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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Religião, qualquer uma, não lida com valores como modernidade ou popularidade. Não há como atualizar doutrinas espirituais, pois elas são expressão da Eternidade. Não católicos, deixem a Igreja Católica cuidar dos seus assuntos



Política e religião
A renúncia do Papa Bento XVI deflagrou especulações múltiplas na mídia mundial, marcadas por um paradoxo: para uns, expõe a decadência de uma instituição de mais de dezesseis séculos (a contar da romanização do cristianismo), combalida por divisões internas que seriam insanáveis. Para outros, ao contrário, o interesse em escala planetária mostra a força de uma instituição que, como nenhuma outra, é capaz de mobilizar não apenas seus adeptos, mas também, e na mesma medida (com alguns decibéis acima), os não adeptos.

Ambos os diagnósticos – o que proclama a decadência e o que sustenta o oposto – têm procedência: a Igreja está fragilizada, sim, perdendo seguidores; não obstante, continua poderosa, peça-chave na geopolítica mundial. Tem 1,2 bilhão de adeptos espalhados por todo o planeta – uma Índia espiritual. Responsável pelo que se convencionou chamar de Civilização Ocidental, é contestada em seu berço, a Europa. Lá, mais que em qualquer outra parte, questiona-se o suposto anacronismo de sua doutrina e acusa-se o renunciante, Bento XVI, de reacionário e ultraconservador. Exige-se sua modernização e a absorção de uma agenda comportamental que lhe é antípoda
 Nota dos redatores do Blog Catolicismo: A Igreja Católica jamais será abalada por intrigas, por ataques de modernidade, já que os principios cristãos, os alicerces sobre os quais está assentada, são perenes. 
Não podemos olvidar que a Igreja Católica foi criada por decreto do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme Evangelho de São Mateus, Capítulo 16, versículos 17 a 19: 
"17 Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." 

Antes de mais nada, é preciso que se diga que religião, qualquer uma, não lida com valores como modernidade ou popularidade. Não há como atualizar doutrinas espirituais, pois elas se pretendem expressão da Eternidade. Ninguém é obrigado a crer nisso, nem a aderir. Mas é preciso admitir que assim é – ou não será religião, mas outra coisa. Uma vez que se decide professar os seus cânones – e, no Ocidente ao menos, isso se dá por livre e espontânea vontade -, não faz sentido contestá-los.

É como alguém tornar-se sócio do Flamengo e protestar contra o fato de que o clube joga futebol. Ou, pior ainda, não sendo sócio, querer determinar o comportamento do clube.
Os cânones católicos estão lá há mais de um milênio e meio, depositários de uma fé que ultrapassa dois milênios. Por isso, mudanças, mesmo as mais tópicas, provocam séculos de discussão em sucessivos concílios, antes de serem adotadas. A instituição é intrinsecamente conservadora, pois sua missão é exatamente conservar uma Revelação de que se crê portadora – e isso vale para todas as religiões. 
Nota dos redatores do Blog Catolicismo: sempre devemos  ter em conta que apenas uma - Igreja Católica Apostólica - foi fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não tem, nem pode ter, compromissos com governos, ideologias, modas ou revoluções, por mais afinidades que possam ter com aspectos pontuais de sua doutrina. Como então cobrar do Papa, qualquer um deles, comportamento “progressista”? Não é casual que essa discussão seja promovida sobretudo por quem não professa a fé católica, nem vê nela qualquer sentido. São grupos militantes que enxergam a Igreja pelo ângulo geopolítico e sua influência sobre governos e populações.

Querem que absorva seus princípios ideológicos e comportamentais pela influência que pode exercer na conduta de milhões de pessoas. Não é, portanto, uma questão religiosa; é política. Por isso, não católicos se mostram tão interessados no encaminhamento da sucessão papal, tema que, em circunstâncias normais, deveria mobilizar apenas os adeptos. Não há dúvida de que a própria Igreja, ao longo de sua história, contribuiu para essa deformidade, ao imiscuir-se no jogo do poder político. Na Idade Média, não apenas influía, mas agia sobre governos e impérios. Seus fundamentos eram impostos a todos, crentes ou não. Há muitos séculos não é mais assim.

Ou não era: o Concílio Vaticano II, nos anos 60 do século passado, ao admitir seu ingresso no jogo político-ideológico da Guerra Fria, contaminou-a com um debate alheio à sua missão pastoral introduzindo em seu glossário termos como modernidade e progressismo e, o que é pior, tornando-a vulnerável à cobrança de seus parceiros seculares. O advento da Teologia da Libertação, que busca conciliar cristianismo e marxismo, não é o único, nem o maior problema. Pior é o ambiente divisionista, que semeia desunião e desconfiança, levando o conflito do mundo às quatro paredes da Sé.

É sob esse foco que se desdobra a sucessão de Bento XVI, adepto da ortodoxia, cuja renúncia indica que já não via meios pessoais de liderar a resistência às correntes antagônicas. Possivelmente – e a especulação é pertinente –, viu na renúncia a estratégia de fortalecer a defesa do legado milenar, que sente ameaçado pelas facções progressistas e relativistas. Garante assim fôlego à ala ortodoxa para, quem sabe, mais um mandato no Trono de São Pedro.

Fonte: Blog do Noblat - Ruy Fabiano, jornalista

Santo do dia - 16 de fevereiro

Santo Onésimo

Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor. Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou a toda a família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado resolveu fugir.

O castigo para os escravos recapturados era ter a letra "F" marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo depois libertado. No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos. Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado pela Paixão de Cristo e se arrependeu. Procurando o apostolo, confessou sua culpa e foi perdoado. Assim, Onésimo se converteu e recebeu o batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta.

Nela, o santo apóstolo explicou que estaria disposto a pagar em dinheiro pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoasse, pois estava convencido de que Onésimo estava mudado e se emendara completamente. Narrou a sua conversão e, inspirado pelo Espírito Santo escreveu: "Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio". (Fm 18 e 19)

Sabedor da sinceridade e do poder que Paulo tinha para fazer pessoas se converterem à vida cristã, para dali em diante viverem na honestidade e na caridade, Filemon perdoou Onésimo. Depois, deu total apoio ao seu ex-escravo que passou a trabalhar com a palavra e também com seu próprio exemplo.

Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas virtudes ultrapassou os limites de sua diocese. Segundo uma tradição antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde morreu apedrejado, como mártir cristão.

Embora este acontecimento não tenha total comprovação, a Igreja incluiu Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos.


Santo Onésimo, rogai por nós!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

15 de fevereiro - Santo do dia

São Cláudio Colombiére

Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.

Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.

Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.

O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.

São Cláudio Colombiére , rogai por nós! 

Santos Faustino e Jovita
  
Faustino nasceu em 90, Jovita em 96, na cidade e Bréscia, na Lombardia, Itália. Eram cristãos e foram martirizados no século II, durante os tempos sangrentos das perseguições. Os outros dados sobre eles nos foram transmitidos pela tradição, pois quase todos os registros eram queimados ou confiscados durante as inúmeras perseguições contra a Igreja dos primeiros séculos.

Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores: Trajano e Adriano. As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados. E na Lombardia a situação não era diferente. Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações.

Secretamente, o bispo ordenou Faustino sacerdote e Jovita diácono, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagão e destruindo os ídolos. Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a atrozes torturas, mas sobreviveram a tudo. Foram então levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal. Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados.

Mas, existia uma tradição que dizia que Jovita, era a irmã virgem de Faustino, por isto não era sacerdote como ele. A Igreja comprovou entretanto que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.

O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos "Diálogos" de São Gregório Magno. Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita. Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia. Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento.

Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva, da invasão das tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana. No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza a narração desta tremenda invasão. Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.

Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica.

Santos Faustino e Jovita, roguem por nós!
 

 São Teotônio

Teotônio nasceu em 1082, na aldeia de Tartinhade, em Ganfei, próxima a Valença do Minho, Portugal. Na infância estudou no mosteiro beneditino de Ganfei.

Aos dez anos, mostrando inclinação religiosa, foi entregue ao tio, bispo de Coimbra, que assumiu sua educação. Na capital, o bispo o colocou no colégio anexo à sua Catedral designando o diretor padre Telo para orientador espiritual do sobrinho. Teotônio se formou em teologia e filosofia. Quando seu tio morreu , padre Telo o enviou aos cuidados de um outro tio, que era o prior do mosteiro em Viseu, para completar sua formação eclesiástica.

Em Viseu, ele tomou a ordem sacerdotal e sucedeu seu tio, como prior do mosteiro, em 1112. Teotônio fez então sua primeira peregrinação a Jerusalém e, ao voltar, recusou ser o bispo de Viseu. Preferiu continuar um simples missionário e voltou para a Terra Santa, pela segunda vez, onde pretendia ficar. Entretanto padre Telo, seu antigo orientador, mandou chamá-lo, porque precisava de sua ajuda para criar uma comunidade religiosa, sendo prontamente atendido.

Assim, Teotônio foi o co-fundador, junto com onze religiosos, e primeiro superior do mosteiro da Santa Cruz de Coimbra, sede da nova Ordem, criada em 1131, sob a Regra de Santo Agostinho. Todos os fundadores receberam o hábito agostiniano. Depois, pediram ao papa Inocêncio II que tomasse sob sua proteção o mosteiro da Santa Cruz de Coimbra. Ele aceitou o pedido pela Bula Desiderium quod, de 26 de maio de 1135.

Sua atuação foi marcada por uma dinâmica missionária relevante durante a reconquista cristã no território português. Cedo compreendeu que as nações não se forjam nos campos de batalhas, mas nas escolas de formação de sua juventude. Era um missionário notável e um homem de visão moderna para o seu tempo. Foi conselheiro espiritual do rei Afonso Henrique, que o estimava e muito auxiliou a Ordem. Manteve contatos amistosos com personagens importantes do seu tempo, como São Bernardo.

Aos setenta anos Teotônio renunciou ao cargo de prior, voltando a ser um simples religioso. Um ano depois o papa Anastásio IV quis consagrá-lo bispo de Coimbra, mas ele recusou, consagrando seus últimos anos à oração. Morreu em 18 de fevereiro de 1162. Seu corpo repousa numa capela da igreja do mosteiro que fundou. Um ano depois, no aniversário de sua morte o papa Alexandre III o canonizou.

São Teotônio se tornou o primeiro santo da nação portuguesa a ser canonizado, sendo celebrado pela Igreja como o reformador da vida religiosa em Portugal. O seu culto celebrado no dia 18 de fevereiro foi difundido pelos agostinianos espalhados no mundo todo. Em 1602, foi proclamado Padroeiro da cidade e diocese de Viseu.


São Teotônio, rogai por nós!

 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O mundo precisa de um Papa conservador - valores cristãos, fundados nos ensinamentos de Jesus Cristo, são imutáveis




Uma sombra sobre os cardeais
À medida que crescem especulações sobre quem será o novo líder de 1,2 bilhão de católicos do mundo, o Papa Bento XVI enfatizou que não vai participar da escolha de seu sucessor. Mas, de fato, ele não precisa soprar nos ouvidos dos cardeais para votar por um substituto que ele aprove. Nos últimos sete anos, o Pontífice alemão encheu o corpo responsável pela eleição de seu substituto com conservadores que abraçam a ortodoxia religiosa de Bento XVI e que são igualmente céticos de seus irmãos liberais, que defendem que a Igreja Católica precisa desesperadamente de reformas radicais, se quiser perdurar neste século.
Nada, nenhuma força será capaz de impedir que a Igreja Católica permaneça e perdure sob qualquer tempestade.  A Igreja Católica foi crisda por decreto do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme Evangelho de São Mateus, Capítulo 16, versículos 17 a 19: "17 Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus."


Em que pese a desvinculação da Igreja Católica do Estado, a pretexto de ser aquele 'laico', um Papa conservador, que repudie o homossexualismo, o aborto e outras práticas imorais, ilegais e repugnantes, tem um peso que sempre será considerado pelos cristãos nas ocasiões em que tiverem que fazer opção entre o liberalismo doentio ou a manutenção dos valores morais.
 
Dos cerca de 120 cardeais eleitores, que apresentarão seu voto sob os afrescos da Capela Sistina no próximo mês, Bento XVI nomeou 67. Os outros 53 foram nomeados por seu antecessor. Apenas os cardeais com menos de 80 anos podem votar por um novo Pontífice no conclave papal. E justamente porque os cardeais tendem a ser idosos quando alcançam uma tal distinta posição há uma rotação inevitável do corpo eleitoral. Assim, apesar do papado de Bento XVI ter durado apenas um quarto do de João Paulo II, ele possui significativamente mais aliados do que seu antecessor no Vaticano. Especular sobre o mundo secreto e complexo das políticas do Vaticano é extremamente difícil quando um Papa morre. Mas hoje a Igreja Católica navega por águas incertas. O Colégio dos Cardeais não teve que eleger um Papa com outro ainda vivo em mais de 600 anos, e apesar de Bento XVI ter insistido que se manterá acima da política, muitos analistas sugerem que os eleitores vão inevitavelmente se sentir pressionados a votar por um Pontífice que seja do gosto de Bento XVI.

John Allen, um analista do Vaticano, escreveu num artigo na terça-feira noNational Catholic Reporter”: “Pelo menos alguns cardeais podem se sentir fortemente pressionados a não fazer algo que possa ser percebido como um repúdio ao papado de Bento XVI, ou que possa causar consternação a ele. Como isso poderá ser traduzido em termos de votos no conclave não está de todo claro, mas é uma peça do quebra-cabeças que vale a pena considerar.”

A escolha de Bento XVI não foi livre de controvérsia. Um bom número de veículos de mídia americanos — inclusive católicos — reagiram com indignação ao fato de que um cardeal de Los Angeles, que foi removido de seu posto acusado de ter ajudado a camuflar o caso de abuso sexual de um padre, será um dos que votará para escolher o sucessor de Bento XVI. Cardeal Roger Mahoney deixou as funções públicas na semana passada em meio a acusações de que ele tramou para esconder acusações de autoridades da lei.

Durante seu papado, Bento XVI foi criticado por promover com frequência cardeais conservadores com um viés pró-europeu, apesar do fato de a maioria absoluta dos católicos no mundo viver em países em desenvolvimento. Em janeiro de 2012, por exemplo, ele nomeou 22 novos cardeais. Quase todos já eram autoridades europeias no Vaticano, que tendem a ter bem menos experiência pastoral no mundo além da Cidade do Vaticano, e também ferrenhos partidários conservadores.

David Gibson, do Religious News Service, comentou à época: “Bento XVI está no coração de um Velho Mundo, um católico fora de moda da Baviera, e tanto ele quanto os cardeais que o elegeram acreditam que a Europa continua o berço da cultura católica.”  Fora da Europa, Bento XVI favoreceu conservadores com forte recomendações contra tradicionais posições liberais, tais como homossexualidade, contracepção, aborto e secularização. 
É DEVER de um Papa, aliás, DEVER de qualquer cristão repudiar o homossexualismo, o aborto e outras práticas ilegais, imorais, satânicas, e até mesmo repugnantes e que muitos querem impor, por acharem que com o tempo os valores morais e religiosos perderam o sentido.  
O ultraconservador arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, por exemplo, cresceu muito sob Bento XVI justamente por ser tão eloquente ao atacar o governo Obama em tais questões.

Por: Jerome Taylor é articulista do “Independent”

Nota: textos destacados em azul são de responsabilidade dos editores do Blog Catolicismo

Papa critica interpretação sobre Concílio Vaticano II

Na manhã desta quinta-feira, o papa falou durante 45 minutos, de improviso, a respeito do Conselho Vaticano II, realizado no início da década de 1960. Ele responsabilizou a mídia pelo que chamou de interpretação distorcida das reuniões da igreja na época, que resultaram em muitas das "calamidades" que afligem a igreja católica nos dias atuais. 

Foi o segundo dia seguido que Bento XVI fez declarações bem diretas a seu sucessor e aos cardeais que o elegerão a respeito da direção que a igreja deve tomar quando ele não estiver mais no poder.  Embora suas declarações de despedida na quarta-feira tenham sido agridoces, o papa foi mais combativo nesta quinta-feira, ao se dirigir a uma plateia de milhares de sacerdotes. 

Bento XVI era um jovem teólogo durante o Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, que trouxe a igreja católica para o mundo moderno, com documentos importantes sobre as relações da igreja com outras religiões, seu lugar no mundo e sua liturgia. O papa passou a maior parte de seus oito anos no cargo tentando corrigir o que considera uma interpretação incorreta do concílio. Ele afirma que não se tratou de uma ruptura revolucionária com o passado, como consideram os católicos liberais, mas uma renovação e o despertar para as melhores tradições da igreja antiga. 

Ele destacou este ponto nesta quinta-feira, dizendo que matérias mal feitas a respeito das deliberações reduziram o trabalho a "lutas sobre poder político entre as várias correntes da igreja". Segundo o pontífice, como a interpretação da mídia foi dominante e "acessível a todos", o resultado foi que elas alimentaram a compreensão popular sobre o conselho. 

Segundo o papa, isso se seguiu a "muitas calamidades, tantos problemas, a vários tormentos. Seminários fecharam, conventos fecharam, a liturgia foi banalizada". No que deve ser uma de suas últimas declarações como papa, Bento XVI disse esperar que "o verdadeiro conselho" seja um dia compreendido. "Nossa função neste ''ano da fé'' é trabalhar para que o verdadeiro conselho, com a força do Espírito Santo, seja realmente compreendida e que a igreja seja realmente renovada". As informações são da Associated Press.

Continuam as especulações fantasiando as razões da renúncia de Sua Santidade, para Bento XVI, e sobre quem será seu sucessor

'Renúncia irritou ala conservadora da Igreja'


Para vaticanista, temor de tradicionalistas é o de que decisão de Bento XVI ajude a desmistificar papel do papa 

 A decisão de Bento XVI de renunciar foi um gesto de "realpolitik", pragmático. A avaliação é de um dos principais vaticanistas, o italiano Marco Politi, que acaba de publicar um livro sobre o pontificado de Bento XVI. Em entrevista ao Estado, Politi apontou que, no fundo, a demissão de Bento XVI foi sua "única grande reforma" nos oito anos de seu pontificado. Mas uma iniciativa que ficará para a história e fará muitos pensarem sobre o futuro da Igreja.

Segundo o especialista, a ala mais conservadora da Igreja teria ficado irritadíssima com Bento XVI por conta de sua renúncia, temendo uma "desmistificação" do cargo de papa a partir de agora. Eis os principais trechos da entrevista:

Como foi a reação dentro do Vaticano diante da renúncia?
Os conservadores temem a decisão. O temor é de que isso possa causar uma desmistificação do papel do papa. E que, no futuro, um papa possa ser colocado sob pressão para se demitir em determinadas situações. Mas a decisão foi muito lúcida e muito bem planificada. Foi um gesto revolucionário - a única grande reforma de seu pontificado, um exemplo e um estímulo à reflexão. Na Alemanha, há cardeais que já falam abertamente de que seria justo colocar um limite de idade para o papa. Bento XVI completou a reforma de João Paulo II, estabelecendo idades para cardeais e sua participação no conclave. Agora, mandou a mensagem de que um papa pode, sim, renunciar. Nos tempos modernos, não se pode permitir um papa doente.

Fala-se muito de que a renúncia foi um ato político. Como o sr. avalia isso?Foi um gesto de realpolitik e de reconhecimento da incapacidade sua de cuidar da Igreja, pois não basta ser um intelectual ou teólogo. Para guiar a instituição de 1 bilhão de fiéis, ele precisava de um pulso de governador.

Há o risco de que católicos no mundo não entendam essa decisão de Bento XVI?
Acho que a massa dos fiéis entendeu. Muitos ficaram surpresos e, no começo, desorientados. Mas não houve uma oposição ou mau humor. Na Praça São Pedro, não vimos nenhum grupo pedindo que ele fique. Entenderam que foi justamente uma troca de governo. O papa foi muito pragmático.

Quais são as perspectivas para o conclave, diante dessa situação inédita?
Dentro do conclave, todas as cartas estão embaralhadas. Será um conclave muito complicado. Em 2005, havia um grupo forte de apoio e de mobilização pela candidatura de Ratzinger. Mas ele era o único ator mais forte. O cardeal Martini seria uma opção, mas estava doente. Hoje, temos vários candidatos. Mas nenhum deles tem um pacote de votos claro. O vencedor será um candidato de centro. Não poderá ser alguém de continuidade de Ratzinger. Mas não sabemos se essa pessoa está disposto a fazer as reformas que a Igreja precisa para enfrentar seus desafios.

Quais são esses desafios?O primeiro é a crise de padres. Não há padres para todas as paróquias. Outro é o papel das mulheres dentro da Vaticano. Há ainda o tema da sensualidade no mundo moderno, o homossexualismo, o divórcio. Finalmente, há a questão do papel do papa.

Um papa do mundo em desenvolvimento estaria sendo considerado?
A primeira questão é se haverá um papa italiano ou não. Os 29 cardeais italianos no conclave estão sobrerrepresentados. Mas isso não quer dizer que todos eles queiram um italiano. Há divisões. No passado, eram os estrangeiros que pediam para que o papa fosse um italiano. Mas há a impressão depois que os escândalos de corrupção foram revelados de que muitos querem que a internacionalização do papado continue. Ele poderá vir da América do Norte ou Sul. Eu dou menos chances aos africanos. Na América Latina existem vários candidatos. Mas há que ver se haverá um mais forte que concentre a atenção. Em 2005, no conclave, os latino-americanos fecharam um acordo de que apoiariam um nome da região se um cardeal começasse a se destacar.

14 de fevereiro - Santo do dia

 São Cirilo

Constantino nasceu em 826 na Tessalonica, atualmente Salonico,Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.

Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.

Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.

Seu irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia. Este rei precisava de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e samaritano.

Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado "cirílico", hoje conhecido por "russo". Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.

Isto gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.

Mas, Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de 868. A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos". O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São Bento de "Patronos da Europa".

 São Cirilo, rogai por nós


São Metódio

Miguel, que mudou o nome para Metódio,  primogênito dos sete filhos do juiz grego Leão, nasceu em 814 na Tessalonica, atual Salonico, Grécia. Tinha vinte e seis anos e era prefeito de Constantinopla, capital do Império Bizantino, quando seu pai morreu. Irmão de Constantino, foi aluno de Fócio, que assumiu a educação dos órfãos. Miguel e Constantino mudaram o nome para Metódio e Cirilo, ao se consagrarem sacerdotes.

Com a morte do pai, em 840, abandonou tudo e se recolheu no convento de Policron, no monte Olímpio, e se fez monge. Foi o imperador Miguel III quem o convocou para a missão evangelizadora da Morávia, da qual participou também seu irmão. Depois os dois foram para Roma, onde Cirilo, doente, acabou falecendo.

Metódio foi ordenado sacerdote pelo papa Adriano II em 868 e, depois da cerimônia do sepultamento do irmão, foi nomeado delegado apostólico, consagrado bispo, e estabelecido como arcebispo para a Iugoslávia e Morávia. Uma carta, que o credenciava junto aos principados eslavos, continha a aprovação sem reservas para a liturgia na língua eslava.

Os acontecimentos políticos impediram que Metódio retornasse a Morávia. Ficou, então nos domínios do principado iugoslavo, que tinham sido evangelizados até Áustria. Alí foram inevitáveis os desencontros entre o clero latino e o novo clero eslavo. Inclusive, Metódio foi preso, traído diante do concílio de Ratisbona e condenado ao exílio na Suécia.
O então papa João VIII, em 878, interveio energicamente e ele foi solto, mas reprovou as suas novidades lingüísticas na liturgia. Porém, Metódio, estava fortalecido pela aprovação do papa anterior, podendo dar continuidade à evangelização iniciada. Depois de um ano de tranqüilidade, novos protestos se elevaram contra ele, sendo acusado de heresia.

Convocado a se apresentar em Roma pelo papa João VIII, não só se justificou como o convenceu a lhe dar seu apoio. Com uma carta oficial da Santa Sé, ele foi confirmado nas funções, e autorizado a usar o eslavo na liturgia, mas pedindo que o Evangelho fosse lido em latim antes que em eslavo. Porém o imperador germânico preferia outro bispo, que celebrava a liturgia em latim. A confusão estava formada. Tudo se complicou quando surgiu uma falsa carta do papa, que dizia o oposto da anterior apresentada por Metódio.

Em 881 a Santa Sé, negou formalmente a falsa carta. Mas isto não pôs fim à dificuldade, o clero alemão continuou sua oposição. Nesta época, Metódio, foi para Constantinopla a convite do imperador, para se juntar ao então patriarca Fócio, seu antigo professor e amigo da família. Assim, continuou com seus discípulos o seu apostolado e a tradução da Bíblia e dos Livros Litúrgicos a quem precisasse.

Morreu em 6 de abril de 885 em Velehrad, Tchecoslováquia, onde foi sepultado na igreja da Catedral. Atualmente se ignora o local exato onde foram colocadas suas relíquias. Metódio e Cirilo são considerados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos" e venerados no dia 14 de fevereiro, dia da morte de Cirilo. Em 1980, o papa João Paulo II os proclamou "Patronos da Europa" ao lado de São Bento.

São Metódio , rogai por nós! 
 

São Valentim


O mártir, quer dizer os dois mártires, de nome Valentim, que viveram no mesmo período da História e são comemorados em 14 de fevereiro, deram o nome a uma simpática tradição, chamada de "dia dos valentins" significando "dia dos namorados". Ainda esta tradição, indicava a festa de São Valentim como o início da primavera, estação do despertar da vida e também do romance, quando os pássaros começam a preparar seus ninhos.

Mas, São Valentim se tornou o protetor dos namorados, ou melhor, os dois se tornaram, por outro motivo, além desta tradição dos devotos. Vejamos porque. O primeiro mártir, um soldado romano, foi incluído no Martirológio Romano com o nome de Valentim. O segundo foi inserido como Valentim de Terni, pois era o bispo dessa diocese. O registro sobre sua vida pode ser encontrado por esse nome, em outra página.

No século III, em Roma, Valentim, era um sacerdote e o imperador era Cláudio II,o Gótico. O Império enfrentava muitos problemas, com inúmeras batalhas perdidas. O imperador deduziu que a culpa era dos soldados solteiros, que segundo ele, eram os menos destemidos ou ousados nas lutas. E, mais, que depois de se ferirem levemente, pediam dispensa das frentes. Mas, o que era pior, retornavam para o exército, casados e nesta condição queriam voltar vivos, enfraquecendo os exércitos. Por isto, proibiu a celebração dos casamentos.

Valentim, que considerava essa medida injusta, continuou a celebrar os casamentos, mas secretamente. Quando soube das ações do sacerdote, Cláudio mandou que fosse preso e o interrogou publicamente. Suas respostas foram elogiadas pelo soberano que disse: "Escutem a sábia doutrina deste homem". E, de fato, parece que a pregação de Valentim, o tinha impressionado, pois o mandou para uma prisão domiciliar, indicando a residência do prefeito romano Asterio, onde todos eram pagãos.

Logo que chegou na casa, o sacerdote ficou sabendo que o prefeito tinha uma filha cega. Disse aos familiares que iria rezar e pedir para Jesus Cristo pela cura da jovem, o que ocorreu alguns dias depois. Mas, nesta altura dos fatos, Valentim havia convertido a família interia do prefeito. Isto agravou sua pena, sendo condenado a morte.

A antiga lenda acrescentou que após curar a jovem, ele teria se enamorado dela, platonicamente, mas preferiu o seu ministério. Antes de morrer teria escrito uma carta para a jovem e a entregou ao pai dela. No dia 14 de fevereiro de 286 foi levado para a chamada via Flaminia, onde foi morto a pauladas e depois decapitado.

A sepultura de Valentim foi encontrada em 346, numa capela subterrânea na via Flaminia. Dez séculos depois, antigos registros o indicaram como irmão de São Zenão Hoje, as suas relíquias estão na Igreja de São Praxedes num Oratório dedicado a São Zenão e Valentim.

O mártir Valentim, se tornou santo porque morreu pelo testemunho de seu sacerdócio. A Igreja o considera padroeiro dos namorados por ter defendido com sua vida o Sacramento do Casamento e não pelo motivo acrescentado pela lenda.

 São Valentim, rogai por nós! 



São Valentim de Terni

Tudo na vida tem um início e portanto sua explicação ou história. Como aconteceu com o "Dia de São Valentim", que tem de tudo: fé, política e romance. Além do interessante fato de serem dois os santos mártires festejados neste dia, com o mesmo nome e ambos declarados pela Igreja, protetores dos namorados. Cada um por sua justa razão, como se pode verificar no texto da página de São Valentim, o sacerdote mártir.

Conforme os registros da diocese de Terni, Valentim foi consagrado em 197, sendo seu primeiro bispo e considerado fundador da cidade. Consta que ao lado de sua casa e da igreja havia um imenso prado e um belo jardim. Quanto não estava trabalhando na igreja ou tratando de algum doente, podia ser visto cuidando das rosas que cultivava. À tarde ele abria os portões para as crianças brincarem e correrem livremente. Ao entardecer ele abençoava cada uma entregando uma flor, para ser entregue às suas mães. A sua intenção era fazer as crianças irem direto para casa e alimentar o amor e respeito pelos pais.

Valentim, tinha o dom do conselho, sua fama de reconciliador dos casais de namorados era muito difundida. Tudo começou assim: certo dia, ouvindo dois jovens namorados brigando, que pararam ao lado da cerca do seu jardim, foi ao encontro deles levando na mão uma linda rosa. O capuz caído, a figura serena e sorridente do bom velho e aquela rosa que ele parecia lhes oferecer, tiveram o mágico poder da acalmar os dois namorados em briga. Depois, quando ele, entregando realmente a rosa vermelha, pediu que os dois juntos apertassem o cabo com cuidado para não se espetarem e explicou o "cor unum", que em latim significa "união de corpos" de duas pessoas casadas, o amor retornou como antes.

Algum tempo depois, os dois procuraram Valentim para marcar o casamento, que celebrou e abençoou a união do casal. Na cerimônia compareceram quase todos da cidade, querendo participar do final feliz do casal reconciliado. A história se espalhou e sua fama se criou.

Além do dom do conselho, Valentim possuía o da cura, que aumentava conforme sua idade. Muitas vezes viajava, a pedido de outras dioceses, para atender os enfermos. Em 272, foi chamado para cuidar de um doente em Roma. Durante sua estadia na cidade, Valentim converteu o famoso filósofo grego Crato e três de seus jovens discípulos atenienses. Este zelo o expôs aos delatores pagãos. Nesta época o imperador era Aureliano, ardiloso e cruel. Os discípulos de Crato foram ao julgamento em defesa do bispo, mas nada puderam fazer. Valentim foi condenado à morte e decapitado em 14 de fevereiro de 273. Os três jovens recém convertidos resgataram seu corpo e o transportaram para Terni onde foi sepultado.

A sua festa no dia 14 de fevereiro e a sua fama ganharam força em toda a Itália. Na Idade Média, foi ganhando reforços e hoje é festeja em todo o planeta por todos os casais devotos.
A Igreja o incluiu no Calendário Litúrgico como São Valentim de Terni, o bispo mártir, protetor dos jovens e dos namorados. As suas relíquias estão na Igreja das Carmelitas, na cidade de Terni, em Roma. Ao lado de sua urna de prata, coberta por uma redoma de cristal, existe a seguinte inscrição: "São Valentim, patrono do amor". Há também um belo vitral com a imagem do santo bispo abençoando um casal ajoelhado que segura uma rosa.


São Valentim de Terni, rogai por nós!