Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
domingo, 13 de dezembro de 2009
Oração a Santa Luzia (protetora dos olhos e da visão)
Oração à Santa Luzia – Protetora dos olhos
Ó Santa Luzia preferistes deixar que os vossos olhos fossem vazados e arrancados antes de negar a fé e conspurcar vossa alma; e Deus com um milagre extraordinário, vos devolveu outros dois olhos sãos e perfeitos para recompensar vossa virtude e vossa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, eu recorro à vós para que protejais minhas vistas e cureis a doença de meus olhos.
Ó Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que eu possa ver as belezas da criação, o brilho do sol, o colorido das flores, o sorriso das crianças.
Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual eu posso conhecer o meu Deus, compreender os seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos Anjos e Santos.
Santa Luzia, protejei meus olhos e conservai minha fé.
Amém.
13 de dezembro - Santa Luzia
Santa Luzia
O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a "janela da alma", canal de luz.
Nasceu em Siracusa (Itália) no fim do śeculo III. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém pagão.
Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs a sua mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia, e que a cura da grave doença seria a confirmação do não para o casamento. Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto a virgindade e quanto aos sofrimentos que passaria, como Santa Águeda.
Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses e nem quebrar o seu santo voto, Santa Luzia teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes, até que por fim a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no ano de 303.
Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus - Luz do Mundo - até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade".
Santa Luzia, rogai por nós!
sábado, 12 de dezembro de 2009
Santo do dia - 12 de dezembro
Nossa Senhora de Guadalupe
Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).
Nossa Senhora disse então a Juan Diego para que fosse até o Bispo, pedindo que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus. O Bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Foi quando Juan Diego estava indo buscar um sacerdote para o tio doente: "Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua "tilma" (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita..."
O Bispo viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531. Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: "Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de 'Santa Maria de Guadalupe', embora não tenha explicado o porquê". Diante de tudo isso muitos se converteram e o Santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já dura há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção. No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. Pois nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do Bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.
Disse o Papa Bento XIV, em 1754: "Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros... uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja... Deus não agiu assim com nenhuma outra nação".
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada "Padroeira de toda a América" pelo Papa Pio XII a 12 de outubro de 1945. No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou à Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
11 de dezembro - Santo do dia
São Dâmaso
Ocupou a Sé de Roma de 366 a 384. Foi natural, ou pelo menos originário, da antiga Hispânia. O Livro Pontifical, não muito posterior, dá-o como hispanus. Seu pai e uma irmã ao menos, Santa Irene, viveram também em Roma. Lá, S. Dâmaso erigiu uma Basílica a S. Lourenço, que recebeu o cognome de in Damaso.
Viveu num período de grande agitação para a Igreja. No tempo de seu Pontificado, era Bispo de Milão o grande Santo Ambrósio e São Jerônimo punha sua formidável inteligência ao serviço da Igreja. São Dâmaso teve que enfrentar um cisma causado por um antipapa, isto no início do seu Pontificado. Infelizmente este não consistiu no único problema para Dâmaso, já que teve de combater o Arianismo, que negava a consubstancialidade de Cristo com o Pai. Sendo ele Papa, chegou quase a extinguir-se a heresia ariana. O Imperador Teodósio, se não encontrou nele um indomável mestre de moral como Santo Ambrósio, encontrou um Papa que afirmou sempre, com serena firmeza, a "autoridade da Sé Apostólica". Dâmaso fez de tudo pela unidade da Igreja, e para deixar claro o Primado do Papa, pois foi o próprio Cristo quem quis: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18)
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O Papa Dâmaso esteve no II Concílio Ecumênico onde aconteceu a definição dogmática sobre a Divindade do Espírito Santo. Foi ele quem encarregou São Jerônimo na tradução da Bíblia da língua original para o latim, língua oficial da Igreja. Conhecido como o "Papa das Catacumbas", São Dâmaso foi responsável pela zelosa restauração das catacumbas dos mártires. Em Roma, conseguiu separar Estado e Paganismo. A sua obra foi paciente e oculta, mas não medíocre nem definhante. Soube ligar à Sé apostólica todas as Igrejas e obteve do poder civil o maior respeito.
São Dâmaso, o Papa mais notável do século IV, veio a falecer em 384. Na chamada Cripta dos Papas, por ele explorada nas Catacumbas de S. Calisto, no fim de uma longa inscrição, escreveu: "Aqui eu, Dâmaso, desejaria mandar sepultar os meus restos, mas tenho medo de perturbar as piedosas cinzas dos santos". Humildade e discrição de um Papa verdadeiramente santo, que de fato preparou para si a sepultura longe, num local solitário, à margem da Via Ardeatina.
São Dâmaso, rogai por nós!
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Santo do dia - 10 de dezembro
São João Roberts
A biografia de são John Roberts, para nós João Roberts, nos mostra um inglês profundamente católico que, fora de sua pátria, conseguia pregar e professar sua fé e sua religião. Mas bastava pôr os pés em sua terra natal, era preso. Várias vezes retornou à liberdade só por intervenção de estrangeiros importantes. Acabou se tornando o primeiro monge a ser executado na Inglaterra, logo após a coroação do rei Henrique VIII.
João Roberts nasceu no condado de Merioneth, em 1576. Seus pais eram os nobres João e Ana Roberts, protestantes cujos antepassados foram príncipes de Gales. Estudou na famosa Faculdade de São João, em Oxford, mas saiu sem graduação. Depois, formou-se em direito, aos vinte e um anos, em Londres.
Em 1598, estava estudando na faculdade inglesa de Valladoid, na Espanha. Já muito interessado no cristianismo, foi estudar na abadia dos beneditinos daquela cidade no ano seguinte. A conversão total aconteceu durante uma viagem a Paris, quando entrou para a Igreja de Roma pelas mãos de um cônego de Notre-Dame. Em 1600, finalmente, ingressou como noviço no Mosteiro beneditino de São Martinho de Compostela, Espanha.
Na época, Roma determinou que uma missão beneditina fosse enviada à Inglaterra. João Roberts, que acabara seus estudos em Salamanca, passou a integrar as fileiras da missão. Bastou desembarcar na Inglaterra, foi imediatamente preso, sendo libertado quando o rei Jaime assumiu o poder, em 1603.
Londres, no verão daquele ano, foi abalada pela epidemia da peste. João, então, trabalhou, incansavelmente, atendendo aos doentes. Tanto destaque teve durante esse período que foi preso novamente durante um ano, até 1606, em Gatehouse. Conseguiu a liberdade por intervenção de uma senhora espanhola, Luísa de Carvajal, muito influente na Corte inglesa, apesar de católica, por causa dos negócios existentes entre os dois países na época.
Assim, João se exilou na Espanha. Depois, organizou o Mosteiro de São Gregório em Douai, na França, do qual foi o primeiro prior. Em outubro de 1607, João Roberts voltou à Inglaterra e foi preso novamente. Mais uma vez, escapou, mas foi recapturado e, dessa vez, só conseguiu a liberdade por intervenção do embaixador da França. Saiu do país, mas, quando voltou, foi preso outras duas vezes, sendo, finalmente, em 1610, conduzido à presença do bispo protestante Abbot e condenado à morte na fogueira.
Foi queimado no dia 10 de dezembro do mesmo ano, na praça pública de Londres. Na sua fala, pouco antes de morrer, lamentou o monstro da heresia, o rei dos ingleses, e rezou por todos. Alguns séculos depois, foi beatificado, em 1929. O papa Paulo VI canonizou são João Roberts em 1970. A sua homenagem litúrgica ocorre no dia de sua morte.
São João Roberts, rogai por nós
A biografia de são John Roberts, para nós João Roberts, nos mostra um inglês profundamente católico que, fora de sua pátria, conseguia pregar e professar sua fé e sua religião. Mas bastava pôr os pés em sua terra natal, era preso. Várias vezes retornou à liberdade só por intervenção de estrangeiros importantes. Acabou se tornando o primeiro monge a ser executado na Inglaterra, logo após a coroação do rei Henrique VIII.
João Roberts nasceu no condado de Merioneth, em 1576. Seus pais eram os nobres João e Ana Roberts, protestantes cujos antepassados foram príncipes de Gales. Estudou na famosa Faculdade de São João, em Oxford, mas saiu sem graduação. Depois, formou-se em direito, aos vinte e um anos, em Londres.
Em 1598, estava estudando na faculdade inglesa de Valladoid, na Espanha. Já muito interessado no cristianismo, foi estudar na abadia dos beneditinos daquela cidade no ano seguinte. A conversão total aconteceu durante uma viagem a Paris, quando entrou para a Igreja de Roma pelas mãos de um cônego de Notre-Dame. Em 1600, finalmente, ingressou como noviço no Mosteiro beneditino de São Martinho de Compostela, Espanha.
Na época, Roma determinou que uma missão beneditina fosse enviada à Inglaterra. João Roberts, que acabara seus estudos em Salamanca, passou a integrar as fileiras da missão. Bastou desembarcar na Inglaterra, foi imediatamente preso, sendo libertado quando o rei Jaime assumiu o poder, em 1603.
Londres, no verão daquele ano, foi abalada pela epidemia da peste. João, então, trabalhou, incansavelmente, atendendo aos doentes. Tanto destaque teve durante esse período que foi preso novamente durante um ano, até 1606, em Gatehouse. Conseguiu a liberdade por intervenção de uma senhora espanhola, Luísa de Carvajal, muito influente na Corte inglesa, apesar de católica, por causa dos negócios existentes entre os dois países na época.
Assim, João se exilou na Espanha. Depois, organizou o Mosteiro de São Gregório em Douai, na França, do qual foi o primeiro prior. Em outubro de 1607, João Roberts voltou à Inglaterra e foi preso novamente. Mais uma vez, escapou, mas foi recapturado e, dessa vez, só conseguiu a liberdade por intervenção do embaixador da França. Saiu do país, mas, quando voltou, foi preso outras duas vezes, sendo, finalmente, em 1610, conduzido à presença do bispo protestante Abbot e condenado à morte na fogueira.
Foi queimado no dia 10 de dezembro do mesmo ano, na praça pública de Londres. Na sua fala, pouco antes de morrer, lamentou o monstro da heresia, o rei dos ingleses, e rezou por todos. Alguns séculos depois, foi beatificado, em 1929. O papa Paulo VI canonizou são João Roberts em 1970. A sua homenagem litúrgica ocorre no dia de sua morte.
São João Roberts, rogai por nós
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
9 de dezembro - Santo do dia
Santa Joana Francisca de Chantal
Neste dia queremos lembrar a vida da santa que na liturgia comemoraremos amanhã, Joana Francisca de Chantal, modelo de jovem, mãe, irmã e, por fim, de religiosa. Nasceu em Dijon, centro da França, em 1572 e foi pelas provações modelada até a santidade.
A mãe tão amada faleceu quando Joana era criança; o pai, homem de caráter exemplar, era presidente da câmara dos vereadores e por causa de maquinações políticas chegou a sofrer pobreza e muitas humilhações. Joana, que recebeu da família a riqueza da fé, deu com 5 anos um exemplo marcante quanto a presença de Jesus no Santíssimo Sacramente, pois falou a um calvinista que questionava o pai: "O Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não aceitar o que Ele falou, fazeis dele um mentiroso".
Santa Joana Francisca com 20 anos casou-se com um Barão (Barão de Chantal), tiveram quatro filhos, e juntos começaram a educar os filhos, principalmente com o exemplo. Joana era sempre humilde, caridosa para com o esposo, filhos e empregados; amava e muito amada.
Tristemente perdeu seu esposo que foi vítima de um tiro durante uma caça e somente com a graça de Deus conseguiu perdoar os causadores, e corajosamente educar os filhos. Como santa viúva, Joana conheceu o Bispo Francisco de Sales que a assumiu em direção espiritual e encontrou na santa a pessoa ideal para a fundação de uma Ordem religiosa. Isto no ano de 1604. A partir disso, começou e se desenvolveu uma das mais belas amizades que se têm conhecido entre os santos da Igreja.
Santa Joana Francisca de Chantal, já com os filhos educados, encontrou resistência dos seus familiares, porém, diante do chamado de Cristo, tornou-se fundadora das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora. Seguindo o exemplo de Maria, a santa de hoje com suas irmãs fizeram um grande bem à sociedade e à toda Igreja. A longa vida religiosa da Senhora de Chantal foi cheia de trabalhos, sofrimentos e consolações. Faleceu em Moulins, no ano de 1641. Nessa época, já existiam na França noventa casas da sua Ordem.
São Francisco de Sales nunca abandonou a filha espiritual; sobreviveu-lhe ela dezenove anos e repousa a seu lado na capela da Visitação, em Annecy (local da fundação da primeira casa da Ordem das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora).
Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Ali Agca, o homem que atirou em João Paulo II, deixa a prisão
Na Turquia
Homem que atirou no Papa João Paulo II deixará a prisão e deve ser mudar para a Itália
Mehmet Ali Agca, o atirador que tentou matar o Papa João Paulo II, será libertado da prisão na qual cumpre pena na Turquia por outro crime, informa o jornal "Times". O homem planeja visitar a tumba do pontífice logo após deixar o centro de detenção, em 18 de janeiro.
Ali Agca, que é turco, ficará em liberdade após ter cumprido pena de prisão pelo assassinato de um jornalista, antes de disparar duas vezes contra o Papa, enquanto o pontífice atravessava a Praça de São Pedro do Vaticano, rodeado de fiéis, ferindo-o com gravidade, em 13 de maio de 1981.
Há rumores de que Ali Agca pretenda se mudar para a Itália depois de ser solto. Ele recebeu indulto do presidente Carlo Azeglio Ciampi em 2000 e foi deportado para a Turquia, onde foi imediatamente preso e encarcerado pelo assassinato de Abdi Ipekci, editor do jornal turco "Milliyet", dois anos antes de atacar o Papa.
O turco não teria problemas para estabelecer residência na Itália, pois após ser condenado à prisão perpétua em julho de 1981 pelo atentado contra o Papa e de ser perdoado pelo próprio pontífice em 2000, o governo italiano o perdoou.
O jornal italiano "Il Messaggero" afirmou que a libertação pode gerar polêmica, pois Agca que quer viver fora de seu país e porque uma televisão americana teria oferecido US$ 2 milhões a ele em troca de uma entrevista exclusiva. A possibilidade de receber o dinheiro fez com que o líder do partido governista Povo da Liberdade (PDL) no Senado italiano, Maurizio Gasparri, tenha afirmado que, caso confirmada, a oferta seria "uma degeneração dos sistemas de informação".
- É uma vergonha enaltecer um criminoso dessa forma. Terroristas e assassinos devem ficar em silêncio e não ser tornar estrelas - disse Gasparri.
8 de dezembro - Nossa Senhora da Imaculada Conceição
IMACULADA CONCEIÇÃO, VERDADE DE MARIA E MISSÃO DA IGREJA
+ Manuel Clemente
Amados irmãos e irmãs
Celebramos a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria. Celebramo-la, hoje e aqui, quando nos preparamos para a “missão 2010” e na feliz circunstância da ordenação diaconal de alguns irmãos nossos, pertencentes a Institutos Religiosos – Espiritanos e Passionistas.
Tudo isto condiz. E necessariamente condiz, porque a Imaculada Conceição de Maria é a primeira claridade de Cristo, novíssimo Sol que se levanta sobre a terra. Condiz, porque a Mãe que Deus criou para d’Ela nascer no mundo é também a “nova terra” onde já se entrevêem os “novos céus”; terra recriada pela divina graça, para que a aventura humana se refizesse no melhor que sobrara, como esperança, de tanta contradição acumulada em relação ao que o mundo poderia ser; seria, se, desde o princípio, só tivesse havido acolhimento da vontade divina e a desobediência não serpenteasse nos corações humanos.
Desobediência antiga e insistente, que em geral conhecemos, mesmo sem sair de nós mesmos: persiste nos nossos corações, sempre que pretendemos prosseguir só por nós, como se não vivêssemos de Deus e com os outros, para os outros e para Deus, aprendendo a caridade, a única que nunca acabará. Conhecemos – e dramaticamente demais – a insinuação da dúvida, a languidez do desânimo e o sussurro do egoísmo… Serpenteiam realmente e secam-nos as fontes da vida. Vale-nos o que Deus disse à serpente, depois do primeiro ludíbrio, que sofremos em Eva: “Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Esta te esmagará a cabeça…”. Aconteceu finalmente, com a nova Eva e a sua descendência, Jesus Cristo, homem novo que em nós reconstrói a obediência ao Pai, e assim a vida. Retomou-se então, para prosseguir agora, o desígnio divino que São Paulo expressou assim, como há pouco ouvimos e certamente lembramos: “Deus escolheu-nos em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, em caridade, na sua presença”.
Não nos pareça desmedido o programa, de sermos santos e irrepreensíveis na caridade e na presença de Deus… Por nós, só por nós, tal seria realmente impossível. Em Cristo e pelo Espírito de Cristo, é caminho aberto e meta atingível, como o verificamos previamente em Maria, para que seja possível na humanidade inteira.
– E porquê previamente em Maria, na sua Imaculada Conceição, como a celebramos hoje? Porque para estar completamente connosco e assim renovar a humanidade de todos, Deus precisou de encontrar um coração que estivesse totalmente com Ele, com disponibilidade e compromisso também totais: para isso preservou Maria de toda a mancha original, ou seja, de toda a resistência ao seu amor, desde o princípio acumulada no coração humano. Graça de Deus que permitiu a incarnação de Cristo em Maria, totalmente assentida e correspondida por Ela. Obra do Espírito, que há de encontrar nos baptizados o idêntico acolhimento e correspondência.
Tudo perpassa no diálogo daquele dia, em Nazaré da Galileia. O Mensageiro divino abeira-se de Maria e saúda-a, com palavras que não nos cansamos de repetir: “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. Revelava-se nelas a verdade de Maria, a “cheia de graça”, imaculado coração que não tinha nada mais senão graça de Deus e acolhimento da sua vontade. Por isso o encontro entre Deus e o homem, isto é, o nascimento de Cristo na humanidade de nós todos, foi possível em Maria, nova terra para o homem novo. Tudo de Deus, na incarnação de Cristo. Tudo para Deus no coração de Maria: “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”. Assim terminou o trecho que ouvimos. Assim e só assim, continua Cristo no mundo, quando os corações dos baptizados estão com o de Maria.
Por isso mesmo, os autores cristãos, lídimos intérpretes dos corações crentes, não tardaram a olhar a Igreja à luz de Maria, no acolhimento activo da Palavra e da Graça divinas, para a recriação do mundo. Aí se aproximam, sem se confundirem aliás, e sempre por graça divina e em função de Cristo, os dogmas da Imaculada Conceição de Maria e da Conceição Virginal de Jesus, como traz o Catecismo da Igreja Católica, nº 494: “E aceitando de todo o coração, sem que nenhum pecado a retivesse, a vontade divina da salvação, [Maria], entregou-se totalmente à pessoa e à obra do seu Filho para servir, na dependência d’Ele e com Ele, pela graça de Deus, o mistério da redenção. […] Eis porque não poucos Padres afirmam, tal como ele [Santo Ireneu], nas suas pregações, que ‘o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria […]’; e, por comparação com Eva, chamam Maria a ‘Mãe dos vivos’ e afirmam muitas vezes: ‘a morte veio por Eva, a vida veio por Maria’”.
Condiz ainda e sempre, a Imaculada Conceição de Maria, com a nossa missão no mundo, porque a graça que a fez “imaculada” faz dos baptizados nova criação também. E com a mesma finalidade, de salvar a todos pela filiação divina, oferecida em Cristo pelo Espírito: Espírito que O incarnou n’Ela e agora O expande na vida e na missão da Igreja. Vida e missão, que têm na consagração religiosa e no sacramento da Ordem expressões fortíssimas e concretizações admiráveis.
- Como tudo isto condiz perfeitamente, amados irmãos e irmãs, na grande harmonia das verdades católicas! Meditemos nestas verdades, tão definitivas e luminosas elas são. E também para as percebermos melhor, caso persista alguma incompreensão sobre este dogma tão deslumbrante e salutar, da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria.
Com efeito, alguma teologia “liberal” - que melhor chamaríamos “individual”, por ser feita a partir das ideias de um ou outro autor, mais do que da Tradição da Igreja -, tem tendência a reduzir a verdade cristã àquilo que a mentalidade contemporânea queira admitir como gnoseologia possível… Mas havemos de concordar que, nestes termos, nada de original traria propriamente o Cristianismo, que a especulação humana não afirmasse já.
Nada de original como afirmação e nada de original como prática. Não foi por “lugares comuns” que Cristo morreu por nós e os mártires morreram com Ele; não foi por consensos amenos que se amaram os inimigos e se “deixou tudo” para se fazer próximo dos desconhecidos e contrários… Não foi nem é por mero corolário “religioso” de entendimentos gerais. Da Trindade divina à incarnação do Verbo, da conceição virginal de Jesus à sua realíssima Páscoa – morte real e ressurreição autêntica -, tudo é obra da graça divina, tudo é nova criação do mundo, tudo é novo e novíssimo, não oposto mas estimulante da nossa razão, para que se alargue à realidade inteira, onde finalmente coincidam as aspirações humanas e a própria aspiração divina a ter-nos consigo, totais e eternos. E o que é magnífico no dogma que hoje agradecemos e celebramos é tudo ter começado assim: no coração imenso de Deus e no coração imaculado de Maria. Num lugar recôndito duma Galileia obscura, recriou-se o mundo.
Compreendemos então porque é que a Imaculada Conceição de Maria, a missão da Igreja e o sacramento da Ordem, se unem tão bem nesta única celebração que fazemos. A missão da Igreja não nasce de projectos humanos nem da avaliação de objectivos e meios, no sentido corrente. Implica-os, até certo ponto, mas antecede-os e ultrapassa-os, porque “as coisas de Deus fazem-se com Deus”.
Da trilogia que João Paulo II nos deixou para a “nova evangelização”, que há-de ser “nova no ardor, nova nos métodos e nova nas expressões”, o mais decisivo é o ardor que tenhamos, em total coincidência com o coração de Deus, que sustenta e salva a criação inteira. – Onde encontraremos um coração assim, fora dos Corações de Jesus e Maria, do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria? E que é o sacramento da Ordem, que ides receber dentro de momentos, caríssimos irmãos, senão a transformação pela graça do vosso próprio coração no coração pastoral de Cristo?
Tudo se liga, de facto, tudo verdadeiramente condiz. Como em vós todos, irmãos e irmãs, no baptismo comum que aqui nos tem e faz crescer em fé e obras.
Deixai-me fazer ainda uma alusão ao facto de Nossa Senhora da Conceição ser Padroeira de Portugal. Não sai do contexto geral desta reflexão. Aluda-se, por belo exemplo, ao Padre António Vieira, altíssimo expoente de portugalidade e fé, de oratória e missão, neste quarto centenário do seu nascimento. É ele mesmo que aproxima a restauração da independência portuguesa (1640 e seguintes) da Imaculada Conceição de Maria, deixando entender que aquele facto nacional só teria sentido definitivo se servisse a restauração do mundo pela graça de Cristo.
E deixai-me dizer que esta reflexão de Vieira não se esgota no tempo que viveu, tornando-se exortação para os dias de hoje: se nos queremos “restaurar” como sociedade, ultrapassando tantas coisas que nos fariam duvidar de nós próprios – na vida económica e financeira, na vida política e cultural, no campo da solidariedade, da educação e do apoio concreto à vida em todo o seu arco existencial – retomemos a seiva evangélica, que nos deu os melhores momentos do passado para nos garantir as melhores metas no futuro.
Nascemos “Terra de Santa Maria”: façamos do nome um programa, partamos com Ela em missão!
+ Manuel Clemente
Sé do Porto, 8 de Dezembro de 2008
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