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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

13 de dezembro - Santo do dia

Santa Luzia
O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a "janela da alma", canal de luz.

Ela nasceu em Siracusa (Itália) no fim do śeculo III. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém, pagão.

Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia, e que a cura da grave doença seria a confirmação do "não" para o casamento. Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda.

Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que por fim a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no ano de 303.

Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus - Luz do Mundo - até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade".

Santa Luzia, rogai por nós!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Santo do dia - 12 de dezembro

Nossa Senhora de Guadalupe

Como toda aparição de Nossa Senhora, a que é venerada hoje é emocionante também. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo milagre operado no episódio e pela dúvida lançada por um bispo sobre sua aparição a um simples índio mexicano.

Tudo se passou em 1531, no México, quando os missionários espanhóis já haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se espalhava lentamente por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados. O índio João Diogo havia se convertido e era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim, foi o escolhido para ser o portador de sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu a ele várias vezes.

A primeira vez, quando o índio passava pela colina de Tepyac, próxima da Cidade do México, atual capital, a caminho da igreja. Maria lhe pediu que levasse uma mensagem ao bispo. Ela queria que naquele local fosse erguida uma capela em sua honra. Emocionado, o índio procurou o bispo, João de Zumárraga, e contou-lhe o ocorrido. Mas o sacerdote não deu muito crédito à sua narração, não dando resposta se iria, ou não, iniciar a construção.

Passados uns dias, Maria apareceu novamente a João Diogo, que desta vez procurou o bispo com lágrimas nos olhos, renovando o pedido. Nem as lágrimas comoveram o bispo, que exigiu do piedoso homem uma prova de que a ordem partia mesmo de Nossa Senhora.

Deu-se, então, o milagre. João Diogo caminhava em direção à capital por um caminho distante da colina onde, anteriormente, as duas visões aconteceram. O índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a unção dos enfermos a um tio seu, que agonizava. De repente, Maria apareceu à sua frente, numa visão belíssima. Tranqüilizou-o quanto à saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo instante ele já estava curado. Quanto ao bispo, pediu a João Diogo que colhesse rosas no alto da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de o país atravessar um rigoroso inverno. Mas obedeceu e, novamente surpreso, encontrou muitas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a Senhora ordenara, foi entrega-las ao bispo como prova de sua presença.

E assim fez o fiel índio. Ao abrir o manto cheio de rosas, o bispo viu formar-se, impressa, uma linda imagem da Virgem, tal qual o índio a descrevera antes, mestiça. Espantado, o bispo seguiu João até a casa do tio moribundo e este já estava de pé, forte e saudável. Contou que Nossa Senhora "morena" lhe aparecera também, o teria curado e renovado o pedido. Queria um santuário na colina de Tepyac, onde sua imagem seria chamada de Santa Maria de Guadalupe. Mas não explicou o porquê do nome.

A fama do milagre se espalhou. Enquanto o templo era construído, o manto com a imagem impressa ficou guardado na capela do paço episcopal. Várias construções se sucederam na colina, ampliando templo após templo, pois as romarias e peregrinações só aumentaram com o passar dos anos e dos séculos.

O local se tornou um enorme santuário, que abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa colina, e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele, está guardado o manto de são João Diego, em perfeito estado, apesar de passados tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indígenas. Por isso o povo a chama, carinhosamente, de "La Morenita", quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.

Foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em 1979, como extremado devoto mariano, o papa João Paulo II visitou o santuário e consagrou, solenemente, toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

domingo, 11 de dezembro de 2011

EVANGELHO DO DIA

EVANGELHO COTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

3º Domingo do Advento

Evangelho segundo S. João 1,6-8.19-28.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
Este foi o testemunho de João, quando as autoridades judaicas lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Tu quem és?»
Então ele confessou a verdade e não a negou, afirmando: «Eu não sou o Messias.»
E perguntaram-lhe: «Quem és, então? És tu Elias?»
Ele disse: «Não sou.» «És tu o profeta?» Respondeu: «Não.»
Disseram-lhe, por fim: «Quem és tu, para podermos dar uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?»
Ele declarou: «Eu sou a voz de quem grita no deserto: 'Rectificai o caminho do Senhor', como disse o profeta Isaías.»
Ora, havia enviados dos fariseus que lhe perguntaram:
«Então porque baptizas, se tu não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?»
João respondeu-lhes: «Eu baptizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis.
É aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias.»
Isto passou-se em Betânia, na margem além do Jordão, onde João estava a baptizar.


Comentário ao Evangelho do dia feito por: São Gregório Magno


«No meio de vós está Quem vós não conheceis. É Aquele que vem depois de mim»

«Eu baptizo com água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis.» Não é no espírito, mas em água que João baptiza. Incapaz de perdoar os pecados, ele lava pela água o corpo dos baptizados, mas não lava o espírito pelo perdão. Então porque é que ele baptiza, se não perdoa os pecados pelo seu baptismo? Porquê, a não ser para permanecer no seu papel de precursor? Tal como, nascendo, precedeu o Senhor que ia nascer, assim também, baptizando, precede o Senhor que ia baptizar. Precursor de Cristo pela sua pregação, ele o foi também dando um baptismo que era uma imagem do sacramento que estava para vir.

João anunciou um mistério quando declarou que Cristo estava no meio dos homens e que eles não O conheciam, pois o Senhor, quando Se revelou na carne, era ao mesmo tempo visível no Seu corpo e invisível na Sua majestade. E João acrescenta: «O que vem depois de mim passou à minha frente» (Jo 1,15) [...]; e explica as causas da superioridade de Cristo quando precisa: «Porque existia antes de mim», como que para dizer claramente: «Se é superior a mim, tendo nascido depois de mim, é porque o tempo do Seu nascimento não o restringe dentro dos seus limites. Nascido de uma mãe no tempo, foi gerado pelo Pai fora do tempo.»

João manifesta o humilde respeito que Lhe deve, prosseguindo: «Não sou digno de desatar as correias das Suas sandálias.» Era costume entre os antigos que, se alguém se recusasse a desposar uma jovem que lhe estava prometida, desatasse a sandália do que viesse a ser seu marido. Ora Cristo manifestou-Se como Esposo da santa Igreja. [...] Mas porque os homens pensavam que João era o Cristo – coisa que o próprio João negou –, ele declara-se indigno de desatar a correia da Sua sandália. É como se dissesse claramente [...]: «Eu não adopto incorrectamente o nome de esposo» (cf Jo 3,29).

Santo do dia - 11 de novembro

São Dâmaso

Ocupou a Sé de Roma de 366 a 384. Foi natural, ou pelo menos originário, da antiga Hispânia. O Livro Pontifical, não muito posterior, dá-o como hispanus. Seu pai e uma irmã ao menos, Santa Irene, viveram também em Roma. Lá, S. Dâmaso erigiu uma Basílica a S. Lourenço, que recebeu o cognome de in Damaso.

Viveu num período de grande agitação para a Igreja. No tempo de seu Pontificado, era Bispo de Milão o grande Santo Ambrósio e São Jerônimo punha sua formidável inteligência ao serviço da Igreja. São Dâmaso teve que enfrentar um cisma causado por um antipapa, isto no início do seu Pontificado. Infelizmente este não consistiu no único problema para Dâmaso, já que teve de combater o Arianismo, que negava a consubstancialidade de Cristo com o Pai. Sendo ele Papa, chegou quase a extinguir-se a heresia ariana. O Imperador Teodósio, se não encontrou nele um indomável mestre de moral como Santo Ambrósio, encontrou um Papa que afirmou sempre, com serena firmeza, a "autoridade da Sé Apostólica". Dâmaso fez de tudo pela unidade da Igreja, e para deixar claro o Primado do Papa, pois foi o próprio Cristo quem quis: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18)
.
O Papa Dâmaso esteve no II Concílio Ecumênico onde aconteceu a definição dogmática sobre a Divindade do Espírito Santo. Foi ele quem encarregou São Jerônimo na tradução da Bíblia da língua original para o latim, língua oficial da Igreja. Conhecido como o "Papa das Catacumbas", São Dâmaso foi responsável pela zelosa restauração das catacumbas dos mártires. Em Roma, conseguiu separar Estado e Paganismo. A sua obra foi paciente e oculta, mas não medíocre nem definhante. Soube ligar à Sé apostólica todas as Igrejas e obteve do poder civil o maior respeito.

São Dâmaso, o Papa mais notável do século IV, veio a falecer em 384. Na chamada Cripta dos Papas, por ele explorada nas Catacumbas de S. Calisto, no fim de uma longa inscrição, escreveu: "Aqui eu, Dâmaso, desejaria mandar sepultar os meus restos, mas tenho medo de perturbar as piedosas cinzas dos santos". Humildade e discrição de um Papa verdadeiramente santo, que de fato preparou para si a sepultura longe, num local solitário, à margem da Via Ardeatina.

São Dâmaso, rogai por nós!

sábado, 10 de dezembro de 2011

10 de dezembro - Santo do dia

São João Roberts

A biografia de são John Roberts, para nós João Roberts, nos mostra um inglês profundamente católico que, fora de sua pátria, conseguia pregar e professar sua fé e sua religião. Mas bastava pôr os pés em sua terra natal, era preso. Várias vezes retornou à liberdade só por intervenção de estrangeiros importantes. Acabou se tornando o primeiro monge a ser executado na Inglaterra, logo após a coroação do rei Henrique VIII.

João Roberts nasceu no condado de Merioneth, em 1576. Seus pais eram os nobres João e Ana Roberts, protestantes cujos antepassados foram príncipes de Gales. Estudou na famosa Faculdade de São João, em Oxford, mas saiu sem graduação. Depois, formou-se em direito, aos vinte e um anos, em Londres.

Em 1598, estava estudando na faculdade inglesa de Valladoid, na Espanha. Já muito interessado no cristianismo, foi estudar na abadia dos beneditinos daquela cidade no ano seguinte. A conversão total aconteceu durante uma viagem a Paris, quando entrou para a Igreja de Roma pelas mãos de um cônego de Notre-Dame. Em 1600, finalmente, ingressou como noviço no Mosteiro beneditino de São Martinho de Compostela, Espanha.

Na época, Roma determinou que uma missão beneditina fosse enviada à Inglaterra. João Roberts, que acabara seus estudos em Salamanca, passou a integrar as fileiras da missão. Bastou desembarcar na Inglaterra, foi imediatamente preso, sendo libertado quando o rei Jaime assumiu o poder, em 1603.

Londres, no verão daquele ano, foi abalada pela epidemia da peste. João, então, trabalhou, incansavelmente, atendendo aos doentes. Tanto destaque teve durante esse período que foi preso novamente durante um ano, até 1606, em Gatehouse. Conseguiu a liberdade por intervenção de uma senhora espanhola, Luísa de Carvajal, muito influente na Corte inglesa, apesar de católica, por causa dos negócios existentes entre os dois países na época.

Assim, João se exilou na Espanha. Depois, organizou o Mosteiro de São Gregório em Douai, na França, do qual foi o primeiro prior. Em outubro de 1607, João Roberts voltou à Inglaterra e foi preso novamente. Mais uma vez, escapou, mas foi recapturado e, dessa vez, só conseguiu a liberdade por intervenção do embaixador da França. Saiu do país, mas, quando voltou, foi preso outras duas vezes, sendo, finalmente, em 1610, conduzido à presença do bispo protestante Abbot e condenado à morte na fogueira.

Foi queimado no dia 10 de dezembro do mesmo ano, na praça pública de Londres. Na sua fala, pouco antes de morrer, lamentou o monstro da heresia, o rei dos ingleses, e rezou por todos. Alguns séculos depois, foi beatificado, em 1929. O papa Paulo VI canonizou são João Roberts em 1970. A sua homenagem litúrgica ocorre no dia de sua morte.

São João Roberts, rogai por nós!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

9 de novembro - Santo do dia

São Pedro Fourier

Pedro Fourier nasceu em 30 de novembro de 1565, em Mirecourt, uma pequena aldeia da Lorena, na França. Ainda jovem, tornou-se um professor admirado e respeitado por seu caráter e competência, que quase todas as famílias desejavam lhe entregar seus filhos para educar. Percebendo o chamado para a vida religiosa, ao completar vinte anos entrou para a Ordem dos Cônegos de Santo Agostinho, onde cursou teologia e filosofia, para finalmente ser ordenado sacerdote.

Mas Pedro era tão rigoroso e disciplinado consigo mesmo e com os irmãos de Ordem, que estes logo fizeram com que fosse transferido do convento. Assim, ele foi designado para ocupar uma das três paróquias que estavam vagas. Preferiu a mais pobre e carente, numa região onde dominavam a corrupção moral e os protestantes calvinistas.

Nessa paróquia permaneceu trinta anos, o suficiente para mudar o comportamento de praticamente toda a população. Incansável, conseguia tempo para percorrer os arredores, arrebanhando centenas de convertidos com sua pregação simples e eficiente. Também fundou em sua paróquia três associações apostólicas: a de São Sebastião, para homens; a do Rosário, para mulheres; e a da Nossa Senhora Imaculada, para moças. Todas voltadas para a educação e formação das crianças e jovens daquela região e arredores.

Entretanto Pedro não obteve sucesso quando criou a primeira escola para os meninos. Por isso, antes de fundar a das meninas, decidiu preparar pessoalmente, e muito bem, as professoras. Reuniu quatro moças, dirigidas pela jovem Alix Le Clerc, e começou a ensinar-lhes as técnicas pedagógicas de ensino, valendo-se da sua grande cultura e didática. Foi assim que fundou a Congregação de Nossa Senhora das Cônegas de Santo Agostinho. A nova Ordem foi aprovada pelo sumo pontífice em 1616, tendo como co-fundadora Alix Le Clerc, hoje bem-aventurada.

Cumprida essa missão, recebeu a tarefa de reformar a própria Ordem, expulsando dela qualquer indício do espírito calvinista, que ameaçava instalar-se. Pedro, em 1622, foi eleito superior dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Mas encontrou muita oposição dentro do clero e, principalmente, do governo.

Em 1636, o rei da França exigiu que Pedro fizesse um juramento que ia contra sua consciência e contra o papa. Em vez disso, preferiu o exílio. Teve, então, de mudar-se para a diocese de Gray, na Borgonha. Embora tivesse o cargo de superior da Ordem, os últimos quatro anos ele passou exercitando o que mais gostava e que fizera em toda sua vida: ensinando as crianças e os jovens numa escola gratuita que ele mesmo ali fundara.

O grande educador, fundador e pregador Pedro Fourier morreu no dia 9 de dezembro de 1640, em Gray. Foi canonizado, em 1897, pelo papa Leão XIII.

São Pedro Fourier, rogai por nós!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

8 de dezembro - Santo do dia

Imaculada Conceição de Maria

O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.

A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.

A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.

Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário romano em 1476. Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.

Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".

Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada.

Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.
Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.

Imaculada Conceição de Maria, rogai por nós!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Santa Maria Josefa Rossello

Benedita Rossello era natural da belíssima cidade de Albissola Mariana, em Savona, na Itália. Nasceu no dia 27 de maio de 1811, descendente de uma humilde família de fabricantes de vasilhas e, desde cedo, teve de, literalmente, "colocar a mão na massa" para ajudar o pai com a modelação da argila. Mas trabalhar para a família não era o suficiente para Benedita. O que ela mais queria era trabalhar para o mundo, para os outros, para o próximo.

Inscreveu-se muito jovem na Ordem Terceira de São Francisco e, aos dezenove anos, empregou-se numa residência para dar assistência ao chefe da família em sua doença. Fez um trabalho tão dedicado e confortador que, quando o doente morreu, a viúva quis adotar Benedita.

A oferta foi recusada, pois a jovem buscava uma atividade maior. Tentou inscrever-se numa casa de caridade, mas a falta do dote financeiro suficiente a impediu de concretizar o sonho, deixando-a triste e amargurada. Nesse mesmo tempo, perdeu o pai e uma irmã, tendo de prover a família durante um período.

Pouco tempo depois, o bispado de Mari procurava voluntárias para a implantação de um instituto de educação para meninas pobres e Benedita não perdeu tempo. Uma casa modesta e alugada serviu de semente para o que seria uma grande Obra, de início dirigida por Benedita e com apenas duas companheiras.

Em 1837, fez os votos perpétuos de religiosa, tomando o nome de Maria Josefa. Três anos depois, era a superiora da nova Congregação religiosa: o Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia, que já contava com sete irmãs e algumas noviças.

Entre tantas iniciativas de benemerência, uma ficou marcada: sob a tutela da madre Maria Josefa, o Instituto começou a abrigar escravos africanos, dando asilo, principalmente, a meninas provindas da escravidão humilhante e desumana. Ela, no futuro, ergueria muitas casas iguais, além de um seminário para filhos de operários pobres.

A fundadora morreu em 7 de dezembro de 1880. O papa Pio XII declarou santa Maria Josefa Rossello em 1949. Ela, que dedicou toda sua vida aos doentes e às crianças, mesmo quando ainda não era religiosa, nasceu Benedita, e bendita foi sua dedicação à caridade, deve ser venerada com festa litúrgica no dia de sua morte.

Santa Maria Josefa Rossello, rogai por nós!