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sábado, 13 de outubro de 2012

São Daniel e companheiros
 

Os esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos são devidos a duas cartas encontradas nas suas residências. Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de Gênova, que escrevera ao irmão Elias de Cortona comunicando o destino glorioso dos missionários. Esse documento teria sido escrito poucos dias após os acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja.

O irmão Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos viajaram da Itália para a Espanha, desejosos de transferirem-se para o Marrocos, na África, onde pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo missionário nas jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela memória de são Francisco, que morrera no ano anterior.

O chefe do grupo era Daniel, nascido em Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro provincial da Ordem naquela região; os outros se chamavam Samuel, Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanência na Espanha, transferiram-se para a cidade de Ceuta, no Marrocos.

Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nos inúmeros mercados de Pisa, Gênova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta. Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis.

Nas estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma local, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé. As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão, foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão.

Depois de sete dias, todos eles voltaram à presença do sultão, que se esforçou de todas as maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então, condenou à morte os sete franciscanos, que se mantiveram firmes no cristianismo. No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus corpos, destroçados.

Todavia os comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os pobres restos, que sepultaram nos cemitérios dos subúrbios de Ceuta. Em seguida, os ossos foram transferidos para a Espanha. Hoje, as relíquias são conservadas em diversas igrejas de várias cidades da Espanha, de Portugal e da Itália.

O papa Leão X, em 1516, canonizou como santos Daniel e cada um dos seis companheiros, autorizando o culto para o dia 13 de outubro, três dias após suas mortes.

São Daniel e companheiros, rogai por nós!
 

Santo Eduardo

Na história da humanidade, a palavra rei quase sempre está associada à palavra tirano. Mas na história do catolicismo, rei muitas vezes vem junto da palavra santo. É o caso exemplar de Eduardo, rei da Inglaterra. Seu avô era o santo rei e mártir Edgar, e esse exemplo de santidade norteou também a sua vida no seguimento de Cristo.

Eduardo nasceu em Oxford, no ano 1003, num período em que a Inglaterra sofreu a invasão dos pagãos dinamarqueses. Seus pais, junto com toda a família real, tiveram de abandonar o país, indo refugiar-se na Corte da Normandia, norte da França, de parentes cristãos. No exílio, Eduardo freqüentou e estudou nas mais renomadas cortes da Europa, adquirindo uma educação primorosa e fundamentada no cristianismo. Recusou várias vezes tomar o trono à força, pois não queria derramamento de sangue. Em 1042, com a morte de seu meio-irmão, que governava a Inglaterra, ele finalmente assumiu o trono.

Seu reinado foi um dos mais felizes para o povo inglês. Mesmo sentindo-se um pouco "estrangeiro", fez a pátria retomar seu caminho correto dos princípios cristãos, afastando a influência nefasta dos anos de domínio pagão e trazendo paz e prosperidade para seus súditos. Logo passou a ser chamado de "o santo homem" e os escritos registram vários prodígios de cura operados por sua intercessão em favor de pessoas simples do reino. Curou um doente de câncer com um sinal da cruz. E um paralítico que se movia penosamente na rua ele ajudou a chegar a uma igreja, onde, por meio de orações, o curou, além de outros fatos narrados pelos historiadores.

A política do Estado exigia que ele se casasse e, pelo bem do reino, Eduardo o fez. Casou-se com Edith, filha do conde Godwin, um dos seus adversários políticos. Gentil e elegante, por tratar-se de um acordo, prometeu viver com ela em estado de castidade, sem união corporal. Manteve sua palavra. O casal não teve filhos. Ela se tornou uma grande rainha e irmã, participando das obras de caridade, ajudando a restaurar e fundar igrejas e conventos por todo o país. Valorizando o lado espiritual da vida, viviam em perfeita ordem e harmonia. Tornaram-se exemplo de reis cristãos, piedosos e caridosos, amados e aclamados como "pais" pelos súditos e respeitados por todas as cortes.

Após quase sessenta e quatro anos de vida de penitência, oração, mortificação dos sentidos e luxos, no reto seguimento de Cristo, o rei Eduardo morreu no dia 5 de janeiro de 1066. Pouco tempo depois de ter assistido a consagração da igreja da Abadia de Westminster, totalmente restaurada, o mais antigo símbolo da aspiração e das lutas religiosas da Inglaterra, onde foi sepultado.

Venerado em vida, imediatamente o povo passou a celebrá-lo como santo. Quase quarenta anos após a sua morte, o seu corpo foi exumado e encontrado intacto, o que para o povo não causou nenhuma surpresa. Em 1161, o papa Alexandre III canonizou-o. A sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de outubro, mas os devotos ingleses costumam lembrá-lo também no dia de sua morte.


 Santo Eduardo, rogai por nós!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Nossa Senhora de Aparecida - Padroeira do Brasil

Aparição de Nossa Senhora Aparecida
– No Brasil em 1717.
Onde aconteceu: No Brasil.
Quando: Em 1717.
A quem: A três pescadores.
Festa: 12 de Outubro.

Oração de Consagração a Nossa Senhora.
Ó Maria Santíssima, que em vossa querida Imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil; eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés consagro-vos meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis.
Consagro-vos minha língua, para que sempre vos louve e propague vossa devoção. Consagro-vos meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas. Acolhei-me debaixo de vossa proteção.
Socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de minha morte. Abençoai-me, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja.

Basílica de Nossa Senhora Aparecida - São Paulo
HISTÓRICO

Em 1717 três pescadores, após frustrada tentativa de apanhar peixes no rio Paraíba do Sul perto de Guaratinguetá (SP), colheram em suas redes o corpo de uma estátua de Maria SS. e, depois, a cabeça da mesma. A este fato se seguiu farta pescaria, que surpreendeu os três homens. Tendo limpado e recomposto a imagem, expuseram-na à veneração dos fiéis em casas de família. 

Verificaram-se, porém, alguns portentos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá. Este então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela capaz de satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Tal capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte). Em 1846 foi iniciada a construção de templo mais vasto, que ainda hoje subsiste. No ano de 1980 foi concluída monumental basílica, alvo de peregrinações numerosas durante o ano inteiro. Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Sr. Presidente da República e de numerosas autoridades religiosas, civis e militares.

Os acontecimentos de fins de 1995 chamaram a atenção para Maria Santíssima tal como é venerada em Aparecida do Norte (SP) e no Brasil inteiro na qualidade de Padroeira do nosso país. Sabe-se que tal devoção se deve a uma pesca surpreendente cercada de fatos extraordinárias, que suscitaram a piedade dos fiéis da região de Guaratinguetá e, posteriormente, a da população de todo o Brasil. Em 1930 a Virgem Santíssima foi proclamada Padroeira do Brasil sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (ou Nossa Senhora Imaculada em sua Conceição e Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul).¹
Já que versões diversas correm sobre o desenrolar dessas aparições e os atos subseqüentes, apresentaremos, a seguir, a genuína história dos eventos registrados.

1. APARIÇÃO E AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES
POPULARES (1717-1745)

Como se deu a manifestação de Nossa Senhora Aparecida?
Eis o que relatam os documentos históricos:
Em princípios do séc. XVIII lutas, por vezes sangrentas, agitavam os exploradores dos veios de ouro em Minas Gerais. Em março de 1717, embarcou em Lisboa, com destino ao Rio, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, que vinha substituir Dom Braz Balthasar da Silveira no governo da Capitania de São Paulo e Minas.

Chegando ao Rio em junho de 1717, o Conde de Assumar mostrou-se logo interessado em conhecer a situação da sua capitania. Seguiu, pois, em agosto para São Paulo, sede do governo respectivo, do qual tomou posse aos 4 de setembro do mesmo ano. Em vista, porém, dos tumultos registrados em Minas por motivo das minas de ouro. Dom Pedro de Almeida e Portugal resolveu dirigir-se ao local das desordens. Partiu, portanto, de São Paulo aos 25 ou 26 de setembro de 1717, deixando como substituto nessa cidade Manoel Bueno da Fonseca, oficial de grande patente.

Após cerca de 17 dias de viagem, isto é, aos 11 ou 12 de outubro de 1717, chegava o Conde de Assumar, com sua comitiva, à região de Guaratinguetá. Entre os acontecimentos faustosos que então se deram relatam os manuscritos da época o seguinte:
A Câmara da Vila notificou então os pescadores que apresentassem todo o peixe que pudessem haver para o dito governador. Entre muitos, foram pescar em suas canoas Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso e, principiando a lançar suas redes no porto de José Corrêa leite, continuaram até o porto de Itaguassú, distância bastante, sem tirar peixe algum. E lançando neste porto João Alves a sua rede, de rasto tirou o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça de mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse.

“E, continuando a pescaria, não tendo até então peixe algum, dali por diante foi tão copiosa em poucos lances que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, ele e os companheiros se retiraram a suas moradas, admirados deste sucesso” (cf. Marcondes Homem de Mello, Álbum da Coroação. Brasílio Machado, A Basílica de Aparecida).

Eis o que referem os documentos mais antigos em torno do aparecimento da Virgem.
A título de ilustração, pode-se acrescentar que o porto de José Corrêa Leite, donde partiram os três mencionados pescadores, se achava à margem esquerda do rio Paraíba no bairro Tetequera (município de Pindamonhangaba). A imagem encontrada media 38 cm de altura e apresentava cor bronzeada.

Impressionados pelo fenômeno, principalmente pela pesca portentosa que se seguiu à descoberta da estátua, os três mencionados pescadores limparam com grande cuidado a imagem, e verificaram que representava Nossa Senhora da Conceição, que o povo sem demora passou a chamar “Senhora Aparecida”. Felipe Pedroso conservou a imagem em sua casa durante vários anos; por fim, resolveu dá-la a seu filho Atanásio, que morava em Itaguassú, porto onde se dera o encontro da estátua. Atanásio, movido então pela sua fé, ergueu um pequeno oratório, onde depositou a venerável efígie; aí começou o povo da vizinhança a reunir-se aos sábados à noite, a fim de rezar o santo rosário e praticar as suas devoções.

Certa vez, durante uma dessas práticas aconteceu que, embora a noite estivesse muito calma, de repente se apagaram as velas que alumiavam a imagem da Senhora. Os fiéis, querendo reacendê-las, verificaram com surpresa que elas por si, sem intervenção de alguém, se reacenderam.

Foi este o primeiro prodígio registrado em torno da Senhora Aparecida. O mesmo portento se repetiu em outras ocasiões, chegando a notícia ao conhecimento do pároco de Guaratinguetá, Pe. José Alves Vilela. O sacerdote decidiu então construir para a estátua uma capelinha mais ampla, capaz de satisfazer ao crescente número dos devotos da Virgem, a qual ia multiplicando graças a benefícios sobre os fiéis. Em breve, também essa capelinha se tornou pequena demais. Foi preciso pensar em nova construção em lugar mais elevado que a margem do rio. 

Escolhido o morro dos Coqueiros, o mais vistoso e acessível dos que margeiam o Paraíba, começou-se ali em 1743 a edificação de novo santuário, com a provisão do bispo do Rio de Janeiro, Dom Frei João da Cruz; aos 26 de julho de 1745, a obra terminada foi devidamente benta, dando lugar à celebração da primeira Missa. Doravante o morro e suas cercanias tomaram o nome de “Aparecida”, designação até hoje conservada. “Aparecida do Norte” é designação popular, pois a cidade fica a sudeste do Estado de São Paulo.

Entre os milagres que muito provocavam o fervor do povo, conta-se o do escravo, ocorrido por volta de 1790 e famoso nos tempos subseqüentes. Segundo a versão mais abalizada, as correntes se soltaram das mãos do escravo, quando este implorava a proteção de Nossa Senhora Aparecida diante da respectiva imagem. Eis como o refere o Pe. Claro Francisco de Vasconcelos pelo ano de 1838:
“Um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda pelo seu patrão, ao passar pela Capela, pediu para fazer oração diante da Imagem. Enquanto o escravo estava em oração, caiu repentinamente a corrente, deixando intato o colar que prendia seu pescoço. A corrente se encontra até hoje pendente da parede do mesmo Santuário como testemunho e lembrança de que Maria Santíssima tem suprema autoridade para desatar as prisões dos pecadores arrependidos. Aquele senhor, tocado pelo milagre, ofereceu a Nossa Senhora o preço dele e o levou para casa com uma pessoa livre, a fim de amar e estimar aquele seu escravo como pessoa protegida pela soberana Mãe de Deus” (relato extraído da obra de Júlio J. Brustoloni, A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Aparecida, SP, 1994).

2. DE 1745 AOS NOSSOS DIAS:
A DEDICAÇÃO DO BRASIL À VIRGEM SS.
A nova igreja foi diversas vezes reformada e aumentada, até que em 1846 foi iniciada a construção de um templo ainda mais vasto. Os trabalhos, porém, diversas vezes interrompidos, só chegaram a termo em 1888; aos 8 de dezembro desse ano, Dom Lino Deodato de Carvalho, oitavo bispo de São Paulo, procedeu à bênção do novo santuário, que até nossos dias subsiste em Aparecida, ornado com o título de “Basílica Menor”, título concedido por S. Pio X aos 29 de abril de 1908.

Para atender aos numerosos grupos de peregrinos que afluíam ao local, o mesmo prelado obteve a vinda dos RR. PP. Redentoristas, os quais desde 1894 têm a seus cuidados o santuário e a respectiva cura pastoral.

Aos 8 de setembro de 1904, realizou-se a solene coroação de Nossa Senhora Aparecida, com a participação do Sr. Núncio Apostólico Dom Júlio Tonti, do representante do Presidente da república, do Episcopado do Brasil Meridional e de grande multidão de sacerdotes e fiéis.
Finalmente, o S. Padre Pio XI houve por bem acolher o pedido da hierarquia e dos fiéis, que desejavam fosse Nossa Senhora Aparecida proclamada Padroeira principal de todo o Brasil. Aos 16 de julho de 1930 publicava S. Santidade o seguinte “Motu proprio”:

“… Por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a mui Bem-aventurada Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de “Aparecida”, Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus. Este padroado gozará dos privilégios litúrgicos e das outras honras que costumam competir aos Padroeiros principais de lugares ou regiões. Concedendo isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que as presentes letras estejam e permaneçam sempre firmes, válidas e eficazes, surtindo seus plenos e inteiros efeitos”.

Este decreto pontifício foi publicado na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, fazendo-se a consagração do Brasil à Virgem Ssma., com grande júbilo dos fiéis.

No ano seguinte, o mesmo ato se repetiu em termos mais solenes na capital da República. A imagem da Virgem foi, sim, entusiasticamente levada de Aparecida para o Rio de Janeiro, onde percorreu em procissão o centro da cidade aos 31 de maio de 1931. Finalmente na Esplanada do Castelo, em presença do Sr. Presidente da república, de altas autoridades civis e militares, de numerosas divisões das Forças Armadas, do Episcopado Brasileiro e de enorme multidão de fiéis, o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro proferiu o ato de consagração de todo o Brasil a Nossa Senhora Aparecida, recomendando à Excelsa Padroeira todos os interesses e as necessidades da pátria.

Este ato, que mereceu os aplausos da opinião pública em geral, estava bem na linha de venerável tradição da nação brasileira, a qual sempre mostrou especial devoção à Virgem Imaculada. Entre outros fatos expressivos dessa estima, pode-se notar que, ao proclamar a independência do Brasil, D. Pedro I, o primeiro Imperador, confirmando aliás antiga provisão de Sua Majestade o rei de Portugal do ano de 1646, declarou a Virgem da Conceição Padroeira do Brasil.

Numerosos são os relatos de milagres que tanto a imprensa como a voz do povo atribuem à Virgem Aparecida. As autoridades eclesiásticas não se empenham por definir a autenticidade de tais portentos, nem mesmo a dos episódios concernentes à aparição da Senhora Imaculada no porto de Itaguassú em 1717. Doutro lado, não vêem razão para se opor à devoção de Nossa Senhora Aparecida: ao contrário, esta tem produzido os melhores frutos, espirituais e corporais, no povo brasileiro. É por isto que os Srs. Bispos têm mesmo patrocinado e fomentado a piedade para com a Excelsa Padroeira do Brasil. Contudo, a bem da verdade, deve-se notar que tal atitude favorável é independente de qualquer pronunciamento da autoridade eclesiástica sobre a genuinidade dos prodígios que se narram em torno da Virgem e do Santuário de Aparecida.

A Santa Igreja de modo nenhum entende fazer de tais relatos matéria de fé; deixa, antes, a cada um de seus filhos a liberdade de ponderar o grau de autoridade que merecem os respectivos documentos (o que de resto não desmerece o valor de autenticidade que realmente possa caber a tais episódios).

A presença do sobrenatural em Aparecida exigiu que se empreendesse a construção de nova e mais vasta Basílica. Esta, iniciada em 1955 sob os auspícios do Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, estava concluída, com todas as suas capelas e quatro naves, em 1980. A área construída é de 23.000 m² e a área coberta mede 18.000 m². A lotação normal é de 45.000 pessoas, podendo a lotação máxima chegar a 70.000 pessoas. Até hoje são relatados milagres e favores de ordem física obtidos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida em seu Santuário; todavia o que mais importa aí, são os numerosos casos de conversão espiritual e reencontro da paz interior alcançada pelo patrocínio de Maria SSma.
O fato de que a imagem da Senhora Aparecida tem a cor preta, tem sido objeto de comentários … Na verdade, o fenômeno se explica bem pela longa permanência da estátua dentro da água do rio. Na época da descoberta o fato não deve ter tido a repercussão e importância que hoje lhe querem atribuir.

A propósito recomenda-se a leitura do livro do Pe. Júlio J. Brustoloni: A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Rua Padre Claro Monteiro, 342, Aparecida (SP), 1994.
¹ O título “Nossa Senhora Aparecida” designa a Santíssima Mãe de Deus tal como ela apareceu na localidade do Estado de São Paulo que hoje traz o nome de “Aparecida do Norte” (nas proximidades de Pindamonhangaba e Guaratinguetá). Lá Nossa Senhora se manifestou com as notas que, na arte sacra, a caracterizam como imaculada em sua conceição; daí dizer-se comumente “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”. – A mesma Virgem Ssma., tendo-se manifestado em Fátima, é chamada “Nossa Senhora de Fátima”; tendo aparecido em Lourdes, é dita “Nossa Senhora de Lourdes”, etc. Tais denominações não supõem diversas “Nossas Senhoras”, mas significam sempre a mesma Santa (“Santa Maria, Mãe de Deus …”), apenas invocada sob títulos diferentes. 

Fonte: Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” D. Estevão Bettencourt, osb. Nº 405 – Ano 1996 – Pág. 72

Detalhes importantes:
-  O Santuário de Aparecida e a paróquia da cidade, onde situa-se a primeira basílica, são conduzidas e geridas pelos sacerdotes de congregação dos Redentoristas;
-  Foi o Papa Pio XI que proclamou Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil;
-  O grande e santo Papa Pio X foi quem autorizou e abençoou, desde o Vaticano, a coroação da Imagem como sendo de Nossa Senhora, em 04/09/1904;
- Comprovando que não foi acaso ter sido escolhido em 13 de para a abolição da escravatura, a coroa de Nossa Senhora foi doada pela Princesa Isabel;
-  Anteriormente, ano da abolição 1988, foi inaugurada a 1ª Basílica em Aparecida; (hoje, transformada na Matriz da Paróquia).
A atual Basílica, Santuário Nacional de Aparecida, foi concluída em 1984, após 29 anos de construção;
No subsolo encontramos a Sala dos Milagres, com milhares de testemunhas e agradecimentos por graças alcançadas;
-  Na Basílica de Aparecida é possível receber até setenta mil pessoas. Em todo o mundo apenas a Basílica de São Pedro, em Roma, é maior;
- A festa em honra a Nossa Senhora Aparecida, feriado nacional, acontece em 12 de outubro. O comparecimento médio anual situa-se próximo a 250.000 pessoas, apenas no dia da festa. Durante o ano todo o total estimado fica próximo a 4 milhões de romeiros.
-  Dois Papas já estiveram em Aparecida: João Paulo II em junho de 1980 e Bento XVI recentemente, maio de 2007.
“Todos nós, brasileiros, agradecemos a Santíssima Trindade e a Nossa Senhora por tão grande graça concedida”.

12 de outubro - Santo do dia

Nossa Senhora de Aparecida

Não bastasse ser um dos maiores países católicos do planeta, o Brasil tem também um dos maiores centros de peregrinação mariana da cristandade do mundo. Trata-se, é claro, do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo. A cidade foi batizada com o nome da Senhora, "aparecida" das águas, mas o Brasil inteiro também recebeu sua bênção desde o nascimento, graças aos descobridores e colonizadores que a tinham como advogada junto a Deus nas desventuras das expedições. A fé na Virgem Maria cresceu com os séculos e a confiança não esmoreceu, só se fortaleceu.

Em 1717, quando da visita do governador a Guaratinguetá, foi ordenado aos pescadores que recolhessem do rio Paraíba a maior quantidade possível de peixes, para que toda a comitiva pudesse ser alimentada e festejada com uma grande recepção. Todos se lançaram às águas com suas redes. Três deles, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, partiram juntos com suas canoas e juntos também lançaram as redes por horas e horas, sem pegar um único peixe. De repente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem de uma santa. Outra vez lançada a rede, e a cabeça da imagem vem também para bordo. A partir daí, os três pescaram tanto que quase afundaram por causa da quantidade de peixes.

A pesca, milagrosa, eles atribuíram à imagem da santa. Ao regressarem foram para a casa de Filipe Pedroso e, ao limparem a imagem com cuidado, viram que se tratava de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de cor escura. Então, cobriram-na com um manto e a colocaram num pequeno altar dentro de casa, onde passaram a fazer suas orações diárias. A novidade se espalhou e todos da vizinhança acorriam para rezar diante dela. Invocada pelos devotos como "Aparecida" das águas, durante quinze anos seguidos, a imagem ficou na casa da família daquele pescador.

A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por todos aqueles que rezavam diante da imagem. Eram tantos os devotos que acorriam ao local que, em 1732, a família de Filipe construiu o primeiro oratório. Mas a fama dos prodigiosos poderes de Nossa Senhora Aparecida foi se espalhando até atingir todos os recantos do Brasil. Assim, foi necessário, então, construir uma pequena capela, em seguida uma sucessão de outras capelas cada vez maiores. Até que o local se tornou a cidade de hoje. Em 1888, houve a bênção do primeiro templo, que existe até hoje, conhecido como "Basílica Velha".

A primeira grande peregrinação de católicos "de fora", oficial e historicamente registrada, aconteceu em 1900. Eram mil e duzentos peregrinos viajando de trem desde São Paulo, liderados por seu bispo. Atualmente, são milhões de peregrinos vindos, diariamente, de todos os estados do país e de várias outras nações católicas, especialmente das Américas. A atual Catedral-Basílica de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como "Basílica Nova", foi consagrada pessoalmente pelo papa João Paulo II, em 1980, quando de sua primeira visita ao Brasil.

Quanto ao amor do nosso povo por Maria, em 1904 a imagem foi coroada, simbolizando a elevação da Senhora como eterna "Rainha do Brasil", com todo o apoio popular. A coroa foi oferecida pela princesa Isabel. Foi também por aclamação popular e a pedido dos bispos brasileiros que, em 1930, o papa Pio XI proclamou solenemente Nossa Senhora Aparecida a "padroeira oficial do Brasil". O dia de sua festa, 12 de outubro, desde 1988 é feriado nacional.

Nossa Senhora de Aparecida, rogai por nós!
 

São Serafim de Montegranaro

Batizado com o nome de Félix, nasceu em 1540, em Montegranaro, na região das Marcas, na Itália. De família numerosa e muito pobre, era o quarto filho de Jerônimo Rapagnano e Teodora Giovannuzzi, cristãos fervorosos. Desde a infância teve de buscar o seu sustento. Trabalhou como serviçal nas casas de camponeses e aprendeu a pastorear rebanhos, exercendo essa função até os dezoito anos. Era analfabeto e aprendeu, contemplando a natureza e na sua solidão, a elevar o espírito para Deus.

Nessa idade, ingressou no Convento dos capuchinhos de Tolentino como irmão leigo e recebeu o nome de frei Serafim de Montegranaro, fazendo o noviciado em Jesi. Percorreu quase todos os conventos da região porque, devido à sua falta de instrução, apesar da sua boa vontade e dedicação, não conseguia cumprir satisfatoriamente as tarefas que lhe confiavam os superiores e os frades da comunidade. Mas sempre lhe eram poupadas as repreensões e os castigos, por causa de sua extraordinária bondade, pobreza, humildade, pureza e mortificação.

Exerceu as mais simples funções, de porteiro e esmoleiro, sempre em contato com os mais diversos grupos de pessoas, para as quais sempre distribuia palavras piedosas, conduzindo os fieis à misericórdia de Deus.

A exemplo do santo fundador da Ordem, são Francisco de Assis, amou a natureza e através dela seu coração era conduzido a Deus. Em 1590, finalmente, estabeleceu-se no Convento de Ascoli Piceno. Os habitantes da cidade afeiçoaram-se tanto ao singelo frade Serafim que, em 1602, quando souberam que seria transferido, as autoridades escreveram aos superiores capuchinhos e impediram a sua partida. E não foi só nessa ocasião, nas outras tentativas também. Assim, o querido e respeitado frade Serafim permaneceu em Ascoli Piceno até morrer.

Era um verdadeiro mensageiro da paz e do amor de Cristo, sua palavra ou a sua simples presença exercia uma ação enorme em todas as pessoas: acalmava os ânimos, extinguia ódios. Viveu em oração, humildade, penitência e trabalho.

Deus encarregou-se de o ajudar, suprindo-o, nas suas capacidades, com os dons da cura, de penetrar os corações, de confortar as almas de um modo especial. Enquanto Serafim se manteve sempre na fidelidade do amor a Deus, estudando como ninguém os seus dois livros: o crucifixo e o terço de Maria.

Aos sessenta e quatro anos de idade, morreu no dia 12 de outubro de 1604. A voz do povo começou a difundir a fama de sua santidade por toda a Itália e logo atingiu todos os locais onde os capuchinhos se fixaram.

O papa Paulo V autorizou, pessoalmente, que se acendesse uma lâmpada junto da sua sepultura, em 1605. Foi canonizado pelo papa Clemente XIII em 1767. A festa de são Serafim de Montegranaro ocorre na data de sua morte.


 São Serafim de Montegranaro, rogai por nós!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Santo Alexandre Sauli

A família Sauli fazia parte da nobre Corte de Gênova, muito ligada à Igreja. Nela, havia inúmeras figuras de destaque e influência na política, ricas e poderosas, tendo tradição de senadores e administradores para aquela costa marítima tão importante da Itália.

No seio deles nasceu Alexandre, no dia 15 de fevereiro de 1534, em Milão. No batizado, sua mãe o consagrou à Virgem Maria. Desde a tenra idade queria seguir a vida religiosa. E na adolescência ele dispensou uma brilhante carreira na Corte do rei Carlos V, conhecido como o senhor da Europa e da América, para seguir sua vocação.

Aos dezessete anos de idade, entrou no Colégio do Clero Regular de São Paulo, da igreja milanesa de São Barnabé, tradicionalmente freqüentada por sua família. Lá, entregou-se por completo à obediência das regras da vida comum com severas tarefas religiosas. Abandonou tudo o que possuía, tornando-se um verdadeiro seguidor de Cristo.

Ordenado sacerdote, Alexandre Sauli exerceu o ministério como professor de noviços e formador de padres barnabitas. Depois, foi nomeado pelo arcebispo de Milão, Carlos Borromeo, agora santo, teólogo e decano da Faculdade Teológica de Pávia. Em 1565, aos trinta e um anos de idade, foi eleito superior-geral da Ordem, empenhando-se para manter vivo o espírito original do fundador. Considerado por seu dom de conselho, tornou-se o confessor do próprio são Carlos Borromeo, e orientador espiritual de muitas pessoas ilustres do seu tempo, tanto religiosos como leigos.

Em 1567, foi nomeado bispo de Aléria, na ilha de Córsega, França. Recebeu, entretanto, uma diocese decadente e abandonada, sem clero capacitado, sem locais de culto decente, com um rebanho perdido nas trevas da ignorância e da superstição. Trabalhou duro durante vinte e um anos. Conseguiu reformar o clero, sendo o professor e o exemplo da vida cristã para todas as classes sociais, eliminando divergências e ódios entre as várias famílias dominantes.

Transformou a diocese num modelo de devoção apostólica e de organização, sendo estimado e amado por todos, ricos e pobres.

Mas Alexandre teve de deixar a Córsega quando foi nomeado bispo de Pávia pelo papa Gregório XIV, de quem fora diretor espiritual e confessor. Na época, Alexandre não tinha boas condições físicas devido ao seu incansável trabalho e à vida dura de privações, penitências e mortificações a que ele sempre se submetera. Mesmo assim, iniciou a visita pastoral de sua nova diocese, sem nem sequer pensar em abandonar a cruz de sua missão.

No dia 11 de outubro de 1592, ele estava em visita na cidade de Calosso d'Asti. Era um doce entardecer de outono. Estando na rica propriedade do senhor do local, aceitou sua oferta de hospitalidade. Mas não ficou em nenhum dos luxuosos salões, preferiu estar entre os trabalhadores que se acomodavam nas estrebarias dos animais, onde adormeceu e não mais acordou.

Seu corpo foi transferido e sepultado na Catedral de Pávia, Itália. Em 1904, o papa Pio X o canonizou como santo Alexandre Sauli, "Apóstolo da Córsega". Venerado como padroeiro da ilha de Córsega, sua festa litúrgica, que ocorre no dia de sua morte, mantém-se muito viva e vigorosa.


Santo Alexandre Sauli, rogai por nós!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

10 de outubro - Santo do dia

São Daniel Comboni
 
Daniel Comboni era italiano de Limone sul Garda, na Brescia, tendo nascido, em 15 de março de 1831, numa família cristã, unida, humilde e pobre de camponeses. Os pais, Luis e Domenica, dedicavam-lhe um amor incontido, pois era o único sobrevivente de oito filhos.

Por causa da condição econômica, enviaram Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos em Verona, quando, então, despertou sua vocação para o sacerdócio, especialmente para a missão da África Central, onde os mazzianos atuam. Em 1854, já formado em filosofia e teologia, Daniel é ordenado sacerdote. Três anos depois, recebe as bênçãos dos pais e parte para a África, junto com mais cinco missionários.

Após quatro meses de viagem, padre Comboni chega a Cartum, capital do Sudão. A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades começam no clima insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo e terminam com o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serve de estímulo para seguir avante, sem abandonar a missão e o entusiasmo.

Pela África e seu povo, padre Comboni regressa à Itália, numa tentativa de conseguir uma nova tática para evangelizar naquele continente. Em 1864, rezando junto ao túmulo de são Pedro, em Roma, surge a luz. Elabora seu plano para a regeneração da África, resumido apenas num tema: "Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e ousado para a época.

Padre Comboni passa, imediatamente, à ação, pede todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade européia, vai aos reis, bispos, ricos senhores e recorre também ao povo pobre e simples. A missão da África Central precisa de todos engajados no mesmo objetivo cristão e humanitário. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que consegue fundar uma revista de incentivo missionário, a primeira na Itália.

Além disso, fundou, em 1867, o Instituto dos Missionários, depois chamados de Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Missionárias, mais tarde conhecidas como Irmãs Missionárias Combonianas.

No Concílio Vaticano I, ele participa como teólogo do bispo de Verona, conseguindo que outros setenta bispos assinem uma petição em favor da evangelização da África Central. Em 1877, Comboni é nomeado vigário apostólico da África Central e, em seguida, é também consagrado o primeiro bispo católico da África Central, confirmação de que suas idéias antes contestadas são as mais eficientes para anunciar a Palavra de Cristo aos africanos.

Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito, no dia 10 de outubro de 1881 o bispo Comboni morre, em Cartum, em meio ao povo africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra missionária não morreria.

Chamado de "Pai dos Negros" pelo papa João Paulo II, ao beatificá-lo em 1996, o mesmo pontífice declarou santo Daniel Comboni em 2003. A sua comemoração litúrgica deve ocorrer no dia de sua morte

São Daniel Comboni, rogai por nós!
 

São Francisco Borja (ou Bórgia)

Príncipe da Espanha, Francisco nasceu na família dos Bórgia, em português Borja, no dia 28 de outubro de 1510, em Gáudia, Valença. Teve o mérito de redimir completamente a má fama precedente desta família desde a remota e obscura época medieval, notadamente em Roma. Ele era parente distante do papa Alexandre VI e sobrinho do rei católico Fernando II, de Aragão e Castela. Os Bórgias de então já eram muito piedosos e castos, o que lhe garantiu uma educação esmerada, dentro dos princípios cristãos, possibilitando o pleno exercício de sua vocação de vida dedicada somente a Deus.

Mesmo vivendo numa Corte de luxo e de seduções mundanas, Francisco manteve-se sempre firme na busca de diversões sadias e no estudo compenetrado e sério. Na infância, foi pagem da Corte do rei Carlos V, depois seu amigo confidente. Como não gostava dos jogos, ao contrário da maioria dos jovens fidalgos da época, cresceu entre os livros. Mas abominava os fúteis. Preferia os de cultura clássica, principalmente os de assunto religioso. Esta mesma educação ele repassou, mais tarde, pessoalmente aos seus oito filhos.

Tinha dezenove anos quando se casou com Eleonora de Castro e, aos vinte, recebeu o título de marquês. Apesar do acúmulo das atribuições políticas e administrativas, foi um pai dedicado e atencioso, levando sempre a família a freqüentar os sacramentos e a unir-se nas orações diárias.

O mesmo tino bondoso e correto utilizou para cuidar do seu povo, quando se tornou vice-rei da Catalunha. A história mostra que a administração deste príncipe espanhol foi justa, leal e cristã. Os seus súditos e serviçais o consideravam um verdadeiro pai e todos tinham acesso livre ao palácio.

Entretanto, com as sucessivas mortes de seu pai e sua esposa, os quais ele muito amava, decidiu entregar-se, totalmente, ao serviço de Deus. Em 1548, abdicou de todos os títulos, passou a administração ao filho herdeiro, fez votos de pobreza, castidade e obediência e entrou, oficialmente, para a Companhia de Jesus, ordem recém-fundada pelo também santo Inácio de Loyola. Meses depois, o papa quis consagrá-lo cardeal, mas ele pediu para poder recusar. Porém logo foi eleito superior-geral da Companhia.

Nesse cargo, imprimiu as suas principais características de santidade: a humildade, a mortificação e uma grande devoção à eucaristia e à Virgem Maria. Ativo, fundou o primeiro colégio jesuíta em Roma, depois outro em sua terra natal, Gáudia, e mais vinte espalhados por toda a Espanha. Enviou, também, as primeiras missões para a América Latina espanhola. E foi um severo vigilante do carisma original dos jesuítas, impondo a todos a hora de meditação cotidiana.

Morreu em 30 de setembro de 1572. Deixou como legado vários escritos sobre a espiritualidade, além do exemplo de sua santidade. Beatificado em 1624, são Francisco Bórgia foi elevado aos altares da Igreja em 1671. Foi assim, por meio dele, que o nome da família Bórgia se destacou com uma glória nunca antes presumida.


São Francisco Borja (ou Bórgia), rogai por nós!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

 São Dionisio (ou São Dênis)

O santo Dionísio, popularmente conhecido como o são Dênis de Paris, que é comemorado neste dia, foi durante muito tempo venerado como único padroeiro de França, até surgir santa Joana d'Arc para dividir com ele a grande devoção cristã do povo daquele país.

De origem italiana, ele era um jovem missionário enviado pelo papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte no ano 250, portanto no século III. Formou, então, a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. Alguns anos depois, teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido como Montmartre, isto é, "Colina do Mártir". Ao lado do bispo Dênis, o sacerdote Rústico e o diácono Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã.

Sobre o seu túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia. Até esses monges acabaram sofrendo com o efeito de uma enorme confusão que se fez entre este mártir e outros dois Dionísios: o Areopagita, discípulo de são Paulo, e o célebre escritor de Alexandria. Mas esses religiosos foram citados indevidamente.

A estranha e rebuscada confusão que se fez em torno da figura do santo bispo Dênis envolvia nitidamente essas três figuras distintas, que viveram em épocas diferentes, mas que foram unidas num único personagem, o santo celebrado hoje. Contava-se que o mártir original, ou seja, o bispo Dênis de Paris, foi enviado à Gália francesa pelo papa são Clemente I no fim do século I. Por isso ele começou a ser identificado com a figura de Dionísio Areopagita, discípulo do apóstolo Paulo, comemorado no dia 3 de outubro. Por isso, também, passou a ser confundido com um homônimo da Alexandria, autor de uma famosa coletânea de escritos místicos, que desde o século V vinha sendo erroneamente atribuída ao discípulo Areopagita.

Não bastasse toda essa confusão, são Dionísio, ou Dênis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. E assim ele chegou aos nossos dias sendo o bispo mártir que havia carregado a própria cabeça decepada até o local onde deveria ser enterrado. No caso, a Abadia de Saint-Denis, em Paris, local onde, tradicionalmente, todos os reis da França foram enterrados.

 São Dionisio (ou São Dênis), rogai por nós!

  


São João Leonardo 


Leonardo nasceu na Toscana, em 1541. Levou uma vida normal de leigo, trabalhando no ramo farmacêutico com o pai até os vinte e seis anos de idade, quando este morreu. Tendo participado do trabalho junto aos pobres com os padres colombinos, decidiu entregar sua vida ao seguimento de Cristo.

Mesmo sabendo das dificuldades por ser adulto, Leonardo não se intimidou. Enfrentou os estudos desde o começo, do princípio mais elementar. Juntou-se aos meninos para aprender o latim e, em seguida, aplicou-se no estudo de filosofia e de teologia. Quatro anos depois, foi ordenado sacerdote.

Dedicando-se à catequese das crianças, implantou, junto com alguns religiosos, uma educação totalmente voltada para os princípios cristãos, nascendo, em 1574, a Congregação da Doutrina Cristã, hoje Clérigos Regulares da Mãe de Deus, também conhecidos como padres leonardinos.

Em 1584, resolveu fazer uma peregrinação à França, ao Santuário de Nossa Senhora de Loreto. Leonardo, que tinha conquistado a confiança do papa Clemente VIII, foi enviado por este para realizar diversas missões em seu nome, restaurando a disciplina religiosa em várias ordens, conventos e congregações. Era um tempo de decadência de costumes e seu trabalho entusiasmado e atraente trouxe de volta os velhos princípios do verdadeiro cristianismo que se haviam perdido no dia-a-dia de muitos integrantes da Igreja.

Preocupado em assegurar um futuro de fé às crianças pagãs, fundou, em parceria com João Batista Vives, um colégio para jovens sacerdotes que se espalhariam pelo mundo como missionários, pregando o catolicismo entre os infiéis e cuidando das vítimas das epidemias. Portanto João Leonardo foi o precursor do Colégio Urbano dos Missionários da Propaganda Fidei, ou Obra da Propaganda da Fé, fundado em 1627, em Roma, atuante até nossos dias, principalmente na esfera da Santa Sé. E também dos Missionários Exteriores de Paris, fundado em 1663.

Influenciado pelo Concilio de Trento, ao lado de grandes religiosos da época, como os depois santos Filipe Neri, José Calazanz e Camilo de Lellis, João Leonardo travou uma grande luta pela reforma eclesiástica da Itália, o que o fez tornar-se, também, um dos grandes do seu tempo.

Radicado em Roma, ele morreu no dia 8 de outubro de 1609. Seu corpo se encontra na cripta da igreja Santa Maria, em Campiteli. Beatificado em 1861, o papa Pio XI declarou santo João Leonardo em 1938, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


São João Leonardo, rogai por nós!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PLC 122: medo das eleições faz PT adiar escolha do relator



 O PT, obviamente, dá preferência para os evangélicos progressistas, quando o assunto é promover o gayzismo.

O novo relator do PLC 122 já estava quase certo como sendo o senador Magno Malta, que logo que Marta Suplicy saiu não perdeu tempo em pedir a relatoria.  Contudo, o PT não quer arriscar a perda de um projeto homossexualista que surgiu de suas próprias entranhas.

Paulo Paim, senador petista e presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, disse que só depois que as eleições passarem ele irá escolher o novo relator do projeto de lei que pune a oposição à homossexualidade. Nem ele nem o PT querem correr risco algum com a reação dos eleitores, cujos sentimentos foram comprovados por um instituto de pesquisa ligado ao PT que apurou que 99 por cento dos brasileiros são “homofóbicos”, isto é, não concordam com as práticas homossexuais.  O senador Paim está propenso a entregar a relatoria do PLC 122 ao líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), que é ligado à ala progressista da Igreja Batista.

Quando o assunto é criminalizar opiniões contrárias ao homossexualismo, Paim sabe exatamente o que está fazendo. Ele é autor do PLS 309/2004, cuja proposta de criminalização das opiniões contrárias ao homossexualismo é muito semelhante ao PLC 122.

Com o PLC 122 nas mãos de um evangélico progressista diretamente ligado ao PT, dificilmente o PT e os supremacistas gays vão ficar desapontados com as decisões e trabalhos de Pinheiro. Além disso, Paim espera que o rótulo de evangélico de seu potencial novo relator acalme os evangélicos que estão de prontidão para fazer oposição ao projeto petista de ameaça cristã.

Os cristãos não têm dificuldade de ver que o PLC 122 ameaça trazer perseguição religiosa a todo o Brasil, mas os evangélicos progressistas tratam essa ameaça como mero delírio. Um conhecido tabloide evangélico progressista declarou sobre o PLC 122: “Faz-se um escarcel (sic) danado para que os crentes pensem que a tal ‘ditadura gay’ vai obrigar às igrejas a aceitarem e celebrarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo”. A esquerda em geral e o PT em particularsem mencionar os supremacistas gays tratam a mobilização cristã contra o PLC 122 como escarcéu. Por que os evangélicos progressistas tratariam de modo diferente?

Os evangélicos progressistas darão louvores e glórias ao PT pela escolha de Walter Pinheiro. Entretanto, mesmo que o projeto que castiga críticos do homossexualismo não estivesse sob o controle de petistas e evangélicos progressistas, Paim fez uma revelação importante: ele disse que o novo Código Civil impõe punições à “homofobia”isto é, quem fizer ou dizer qualquer coisa negativa a um homem que pratica perversão homossexual vai ser tratado, em termos de sentença de cadeia, como se tivesse assassinado uma pessoa inocente ou estuprado uma criança.

Portanto, com ou sem PLC 122, o PT quer garantir que os cristãos não progressistas do Brasil sejam punidos.