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quinta-feira, 9 de junho de 2011

9 de junho - Santo do dia

Bem-aventurado José de Anchieta
Nascido nas Ilhas Canárias, pertencente a uma grande família de 12 irmãos, o santo de hoje viveu no século XVI.
Por motivos de estudo, foi enviado para Coimbra – Portugal, local onde teve o primeiro contato com a Companhia de Jesus e com o testemunho de São Francisco Xavier.

Muitas coisas o levaram a discernir seu chamado à vida religiosa, e aos 17 anos diante de uma imagem de Nossa Senhora, ele fazia o seu compromisso de abandonar tudo e servir a Deus.

Anchieta entrou na Companhia de Jesus em 1551, fez um noviciado exigente, e mesmo com a saúde frágil fez os seus votos de castidade, pobreza e obediência, em 1553. Neste mesmo ano foi enviado para o Brasil, e chegando na Terra de Santa Cruz ele pôde evangelizar.

Ainda não era sacerdote. Estudava Filosofia, Teologia, e sempre evangelizando, dando aulas, indo ao encontro dos indígenas. Respeitava a cultura do povo, conheceu a língua Tupi-Guarani para melhor evangelizar.

Homem fiel à santa doutrina, à sua congregação e acima de tudo, fiel ao Espírito Santo.

Esteve em diversos lugares do Brasil, como São Paulo, Rio de janeiro, Espírito Santo, Bahia etc. Consumia-se na missão.

José de Anchieta é um modelo para todos os tempos, para uma nova evangelização no poder do Espírito Santo e com profundo respeito a quem nos acolhe, a quem é chamado também a ser inteiro de Jesus.

Bem-aventurado José de Anchieta, rogai por nós!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

8 de junho - Santo do dia

São Medardo

Medardo nasceu no ano 457 em Salency, norte da França. Sua mãe era descendente de uma antiga e tradicional família romana, seu pai era um nobre da corte francesa e seu irmão Gildardo foi bispo de Rouen, mais tarde canonizado pela Igreja. Essa posição social garantiu-lhe uma educação de primeiro nível. Desde criança foi colocado sob a tutela do bispo de Vermand, para receber uma aprimorada formação intelectual e religiosa.

Piedoso e inteligente, logo se evidenciaram seus dons de caridade e humildade, com atitudes que depois eram comentadas por toda a cidade. Ele chegava a ficar sem comer para alimentar os famintos e, certa feita, tirou a roupa do corpo para dá-la a um velhinho cego e quase despido que lhe pediu uma esmola.

Medardo ordenou-se sacerdote aos trinta e três anos e imediatamente começou uma carreira de pregador que ficaria famosa pelos séculos seguintes. No ano 530, sucedeu o bispo de Noyon, sendo consagrado pelas mãos do bispo de Reims, Remígio, hoje santo, o qual era também conselheiro do rei Clotário, embora este ainda não tivesse se convertido, mas tolerava o cristianismo.

Foi pelas mãos do bispo Medardo que a rainha Radegunda tomou o hábito beneditino. Ela que abandonara o próprio rei Clotário, acusado de fratricídio. Aquela situação delicada não intimidou Medardo, que colocou sua vida em jogo para amparar a rainha cristã, que por motivos políticos fora obrigada a coabitar com um rei pagão. A história conta que Radegunda fundou um mosteiro beneditino, aliás o primeiro a cuidar de doentes, no caso os leprosos.

Mais tarde, quando Medardo já era conhecido como eficiente e contagiante pregador, recebeu do rei Clotário, então convertido, e do conselheiro, o bispo Remígio, o pedido de socorrer uma comunidade vizinha, ainda impregnada de paganismo, a diocese de Tournay.

Dirigiu as duas ao mesmo tempo, de forma perfeita, e converteu tanta gente de Tournay que, pelos quinhentos anos seguintes, elas seguiram sendo uma só diocese.

Mas não parou por aí. A província de Flandres, altamente influenciada pela filosofia dos gregos, tinha um índice de pagãos maior ainda. Novamente, Medardo foi solicitado. Quando morreu em Noyon, no dia 8 de junho em 545, toda aquela província também era católica.

A sua morte foi muito sentida e imediatamente seu culto foi difundido por toda a França, espalhando-se por todo o mundo católico. O rei Clotário mandou trasladar suas relíquias de Noyon para a capital, Soisson, onde, sobre sua sepultura, o sucessor mandou erguer uma abadia, que existe até hoje na França.

São Medardo, rogai por nós!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Santo do dia - 7 de junho

São Pedro de Córdova e companheiros
O santo de hoje viveu num tempo de grande perseguição. Foi no século IX, no ano de 851: um rei de outra religião estava impondo para os cristãos a renúncia de Cristo e a adesão a tal outra religião. Claro que muitos optaram pela fidelidade a Jesus, mesmo em meio às ameaças e perseguições.

Pedro, fiel leigo, que foi para Córdova junto com outro amigo por causa dos estudos, deparou-se com aquela perseguição. Eles se apresentaram a um juiz, que questionou a fé daqueles cristãos. E Pedro respondeu testemunhando Jesus Cristo, falando sobre a verdadeira religião, da Salvação, do único Salvador. Aquele juiz não aceitou os argumentos e condenou Pedro e seus companheiros ao martírio.

Eles foram com alegria, testemunhando a esperança da ressurreição. Foram degolados e depois tiveram seus corpos dependurados e queimados, e ainda tiveram suas cinzas lançadas num rio, para que ninguém os venerasse.

Diante do testemunho desses mártires, peçamos a Deus a graça da fidelidade.

São Pedro de Córdova e companheiros, rogai por nós!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

6 de junho - Santo do dia


São Norberto

Neste dia, lembramos a vida de santidade do fundador da Ordem dos Premonstratenses, conhecidos também como os Monges Brancos. São Norberto nasceu na Alemanha, em 1080, numa família nobre e de muita influência.

Jovem simpático, elegante, dado aos esportes, à caça, à vaidade e aos jogos da época. Era considerado um homem de Igreja, porém, na vida não testemunhava o seguimento ao Cristo. Aconteceu que, certa vez, ao passear de cavalo pegou um temporal que atingiu seu animal com um forte raio, que o matou e lançou o santo no chão desacordado. Ao voltar em si, tomou consciência pela graça divina do triste estado em que andava sua alma. A partir deste fato, entrou num forte processo de conversão.

São Norberto renunciou tudo aquilo que o afastava de Deus e dos irmãos, trocando toda sua riqueza pela pobreza de um pregador penitente e itinerante. Tornou-se sacerdote e monge. Muitas vezes, foi perseguido pelas suas fervorosas pregações, mas em tudo teve a bênção do Papa, tanto assim que foi escolhido e ordenado Bispo, e em seguida Arcebispo de Magdeburgo. Morreu com 54 anos, sendo considerado o maior reformador do século XII.

São Norberto, rogai por nós!

domingo, 5 de junho de 2011

Evangelho do dia

Evangelho do dia

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

Ascensão do Senhor

Evangelho segundo S. Mateus 28,16-20

Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado.
Quando o viram, adoraram-no; alguns, no entanto, ainda duvidavam.
Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra.
Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por: Beato John Henry Newman, presbítero

«Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos»


O regresso de Cristo a Seu Pai é ao mesmo tempo fonte de pesar, por ser sinónimo da Sua ausência, e fonte de alegria, por significar a Sua presença. Brotam da doutrina da Ressurreição e da Ascensão estes paradoxos cristãos, mencionados com frequência nas Escrituras, a saber, que nos afligimos sem por isso pararmos de rejubilar, como «nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2Cor 6,10).


Na verdade, é esta a nossa condição presente: perdemos a Cristo, e encontramo-Lo; não O vemos e, apesar disso, podemos discerni-Lo; estreitamos-Lhe os pés (Mt 28,9) e Ele diz-nos «Não Me detenhas» (Jo 20,17). Mas como? Acontece que, tendo perdido a percepção sensível e consciente da Sua pessoa, já não nos é possível vê-Lo, ouvi-Lo, falar-Lhe, segui-Lo de terra em terra; no entanto, usufruimos espiritual, imaterial, interior, mental e realmente da Sua visão e da Sua posse, uma posse envolvida por maior realidade e por maior presença do que alguma vez na vida tiveram os Apóstolos, precisamente por ser espiritual e invisível.


Todos nós sabemos que, neste mundo, quanto mais um objecto está perto de nós, tanto menos conseguimos dele aperceber-nos e compreendê-lo. Cristo veio até tão perto de nós, na Igreja, que não somos sequer capazes de O fixar com o olhar, ou até de O distinguir; apesar disso, Ele instala-Se em nós e assim toma posse da herança por Ele adquirida; não Se nos apresenta, e todavia atrai-nos a Si e faz de nós Seus correligionários. [...] Não O vemos sequer, mas no entanto, pela fé, sentimos a Sua presença porque Ele está ao mesmo tempo acima de nós e em nós. Por conseguinte, sentimos pesar, porque não temos consciência dessa presença, e ao mesmo tempo alegria, porque sabemos a Quem possuímos: «Sem O terdes visto, vós O amais; sem o ver ainda, credes n'Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das [vossas] almas» (1Pe 1,8-9).

5 de junho - Santo do dia

São Bonifácio

Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer, em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e formação religiosa. Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro nesta mesma abadia, depois na de Nurslig.

Em seguida, decidiu iniciar seu trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno, mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão Carlos Martel, os resultados foram frustrantes. Em 718, fez, então, uma peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano.

Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as primeiras conversões nessas regiões. Durante três anos percorreu quase toda a Alemanha e, numa segunda viagem a Roma, o papa, agora já outro, entusiasmado com seu trabalho, nomeou-o bispo de Mainz. Esse contato constante com os pontífices foi importante, pois a Igreja na Alemanha foi implantada em plena consonância com a orientação central da Santa Sé. Bonifácio fundou o mosteiro de Fulda, centro propulsor da cultura religiosa alemã, só comparável ao italiano de Montecassino. E muitos outros mosteiros masculinos e femininos, igrejas e catedrais de norte a sul do país, recrutando os beneditinos da Inglaterra. Acabou estendendo sua missão até a França.

Incansável, com sua sede episcopal fixada em Mainz, atuou em vários concílios e promulgou várias leis. Em 754, foi para o norte da Europa, região onde atualmente se encontra a Holanda. No dia 5 de junho do mesmo ano, dia de Pentecostes, foi ao encontro de um grande grupo de catecúmenos de Dokkun, os quais receberiam o crisma. Mal iniciou a santa missa, o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os cristãos foram todos trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por um golpe de espada.

Mesmo que são Bonifácio não tenha evangelizado por completo a Alemanha, ao menos se pode afirmar que foi graças a ele que isso aconteceu, nos tempos seguintes, como herança de seu trabalho. São Bonifácio é venerado como o "Apóstolo da Alemanha". Seu corpo foi sepultado na igreja do mosteiro de Fulda, que ainda hoje o conserva, pois em vida havia expressado essa vontade.

São Bonifácio, rogai por nós!

sábado, 4 de junho de 2011

São Francisco Caracciolo

Ascânio Caracciolo era um italiano descendente, por parte de mãe, de santo Tomás de Aquino, portanto, como ele, tinha vínculos com a elite da nobreza. Nasceu próximo de Nápoles, na Vila Santa Maria de Chieti, em 13 de outubro de 1563. A família, muito cristã, preparou-o para a vida de negócios e da política, em meio às festas sociais e aos esportes.

Na adolescência, decidiu pela carreira militar. Mas foi acometido por uma doença rara na pele, parecida com a lepra e incurável também. Quando todos os tratamentos se esgotaram, Ascânio rezou com fervor a Deus, pedindo que ele o curasse e prometendo que, se tal graça fosse concedida, entregaria a sua vida somente a seu serviço. Pouco depois a cura aconteceu.

Cumprindo sua determinação, tinha então vinte e dois anos, foi para Nápoles, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Começou seu trabalho junto aos "Padres Brancos da Justiça", que se dedicavam ao apostolado dos encarcerados, doentes e pobres abandonados.

Entretanto, Deus tinha outros planos para ele. Na organização dos "Padres Brancos" havia um outro sacerdote que tinha exatamente o seu nome: Ascânio Caracciolo, só que era mais velho. Certo dia de 1588, o correio cometeu um erro, entregando uma carta endereçada ao Ascânio mais velho para o mais jovem, no caso ele. A carta fora escrita pelo sacerdote João Agostinho Adorno e por Fabrício Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles. E ambos se dirigiam ao velho Ascânio Caracciolo para pedir que colaborasse com a fundação de uma nova Ordem, a dos "Clérigos Regulares Menores", dando alguns detalhes sobre o carisma que desejavam implantar.

O jovem Ascânio percebeu que a nova Ordem vinha ao encontro com o que ele procurava e foi conversar com os dois sacerdotes. Depois os três se isolaram no mosteiro dos camaldulenses, para rezar, jejuar e pedir a luz do Espírito Santo para a elaboração das Regras. Ao final de quarenta dias, com os regulamentos prontos, Ascânio propôs que fosse incluído um quarto voto, alem dos três habituais de pobreza, obediência e castidade: o de não aceitar nenhum posto de hierarquia eclesiástica. O voto foi aceito e incorporado à nova Ordem.

Quando a comunidade contava com doze integrantes, os três foram ao papa Xisto V pedir sua aprovação, concedida no dia 1o de junho de 1588. Um ano depois, Ascânio vestiu o habito dos Clérigos Regulares Menores tomando o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis, no qual se espelhava.

Eles pretendiam estabelecer-se em Nápoles, mas o papa sugeriu que fossem para a Espanha, região que carecia de novas Ordens. Porém, ao chegarem em Madri, o rei não permitiu a sua fundação. Voltaram para Nápoles. Nessa ocasião morreu Adorno, que era o prepósito-geral da Ordem, tarefa que Francisco Caracciolo assumiu com humildade até morrer.

Fiel ao pedido do papa, não desistiu da Espanha, para onde voltou outras vezes. Entre 1595 e 1598, Francisco fundou, em Valadolid, uma casa de religiosos; em Alcalá, um colégio; e, em Madri, um seminário, no qual foi mestre dos noviços. Mais tarde, retornou para a Casa-mãe em Nápoles, que fora transferida para Santa Maria Maior devido ao seu rápido crescimento.

Foram atividades intensas de que seu corpo frágil logo se ressentiu. Adoeceu durante uma visita aos padres do Oratório da cidade de Agnone e morreu, aos quarenta e quatro anos de idade, em 4 de junho de 1608. Canonizado em 1807 pelo papa Pio VII, são Francisco Caracciolo foi consagrado co-padroeiro de Nápoles em 1840.

São Francisco Caracciolo, rogai por nós!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Santa Missa

O SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA - PELAS ORIGENS DA SANTA MISSA

Uma vez que toda a ordem do Antigo Testamento tinha em vista a ordem do Novo Testamento, dispôs admiravelmente o Espírito Santo que sua última profecia naquele Testamento se referisse à Sagrada Eucaristia, a qual, continuando o Sacrifício da Cruz, irá constituir o centro da vida cristã. Também é significativo que esta profecia se encontre em Malaquias, aquele que tão decididamente insistiu no amor de Deus a seu povo: “Os tenho amado”(*50), declara o Senhor Deus (Javeh).(*51)

Nos versículos 10 e 11 do capítulo 1 de Malaquias temos:

“10... Minha afeição não está em vós, diz o Senhor Deus dos Exércitos e eu não receberei a oblação que vem de vossas mãos. 11 Eis que desde o nascer do sol até seu ocaso sacrificam a Mim em todo lugar e oferecem em meu nome uma oblação toda pura, pois grande é o meu nome em todas as nações”.(*52)

Os mais antigos documentos cristãos têm uma predileção por esta profecia de Malaquias, cujo eco foi recolhido pelo Concílio de Trento(*53), ao dizer, a respeito do Sacrifício da Missa: “E esta é certamente aquela oblação pura, que não pode ser manchada por qualquer indignidade ou malícia dos ofertantes, a qual foi predita pelo Senhor, por Malaquias, que havia de ser oferecida pura, em todo lugar, ao seu nome, o qual havia de ser grande entre as gentes”.(*54)

08 - CHEGA O TEMPO DO NOVO SACRIFÍCIO.

O espírito que devia animar todas as cerimônias religiosas diminuía dia a dia, e a irreligião e a estupidez chegaram ao ponto culminante imediatamente antes da chegada do Messias.

O que, de fato, esperar dos fariseus que se detinham apenas nas exterioridades da lei? E, sobretudo dos saduceus, que dominavam o templo, que presidiam os sacrifícios e que não acreditavam na ressurreição?

Era, pois, o tempo em que as figuras deviam acabar e que, de acordo com a predição do Profeta-Rei(*55), Deus devia rejeitar os sacrifícios que haviam sido oferecidos, até então, apenas no templo de Jerusalém.(*56)

Era o tempo em que iam ser cumpridas as profecias do Antigo Testamento e, assim sendo, em seu encontro com a samaritana, Jesus Cristo anuncia um novo Sacrifício.

09 - JESUS CRISTO ANUNCIA UM NOVO SACRIFÍCIO.

Era o tempo de um novo sacrifício.

E era preciso um novo sacrifício que fosse necessariamente oferecido em espírito e em verdade. (*57)

E é este sacrifício que Jesus Cristo anuncia à samaritana, quando ela lhe coloca a questão relativa ao lugar onde se devia adorar (*58), isto é, sacrificar; porque a contenda (discussão, briga) entre os judeus e os samaritanos dizia respeito apenas ao lugar do culto exterior, das oblações e dos sacrifícios, e não sobre o lugar da prece e do sacrifício interior, pois todos estavam persuadidos que se podia rezar e se oferecer a Deus em toda parte.

Jesus Cristo entra no pensamento da samaritana e lhe diz que chegou a hora (*59) em que não mais se adorará, isto é, que não se sacrificará mais, nem sobre a montanha de Garizin, nem em Jerusalém; mas que existirão verdadeiros adoradores que adorarão o Pai em espírito e em verdade(*60), e que não ficarão mais restritos a um lugar em particular.(*61)

A resposta de Jesus Cristo confirma a necessidade de um novo sacrifício, do Sacrifício da Nova Lei, que será oferecido em todo lugar e que será sempre oferecido em espírito e em verdade por Aquele que é a própria Verdade.(*62)

Este novo sacrifício, anunciado por Jesus Cristo à samaritana, já tinha o seu protótipo no sacrifício de pão e vinho oferecido por Melquisedeque, como disposto por Deus 2000 anos antes; e, por isso mesmo, o pão e o vinho devem ser, sempre, a matéria do sacrifício que Nosso Senhor Jesus Cristo está por instituir.(*63)

E sobre este novo sacrifício, agora, é o próprio Verbo de Deus feito homem, e não mais os antigos profetas, quem vai nos falar, primeiramente prometendo a Eucaristia e depois realizando Ele mesmo a grande maravilha. (*64)

10 - JESUS CRISTO PROMETE A EUCARISTIA.

O evangelista São João, com a vivência do testemunho ocular e com a garantia de escritor sagrado inspirado por Deus, nos relata o que aconteceu. Para ambientar a promessa eucarística, São João faz neste caso uma exceção singular com relação à norma que se havia imposto de completar os sinópticos e, portanto, de não repetir os milagres já narrados nos outros Evangelhos.

Os outros três evangelistas haviam descrito a primeira multiplicação dos pães (Mt.14,13-21; Mc.6,34-44; Lc.9,12-17) e dois deles como andou Jesus sobre as águas em seguida àqueles milagres (Mt.14,22-34; Mc.6,45-53) e, todavia, São João volta a referir-se sobre esses acontecimentos (Jo.6,1-21), sem dúvida alguma não só para tornar mais inteligíveis as palavras de Jesus relativas aos pães multiplicados por Ele, como também para indicar-nos a preparação psicológica que o Senhor se dignou dar aos seus apóstolos, mostrando-lhes o seu poder e chamando a sua atenção sobre as propriedades singulares que Ele podia fazer desfrutar seu Corpo, a fim de que eles pudessem receber melhor a inaudita promessa.(*65)

Partindo do milagre da multiplicação dos pães (Jo. 6,1-15), começa Jesus convidando seus ouvintes a que trabalhem não por um alimento perecível mas por aquele que dura até a vida eterna (Jo.7,27)(*66), que é superior ao maná (Jo.6,31-33; 6,49; 6,58), que é o próprio Cristo — o pão da vidaisto é, a carne e o sangue de Cristo que, verdadeira comida e verdadeira bebida, dão a vida eterna pela união com a vida do próprio Cristo [“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele” (Jo.6,56)]. Insiste Jesus na fé como disposição fundamental e como força da alma para compreender e viver a realidade eucarística. (*67)

A realidade da Eucaristia como comida e bebida, do Corpo e do Sangue do Senhor, está afirmada em termos peremptórios a ponto de empregar (nos versículos 54 e 56 (*68)), para falar de comer, uma palavra mais realista que significa literalmente mastigar [que é palavra sumamente rara e que não aparece na versão grega do Antigo Testamento, chamada dos setenta, nem no Novo Testamento, a não ser nesta passagem de São João (Cap.6), em Jo.13,18 e em Mt.24,38], e a ponto de reforçar Jesus o sentido de comida e de bebida dizendo "verdadeira comida" e "verdadeira bebida" (v55 (*69) ou 56).

E, além disso, esta realidade eucarística é posta em evidência pelo fato de que os ouvintes de Jesus O interpretaram neste sentido e por isso se escandalizaram não conseguindo compreender como podia o Senhor dar-lhes a sua Carne para comer (v52 ou 53); e Jesus não desautorizou tal interpretação, como deveria fazê-lo tratando-se de um ponto tão importante e de tantas conseqüências, mas, ao contrário, confirmou o que havia dito com expressões as mais realistas (vv. 53-58 ou 54-59).

Outrossim, quando muitos dentre os seus próprios discípulos murmuravam como era “dura” (v.60 ou 61) essa linguagem e inclusive se afastaram de Jesus (v.66 ou 67), o Mestre não disse aos seus doze apóstolos: entendei bem as coisas e não vos assusteis, pois o que lhes disse é uma figura ou um simbolismo, mas apenas lhes perguntou simplesmente se também eles queriam se retirar (v.67 ou 68). (*70)

Continuando seu discurso eucarístico, Jesus promete com toda clareza que sua Carne eucarística dará imortalidade a quem a coma; não imortalidade corporal, mas sim ressurreição (v54 ou 55), para nunca mais morrer de novo. Este é um dos pensamentos que, com mais carinho, foi recolhido já nos primeiros documentos da tradição cristã na luta contra os hereges que acreditavam que a carne era, em si mesma, má e incapaz de ressuscitar para uma vida sem fim. (*71)

Diz o Evangelho de São João, no capítulo 6, versículos 47 a 58(*72), que:

“47 Em verdade, em verdade, vos digo: Quem crê tem a vida eterna. 48 Eu sou o PÃO da VIDA. 49 Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. 50 O pão que desceu do céu é tal que quem come dele não morre. 51 Eu sou o PÃO VIVO QUE DESCI DO CÉU. (*73) Se alguém comer deste pão viverá eternamente; e o PÃO, QUE EU DAREI, É A MINHA CARNE, para a vida do mundo”.

52 Mas os judeus discutiam entre si dizendo: “Como pode este dar-nos a sua carne para comer?”

53 “Em verdade, em verdade, vos digo, respondeu-lhes Jesus: Se não comerdes a carne do Filho do homem e beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. 57 Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim quem Me come, também viverá por Mim. 58 Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que vossos pais comeram e morreram. QUEM COME DESTE PÃO VIVERÁ ETERNAMENTE”.(*74)

Afirma, assim, Nosso Senhor Jesus Cristo que esse Pão — matéria do novo sacrifício que Ele já havia anunciado — e que Ele irá dar — será sua Carne e uma verdadeira comida, assim como seu Sangue uma verdadeira bebida, para a vida do mundo. (*75)

Aproxima-se a hora do Novo Sacrifício; pão e vinho serão transformados, isto é, serão transubstanciados no Corpo e no Sangue de Jesus e essa Vítima, pura e sem mancha, será ofertada à majestade do Altíssimo (*76), quando Ele, Jesus, oferecer ao Pai, pela primeira vez, na Última Ceia, o Sacrifício da Nova Aliança, quando Ele fará, também, que os Apóstolos participem da consumação da Sagrada Vítima.

JESUS CRISTO vai instituir — mistério dos mistérios— a EUCARISTIA: SACRIFÍCIO e SACRAMENTO.



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Fonte: Últimas e derradeiras graças