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quinta-feira, 11 de abril de 2013

11 de abril - Santo do dia

Santo Estanislau

Estanislau foi martirizado por um amigo, por não tê-lo apoiado contra os preceitos católicos, mesmo na condição de rei. Tão disciplinado era o bispo que exigia essa mesma disciplina de seu rebanho, que nem o cargo soberano do infrator o fez calar-se, pagando por isso com a própria vida.

Estanislau era polonês, nasceu na Cracóvia, em Szczepanowa, no ano 1030. Seus pais eram pobres, mas encontraram nos monges beneditinos uma forma de dar educação moral e espiritual ao filho. Assim, quando terminou os estudos básicos, Estanislau conseguiu seguir e concluir o ensino superior na Bélgica, na célebre Escola de Liège.

Voltando à sua terra natal, sua atuação como sacerdote ficou marcada e registrada pelo zelo pastoral e pelas benéficas iniciativas realizadas com caridade e inteligência. A conseqüência natural foi sua designação para o posto de bispo da Cracóvia pelo papa Alexandre II. Decisão que contou com o apoio não só do clero, como também de toda a população, inclusive do próprio rei Boleslau II.

O rei admirava Estanislau e, nos primeiros anos, apoiou-o no trabalho incansável de evangelização em toda a região, assim como na formação do clero local, o qual preparou para substituir os monges beneditinos na administração da Igreja polonesa. Mas Estanislau também apoiava o rei em suas melhores ações.

Afinal, Boleslau também foi descrito, na história, como um soberano que alargou e consolidou as fronteiras do seu jovem país, além de ter valorizado grandemente as terras de sua pátria, com a reforma fundiária que implantou, acompanhada de mudanças políticas e econômicas muito favoráveis ao povo. Entretanto o rei apaixonou-se por uma bela matrona, Cristina, que era casada com Miecislau, outro nome polonês histórico.

Apesar dos conselhos de Estanislau e de sua exigência de que os preceitos católicos do casamento fossem respeitados, Boleslau não se conformou em ficar sem sua amada. Simplesmente, mandou raptá-la. O bispo ameaçou excomungá-lo, mas o rei não recuou. Estanislau cumpriu a ameaça e Boleslau, enfurecido, ordenou a execução do religioso, comandando em pessoa a invasão da igreja de São Miguel, na Cracóvia, onde Estanislau celebrava uma missa.

Porém os guardas, impedidos por uma força misteriosa, não conseguiram se aproximar do bispo, tendo o rei de assassiná-lo com as próprias mãos. Estanislau foi trucidado no dia 11 de abril de 1079. Imediatamente, passou a ver venerado pelo povo polonês, sendo canonizado em 1253. Seu culto, até hoje, é muito difundido na Europa e na América.


Santo Estanislau, rogai por nós!  


Santa Gema Galgani
 
Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, na Itália, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos. A família, muito rica e nobre, era também profundamente religiosa, passando os preceitos do cristianismo aos filhos desde a tenra idade.

Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.

Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.

Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de são Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.

Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.

Imediatamente, começou a devoção e veneração à "Virgem de Luca", como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Santa Gema Galgani, rogai por nós!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Santo do dia - 10 de abril

Santa Madalena de Canossa

Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774 na cidade italiana de Verona, que pertencia à sua nobre e influente família. Seu pai faleceu quando tinha cinco anos. Sua mãe abandonou os filhos para se casar novamente. As crianças foram entregues aos cuidados de uma péssima instituição e Madalena adoeceu várias vezes. Por essas etapas dolorosas, Deus a guiou por estradas imprevisíveis.

Aos dezessete anos, desejou consagrar sua vida a Deus e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação. No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio.

Os tristes acontecimentos do século, políticos, sociais e eclesiais, marcados pelas repercussões da Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores estrangeiros na região italiana, deixavam os rastros na devastação e no sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores abandonados.

Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu muitas outras. Pressentiu que este era o caminho do espírito e descobriu no Cristo Crucificado o ponto central de sua espiritualidade e de sua missão. Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.

Sete anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o espírito a guiasse até os pobres de outras cidades italianas. Em poucos anos as fundações se multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo.

Madalena escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, as quais, após dezesseis anos, foram aprovadas pelo papa Leão XII. Mas só depois de várias tentativas mal-sucedidas Madalena conseguiu dar andamento para a Congregação masculina, como havia projetado inicialmente. Foi em 1831, na cidade de Veneza, o primeiro oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos jovens e adultos.

Ela encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-Feira da Paixão. Morreu em Verona, assistida pelas Filhas, no dia 10 de abril de 1835. As congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presentes nos cinco continentes e são chamados de irmãs e irmãos canossianos. Em 1988, o papa João Paulo II proclamou-a santa Madalena de Canossa, determinando o dia de sua morte para seu culto litúrgico.


Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!


São Macário da Antioquia


 

Macário recebeu esse nome por causa de seu tio e padrinho de batismo: o bispo de Antioquia. Mas dele não herdou apenas o nome, como também sua religiosidade e o destino: ser líder e ocupar um posto importante na Igreja.

Macário nasceu na Armênia, no final do primeiro milênio, foi educado sob a orientação do tio-padrinho e cresceu preparando-se com esmero para tornar-se um sacerdote, o que aconteceu assim que atingiu a idade necessária. Também não causou nenhuma surpresa sua indicação para suceder o tio como bispo.

Nesse posto, Macário realizou o apostolado que depois seria a causa de sua canonização. Pregava diariamente, visitava todos os hospitais confortando os doentes e dividindo tudo o que tinha com os pobres. O que resultou disso foi a conversão constante de pagãos. Ainda nessa fase, conta a tradição que aconteceu um prodígio presenciado por muitos: Macário, quando se ajoelhava para rezar, ficava tão emocionado que levava constantemente, entre as mãos, um pano para enxugar as lágrimas.

Um leproso teria aplicado esse pano ainda úmido sobre suas feridas e se curado da terrível doença. Bastou para que, diariamente, uma multidão de doentes procurasse a casa do bispo Macário para receber sua bênção. Assim, outras graças se sucederam.

Porém a fama desagradava o humilde bispo. Ele, então, empossou um substituto para a diocese, o padre Eleutério, e buscou a solidão. Na companhia de quatro sacerdotes, viajou como penitente à Terra Santa, peregrinou aos lugares sagrados e passou a pregar. Converteu centenas de muçulmanos e com isso provocou a ira dos poderosos. Preso e torturado, foi deixado à noite pregado por enormes pregos que perfuravam seus pés e mãos, no chão de uma cela, numa espécie de crucificação. Entretanto, durante a noite, um anjo apareceu na cela e libertou Macário dos pregos. As portas da prisão se abriram sozinhas e ele ganhou a liberdade. Assim dizem os escritos da tradição cristã.
Macário ainda evangelizou e praticou curas na Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália.

Foi por essa época que teria apagado um incêndio em Malines, Bélgica, ao fazer o sinal da cruz. Terminou seus dias no convento dos agostinianos de São Bavo, em Ghent, também na Bélgica, mas decidiu que morreria em sua terra natal. Mesmo gravemente doente, conseguiu fazer a viagem de volta enfrentando pelo caminho a peste, que dizimava populações. Sua história se fecha com outro fato prodigioso: comunicou aos companheiros que seria a última vítima da peste. E tudo aconteceu como ele dissera.

Depois que o bispo Macário morreu, em 10 de abril de 1012, ninguém mais perdeu a vida por causa daquele mal contagioso. Sua festa litúrgica ocorre no dia do seu trânsito, sendo considerado o padroeiro das grandes epidemias. 


São Macário da Antioquia, rogai por nós! 

terça-feira, 9 de abril de 2013

9 de abril - Santo do dia

São Leopoldo Mandic


O santo de hoje foi um herói dos confessionários. Nasceu na Dalmácia (ex-Iugoslávia) no ano de 1866, dentro de uma família croata, que o formou bem para a vida com Deus e para o amor aos irmãos.

Foi discernindo sua vocação, e aos 16 anos tomou uma decisão: queria servir a Deus promovendo a reconciliação, a reunificação dos cristãos ortodoxos na Igreja Católica. E o Espírito Santo o encaminhou para entrar na vida franciscana.

Leopoldo tinha a saúde muito fragilizada e, ao mesmo tempo, aquele desejo de ir para o Oriente e promover a comunhão dos cristãos.

Ingressou na Ordem Franciscana em 1884 e em 1890 já era sacerdote. Seu pedido era insistente a seus superiores, para que o enviasse para essa missão de unificação, mas dentro do discernimento e de sua debilidade física, ele tinha que obedecer e ir de convento em convento, até que em 1909 chegou em Pádua, na Itália, no Convento de Santa Cruz.

Esse frade descobriu em cada alma o seu 'Oriente'. E por obediência e amor, atendia-os por horas, sempre em espírito de oração e de abertura aos carismas do Espírito Santo.

Com 76 anos partiu para o Céu, e hoje intercede por nós.

São Leopoldo Mandic, rogai por nós!
 

Santa Maria de Cleofas


Maria de Cléofas, também chamada "de Cléopas", ou ainda "Clopas". É destas três formas que consta dos evangelhos o nome de seu marido, Cléofas Alfeu, irmão do carpinteiro José. Maria de Cléofas era, portanto, cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Tiago Menor e Simão, também chamados de "irmãos do Senhor", expressão semítica que indica também os primos, segundo o historiador palestino Hegésipo.
Por sua santidade, ela uniu-se à Mãe de Deus também na dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da ressurreição de Jesus (Mc 16,1): "E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo". O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: "Por que procuram o vivo entre os mortos?"

Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda a sua sofrida e milagrosa caminhada de pregação. Estava com Nossa Senhora aos pés da cruz e junto ao grupo das "piedosas mulheres" que acompanharam seus últimos suspiros. Estava, também, com as poucas mulheres que visitaram o túmulo de Cristo para aplicar-lhe perfumes e ungüentos, constatando o desaparecimento do corpo e presenciando, ainda, o anjo anunciar a ressurreição do Senhor.

Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um lugar singular e especial no coração dos católicos, neste dia que a Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica. 


 Santa Maria de Cleofas, rogai por nós!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Santo do dia - 8 de abril

Santo Alberto
 
Nasceu na Itália no ano de 1150. Foi dizendo 'sim' a vontade do Senhor. Tornou-se religioso na Ordem Agostiniana, depois padre e superior de uma Comunidade. De 'sim' em 'sim' foi caminhando na vontade do Senhor, que o queria servindo a Igreja de Cristo e ao povo de Deus no Episcopado. Foi enviado como missionário para a Terra Santa, em Jerusalém.
Homem de oração, de vida sacramental, mariano. Apaixonado por Deus, por sua Igreja, pela verdade e pelo mistério pascal.

Entre os cristãos e não-cristãos haviam aqueles que o perseguia, até que no dia da Exaltação da Santa Cruz, ele estava com todo o Clero, e foi apunhalado por um fanático anti-cristão.

Morreu perdoando e unindo o seu sangue ao Sangue de Cristo.

Santo Alberto, rogai por nós!

Santa Júlia  Billiart

Na cidade de Cuvilly, França, em 12 de julho de 1751, nasceu Maria Rosa Júlia Billiart, filha de Francisco e Maria Antonieta, pobres e muito religiosos, que a batizaram no mesmo dia. Júlia fez a primeira comunhão aos sete anos. Desde então, Jesus foi o único alimento para sua vida. Aprendeu apenas a ler e a escrever, porque ajudava a sustentar a família.
Aos treze anos, Júlia sofreu sérios problemas e, subnutrida, ficou, lentamente, paraplégica, por vinte e dois anos. Durante esse tempo aprendeu os mistérios da vida mística, do calvário, da glória e da luz. Sempre engajada na catequese da paróquia, preocupava-se com a educação dos pobres. Cultivava amizades na família, com os religiosos, com as carmelitas, com as damas da nobreza que lhe conseguiam os donativos.

Nesta época, decidiu ingressar na vida religiosa, com uma meta estabelecida: fundar uma congregação destinada a educar os pobres e a formar bons educadores. Mesmo não sendo letrada, possuía uma pedagogia nata, aprendida na escola dos vinte e dois anos de paralisia, nos contatos com as autoridades civis e eclesiásticas e com os terrores da destruição da Revolução Francesa e de Napoleão Bonaparte. Assim, ainda paralítica, em 1804 fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.

Júlia foi incapaz de amarrar sua instituição aos limites das exigências das fundações de seu tempo. Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou. Depois de trinta anos, voltou a caminhar. A Mãe de Deus era sua grande referência e modelo, e a eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável. Mas viver com ela não era fácil. Era um desafio constante, devido à firmeza de metas foi considerada teimosa e temperamental. Principalmente por não aceitar que a congregação fosse só diocesana, ou seja, sem superiora geral. Custou muito para que tivesse Tal direito, mas, por fim, foi eleita superiora geral.

Júlia abriu, em Amiens, a primeira escola gratuita e depois não parou mais. Viajava pela França e pela Bélgica fundando pensionatos e escolas, pois naqueles tempos de miséria a necessidade era muito grande. Não aceitava qualquer donativo que pudesse tirar a independência da congregação. Para ter recursos, criava pensionatos e, ao lado deles, a escola para pobres. Perseguida e injustiçada pelo bispo de Amiens, foi por ele afastada da congregação. Todas as irmãs decidiram seguir com ela para a cidade de Namur, na Bélgica, onde se fixaram definitivamente.

Júlia, incansável, continuou criando pensionatos, fundando escolas, formando crianças e educadores, ficando conhecidas como as "Irmãs da Nossa Senhora de Namur". Ali a fundadora consolidou a diretriz pedagógica da congregação: a educação como o caminho da plenitude da vida. Morreu em paz no dia 8 de abril de 1816 na cidade de Namur.

"Por meio do seu batismo, de sua consagração religiosa e por sua vida inteira de fé em Deus, que é bom, Júlia foi colocada na trilha da opção divina pelos pobres." Foram as palavras do papa Paulo VI para declarar santa, em 1969, Maria Rosa Júlia Billiart, que no dia 8 de abril deve receber as homenagens litúrgicas. 


Santa Júlia  Billiart, rogai por nós!

domingo, 7 de abril de 2013

Hora da Misericórdia

Há fatos que nos marcam de um modo significativo, indelével, deixando registrados em nossa memória até mesmo o lugar e a hora exata em que ocorreram (cf. Jo 1,39). 


Certamente na sua vida você poderia elencar ao menos um episódio deste gênero (uma vitória alcançada ou uma tragédia vivenciada, um amor que chega ou se vai etc.), e não é diferente na história da salvação. O tempo cronológico (“krónos”) é santificado pela presença do Filho de Deus entre nós (“na plenitude do tempo” – Gl 4,4; cf. Mc 1,15; Ef 1,10), de modo que se tornou “breviátum” (1Cor 7,29) e o seu fim a cada dia mais próximo (“própe” – Ap 22,10; cf. Rm 13,11s). No ventre de Maria, a partir do seu “faça-se” (“fiat”), inaugura-se a autêntica nova era, i.e., o tempo (“kairòs”) “aceitável” ou o “dia da salvação” (2Cor 6,2), pois em Jesus o eterno “entrou” no tempo cósmico e histórico, e assim cada instante de que dispomos está carregado de um maravilhoso sentido (cf. Hans Urs Von Balthasar, Teologia della storia, Morcelliana, 1964, p. 33).
 
             Na correria do mundo moderno – ou pós-moderno – é perigoso perdermos de vista o valor eterno de cada momento que vivenciamos. Quem é mais antigo talvez se recorde dos sinos que badalavam indicando algumas horas e convidando os trabalhadores a voltarem o seu coração para os Céus, ao menos por uns instantes. Tal costume ainda persiste em muitos lugares, e pode muito nos ajudar a viver aquilo que o sábio já dizia: “Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ecle 3,1). O toque do sino e a oração da manhã e à tarde se encontra pela 1ª vez na Itália (Monte Cassino e arredores) no século XIII; o toque ao meio-dia é mencionado em Praga no ano de 1386; no século XVIII o uso de badalar o sino três vezes ao dia se tornou geral (cf. Bihlmeyer-Tuechle, História da Igreja, vol. 2, Ed. Paulinas, 1964, p. 451). De fato, os cristãos, desde os primórdios, procuraram paulatinamente santificar as diversas horas do dia (uma tradição de origem judaica), e por isso, por exemplo, a Escritura nos relata que “Pedro e João subiam ao templo à hora da oração, às quinze horas” (At 3,1).

             Uma das categorias mais importantes que encontramos na Sagrada Escritura – ao lado de “aliança”, “misericórdia” etc. – é justamente “memória”. Deus não se esquece do ser humano e o ser humano é convidado a não se esquecer daquilo que o Senhor realizou em seu favor, transformando estas lembranças em fonte para a espiritualidade e as celebrações, tanto individual como coletiva. “A memória tem muitas maneiras de prolongar no presente a eficácia do passado. Em hebraico, os sentidos do verbo zkr, em suas várias formas, dão disso uma idéia: lembrar-se, recordar, mencionar, mas também conservar e invocar, ações todas essas que desempenham um papel mais importante na vida espiritual e na liturgia”, constata Jean Corbon (Vocabulário de teologia bíblica, Vozes, 6ª. ed., 1999, col. 571). É por isso que os grandes momentos da história da salvação – a Páscoa do povo hebreu e a Páscoa de Cristo – incluem um claro apelo: “Este dia será para vós um memorial...” (Êx 12,14); “Fazei isto em minha memória” (“anámnesin”: Lc 22,19). Dentre todos os instantes da história, certamente um merece ser recordado – segundo nosso calendário e os estudos atuais, era o dia 8 de abril do ano 30 d.C., às 3 horas da tarde, fora dos muros de Jerusalém... 

A hora da misericórdia divina por excelência!                  
             Após 3 anos de intenso ministério, e após 3 horas de intensa agonia, Nosso Senhor Jesus Cristo consumou a sua obra de misericórdia em prol do gênero humano. Esta é a “Hora” de Jesus por excelência, tão desejada por Ele, conforme se lê pelo menos 10 vezes em S. João: “Ainda não chegou a minha hora” (Jo 2,4; cf. 4,23; 7,30; 8,20); “É chegada a hora de ser glorificado o filho do homem” (Jo 12,23; cf. 12,27; 13,1; 16,4; 16,32; 17,1). Aquele momento foi extraordinário, com repercussões também no mundo físico: “Chegada a hora sexta [12h] houve trevas sobre a terra inteira até a hora nona [15h]” (Mc 15,33) – ao dar um grande grito: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46), expirou – e então o véu do Templo se rasgou, as rochas se fenderam e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram (Mt 27,51s). Certamente cada ato realizado por Jesus carrega um valor infinito, mas o seu nascimento e a sua morte constituem os atos mais belos deste drama humano-divino, e por conseguinte merecem ser celebrados pelos seus discípulos – particularmente esta “hora” em que Jesus entrega ao Pai o seu espírito humano e nos doa o Espírito divino (Catecismo, n. 730; cf. 2746).

             A história da Igreja está repleta de homens e mulheres que procuravam viver intensamente os mistérios da vida de Jesus. Dentre elas, modernamente se destaca Santa Faustina Kowalska (+1938), que foi associada pelo próprio Jesus ao seu mistério pascal como raramente se encontra na hagiografia cristã (outros exemplos seriam o de S. Gema Galgani, S. Padre Pio etc.). Ele deixou claro que a meditação sobre a sua Paixão é uma fonte inesgotável de bênçãos para o indivíduo: “Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão” (D 737). Deste modo, a hora da sua entrega por nós na cruz – 3 horas da tarde – foi-se tornando um elemento distintivo na espiritualidade da santa polonesa e assim no movimento que, sem saber, estava-se iniciando. Ao longo de 4 anos (1935-1938) o próprio Jesus lhe foi instruindo a respeito desta hora sagrada:

  • Em 1935 descreve uma belíssima vivência mística: “Na Sexta-feira Santa, às três horas da tarde, quando entrei na capela, ouvi estas palavras: Desejo que a Imagem seja venerada publicamente. Então vi Jesus agonizando na cruz em grandes dores, e do Seu Coração saindo os mesmos dois raios, tal como na Imagem” (D 414).
  • Em 1936 se lê: “Sexta-feira Santa. Às três horas vi Jesus crucificado, que olhou para mim e disse: Tenho sede. — Então, vi que do Seu lado saíam os mesmos dois raios que estão na Imagem. Então, senti na alma um desejo de salvar almas e de aniquilar-me pelos pobres pecadores. Ofereci-me em sacrifício ao Pai Eterno pelo mundo inteiro, com Jesus agonizante” (D 648).
  • Em 1937, também na Sexta-feira Santa: “Às três horas rezei, com os braços estendidos, pelo mundo todo. Jesus já estava terminando Sua vida como mortal. Ouvi Suas sete palavras, depois olhou para mim e disse: Querida filha do Meu Coração, tu és Meu alívio em meio aos terríveis tormentos” (D 1058).
  • No final daquele ano, Jesus pediu:
Às três horas da tarde, implora à Minha misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a Hora de grande misericórdia para o Mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir pela Minha Paixão...” (D 1320).
  • No ano da morte de S. Faustina (1938), o Senhor completou a sua instrução sobre a hora da misericórdia:
Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-A e glorificando-A. Implora a onipotência dela em favor do Mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento foi largamente aberta para toda a alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora, realizou-se a graça para todo o Mundo: a misericórdia venceu a justiça. Minha filha, procura rezar, nessa hora, a Via-sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes fazer a Via-sacra, entra, ao menos por um momento na capela e adora o Meu Coração, que está cheio de misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes sequer ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento. Exijo honra à Minha misericórdia de toda criatura, mas de ti em primeiro lugar, porque te dei a conhecer mais profundamente esse mistério” (D 1572).

             Destes ensinamentos se pode depreender que Jesus deseja que às 3 horas da tarde: 1) façamos uma parada para clamar a misericórdia divina pelos pecadores do mundo inteiro (naturalmente nos incluindo nesta oração!); 2) recordemos na fé o seu sofrimento por nós (físico, psicológico e espiritual), e ipso facto a sua cruz; 3) não apenas devemos pedir a misericórdia, mas glorificar este excelentíssimo atributo divino; 4) este momento de oração pode ser realizado em qualquer lugar em que estivermos, e quem o puder procure rezar numa igreja ou oratório; 5) recomenda-se explicitamente a Via-Sacra, mas pode ser utilizada qualquer oração, como p. ex. o terço da divina misericórdia.

             É verdade que em todo momento e lugar podemos prestar honra à divina misericórdia (D 1), mas Jesus nos propõe fazermos memória (zikkaron) da sua entrega suprema às 3 horas da tarde. Portanto, caro irmão e irmã, onde quer que esteja (programe o seu relógio para disparar também às 15h!), una-se a nós neste momento de adoração, ação de graças, reparação e súplica à divina misericórdia, com confiança na sua imensa generosidade para conosco!

Fonte: Portal da Divina Misericórdia

Festa da DIVINA MISERICÓRDIA - 1º domingo depois da Páscoa


Festa da DIVINA MISERICÓRDIA



Um dos elementos mais importantes da devoção à Divina Misericórdia presentes nas revelações de Nosso Senhor à Santa Faustina é a Festa da Misericórdia. No Diário o tema recorrem em 37 números, em 16 dos quais nos deparamos com uma manifestação extraordinária de Jesus a seu respeito. Com efeito, aos 22/02/1931, uma das primeiras revelações de Jesus à Santa Faustina diz respeito à Festa da Misericórdia, que deveria ser celebrada no 2º domingo da Páscoa:

Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 49; cf. 88; 280; 299b; 458; 742; 1048; 1517).

A Festa é uma obra divina, mas Ele quer que Santa Faustina se empenhe tanto em sua implantação (D. 74; 341; 463; 1581; 1680), como em seu incremento: “Na Minha festa, na Festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (D. 206); “Pede ao Meu servo fiel que, nesse dia, fale ao mundo inteiro desta Minha grande misericórdia, que aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará perdão total das culpas e penas” (D. 300a; cf. 1072). Santa Faustina abraça com toda a alma esta causa, pelo que exclama e reza: “Oh! como desejo ardentemente que a Festa da Misericórdia seja conhecida pelas almas!” (D. 505); “Apressai, Senhor, a Festa da Misericórdia, para que as almas conheçam a fonte da Vossa bondade” (D. 1003; cf. 1041). Jesus leva a sério a dedicação de Santa Faustina nesta missão: “Pelos teus ardentes desejos, estou apressando a Festa da Misericórdia...” (D. 1082; cf. 1530), e por isso o demônio procura atrapalhar o seu caminho (D. 1496).

Em 1935, no domingo de encerramento do Jubileu da Redenção, Santa Faustina participa da Eucaristia como se estivesse celebrando a Festa da Misericórdia; Jesus então se lhe manifesta como está na imagem e lhe diz: “Essa Festa saiu do mais íntimo da Minha misericórdia e está aprovada nas profundezas da Minha compaixão. Toda alma que crê e confia na Minha misericórdia irá alcançá-la” (D. 420; cf. 1042; 1073). Sabe, contudo, que talvez não participe em vida da sua celebração, mas nem por isso se desanima: “Eu sou apenas Seu instrumento. Oh! quão ardentemente desejo ver essa Festa da Misericórdia Divina que Deus está exigindo através de mim, mas se for a vontade de Deus e se ela tiver que ser comemorada solenemente apenas depois da minha morte, eu já agora me alegro com ela e já a comemoro interiormente com a permissão do confessor” (D. 711). Chega a tomar conhecimento – por iluminação divina – das disputas que se dão no Vaticano por causa desta Festa (D. 1110; cf. 1463) e dos avanços positivos a seu respeito através do Beato Pe. Sopocko (D. 1254). A Festa propriamente dita seria celebrada no Santuário de Cracóvia-Lagiewniki seis anos após a morte de Santa Faustina (1944).

Fica patente no Diário que existe uma relação muito estreita entre Festa da Misericórdia e veneração do quadro, proclamação da divina misericórdia, confiança nesta divina misericórdia, participação nos sacramentos (Eucaristia e Confissão) e remissão dos pecados (culpas e penas):

A tua tarefa e obrigação é pedir aqui na Terra a misericórdia para o mundo inteiro. Nenhuma alma terá justificação, enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas desta Minha grande e insondável misericórdia. Faço-te dispensadora da Minha misericórdia. Diz ao teu confessor que aquela Imagem deve ser exposta na igreja, e não dentro da clausura desse Convento. Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela” (D. 570); “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa” (D. 699); “Desejo conceder indulgência plenária às almas que se confessarem e receberem a Santa Comunhão na Festa da Minha misericórdia” (D. 1109).

Em 1936 o Senhor lhe pede que esta Festa seja preparada espiritualmente: “O Senhor me disse para rezar o Terço da Misericórdia por nove dias antes da Festa da Misericórdia. Devo começar na Sexta-feira Santa. Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças” (D. 796; cf. 1059; 1209). A relevância desta Festa se pode depreender também da seguinte exortação e promessa: “As almas se perdem, apesar da Minha amarga Paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Minha Misericórdia. Se não venerarem a Minha misericórdia, perecerão por toda a eternidade” (D. 965; cf. 998).

Não fechemos o nosso coração: ouçamos a voz do Senhor! Caro devoto e apóstolo, não deixe de participar da grande Festa da Divina Misericórdia em nosso Santuário ou onde lhe for mais conveniente! Prepare-se com uma boa confissão, traga o seu quadro e convide os seus parentes e amigos! Eis o tempo da graça, eis o dia da salvação!

EVANGELHO DO DIA

ANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68



2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia)
 

Evangelho segundo S. João 20,19-31.
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.  E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»

Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»

Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.

Comentário ao Evangelho do dia feito por: Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dominum et vivificantem» §2


«Recebei o Espírito Santo»
Os eventos pascais — a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo — são também o tempo da nova vinda do Espírito Santo, como Paráclito e Espírito da verdade (Jo 14,16-17). Eles constituem o tempo do «novo princípio» da comunicação de Si mesmo da parte de Deus uno e trino à humanidade, no Espírito Santo, por obra de Cristo Redentor. Este novo princípio é a Redenção do mundo: «Com efeito, Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho unigénito». (Jo 3,16). Ao «dar» o Filho, no dom do Filho, já se exprime a essência mais profunda de Deus, o qual, sendo Amor, é uma fonte inexaurível de generosidade. No dom concedido pelo Filho completam-se a revelação e a prodigalidade do Amor eterno: o Espírito Santo, que nas profundezas imperscrutáveis da divindade é uma Pessoa-Dom, por obra do Filho, isto é, mediante o mistério pascal de Cristo, é dado de uma maneira nova aos Apóstolos e à Igreja e, por intermédio deles, à humanidade e ao mundo inteiro.

A expressão definitiva deste mistério surge no dia da Ressurreição. Neste dia, Jesus de Nazaré, «nascido da descendência de David segundo a carne» — como escreve o apóstolo São Paulo —, é «constituído Filho de Deus com todo o poder, segundo o Espírito de santificação, mediante a ressurreição dos mortos» (Rm 1,3-4).  Pode dizer-se, assim, que a «elevação» messiânica de Cristo no Espírito Santo atingiu o auge na Ressurreição, quando Ele Se revelou como Filho de Deus, «cheio de poder». E este poder, cujas fontes jorram da imperscrutável comunhão trinitária, manifesta-se, antes de mais nada, pelo duplo feito de Cristo Ressuscitado: realizar, por um lado, a promessa de Deus já expressa pela boca do Profeta: «Dar-vos-ei um coração novo. [...] Porei dentro de vós um espírito novo, o Meu espírito»; (Ez 36,26-27), e cumprir, por outro lado, a Sua própria promessa, feita aos Apóstolos com estas palavras: «Quando Eu for, vo-Lo enviarei» (Jo 16,7). É Ele: o Espírito da verdade, o Paráclito enviado por Cristo Ressuscitado para nos transformar e fazer de nós a própria imagem do Ressuscitado. 

Santo do dia - 7 de abril

João Batista de La Salle


João Batista de La Salle foi sacerdote e educador francês do século XVII. Nasceu em Reims no dia 30 de abril de 1651 e faleceu em Rouen, em 7 de abril de 1719. Natural de família nobre, estudou na Universidade de Reims e, depois, na Sorbonne, de Paris. Terminado seu doutorado em Teologia e ordenado sacerdote, se envolveu na direção de escolas e na formação de professores. Com estes, criou a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, também conhecidos por Irmãos Lassalistas - primeira congregação religiosa masculina constituída exclusivamente de religiosos leigos, isto é, não sacerdotes. La Salle contribuiu para o surgimento da "civilização escolarizada", defendendo a obrigatoriedade do ensino também para a classe popular, possibilitando o acesso a ele pela gratuidade universal e cooperando para a melhoria da escola, sobretudo primária, com a fixação de um currículo mais preciso e rico e sua administração mais eficaz.

Concorreu para o avanço da pedagogia, com a adesão ao modo simultâneo de ensino, que ajudou a sistematizar e a difundir, com o incremento do uso da língua vernácula e com iniciativas na linha do ensino secundário moderno e da educação emendativa. Mas seu mérito principal na área educativa reside em sua ação pela promoção do magistério. Cooperou para que a função de professor passasse a ser exercida mais profissionalmente e para que ele tivesse melhor preparo intelectual, técnico e espiritual. Para isso, criou a Escola Normal, assim como ela é modernamente entendida, e escreveu textos orientados como o "Guia das Escolas" e "Meditações" para educadores cristãos.

João Batista de La Salle faleceu a 7 de abril de 1719, em Ruão, França. Foi declarado santo, em 15 de maio de 1900. Também no dia 15 de maio de 1950, o Papa Pio XII declarou São João Batista de La Salle Padroeiro Universal dos Professores e Estudantes de Magistério.


Nasceu na França, em Reims, no ano de 1651, dentro de uma família abastada. Perdeu muito cedo seus pais, e foi ele, com este amor alimentado na oração, na vivência dos mandamentos, na vida sacramental, que educou os seus irmãos. E o carisma da educação foi brotando naquele coração chamado à vida religiosa e sacerdotal.

Estudou em Paris, e deu passos concretos de encontro às necessidades no campo da educação: cuidar e educar de maneira virtuosa os homens. Sendo assim, foi uma resposta de Deus para a Igreja.

La Salle teve uma santidade reconhecida pela sociedade. Doze 'irmãos' se uniram a ele nesse projeto de Deus. Esse sacerdote, centrado na Eucaristia, teve suas escolas populares espalhadas pela França, Europa, e hoje, pelo mundo.

São João Batista de La Salle, fundador dos “irmãos das escolas cristãs”, nos prova que quando se tem uma inspiração, e como Igreja, ela fará bem à sociedade, vale a pena nos doarmos, mesmo que a incompreensão nos visite.

Faleceu com quase 70 anos, e é intercessor dos mestres e educadores, para que sejamos na sociedade um sinal de esperança.

São João Batista de La Salle, rogai por nós!