Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

sábado, 30 de março de 2013

Qual o significado do Sábado de Aleluia? Onde está escrito que Jesus desceu ao inferno e tomou das mãos do Diabo a chave da vida e da morte?

Qual o significado do Sábado de Aleluia? Onde está escrito que Jesus desceu ao inferno e tomou das mãos do Diabo a chave da vida e da morte?

São duas perguntas que têm um mesmo contexto, o da Paixão e Ressurreição de Cristo.

O Sábado de Aleluia é o Sábado Santo, o dia depois da morte de Cristo. A referência é sobretudo feita à noite do Sábado Santo, quando, na liturgia, se canta o aleluia pascoal, depois de 40 dias, a quaresma, durante os quais o Aleluia é omitido nas celebrações. É a celebração da Ressurreição de Cristo.
 
O tema da descida de cristo à "mansão dos mortos" é um dos temas da fé cristã. Está presente já numa das primeiras profissões de fé, o Símbolo dos Apóstolos. Também Tomás de Aquino, teólogo medieval, dedicou todo um capítulo de sua Suma Teológica (quaestio 52 della Pars 3) a este argumento. Até mesmo Lutero incluiu essa afirmação nos seus preceitos: Como se deve crer que Cristo morreu e foi sepultado por nós, assim também é necessário crer que ele desceu à mansão dos mortos.

Na Bíblia, o texto mais importante, nesse sentido, encontra-se em 1Pedro 3,18: Também Cristo morreu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, a fim de vos conduzir a Deus. Morto na carne, foi vivificado no espírito, no qual foi também pregar aos espíritos em prisão, a saber, aos que foram incrédulos outrora...

Esse texto evoca a profecia de Jesus, testemunhada por Mateus 12,40: Como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três noites, assim ficará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra.  Também Atos dos Apóstolos 2,24 diz: Mas Deus o ressuscitou, libertando-o das angústias do Hades, pois não era possível que ele fosse retido em seu poder. Também Efésios 4,9: Que significa "subiu", senão que ele também desceu às profundezas da terra? O que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, a fim de plenificar todas as coisas.

O sentido básico dessa expressão teológica é professar que Jesus realmente morreu e que venceu a morte e o Demônio, que tem o poder da morte, como escrito em Hebreus 2,14: Ele participou da mesma condição, a fim de destruir pela morte o dominador da morte, isto é, o diabo.
 
Há várias interpretações muito interessantes sobre esse tema. Bento XVI, hoje, sexta feira da paixão, respondendo a perguntas de expectadores, num programa na televisão italiana, disse que o fato de Jesus ter descido à mansão dos mortos significa que a sua morte abrange toda a humanidade, isto é, dela não são beneficiados apenas aqueles que vivem a partir da época de Cristo, mas também os que nasceram antes de Cristo.

Outra interpretação, que merece ser sublinhada, vem do teólogo Von Balthasar. Ele diz que Cristo, descendo à mansão dos mortos, tornou-se o último da humanidade, alcançou os últimos e os redimiu.

Fonte: aBiblia.org

 




30 de dezembro - Santo do dia

São João Clímaco

 

O Monte Sinai está historicamente ligado ao cristianismo. Foi o lugar indicado por Deus para entregar a Moisés as tábuas gravadas com os Dez Mandamentos. É uma serra rochosa e árida que, não só pela sua geografia, mas também pelo significado histórico, foi escolhida pelos cristãos que procuravam a solidão da vida eremítica.

Assim, já no século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram ali construídos por numerosos monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco.

João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo num dos mais renomados mosteiros, do venerável ancião Raiuthi. Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes para sua parca refeição e só se reunia aos demais monges nos fins de semana, para um culto coletivo.

Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procura-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma benção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai.

Nesse período ele escreveu muito e o que dele se conserva até hoje é um livro importantíssimo que teve ampla divulgação na Idade Média, "Escada do Paraíso". Livro que lhe trouxe também o sobrenome Clímaco que, em grego, significa "aquele da escada". No seu livro ele estabeleceu trinta degraus necessários à subir para alcançar a perfeição da alma.

Trata-se de um verdadeiro manual, a síntese da doutrina monástica e ascética, para os noviços e monges, onde descreveu, degrau por degrau, todas as dificuldades a serem vividas, a superação da razão e dos sentidos, e que as alegrias do Paraíso perfeito serão colhidas no final dessa escalada, após o transito para a eternidade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento. 


São João Clímaco, rogai por nós!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Papa Francisco celebra a primeira Sexta-Feira Santa de seu pontificado

Não se descarta que o primeiro Papa latino-americano carregue a cruz em alguma das 14 estações da Via Sacra no Coliseu

O papa Francisco celebrou nesta Sexta-Feira Santa a Paixão de Cristo na Basílica de São Pedro, antes de presidir sua primeira Via Sacra como líder da Igreja Católica, realizada no Coliseu romano.

Papa rezou na Basílica do São Pedro nesta Sexta-feira, antes de dar início à encenação Foto: FILIPPO MONTEFORTE / AFP

Sob o ouro e o mármore da Basílica, o pregador da Casa Pontifical, o padre capuchinho Raniero Cantalamessa, comparou a Igreja a um "edifício antigo" e pediu que Francisco a "conduza à simplicidade e à linearidade de suas origens".

 El primer Via Crucis del Papa Francisco

Francisco, com fisionomia grave, vestido com a casula vermelha com as cores da Paixão, ouvia atentamente Cantalamessa, que declarou que esta missão havia sido confiada por Deus no século XIII a São Francisco de Assis, que teve seu nome retomado pelo 266º pontífice da Igreja Católica: "Vá e reforme a minha casa".

- No decorrer dos séculos, para se adaptar às exigências do momento, os velhos edifícios foram enchidos de divisões, de escadas, de salas". Mas as "adaptações" que se sucederam "não correspondem mais às exigências. É preciso ter a coragem de pôr tudo isso abaixo _ disse.

Ele enumerou os obstáculos ao anúncio do Evangelho: _ Os muros divisores (...), o excesso de burocracia, os restos de aparatos, leis e controvérsias passadas, que se tornaram simples detritos.

O Papa beijou o Cristo crucificado, que foi levado a ele, colocando suavemente a sua mão sobre a face de Jesus. Mais tarde, não se descarta que o primeiro Papa latino-americano carregue a cruz em alguma das 14 estações da Via Sacra que coroará as atividades desta Sexta-Feira Santa no Coliseu romano.

Este talvez seja um dos poucos atos da Semana Santa deste ano que leva a marca de seu antecessor, Bento XVI, que havia encarregado as meditações ao patriarca da Igreja maronita libanesa, Bechara Rai, e este pediu que mais dois jovens participassem de sua redação.
Trata-se de uma forma de destacar o drama vivido no Oriente Médio, com a guerra da Síria, mas também a difícil coexistência entre muçulmanos e cristãos, o crescimento do islã e a fuga de muitos cristãos da região diante da perseguição que sofrem, em particular no Egito.
A mensagem destas meditações encarregadas pelo agora Papa Emérito podem se centrar na defesa da vida, ameaçada por guerras, intolerância, opressão e também, segundo a Igreja, pelas leis (aborto, eutanásia) que não defendem suficientemente os direitos dos mais pobres.

Conceitos que Francisco, que constantemente se declara a favor da "proteção", assume plenamente. Espera-se que estas celebrações, o clímax da Semana Santa, contem neste ano com uma presença de fiéis maior que o habitual pela curiosidade e pelo magnetismo despertados pelo novo Papa. Proximidade com os mais necessitados. Francisco, o primeiro jesuíta que chega ao trono de Pedro, deixou claro em pouco mais de duas semanas de pontificado que deseja uma mudança desta milenar instituição, cuja imagem foi manchada nos últimos anos por lutas internas de poder, abusos sexuais de menores por sacerdotes ou pela atividade econômica nebulosa do banco do Vaticano.

No entanto, os analistas preveem que não será fácil alcançar seus objetivos, devido à resistência dos que preferem manter o status quo. Talvez, a mensagem mais contundente tenha sido dada pelo Papa na Quinta-Feira Santa. Demonstrando a importância da proximidade com os mais necessitados, Francisco se dirigiu ao centro de detenção de menores de Roma, "Casal del Marmo", onde celebrou uma missa diante de quase cinquenta jovens - 35 meninos e 11 meninas de 14 a 21 anos - e lavou os pés de 12 deles em uma cerimônia que lembra a última ceia de Jesus com os doze apóstolos. Ajoelhado no chão frio sobre um simples pano branco, Francisco lavou, secou e beijou os pés de dez meninos e duas meninas de diferentes nacionalidades detidos neste centro, dois deles muçulmanos, retirando esta cerimônia simbólica de seu ambiente habitual, a suntuosa basílica de São João de Latrão, na capital italiana, e de seus protagonistas habituais, os sacerdotes. "Quem está no ponto mais alto deve servir aos outros", "ajudar os demais", disse o Papa, levando para o coração da Igreja de Roma um costume que, como cardeal, Jorge Mario Bergoglio costumava realizar na Argentina, sua terra natal.

 Em via-crúcis, papa Francisco pede convivência entre cristãos e islâmicos
O papa Francisco pediu na noite desta sexta-feira a convivência pacífica entre cristãos e muçulmanos em homilia durante sua primeira via-crúcis como pontífice, no Coliseu, em Roma. No discurso, ele lembrou da importância do significado da cruz para os católicos. 

"Nesta noite, deve permanecer só uma palavra, que é a própria cruz. Ela é a palavra com a qual Deus respondeu ao mal do mundo. Às vezes, parece que Deus não responde ao mal, que fica em silêncio. Mas, na verdade, Deus falou, respondeu, e a sua resposta é a cruz de Cristo: uma palavra que é amor, misericórdia, perdão". 

Em outro ponto do discurso, ele agradeceu a presença das delegações dos países para participar da cerimônia e, em referência ao grupo vindo do Líbano, destacou a convivência entre cristãos e muçulmanos no país árabe, que tem um dos maiores números de católicos do Oriente Médio. "Vimos a beleza e a força da união dos cristãos e a amizade de tantos irmãos muçulmanos e muitos outros. É um símbolo de esperança para o Oriente Médio e para o mundo inteiro", afirmou. 

Ele ainda disse que a cruz é uma resposta aos cristãos ao mal. "Os cristãos devem responder ao mal com o bem, pegando para si a cruz, como Jesus. Agora continuemos essa via-sacra de todos os dias, caminhando juntos na via da cruz, caminhando e levando no coração essa palavra de amor de perdão". A cerimônia foi a segunda atividade de Francisco no dia. Durante a manhã, o papa fez a missa da Paixão de Cristo e, seguindo a tradição, o pontífice se deitou ao rezar ante a cruz. Na quinta, ele celebrou a missa crismal e a do lava-pés, em que lavou, secou e beijou os pés de 12 jovens de um centro de detenção para adolescentes. 

VIA-CRÚCIS
A via-crúcis reproduz as 14 estações da morte de Jesus Cristo e é feita no Coliseu romano desde 1741. O papa a preside da colina do Palatino, onde termina o rito e começa o discurso do papa. As meditações das estações deste ano foram escritas por jovens libaneses, a pedido de Bento 16. 

As mensagens lidas nas estações associam as passagens da morte de Jesus às injustiças dos governantes e à intolerância religiosa. Também foi pedida liberdade religiosa à população do mundo, em especial nos países do Oriente Médio. 

A cruz é carregada por religiosos e jovens selecionados pelo Vaticano. Além dos Líbano, foram representados Itália, Índia, China, Nigéria, Síria e o Brasil, com a presença de dois jovens como a representação da Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho no Rio. 

Clique aqui para ver galeria com imagens da Sexta-Feira Santa ao redor do mundo

Clique aqui e veja GALERIA: Francisco celebra Via Sacra no Coliseu


Papa Francisco faz lava-pés em cárcere de menores em Roma

Foi a primeira vez que isso aconteceu fora das basílicas Vaticana e de São João do Latrão. “Sigam em frente e não percam a esperança”, pediu.

Pela 1a vez, papa inclui mulheres na celebração da 5a Feira Santa

Para reviver a tradição católica, na qual Jesus teria lavado os pés dos apóstolos, na ultima ceia, dando um exemplo de humildade, Francisco inovou e deixou o Vaticano para a celebração do lava-pés em um cárcere de menores em Roma.

Junto com os homens que representam os 12 apóstolos estavam duas mulheres, uma delas de fé muçulmana. Foi a primeira vez que isso aconteceu fora das basílicas Vaticana e de São João do Latrão. Na Argentina, quando era cardeal, Jorge Bergoglio já tinha lavado os pés de duas mulheres.

Ao iniciar o ritual, o Papa falou que os que estão mais no alto devem trabalhar a serviço dos outros. “Lavar os pés quer dizer que eu estou a serviço de vocês”, explicou.

O Papa ajoelhou-se, lavou e beijou os pés dos 12 jovens, e rezou uma missa na capela da prisão para os 50 infratores que cometeram crimes como roubo, violência sexual e até homicídio. “Sigam em frente e não percam a esperança”, pediu Francisco aos detentos.


 Papa Francisco lava los pies a doce presos de una cárcel de menores de Roma


Duas moças estavam entre as 12 pessoas que tiveram os pés lavados e beijados pelo papa Francisco numa tradicional cerimônia da Quinta-Feira Santa, realizada num centro de detenção de menores infratores nos arredores de Roma. É a primeira vez que um papa inclui mulheres no rito. 

A Missa de Lava-Pés evoca um gesto de humildade de Jesus com seus apóstolos na véspera da crucificação. Um porta-voz do Vaticano disse ainda que das 12 pessoas que tiveram os pés lavados, 2 eram internos muçulmanos do centro de detenção, chamado Casal del Marmo. 

O local da celebração também marca outro ineditismo por parte do novo papa. Desde que há registros, a Missa de Lava-Pés sempre foi celebrada pelos papas nas basílicas de São Pedro ou São João de Latrão. Francisco disse que escolheu o reformatório juvenil porque desejava estar perto dos sofredores. 

Na época em que era arcebispo de Buenos Aires, o argentino Jorge Bergoglio - agora papa Francisco - já havia incluído mulheres na celebração do Lava-Pés. Numa homilia breve e improvisada, o papa disse aos jovens internos que todos, inclusive ele, precisavam estar a serviços dos outros. "É o exemplo do Senhor. Ele era o mais importante, mas lavou os pés dos outros. O mais importante deve estar a serviço dos outros", disse ele. 

Numa missa na manhã da quinta-feira no Vaticano, Francisco pediu aos padres católicos que se dediquem aos pobres e sofredores, em vez de se preocuparem em fazer carreira como "administradores" da Igreja. Sua homilia na primeira cerimônia da Quinta-Feira Santa foi mais um sinal desde sua surpreendente eleição, há duas semanas, da sua determinação de colocar a Igreja mais perto dos pobres. "Precisamos sair, então, a fim de experimentar nossa própria unção (como padres) ... até as periferias, onde há sofrimento, derramamento de sangue, a cegueira que anseia por visão, e prisioneiros servos de muitos senhores maus", disse ele em missa na Basílica de São Pedro. 

O argentino de 76 anos assumiu a Igreja Católica após o escândalo resultante do vazamento de documentos que mostravam supostos casos de corrupção e disputas internas na Cúria Romana. Na missa, que marca o início de quatro dias de intensa atividade até a Páscoa, Francisco disse que os padres não devem se acomodar na "introspecção"."Aqueles que não saem por si mesmos, em vez de serem mediadores, gradualmente se tornam intermediários, gestores. Sabemos a diferença: o intermediário, o gestor ... não põe sua própria pele e seu próprio coração na linha de frente, nunca escuta uma palavra calorosa e compungida de agradecimento", disse. 

Dirigindo-se aos cerca de 1.600 padres de Roma presentes à missa, o papa disse que os que não vivem em humildade, perto do povo, correm o risco de se tornar "colecionadores de antiguidades ou novidades - ao invés de serem pastores vivendo com ‘o cheiro das ovelhas'".
Depois de eleito papa, o cardeal Bergoglio assumiu o inédito nome de Francisco em homenagem a são Francisco de Assis, associado à austeridade, simplicidade, caridade e amor pela natureza. Em outras atitudes, ele já deixou claro que pretende tornar o papado e a Igreja mais humildes.

 

Novena da Divina Misericórdia - Inicio na Sexta-Feira Santa

A DIVINA MISERICÓRDIA
(Festa: 1º. Domingo após a Páscoa)

 

A devoção à Divina Misericórdia foi pedida por Jesus à Irmã Faustina Kowalska, na Polônia.

 

As formas dessa devoção, de extrema eficácia à salvação das almas, são:

 

A Imagem,

A Festa (1º domingo depois da Páscoa),

A Novena,

O Terço, e

A Hora da Misericórdia Divina (às três horas da tarde).

 



A Hora da Misericórdia

 

Em 1933, Deus ofereceu a Irmã Faustina uma impressionante visão de Sua Misericórdia. A Irmã nos conta:  "Vi uma grande luz, e nela Deus Pai. Entre esta luz e a Terra vi Jesus pregado na Cruz de tal maneira que Deus, querendo olhar para a Terra, tinha que olhar através das chagas de Jesus. E compreendi que, somente por causa de Jesus, Deus está abençoando a Terra."

 

Jesus disse à Irmã Faustina:

 

"Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro."

"Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão."

"Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça. Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar a Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela, e adora a meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento."

 


 

O TERÇO À DIVINA MISERICÓRDIA

Em 13 de setembro de 1935, Irmã Faustina escreve:

 

"Eu vi um anjo, o executor da cólera de Deus... a ponto de atingir a terra ... Eu comecei a implorar  intensamente a Deus  pelo mundo, com palavras que ouvia interiormente. À medida em que assim rezava, vi que o anjo ficava desamparado, e não mais podia executar a justa punição..."

 

No dia seguinte, uma voz interior lhe ensinou esta oração nas contas do rosário:

o Terço da Misericórdia.

 

Disse Jesus a Irmã Faustina:

 

"Pela recitação desse Terço agrada-me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz.'

"....Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".

 

 

O Terço da Misericórdia

        Como rezar:

            Para ser rezado nas contas do terço.

            "No começo: Pai Nosso..., Ave Maria..., e o Creio...

           

            A seguir, nas contas grandes (do Pai-Nosso), rezamos:

            Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade do Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

 

         Nas contas pequenas (da Ave-Maria), rezamos:

            Pela Sua dolorosa Paixão; tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

 

         E no final do terço rezamos três vezes:

            Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteito.




A NOVENA À DIVINA MISERICÓRDIA
(Do DIÁRIO de santa Irmã Faustina)

            "NOVENA à Misericórdia Divina que Jesus me mandou escrever e rezar antes da Festa da Misericórdia, Começa na sexta-feira Santa. (A Festa da Misericórdia Divina acontece no primeiro domingo após a Páscoa.)

            Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam nas dificuldades da vida e, especialmente na hora da morte. Cada dia conduzirás ao Meu Coração um grupo diferente de almas e as mergulharás nesse oceano da Minha misericórdia. Eu conduzirei todas essas almas à Casa de Meu Pai. Procederás assim nesta vida e na futura. Por Minha parte, nada negarei àquelas almas que tu conduzirás à fonte da Minha misericórdia. Cada dia pedirás a Meu Pai, pela Minha amarga Paixão, graças para essas almas.


    Primeiro Dia – (Sexta-feira Santa).

Hoje, traze-Me a Humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e mergulha-os no oceano da Minha misericórdia. Com isso Me consolarás na amarga tristeza em que Me afunda a perda das almas.

Ó onipotência da misericórdia divina,
Socorro para o homem pecador,
Vós sois o oceano de misericórdia a de amor,
E ajudais a quem Vos pede humildemente.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda Humanidade, encerrada no Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão mostrai-nos a Vossa misericórdia, para que glorifiquemos a onipotência da Vossa misericórdia, pelos séculos dos séculos. Amém.


   Segundo Dia – (Sábado Santo).

Hoje, traze-Me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na Minha insondável misericórdia. Elas Me deram força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como por canais, corre para a humanidade a minha Misericórdia.

A fonte do amor divino
Mora nos corações puros,
Banhados no mar da misericórdia ,
Brilhantes como as estrelas, luminosos como a aurora.

Eterno Pai, dirigi o olhar da Vossa misericórdia para a porção eleita da Vossa vinha:
para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da Vossa bênção e,
pelos sentimentos do Coração de Vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força da Vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação, e juntamente com eles cantar a glória da Vossa insondável misericórdia, pelos séculos eternos. Amém.


    Terceiro Dia – (Dia de Páscoa).

Hoje, traze-Me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da Minha misericórdia. Estas almas consolaram-Me na Via-sacra; foram aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.

As maravilhas da misericórdia são insondáveis;
Nem o pecador nem o justo as entenderá;
Para todos olhais com o olhar da compaixão
E a todos atraís para o Vosso amor.

Eterno Pai, olhai com o olhar da Vossa misericórdia para as almas fiéis, como a herança do Vosso Filho. Pela Sua dolorosa Paixão concedei-lhes a Vossa bênção e cercai-as da Vossa incessante proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas com toda multidão dos Anjos e dos Santos glorifiquem a Vossa imensa misericórdia, por toda a eternidade. Amem.


   Quarto Dia

Hoje, traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na Minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o Meu Coração. Mergulha-os no mar da Minha misericórdia. Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai ma mansão do Vosso compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não vos conhecem. Que os raios da Vossa graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco, glorifiquem, as maravilhas de Vossa Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do Vosso compassivo Coração.

Que a luz do Vosso amor
Ilumine as trevas das almas!
Fazei que essas almas Vos conheçam
E glorifiquem a Vossa misericórdia, juntamente conosco!

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Atraí-as à luz do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei com que também elas glorifiquem a riqueza da Vossa misericórdia, por toda a eternidade. Amém.


    Quinto Dia

Hoje traze-me as almas dos cristãos separadas da unidade da Igreja e mergulha-as no mar da Minha misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração, isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.

Mesmo para aqueles que rasgaram o manto da Vossa Unidade
Flui do Vosso Coração uma fonte de compaixão;
A onipotência da Vossa misericórdia, ó Deus,
Pode tirar também essas almas do erro.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os Vossos bens e abusaram das Vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas para o amor do Vosso Filho e para sua amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a Vossa misericórdia por todos os séculos eternos. Amém


    Sexto Dia

Hoje, traze-me as almas mansas e humildes, assim como as almas das criancinhas e mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas reconfortaram-Me na minha amarga Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos terrestres que futuramente iriam velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.

A alma verdadeiramente humilde e mansa
Já respira aqui na terra o ar do paraíso,
E o perfume do seu coração humilde
Encanta o próprio Criador.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas mansas, humildes e para as almas das criancinhas, que estão encerradas na mansão compassiva do Coração de Jesus. Estas almas são as mais semelhantes a Vosso Filho. O perfume destas almas eleva-se da Terra e alcança o Vosso Trono. Pai de misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo amor e predileção que tendes para com estas almas: abençoai o mundo todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à Vossa misericórdia, pelos séculos eternos. Amém


    Sétimo Dia

Hoje, traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a Minha misericórdia e mergulha-as na Minha misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.

A alma que glorifica a bondade do Senhor
É por Ele especialmente amada;
Ela está sempre próxima da fonte viva
E bebe as graças da misericórdia divina.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que glorificam e honram o Vosso maior atributo, isto é, a Vossa insondável misericórdia. Elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de obras de misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino da misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a Vossa misericórdia segundo a esperança e a confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: As almas que veneram a Minha insondável misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a sua vida, e especialmente na hora da morte, como Minha glória. Amém


    Oitavo Dia

Hoje, traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.

Do terrível ardor do fogo do purgatório
Ergue-se um lamento das almas a Vossa misericórdia;
E recebem consolo, alívio e conforto
Na torrente derramada do Sangue e da Água.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa Paixão de Jesus, Vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua Santíssima Alma, mostreis Vossa misericórdia às almas que se encontram sob o olhar da Vossa justiça. Não olheis para elas de outra forma senão através das Chagas de Jesus, Vosso Filho muito amado, porque nós cremos que a Vossa bondade e misericórdia são incomensuráveis. Amém


    Nono Dia – (Sábado, vigília da Festa da Misericórdia)

Hoje, traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da Minha misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.

O fogo e o gelo não podem ser unidos,
Porque ou o fogo se apaga, ou o gelo se derrete;
Mas a Vossa misericórdia, ó Deus,
Pode auxiliar indigências ainda maiores.

Eterno Pai, olhai com Vossa misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão de Vosso Filho e por Sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo da Vossa misericórdia... Amém" (Diário 1209-1228).

 

Na NOVENA: "O Senhor me disse para rezar o Terço [da misericórdia] por nove dias antes da Festa da Misericórdia (...)

 

Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças" (Diário 796).


 


 

A Festa da Misericórdia

 

O Diário de Irmã Faustina contém pelo menos quinze ocasiões nas quais se refere ao pedido do Senhor para que fosse estabelecida em toda a Igreja, oficialmente, a "Festa da Misericórdia". Ele disse:

 

"Desejo que a Festa de Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo o mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e castigos. (indulgência plenária) Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças.

Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate... A Festa da Misericórdia saiu das minhas entranhas... Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha Misericórdia." (Diário nº.699)

 

Jesus também pediu que a Festa da Divina Misericórdia fosse precedida por uma Novena à Divina Misericórdia, a ser iniciada na Sexta-Feira Santa. Ele deu a Irmã Faustina uma intenção pela qual rezar a cada dia da Novena. Em seu diário, Irmã Faustina relata que Jesus lhe disse:

 

"Em cada dia da novena, conduzirás ao Meu coração um grupo diferente de almas, e as mergulharás no oceano da minha Misericórdia. Eu conduzirei todas as almas à casa do meu Pai... Por minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da minha Misericórdia. Cada dia pedirás a meu Pai, pela minha amarga Paixão, graças para essas almas." (Diário nº.1209)

 

INDULGÊNCIA PLENÁRIA
NA FESTA DA MISERICÓRDIA.


DECRETO DO VATICANO.
 

Anexadas indulgências aos atos de culto, realizados em honra da Misericórdia Divina.
 

"A tua misericórdia, ó Deus, não conhece limites e é infinito o tesouro da tua bondade... (Oração depois do Hino "Te Deum") e "Ó Deus, que revelas a tua onipotência sobretudo com a misericórdia e com o perdão..." (Oração do Domingo XXVI do Tempo Comum), canta humilde e fielmente a Santa Mãe Igreja. De fato, a imensa condescendência de Deus, tanto em relação ao gênero humano no seu conjunto como ao de cada homem individualmente, resplandece de maneira especial quando pelo próprio Deus onipotente são perdoados pecados e defeitos morais e os culpados são paternalmente readmitidos na sua amizade, que merecidamente perderam.
 

Os fiéis com profundo afeto da alma são por isto atraídos para comemorar os mistérios do perdão divino e para os celebrar plenamente, e compreendem de maneira clara a máxima conveniência, aliás o dever de que o Povo de Deus louve com fórmulas particulares de oração a Misericórdia Divina e, ao mesmo tempo, cumpra com sentimentos de gratidão as obras pedidas e tendo cumprido as devidas condições, obtenha vantagens espirituais derivadas do Tesouro da Igreja. "O mistério pascal é o ponto culminante desta revelação e atuação da misericórdia, que é capaz de justificar o homem, e de restabelecer a justiça como realização daquele desígnio salvífico que Deus, desde o princípio, tinha querido realizar no homem e, por meio do homem, no mundo" (Carta enc. Dives in misericordia, 7).
 

Na realidade, a Misericórdia Divina sabe perdoar até os pecados mais graves, mas, ao fazê-lo, estimula os fiéis a conceber uma dor sobrenatural, não meramente psicológica, dos próprios pecados, de forma que, sempre com a ajuda da graça divina, formulem um firme propósito de não voltar a pecar. Tais disposições da alma obtêm efetivamente o perdão dos pecados mortais quando o fiel recebe frutuosamente o sacramento da Penitência ou se arrepende dos mesmos mediante um ato de caridade e de sofrimento perfeitos, com o propósito de retomarem o mais depressa possível a prática do próprio sacramento da Penitência: de fato, Nosso Senhor Jesus Cristo na parábola do filho pródigo ensina-nos que o pecador deve confessar a sua miséria a Deus dizendo: "Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho" (Lc 15, 18-19), admoestando que isto é obra de Deus: "estava morto e reviveu; estava perdido e encontrou-se" (Ibid., 15, 32).
 

Por isso, com providencial sensibilidade pastoral, o Sumo Pontífice João Paulo II, a fim de infundir profundamente na alma dos fiéis estes preceitos e ensinamentos da fé cristã, movido pela suave consideração do Pai das Misericórdias, quis que o segundo Domingo de Páscoa fosse dedicado a recordar com especial devoção estes dons da graça, atribuindo a esse Domingo a denominação de "Domingo da Misericórdia Divina" (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Decreto Misericors et miserator, 5 de Maio de 2000).
 

O Evangelho do segundo Domingo de Páscoa descreve as maravilhas realizadas por Cristo Senhor no próprio dia da Ressurreição na primeira aparição pública: "Na tarde desse dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se achavam juntos, com medo dos judeus, veio Jesus pôr-Se no meio deles e disse-lhes: "A paz seja convosco". Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se os discípulos, vendo o Senhor. E Ele disse-lhes de novo: "A paz seja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós". Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 19-23).
 

Para fazer com que os fiéis vivam com piedade intensa esta celebração, o mesmo Sumo Pontífice estabeleceu que o citado Domingo seja enriquecido com a Indulgência Plenária, como será indicado a seguir, para que os fiéis possam receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos.
 

Desta forma, os fiéis observaram mais perfeitamente o espírito do Evangelho, acolhendo em si a renovação ilustrada e introduzida pelo Concílio Ecumênico Vaticano II: "Lembrados das palavras do Senhor: Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo 13, 35), os cristãos não podem formular desejo mais vivo do que servir os homens do seu tempo com uma generosidade cada vez maior e mais eficaz... A vontade do Pai é que reconheçamos e amemos efetivamente Cristo nosso Irmão, em todos os homens, com a palavra e as obras" (Const. past. Gaudium et spes, 93).
 

Por conseguinte, o Sumo Pontífice animado pelo fervoroso desejo de favorecer o mais possível no povo cristão estes sentimentos de piedade para com a Misericórdia Divina, devido aos riquíssimos frutos espirituais que disto se podem esperar, na Audiência concedida a 13 de Junho de 2002 aos abaixo assinados Responsáveis da Penitenciaria Apostólica, dignou-se conceder-nos Indulgências nos seguintes termos:
 

Concede-se a Indulgência plenária nas habituais condições (Confissão sacramental, Comunhão eucarística e orações segundo a intenção do Sumo Pontífice) ao fiel que no segundo Domingo de Páscoa, ou seja, da "Misericórdia Divina", em qualquer igreja ou oratório, com o espírito desapegado completamente da afeição a qualquer pecado, também venial, participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., "Ó Jesus Misericordioso, confio em Ti").
 

Concede-se a Indulgência parcial ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas.
 

Também aos homens do mar, que realizam o seu dever na grande extensão do mar; aos numerosos irmãos, que os desastres da guerra, as vicissitudes políticas, a inclemência dos lugares e outras causas do gênero, afastaram da pátria; aos enfermos e a quantos os assistem e a todos os que, por uma justa causa, não podem abandonar a casa ou desempenham uma atividade que não pode ser adiada em benefício da comunidade, poderão obter a Indulgência plenária no Domingo da Divina Misericórdia, se com total detestação de qualquer pecado, como foi dito acima, e com a intenção de observar, logo que seja possível, as três habituais condições, recitem, diante de uma piedosa imagem de Nosso Senhor Jesus Misericordioso, o Pai-Nosso e o Credo, acrescentando uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., "Ó Jesus Misericordioso, Confio em Ti").
 

Se nem sequer isto pode ser feito, naquele mesmo dia poderão obter a Indulgência plenária todos os que se unirem com a intenção de espírito aos que praticam de maneira ordinária a obra prescrita para a Indulgência e oferecem a Deus Misericordioso uma oração e juntamente com os sofrimentos das suas enfermidades e os incômodos da própria vida, tendo também eles o propósito de cumprir logo que seja possível as três condições prescritas para a aquisição da Indulgência plenária.
 

Os sacerdotes, que desempenham o ministério pastoral, sobretudo os párocos, informem da maneira mais conveniente os seus fiéis desta saudável disposição da Igreja, disponham-se com espírito imediato e generoso a ouvir as suas confissões, e no Domingo da Misericórdia Divina, depois da celebração da Santa Missa ou das Vésperas, ou durante uma prática piedosa em honra da Misericórdia Divina, guiem, com a dignidade própria do rito, a recitação das orações acima indicadas: por fim, sendo "Bem-aventurados e misericordiosos, porque encontrarão misericórdia" (Mt 5, 7), ao ensinar a catequese estimulem docemente os fiéis a praticar todas as vezes que lhes for possível obras de caridade ou de misericórdia, seguindo o exemplo e o mandato de Jesus Cristo, como é indicado na segunda concessão geral do "Enchiridion Indulgentiarum".
 

Este Decreto tem vigor perpétuo. Não obstante qualquer disposição contrária.
 

Roma, Sede da Penitenciaria Apostólica, 29 de Junho de 2002, solenidade dos santos Apóstolos Pedro e Paulo.

 

D. Luigi de MAGISTRIS Pró-Penitenciário-Mor
 

Gianfranco GIROTTI, O.F.M. Conv. Regente