinha ensinado".

3ª Aparição do anjo.

"A terceira aparição parece-me que deveu ser em Outubro ou fins de Setembro, porque já não íamos passar as horas da sesta a casa. Passamos da Prégueira (é um pequeno olival pertencente à meus pais) para a Lapa, dando a volta à encosta do monte pelo lado de Aljustrel e Casa Velha.

Rezamos aí o terço e a oração que na primeira aparição o Anjo nos tinha ensinado. Estando, pois, aí, apareceu-nos pela terceira vez, trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálice, algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes a oração:

Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

Depois, levantando-se, tomou de novo na mão o cálice e a Hóstia e deu-me a Hóstia a mim e o que continha o cálice deu-o a beber à Jacinta e ao Francisco, dizendo, ao mesmo tempo:

– Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.

De novo se prostrou em terra e repetiu conosco mais três vezes a mesma oração:

– Santíssima Trindade... etc.

E desapareceu.

Levados pela força do sobrenatural que nos envolvia, imitávamos o Anjo em tudo, isto é, prostrando-nos como Ele e repetindo as orações que Ele dizia. A força da presença de Deus era tão intensa que nos absorvia e aniquilava quase por completo. Parecia privar-nos até do uso dos sentidos corporais por um grande espaço de tempo.

Nesses dias, fazíamos as ações materiais como que levados por esse mesmo ser sobrenatural que a isso nos impelia. A paz e felicidade que sentíamos era grande, mas só íntima, completamente concentrada a alma em Deus. O abatimento físico, que nos prostrava, também era grande.»

E aqui temos, na simplicidade fiel da narradora e protagonista, contada uma das cenas mais portentosas de toda a história humana nas suas relações com o sobrenatural. Tanto as palavras proferidas como o cenário e todos os gestos, são densos de doutrina e de profundo significado que deixamos ao estudo dos entendidos, com vista a conclusões e aplicações práticas.

Citamos apenas umas palavras de Lúcia:

"Na terceira aparição, a presença do sobrenatural foi ainda muitíssimo mais intensa. Por vários dias, nem mesmo o Francisco se atrevia a falar. Dizia depois:

– Gosto muito de ver o Anjo; mas o pior é que, depois, não somos capazes de nada. Eu nem andar podia, não sei o que tinha! Apesar de tudo, foi ele quem se deu conta, depois da terceira aparição do Anjo, das proximidades da noite. Foi quem disso nos advertiu e quem pensou em conduzir o rebanho para casa."

Passados os primeiros dias e recuperado o estado normal, perguntou o Francisco:

O Anjo, a ti, deu-te a Sagrada Comunhão; mas a mim e à Jacinta, que foi o que Ele nos deu?

Foi também a Sagrada Comunhão? – respondeu a Jacinta, numa felicidade indizível. – Não vês que era o Sangue que caía da Hóstia?

– Eu sentia que Deus estava em mim, mas não sabia como era! E prostrando-se por terra, permaneceu por largo tempo, com a sua Irmã, repetindo a oração do Anjo: Santíssima Trindade..., etc.

AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA.

Os povos envolvidos em guerra (1ª guerra mundial 1914-1918) espalhavam a morte, medo e a dor. Portugal atravessava uma grave crise, almas desorientadas envolviam-se na descrença, corações com fé suplicavam paz e a salvação para o mundo. Foi nesta atmosfera humana que brilhou o belo e risonho dia 13 de Maio de 1917.

Neste dia as três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, conselho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, já com 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 09 e 07 anos.

Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco.

A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Conselho, para Vila Nova de Ourém.

Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra.

Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.

Posteriormente, Nossa Senhora apareceu só a Lúcia uma 7ª vez em 15 de Junho de 1921 na cova da Iria como ela mesma conta em seu diário, indicando o caminho que Lúcia deveria seguir.

Após sendo Lúcia já religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917, na parte já revelada do chamado "Segredo de Fátima".

Deus olhou para o mundo com bondade e misericórdia no silêncio da Cova da Iria.

1ª APARIÇÃO13 de Maio de 1917.

Lúcia descreve com exatidão o primeiro encontro com a Virgem da carrasqueira:

Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria a fazer uma paredezita em volta de uma moita, vimos de repente como que um relâmpago.

– É melhor irmos embora para casa. Disse a meus primos:

– Estão a fazer relâmpagos e pode vir trovoada.

E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada. Ao chegar mais ou menos a meio da encosta quase junto de uma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e dado alguns passos mais adiante vimos sobre uma carrasqueira uma Senhora vestida toda de branco mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de água cristalina atravessado pelos raios do sol mais ardente.

Paramos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto que ficávamos dentro da luz que a cercava ou que Ela espargia, talvez a metro e meio, mais ou menos.

Então Nossa Senhora disse-nos:

– Não tenhais medo, hei não vos faço mal.

– De onde é Vossemecê? Lhe perguntei.

– Sou do Céu!

– E que é que Vossemecê me quer?

– Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia e a esta mesma hora, depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei aqui ainda uma sétima vez.

– E eu também vou para o Céu?

– Sim, vais!

– E a Jacinta?

– Também.

– E o Francisco?

– Também, mas tem que rezar muitos terços...

Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?

– Sim queremos!

– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas palavras (a graça de Deus, etc...) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazia-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz; mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos.

Então por um impulso íntimo, também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente: "Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro, Meu Deus, Meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento."

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

– Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz do mundo e o fim da guerra.

Em seguida começou a elevar-se serenamente subindo em direção ao nascente até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo porque algumas vezes dissemos que vimos abrir-se o Céu.