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Há muito mais tradições envolvendo a existência de Flávia Domitila do que documentos históricos comprovados. Seu nome e santidade tanto se espalharam, nos primeiros tempos do cristianismo, que sua vida se mesclou a essas tradições pela transmissão dos próprios fiéis que fixaram o seu culto.
Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois eunucos. Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um cônsul, Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da virgindade, "irmã dos Anjos". Ela teria abandonado o casamento e se convertido imediatamente.
Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa pelo compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A morte repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.
Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que ela era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e sobrinha do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram encontrados em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos Nereu e Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em Cristo.
No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder sua fé em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e condenada ao exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza.
Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu sobre ela são Jerônimo.
Santa Flávia Domitila
A gente vem a saber muita coisa sobre a banda podre da Igreja Católica, que acaba se esquecendo de seu lado sadio. Ao ver a lista de heróis da Time, pensei que poderia trazer alguma freira ou padre desconhecidos que se consomem em doença em algum lugar da África, ou na Amazônia.
E há também aqueles que, mesmo levando uma vida comum, têm espírito de solidariedade; pessoas que sacrificam gostos pessoais e atendem aos que sofrem e que precisam da caridade para sobreviver. A propósito me caiu diante dos olhos um artigo de Nicholas D. Kristof para o New York Times intitulado “Quem Pode Zombar dessa Igreja?”.
Kristof escreve diretamente do Sudão, onde foi fazer um artigo sobre a pobreza, e encontrou pessoas despojadas “grandes não pelo que vestem mas pela imensidade de sua compaixão – padres e freiras”. Para ele existem duas igrejas, o clube fechado do Vaticano e o agrupamento de padres, freiras e leigos de pé no chão em lugares como o Sudão. “E é nessa gente comunitária que eu encontro a verdadeira alma da igreja”, escreve ele.
Kristof defende a cobertura que a imprensa dá aos escândalos que o Vaticano acoberta, porque ela protege as crianças de mais abusos, mas reconhece que há um certo esnobismo liberal e secular da imprensa para com a igreja. Ele acha que quando se fala mal de uma instituição tão defasada, homofóbica, insensível ao combate a AIDS, a gente se esquece de um Pe. Michael no lugarejo de Nyamlell, a 250 quilômetros de qualquer rodovia asfaltada no Sudão. Ele dirige quatro escolas, e seus alunos estão entre os melhores do Sudão.
Ele chegou lá em 1978 e fala fluentemente as línguas locais. Para manter as escolas abertas, ele aguentou a guerra civil, foi preso e agredido fisicamente, e contraiu uma série de doenças. “É muito comum ter malária”, ele diz; “parasitas intestinais também são comuns”. Diz Kristof que o Pe. Michael é o “padre mais mal vestido que já vi, mas também o mais nobre; esse seria um grande papa.”
Em outra cidade ele encontrou a freira Cathy Arata, de Nova Jersey, que trabalhou com mulheres vítimas de violência nos Estados Unidos, e com camponeses em El Salvador. Está há dois anos no Sudão trabalhando no projeto Solidarity With Southern Sudan. O projeto já preparou 600 professores, e ajuda a combater a fome ensinando técnicas agrícolas. No hospital ao lado da escola, a cirurgiã é uma freira italiana. A outra médica é uma freira de 72 anos de Rhode Island.
Leia Junto se alia a Kristof na separação que faz entre dois grupos existentes na Igreja Católica. Embora eu desaprove a instituição em si, não posso deixar de admirar essas e todas as outras pessoas que, em nome de uma religião ou não, se despreendem de suas culturas, do conforto, para passar necessidades e contrair doenças somente para servir aos outros.
Todos aqui sabem que fui seminarista católico. Poderia fazer uma lista bastante grande de verdadeiros padres educadores e honestos com os quais convivi. Havia também os desclassificados que se apoiavam na necessidade imperativa do Vaticano de preservar as aparências para cometer abusos. Baseado no que vi nesses anos afirmo sem medo de errar que, de Belo Horizonte a San Francisco, de Madri a Mombai, há padres e freiras bem intencionados e que realmente atendem a necessidades humanas básicas, com total despreendimento.
Os abusos são resquícios de uma idade em que nobres e clero tinham carta branca para fazer o que quisessem. A Igreja Católica consegue manter privilégios daquela época, e é contra isso que eu e muito lutamos. Esses privilégios além de serem injustos, como isenções fiscais, levam e incentivam ao abuso sexual. Muitas dessas pessoas pertencentes à banda sadia da IC não se conformam com os ataques que são feitos ao Vaticano. Fazem parte de uma instituição e a defendem. É um direito seu. Mas aqui no Leia Junto continuaremos a divulgar os abusos e seu acobertamento como crimes.
Por que elas não abandonam a banda podre da IC e se juntam a outras instituições para fazer o bem que fazem? Não sei responder. Talvez por uma questão de tradição familiar, crença. Mas eu não me julgo no direito de dizer a essas pessoas o que devem ou não fazer. A realidade é que elas estão aí e o que fazem é digno de todo louvor. E enquanto a banda podre da IC não parar de interferir negativamente na sociedade civil e tentar impor um moralismo que ela não pratica, continuaremos a combatê-la.
Por: Cesar Barroso - Blog Leia Junto