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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Para os católicos, a Igreja não é autora de uma verdade humana, submetida a uma permanente revisão, mas a depositária de uma verdade revelada por Deus, que é eterna

Bento XVI testemunhou o calvário de seu antecessor. E tomou o caminho oposto


Principal interlocutor de João Paulo II no fim de seu pontificado, o então cardeal Ratzinger viu de perto como o polonês transformou seu sofrimento numa manifestação de fé. 

O alemão, porém, rompeu com a tradição da qual era considerado o mais feroz protetor

Nos últimos dois anos, as aparições públicas do papa Bento XVI passaram a despertar as lembranças da reta final do pontificado de seu antecessor, João Paulo II - e não por causa da forte ligação pessoal entre os dois. Assim como o pontífice polonês, o alemão, que mostrava boa condição de saúde na primeira metade de seu papado, passou a ser incapaz de ocultar seu sofrimento. Os sinais claros de que a idade pesava sobre seus ombros - a voz frágil, os movimentos lentos, o olhar com aspecto vitrificado, a necessidade de auxílio para se movimentar - já despertavam as mesmas preocupações que cercaram João Paulo II no crepúsculo da vida. Os especialistas começavam a listar possíveis sucessores. 

Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude, no Rio, em julho deste ano, preparavam-se para lidar com a provável ausência do pontífice. Ainda assim, o início repentino da sucessão papal chocou a todos - afinal, ninguém pensava na possibilidade de renúncia. O anúncio feito nesta segunda-feira por Bento XVI é surpreendente não apenas pelo histórico da Igreja Católica (o último a deixar o Trono de Pedro por vontade própria foi Gregório XII, em 1415) mas também pelo forte contraste em relação ao desfecho escolhido pelo alemão, que acompanhou de perto o antecessor em seu calvário público - e testemunhou, também, a prova de fé do polonês ao suportar o sofrimento por acreditar que só a morte deveria interromper sua missão como papa.

 O então cardeal Joseph Ratzinger foi a figura mais influente e poderosa do Vaticano no pontificado de João Paulo II (com exceção do próprio papa, evidentemente). Os dois tinham uma fortíssima ligação, já que compartilhavam de visões parecidas a respeito do estado da Igreja e do futuro do catolicismo. Como homem forte do papa na defesa da doutrina, o alemão era um dos interlocutores mais frequentes de João Paulo II - talvez só os auxiliares pessoais do papa tivessem mais acesso a ele. Nesse contexto, Ratzinger acompanhou ao vivo, e sempre muito de perto, cada momento da luta do pontífice contra sua doença. Ele já não conseguia andar, falar nem mastigar, com a maior parte de seus músculos internos enrijecida pelo Parkinson.

 Ainda assim, seguia tentando cumprir seus compromissos públicos - e protagonizando cenas comoventes de devoção e fé. O terceiro pontificado mais longo de todos os tempos chegou a seu término com uma exposição pública de dor jamais vista na história da Igreja Católica. Mas houve um sentido nisso. Paralisado e silenciado pela doença, João Paulo II transubstanciou seu calvário particular numa mensagem universal: a de que não existe redenção sem sofrimento (uma mensagem sobre a qual, aliás, se alicerça o cristianismo). João Paulo II carregou sua cruz diante dos olhos do mundo. Muitos podiam não concordar com tudo o que o papa polonês pregou e defendeu. Mas tornou-se impossível não admirá-lo pela sua coragem na saúde e na doença, na vida e na morte.

Aclamado pelos fiéis na cerimônia fúnebre vista por mais pessoas na história, João Paulo II consolidou entre os fiéis a noção de que, apesar de permitida pelos códigos do Vaticano, a renúncia não era uma hipótese aceitável na prática, por significar o fim prematuro de uma missão divina confiada ao sumo pontífice, o escolhido de Deus - através dos votos do colégio de cardeais - para comandar a Igreja. A decisão de Bento XVI de interromper voluntariamente seu pontificado chocou os fiéis justamente por isso: poucas pessoas no mundo conhecem mais sobre a história do papado do que o alemão e talvez ninguém no planeta tenha acompanhado mais de perto o exemplo de João Paulo II. Sua renúncia, portanto, nunca foi seriamente cogitada por ninguém que não o próprio papa. O que, afinal, convenceu Bento XVI a tomar essa decisão tão inesperada?
Por enquanto, seu pronunciamento oficial - que diz apenas que ele "não tinha mais forças para exercer adequadamente o ministério petrino" - é insuficiente para que se saiba mais a respeito de sua real condição. O Vaticano não fala sobre nenhuma doença específica. Sobre pelo menos uma coisa não há dúvidas, pelo menos até agora: Bento XVI está plenamente consciente e convicto de sua decisão, por mais que ela contrarie tudo o que se esperava dele. "No mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito", escreveu o papa. "Tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado." Se João Paulo II foi apelidado de "o papa das surpresas", Bento XVI era visto como o pontífice do continuísmo, da transição sem sobressaltos. Em seu último lance, rompeu com a tradição - e acabou surpreendendo mais até que o antecessor.


Fonte: Revista VEJA

Religião, qualquer uma, não lida com valores como modernidade ou popularidade. Não há como atualizar doutrinas espirituais, pois elas são expressão da Eternidade. Não católicos, deixem a Igreja Católica cuidar dos seus assuntos



Política e religião
A renúncia do Papa Bento XVI deflagrou especulações múltiplas na mídia mundial, marcadas por um paradoxo: para uns, expõe a decadência de uma instituição de mais de dezesseis séculos (a contar da romanização do cristianismo), combalida por divisões internas que seriam insanáveis. Para outros, ao contrário, o interesse em escala planetária mostra a força de uma instituição que, como nenhuma outra, é capaz de mobilizar não apenas seus adeptos, mas também, e na mesma medida (com alguns decibéis acima), os não adeptos.

Ambos os diagnósticos – o que proclama a decadência e o que sustenta o oposto – têm procedência: a Igreja está fragilizada, sim, perdendo seguidores; não obstante, continua poderosa, peça-chave na geopolítica mundial. Tem 1,2 bilhão de adeptos espalhados por todo o planeta – uma Índia espiritual. Responsável pelo que se convencionou chamar de Civilização Ocidental, é contestada em seu berço, a Europa. Lá, mais que em qualquer outra parte, questiona-se o suposto anacronismo de sua doutrina e acusa-se o renunciante, Bento XVI, de reacionário e ultraconservador. Exige-se sua modernização e a absorção de uma agenda comportamental que lhe é antípoda
 Nota dos redatores do Blog Catolicismo: A Igreja Católica jamais será abalada por intrigas, por ataques de modernidade, já que os principios cristãos, os alicerces sobre os quais está assentada, são perenes. 
Não podemos olvidar que a Igreja Católica foi criada por decreto do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme Evangelho de São Mateus, Capítulo 16, versículos 17 a 19: 
"17 Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." 

Antes de mais nada, é preciso que se diga que religião, qualquer uma, não lida com valores como modernidade ou popularidade. Não há como atualizar doutrinas espirituais, pois elas se pretendem expressão da Eternidade. Ninguém é obrigado a crer nisso, nem a aderir. Mas é preciso admitir que assim é – ou não será religião, mas outra coisa. Uma vez que se decide professar os seus cânones – e, no Ocidente ao menos, isso se dá por livre e espontânea vontade -, não faz sentido contestá-los.

É como alguém tornar-se sócio do Flamengo e protestar contra o fato de que o clube joga futebol. Ou, pior ainda, não sendo sócio, querer determinar o comportamento do clube.
Os cânones católicos estão lá há mais de um milênio e meio, depositários de uma fé que ultrapassa dois milênios. Por isso, mudanças, mesmo as mais tópicas, provocam séculos de discussão em sucessivos concílios, antes de serem adotadas. A instituição é intrinsecamente conservadora, pois sua missão é exatamente conservar uma Revelação de que se crê portadora – e isso vale para todas as religiões. 
Nota dos redatores do Blog Catolicismo: sempre devemos  ter em conta que apenas uma - Igreja Católica Apostólica - foi fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não tem, nem pode ter, compromissos com governos, ideologias, modas ou revoluções, por mais afinidades que possam ter com aspectos pontuais de sua doutrina. Como então cobrar do Papa, qualquer um deles, comportamento “progressista”? Não é casual que essa discussão seja promovida sobretudo por quem não professa a fé católica, nem vê nela qualquer sentido. São grupos militantes que enxergam a Igreja pelo ângulo geopolítico e sua influência sobre governos e populações.

Querem que absorva seus princípios ideológicos e comportamentais pela influência que pode exercer na conduta de milhões de pessoas. Não é, portanto, uma questão religiosa; é política. Por isso, não católicos se mostram tão interessados no encaminhamento da sucessão papal, tema que, em circunstâncias normais, deveria mobilizar apenas os adeptos. Não há dúvida de que a própria Igreja, ao longo de sua história, contribuiu para essa deformidade, ao imiscuir-se no jogo do poder político. Na Idade Média, não apenas influía, mas agia sobre governos e impérios. Seus fundamentos eram impostos a todos, crentes ou não. Há muitos séculos não é mais assim.

Ou não era: o Concílio Vaticano II, nos anos 60 do século passado, ao admitir seu ingresso no jogo político-ideológico da Guerra Fria, contaminou-a com um debate alheio à sua missão pastoral introduzindo em seu glossário termos como modernidade e progressismo e, o que é pior, tornando-a vulnerável à cobrança de seus parceiros seculares. O advento da Teologia da Libertação, que busca conciliar cristianismo e marxismo, não é o único, nem o maior problema. Pior é o ambiente divisionista, que semeia desunião e desconfiança, levando o conflito do mundo às quatro paredes da Sé.

É sob esse foco que se desdobra a sucessão de Bento XVI, adepto da ortodoxia, cuja renúncia indica que já não via meios pessoais de liderar a resistência às correntes antagônicas. Possivelmente – e a especulação é pertinente –, viu na renúncia a estratégia de fortalecer a defesa do legado milenar, que sente ameaçado pelas facções progressistas e relativistas. Garante assim fôlego à ala ortodoxa para, quem sabe, mais um mandato no Trono de São Pedro.

Fonte: Blog do Noblat - Ruy Fabiano, jornalista

Santo do dia - 16 de fevereiro

Santo Onésimo

Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor. Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou a toda a família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado resolveu fugir.

O castigo para os escravos recapturados era ter a letra "F" marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo depois libertado. No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos. Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado pela Paixão de Cristo e se arrependeu. Procurando o apostolo, confessou sua culpa e foi perdoado. Assim, Onésimo se converteu e recebeu o batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta.

Nela, o santo apóstolo explicou que estaria disposto a pagar em dinheiro pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoasse, pois estava convencido de que Onésimo estava mudado e se emendara completamente. Narrou a sua conversão e, inspirado pelo Espírito Santo escreveu: "Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio". (Fm 18 e 19)

Sabedor da sinceridade e do poder que Paulo tinha para fazer pessoas se converterem à vida cristã, para dali em diante viverem na honestidade e na caridade, Filemon perdoou Onésimo. Depois, deu total apoio ao seu ex-escravo que passou a trabalhar com a palavra e também com seu próprio exemplo.

Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas virtudes ultrapassou os limites de sua diocese. Segundo uma tradição antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde morreu apedrejado, como mártir cristão.

Embora este acontecimento não tenha total comprovação, a Igreja incluiu Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos.


Santo Onésimo, rogai por nós!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

15 de fevereiro - Santo do dia

São Cláudio Colombiére

Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.

Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.

Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.

O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.

São Cláudio Colombiére , rogai por nós! 

Santos Faustino e Jovita
  
Faustino nasceu em 90, Jovita em 96, na cidade e Bréscia, na Lombardia, Itália. Eram cristãos e foram martirizados no século II, durante os tempos sangrentos das perseguições. Os outros dados sobre eles nos foram transmitidos pela tradição, pois quase todos os registros eram queimados ou confiscados durante as inúmeras perseguições contra a Igreja dos primeiros séculos.

Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores: Trajano e Adriano. As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados. E na Lombardia a situação não era diferente. Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações.

Secretamente, o bispo ordenou Faustino sacerdote e Jovita diácono, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagão e destruindo os ídolos. Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a atrozes torturas, mas sobreviveram a tudo. Foram então levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal. Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados.

Mas, existia uma tradição que dizia que Jovita, era a irmã virgem de Faustino, por isto não era sacerdote como ele. A Igreja comprovou entretanto que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.

O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos "Diálogos" de São Gregório Magno. Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita. Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia. Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento.

Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva, da invasão das tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana. No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza a narração desta tremenda invasão. Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.

Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica.

Santos Faustino e Jovita, roguem por nós!
 

 São Teotônio

Teotônio nasceu em 1082, na aldeia de Tartinhade, em Ganfei, próxima a Valença do Minho, Portugal. Na infância estudou no mosteiro beneditino de Ganfei.

Aos dez anos, mostrando inclinação religiosa, foi entregue ao tio, bispo de Coimbra, que assumiu sua educação. Na capital, o bispo o colocou no colégio anexo à sua Catedral designando o diretor padre Telo para orientador espiritual do sobrinho. Teotônio se formou em teologia e filosofia. Quando seu tio morreu , padre Telo o enviou aos cuidados de um outro tio, que era o prior do mosteiro em Viseu, para completar sua formação eclesiástica.

Em Viseu, ele tomou a ordem sacerdotal e sucedeu seu tio, como prior do mosteiro, em 1112. Teotônio fez então sua primeira peregrinação a Jerusalém e, ao voltar, recusou ser o bispo de Viseu. Preferiu continuar um simples missionário e voltou para a Terra Santa, pela segunda vez, onde pretendia ficar. Entretanto padre Telo, seu antigo orientador, mandou chamá-lo, porque precisava de sua ajuda para criar uma comunidade religiosa, sendo prontamente atendido.

Assim, Teotônio foi o co-fundador, junto com onze religiosos, e primeiro superior do mosteiro da Santa Cruz de Coimbra, sede da nova Ordem, criada em 1131, sob a Regra de Santo Agostinho. Todos os fundadores receberam o hábito agostiniano. Depois, pediram ao papa Inocêncio II que tomasse sob sua proteção o mosteiro da Santa Cruz de Coimbra. Ele aceitou o pedido pela Bula Desiderium quod, de 26 de maio de 1135.

Sua atuação foi marcada por uma dinâmica missionária relevante durante a reconquista cristã no território português. Cedo compreendeu que as nações não se forjam nos campos de batalhas, mas nas escolas de formação de sua juventude. Era um missionário notável e um homem de visão moderna para o seu tempo. Foi conselheiro espiritual do rei Afonso Henrique, que o estimava e muito auxiliou a Ordem. Manteve contatos amistosos com personagens importantes do seu tempo, como São Bernardo.

Aos setenta anos Teotônio renunciou ao cargo de prior, voltando a ser um simples religioso. Um ano depois o papa Anastásio IV quis consagrá-lo bispo de Coimbra, mas ele recusou, consagrando seus últimos anos à oração. Morreu em 18 de fevereiro de 1162. Seu corpo repousa numa capela da igreja do mosteiro que fundou. Um ano depois, no aniversário de sua morte o papa Alexandre III o canonizou.

São Teotônio se tornou o primeiro santo da nação portuguesa a ser canonizado, sendo celebrado pela Igreja como o reformador da vida religiosa em Portugal. O seu culto celebrado no dia 18 de fevereiro foi difundido pelos agostinianos espalhados no mundo todo. Em 1602, foi proclamado Padroeiro da cidade e diocese de Viseu.


São Teotônio, rogai por nós!

 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O mundo precisa de um Papa conservador - valores cristãos, fundados nos ensinamentos de Jesus Cristo, são imutáveis




Uma sombra sobre os cardeais
À medida que crescem especulações sobre quem será o novo líder de 1,2 bilhão de católicos do mundo, o Papa Bento XVI enfatizou que não vai participar da escolha de seu sucessor. Mas, de fato, ele não precisa soprar nos ouvidos dos cardeais para votar por um substituto que ele aprove. Nos últimos sete anos, o Pontífice alemão encheu o corpo responsável pela eleição de seu substituto com conservadores que abraçam a ortodoxia religiosa de Bento XVI e que são igualmente céticos de seus irmãos liberais, que defendem que a Igreja Católica precisa desesperadamente de reformas radicais, se quiser perdurar neste século.
Nada, nenhuma força será capaz de impedir que a Igreja Católica permaneça e perdure sob qualquer tempestade.  A Igreja Católica foi crisda por decreto do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme Evangelho de São Mateus, Capítulo 16, versículos 17 a 19: "17 Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus."


Em que pese a desvinculação da Igreja Católica do Estado, a pretexto de ser aquele 'laico', um Papa conservador, que repudie o homossexualismo, o aborto e outras práticas imorais, ilegais e repugnantes, tem um peso que sempre será considerado pelos cristãos nas ocasiões em que tiverem que fazer opção entre o liberalismo doentio ou a manutenção dos valores morais.
 
Dos cerca de 120 cardeais eleitores, que apresentarão seu voto sob os afrescos da Capela Sistina no próximo mês, Bento XVI nomeou 67. Os outros 53 foram nomeados por seu antecessor. Apenas os cardeais com menos de 80 anos podem votar por um novo Pontífice no conclave papal. E justamente porque os cardeais tendem a ser idosos quando alcançam uma tal distinta posição há uma rotação inevitável do corpo eleitoral. Assim, apesar do papado de Bento XVI ter durado apenas um quarto do de João Paulo II, ele possui significativamente mais aliados do que seu antecessor no Vaticano. Especular sobre o mundo secreto e complexo das políticas do Vaticano é extremamente difícil quando um Papa morre. Mas hoje a Igreja Católica navega por águas incertas. O Colégio dos Cardeais não teve que eleger um Papa com outro ainda vivo em mais de 600 anos, e apesar de Bento XVI ter insistido que se manterá acima da política, muitos analistas sugerem que os eleitores vão inevitavelmente se sentir pressionados a votar por um Pontífice que seja do gosto de Bento XVI.

John Allen, um analista do Vaticano, escreveu num artigo na terça-feira noNational Catholic Reporter”: “Pelo menos alguns cardeais podem se sentir fortemente pressionados a não fazer algo que possa ser percebido como um repúdio ao papado de Bento XVI, ou que possa causar consternação a ele. Como isso poderá ser traduzido em termos de votos no conclave não está de todo claro, mas é uma peça do quebra-cabeças que vale a pena considerar.”

A escolha de Bento XVI não foi livre de controvérsia. Um bom número de veículos de mídia americanos — inclusive católicos — reagiram com indignação ao fato de que um cardeal de Los Angeles, que foi removido de seu posto acusado de ter ajudado a camuflar o caso de abuso sexual de um padre, será um dos que votará para escolher o sucessor de Bento XVI. Cardeal Roger Mahoney deixou as funções públicas na semana passada em meio a acusações de que ele tramou para esconder acusações de autoridades da lei.

Durante seu papado, Bento XVI foi criticado por promover com frequência cardeais conservadores com um viés pró-europeu, apesar do fato de a maioria absoluta dos católicos no mundo viver em países em desenvolvimento. Em janeiro de 2012, por exemplo, ele nomeou 22 novos cardeais. Quase todos já eram autoridades europeias no Vaticano, que tendem a ter bem menos experiência pastoral no mundo além da Cidade do Vaticano, e também ferrenhos partidários conservadores.

David Gibson, do Religious News Service, comentou à época: “Bento XVI está no coração de um Velho Mundo, um católico fora de moda da Baviera, e tanto ele quanto os cardeais que o elegeram acreditam que a Europa continua o berço da cultura católica.”  Fora da Europa, Bento XVI favoreceu conservadores com forte recomendações contra tradicionais posições liberais, tais como homossexualidade, contracepção, aborto e secularização. 
É DEVER de um Papa, aliás, DEVER de qualquer cristão repudiar o homossexualismo, o aborto e outras práticas ilegais, imorais, satânicas, e até mesmo repugnantes e que muitos querem impor, por acharem que com o tempo os valores morais e religiosos perderam o sentido.  
O ultraconservador arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, por exemplo, cresceu muito sob Bento XVI justamente por ser tão eloquente ao atacar o governo Obama em tais questões.

Por: Jerome Taylor é articulista do “Independent”

Nota: textos destacados em azul são de responsabilidade dos editores do Blog Catolicismo