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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Santo do dia - 23 de agosto

Santa Rosa de Lima

Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos treze filhos de Gaspar Flores e Maria de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.

Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente, enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. Apesar dos apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na Ordem Terceira Dominicana, tomando como exemplo de vida santa Catarina de Sena. Dedicou-se, então, ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa, aumentando seus dons de profecia e prodígios. E, para perder a vaidade, cortou os cabelos e engrossou as mãos, trabalhando na lavoura com os pais.

Aos vinte anos, pediu e obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento, como terciária dominicana. Quando vestiu o hábito e se consagrou, mudou o nome para Rosa e acrescentou Santa Maria, por causa de sua grande devoção à Virgem Maria, passando a ser chamada Rosa de Santa Maria.

Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. A partir do hábito, ela imprimiu ainda mais rigor às penitências. Começou a usar, na cabeça, uma coroa de metal espinhento, disfarçada com botões de rosas. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a sustentar a família com as rendas e bordados que fazia, pois seu confessor consentiu que ela não saísse mais de sua cela, exceto para receber a eucaristia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida contemplativa e experiência mística, compreendendo em profundidade o mistério da Paixão e Morte de Jesus.

Rosa cumpriu sua vocação, devotando-se à eucaristia e à Virgem Maria, cuidando para afastar o pecado do seu coração, conforme a espiritualidade da época. Aos trinta e um anos de idade, foi acometida por uma grave doença, que lhe causou sofrimentos e danos físicos. Assim, retirou-se para a casa de sua benfeitora, Maria de Uzátegui, agora Mosteiro de Santa Rosa, para cumprir a profecia de sua morte. Todo ano, ela passava o Dia de São Bartolomeu em oração, pois, dizia: "este é o dia das minhas núpcias eternas". E assim foi, até morrer no dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima.

Muitos milagres aconteceram por sua intercessão após sua morte. Rosa foi beatificada em 1667 e tornou-se a primeira santa da América Latina ao ser canonizada, em 1671, pelo papa Clemente X. Dois anos depois, foi proclamada Padroeira da América Latina, das Filipinas e das Índias Orientais, com a festa litúrgica marcada para o dia 23 de agosto. A devoção a santa Rosa de Lima propagou-se rapidamente nos países latino-americanos, sendo venerada pelos fiéis como Padroeira dos Jardineiros e dos Floristas.

Santa Rosa de Lima, rogai por nós!

domingo, 22 de agosto de 2010

Evangelho do dia

21º Domingo do Tempo Comum

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

Evangelho segundo S. Lucas 13,22-30.

Jesus percorria cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. Disse-lhe alguém: «Senhor, são poucos os que se salvam?» Ele respondeu-lhes: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir. Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: 'Abre-nos, Senhor!' Mas ele há-de responder-vos: 'Não sei de onde sois.' Começareis, então, a dizer: 'Comemos e bebemos contigo e Tu ensinaste nas nossas praças.' Responder-vos-á: 'Repito vos que não sei de onde sois. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade.' Lá haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus, e vós a serdes postos fora. Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus. E há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santo Anselmo

Ter lugar no banquete do Reino de Deus


Que grande felicidade é possuir o Reino de Deus! Que grande alegria para ti, coração humano, pobre coração habituado ao sofrimento e esmagado pela dor, quando usufruíres de uma felicidade tal. [...] E contudo, se outra pessoa, alguém que amasses como a ti mesmo, participasse de felicidade idêntica, a tua alegria redobraria, porque te alegrarias tanto por ti como por ele. E se dois ou três, ou muitos mais, possuíssem essa mesma felicidade, sentirias por cada um deles a mesma alegria que sentes por ti próprio, porque amarias cada um deles como a ti mesmo.


Assim, pois, nesta plenitude de amor que unirá os numerosos bem-aventurados, em que ninguém amará os outros menos que a si mesmo, cada um usufruirá da felicidade dos outros como da própria. E o coração do homem, incapaz de conter a própria alegria, será imerso no oceano de tão grandes e numerosas beatitudes. Ora, como sabeis, cada um se alegra com a felicidade dos outros na medida em que os ama; assim, nesta beatitude perfeita em que cada um amará a Deus incomparavelmente mais do que a si mesmo e a todos os outros, a felicidade infinita de Deus será para todos uma fonte de incomparável alegria.
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Santo do dia - 22 de agosto

Nossa Senhora Rainha

Instituída pelo Papa Pio XII, celebramos hoje a Memória de Nossa Senhora Rainha, que visa louvar o Filho, pois já dizia o Cardeal Suenens: "Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar".

Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei encontramos a realeza da Virgem a qual foi Assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos membros do Corpo místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação: "É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher" (Santo Anselmo).

Nossa Senhora Rainha, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso o evangelista São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: "Maria, a mãe de Jesus" (Atos 1,14). Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: "Salve Rainha" e repetir com o Papa Pio XII que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à Rainha do Céu): "A Jesus por Maria. Não há outro caminho".

Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!

sábado, 21 de agosto de 2010

21 de agosto - Santo do dia

São Pio X

Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835. Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade de ser padre.

Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.

No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja. Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a. Reformou, também, o breviário. Sua intensa devoção à eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade. Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo. Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.

Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como "um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.

No dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado.

São Pio X, rogai por nós!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

20 de agosto - Santo do dia

São Bernardo

Com muita alegria celebramos a santidade do abade e doutor da Igreja: São Bernardo. Nascido no Castelo de Fontaine em 1904, perto de Dijon (França), pertencia a uma família nobre, a qual se assustou com sua decisão radical de seguir Jesus como monge cisterciense.

São Bernardo é considerado pela Família Cisterciense um segundo fundador, pois atraía a tantos para a Ordem, que as mães e esposas afastavam os filhos e maridos do santo; tamanho era real o poder de atração de Bernardo que todos os irmãos, primos e amigos o seguiram. Homem de oração, destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, Reis, Bispos e também polemista, político e pacificador.

Aconteceu que São Bernardo, mesmo sendo contemplativo, entrou no concreto da realidade da sua época, a ponto de participar de várias polêmicas internas e externas da Igreja da época.

No ano de 1115, o seu abade Estevão mandou-o com doze companheiros fundar, no Vale do Absíntio, aquilo a que São Bernardo chamou Vale Claro (Claraval). Do Mosteiro de Claraval, o santo irradiava a luz do Cristianismo, isto também pelos escritos, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos; a invocação é fruto de sua profunda e sólida devoção a Nossa Senhora: "Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria". Pela Mãe do Céu, foi acolhido na eternidade em 1153.

Escreveu numerosas obras, milhares de cartas, mais de 300 sermões; interveio em todas as disputas doutrinais, em todas as grandes questões religiosas e seculares da época. Por ordem de tempo, considera-se o último dos Padres da Igreja. Um seu editor, falecido em 1707, Mabillon, escreveu sobre ele: "É o último dos Padres mas iguala os maiores".


São Bernardo, rogai por nós!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Santo do dia - 19 de agosto

São João Eudes

O santo deste dia foi definido por São Pio X como "autor, pai, doutor, apóstolo, promotor e propagandista da devoção litúrgica aos sagrados Corações de Jesus e Maria". São João Eudes nasceu na Normandia, em 1601, num tempo em que o século XVII estava sendo marcado pelo jansenismo, quietismo e filosofismo.

Ao viver numa família religiosa, João estranhou quando externando seu desejo de consagrar-se a Deus encontrou barreiras com o seu pai, que não foram maiores do que o chamado do Senhor, por isto com 24 anos estava sendo ordenado Sacerdote. Homem de Deus, soube colher e promover os frutos do Espírito para a época, tanto assim que foi importantíssimo para a renovação e formação do Clero, evangelização das massas rurais e difusão da espiritualidade centrada nos Corações de Jesus e de Maria, a qual venceu com o amor afetivo de Deus as friezas e tentações da época.

São João Eudes com suas inúmeras missões e escritos influenciou fortemente todo o seu país e o mundo cristão. Depois de fundar a Congregação de Jesus e Maria (Eudistas), ao lado do ramo feminino chamada Refúgio de Nossa Senhora da Caridade, São João Eudes entrou no Céu em 1680 e foi canonizado em 1925.

São João Eudes, rogai por nós!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pastor protestante reconhece que além dos erros tradicionais do protestantismo, falta aos evangélicos brasileiros: ÉTICA e HONESTIDADE

A nova reforma protestante

Inspirado no cristianismo primitivo e conectado à internet, um grupo crescente de religiosos critica a corrupção neopentecostal e tenta recriar o protestantismo à brasileira

Irani Rosique não é apóstolo, bispo, presbítero nem pastor. É apenas um cirurgião geral de 49 anos em Ariquemes, cidade de 80 mil habitantes do interior de Rondônia. No alpendre da casa de uma amiga professora, ele se prepara para falar. Cercado por conhecidos, vizinhos e parentes da anfitriã, por 15 minutos Rosique conversa sobre o salmo primeiro (“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”). Depois, o grupo de umas 15 pessoas ora pela última vez – como já havia orado e cantado por cerca de meia hora antes – e então parte para o tradicional chá com bolachas, regado a conversa animada e íntima.

Desde que se converteu ao cristianismo evangélico, durante uma aula de inglês em Goiânia em 1969, Rosique pratica sua fé assim, em pequenos grupos de oração, comunhão e estudo da Bíblia. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram e se multiplicaram. Hoje, são 262 espalhados por Ariquemes, reunindo cerca de 2.500 pessoas, organizadas por 11 “supervisores”, Rosique entre eles. São professores, médicos, enfermeiros, pecuaristas, nutricionistas, com uma única característica comum: são crentes mais experientes.

Apesar de jamais ter participado de uma igreja nos moldes tradicionais, Rosique é hoje uma referência entre líderes religiosos de todo o Brasil, mesmo os mais tradicionais. Recebe convites para falar sobre sua visão descomplicada de comunidade cristã, vindos de igrejas que há 20 anos não lhe responderiam um telefonema. Ele pode ser visto como um “símbolo” do período de transição que a igreja evangélica brasileira atravessa. Um tempo em que ritos, doutrinas, tradições, dogmas, jargões e hierarquias estão sob profundo processo de revisão, apontando para uma relação com o Divino muito diferente daquela divulgada nos horários pagos da TV.

Estima-se que haja cerca de 46 milhões de evangélicos no Brasil. Seu crescimento foi seis vezes maior do que a população total desde 1960, quando havia menos de 3 milhões de fiéis espalhados principalmente entre as igrejas conhecidas como históricas (batistas, luteranos, presbiterianos e metodistas). Na década de 1960, a hegemonia passou para as mãos dos pentecostais, que davam ênfase em curas e milagres nos cultos de igrejas como Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e O Brasil Para Cristo. A grande explosão numérica evangélica deu-se na década de 1980, com o surgimento das denominações neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer. Elas tiraram do pentecostalismo a rigidez de costumes e a ele adicionaram a “teologia da prosperidade” (leia o quadro na última pág.). Há quem aposte que até 2020 metade dos brasileiros professará à fé evangélica.

Dentro do próprio meio, levantam-se vozes críticas a esse crescimento. Segundo elas, esse modelo de igreja, que prospera em meio a acusações de evasão de divisas, tráfico de armas e formação de quadrilha, tem sido mais influenciado pela sociedade de consumo que pelos ensinamentos da Bíblia. “O movimento evangélico está visceralmente em colapso”, afirma o pastor Ricardo Gondim, da igreja Betesda, autor de livros como Eu creio, mas tenho dúvidas: a graça de Deus e nossas frágeis certezas (Editora Ultimato). “Estamos vivendo um momento de mudança de paradigmas. Ainda não temos as respostas, mas as inquietações estão postas, talvez para ser respondidas somente no futuro.”

Nos Estados Unidos, a reinvenção da igreja evangélica está em curso há tempos. A igreja Willow Creek de Chicago trabalhava sob o mote de ser “uma igreja para quem não gosta de igreja” desde o início dos anos 1970. Em São Paulo, 20 anos depois, o pastor Ed René Kivitz adotou o lema para sua Igreja Batista, no bairro da Água Branca – e a ele adicionou o complemento “e uma igreja para pessoas de quem a igreja não costuma gostar”. Kivitz é atualmente um dos mais discutidos pensadores do movimento protestante no Brasil e um dos principais críticos da“religiosidade institucionalizada”. Durante seu pronunciamento num evento para líderes religiosos no final de 2009, Kivitz afirmou: “Esta igreja que está na mídia está morrendo pela boca, então que morra. Meu compromisso é com a multidão agonizante, e não com esta igreja evangélica brasileira.”

Essa espécie de “nova reforma protestante” não é um movimento coordenado ou orquestrado por alguma liderança central. Ela é resultado de manifestações espontâneas, que mantêm a diversidade entre as várias diferenças teológicas, culturais e denominacionais de seus ideólogos. Mas alguns pontos são comuns. O maior deles é a busca pelo papel reservado à religião cristã no mundo atual. Um desafio não muito diferente do que se impõe a bancos, escolas, sistemas políticos e todas as instituições que vieram da modernidade com a credibilidade arranhada. “As instituições estão todas sub judice”, diz o teólogo Ricardo Quadros Gouveia, professor da Universidade Mackenzie de São Paulo e pastor da Igreja Presbiteriana do Bairro do Limão. “Ninguém tem dúvida de que espiritualidade é uma coisa boa ou que educação é uma coisa boa, mas as instituições que as representam estão sob suspeita.”

Uma das saídas propostas por esses pensadores é despir tanto quanto possível os ensinamentos cristãos de todo aparato institucional. Segundo eles, a igreja protestante (ao menos sua face mais espalhafatosa e conhecida) chegou ao novo milênio tão encharcada de dogmas, tradicionalismos, corrupção e misticismo quanto a Igreja Católica que Martinho Lutero tentou reformar no século XVI. “Acabamos nos perdendo no linguajar ‘evangeliquês’, no moralismo, no formalismo, e deixamos de oferecer respostas para nossa sociedade”, afirma o pastor Miguel Uchôa, da Paróquia Anglicana Espírito Santo, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. “É difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com tanto formalismo e tão pouco conteúdo.”

Uchôa lidera a maior comunidade anglicana da América Latina. Seu trabalho é reconhecido por toda a cúpula da denominação como um dos mais dinâmicos do país. Ele é um dos grandes entusiastas do movimento inglês Fresh Expressions, cujo mote é “uma igreja mutante para um mundo mutante”. Seu trabalho é orientar grupos cristãos que se reúnem em cafés, museus, praias ou pistas de skate. De maneira genérica, esses grupos são chamados de “igreja emergente” desde o final da década de 1990. “O importante não é a forma”, afirma Uchôa. “É buscar a essência da espiritualidade cristã, que acabou diluída ao longo dos anos, porque as formas e hierarquias passaram a ser usadas para manipular pessoas. É contra isso que estamos nos levantando.”

No meio dessa busca pela essência da fé cristã, muitas das práticas e discursos que eram característica dos evangélicos começaram a ser considerados dispensáveis. Às vezes, até condenáveis (leia o quadro na última pág.). Em Campinas, no interior de São Paulo, ocorre uma das experiências mais interessantes de recriação de estruturas entre as denominações históricas. A Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera não tem um templo. Seus frequentadores se reúnem em dois salões anexos a grandes condomínios da cidade e em casas ao longo da semana. Aboliram a entrega de dízimos e as ofertas da liturgia. Os interessados em contribuir devem procurar a secretaria e fazê-lo por depósito bancário – e esperar em casa um relatório de gastos. Os sermões são chamados, apropriadamente, de “palestras” e são ministrados com recursos multimídias por um palestrante sentado em um banquinho atrás de um MacBook. A meditação bíblica dominical é comumente ilustrada por uma crônica de Luis Fernando Verissimo ou uma música de Chico Buarque de Hollanda.


Fonte: Revista ÉPOCA


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18 de agosto - Santo do dia

Santa Helena

Lembramos neste dia a santa que depois da conversão se dedicou na ajuda ao Cristianismo no tempo da liberdade religiosa acontecida durante o Império Romano. Nascida no ano de 255 em Bitínia, de família plebéia, no tempo da juventude trabalhava numa pensão, até conhecer e casar-se com o oficial do exército romano, chamado Constâncio Cloro.

Fruto do casamento de Helena foi Constantino, o futuro Imperador, o qual tornou-se seu consolo quando Constâncio Cloro deixou-a para casar-se com a princesa Teodora e governar o Império Romano. Diante do falecimento do esposo, o filho que avançava na carreira militar substituiu o pai na função imperial, e devido a vitória alcançada nas portas de Roma, tornou-se Imperador.

Aconteceu que Helena converteu-se ao Cristianismo, ou ainda tenha sido convertida pelo filho que decidiu seguir Jesus e proclamar em 313 o Édito de Milão, o qual deu liberdade à religião cristã, isto depois de vencer uma terrível batalha a partir de uma visão da Cruz. Certeza é que no Império Romano a fervorosa e religiosa Santa Helena foi quem encontrou a Cruz de Jesus e ajudou a Igreja de Cristo, a qual saindo das catacumbas pôde evangelizar e com o auxílio de Santa Helena construir basílicas nos lugares santos.

Faleceu em 327 ou 328 em Nicomédia, pouco depois de sua visita à Terra Santa. Os seus restos foram transportados para Roma, onde se vê ainda agora, no Vaticano, o sarcófago de pórfiro que os inclui.

Santa Helena, rogai por nós!