São Jorge Preca
Jorge Preca nasceu em Valeta, na ilha de Malta, no dia 12 de
fevereiro de 1880, filho de pais cristãos fervorosos. Logo depois de
concluir os estudos básicos, sentindo o chamado para a vida religiosa,
ingressou no seminário. Quando ainda era diácono, ficou gravemente
doente, sem esperança de recuperação, mas, pela intercessão de são José,
melhorou e recebeu a ordenação sacerdotal em 1906.
No ano seguinte, o jovem padre fundou a Sociedade da Doutrina Cristã,
para a formação religiosa de jovens, orientados a instruir outros. Tomou
como lema desta associação as letras M.U.S.E.U.M., abreviação da frase
latina Magister Utinam Sequator Evangelium Universus Mundus! que
significa: "Mestre, que o mundo inteiro siga o Evangelho!"
O fato de levar a Bíblia e a teologia ao alcance da população era
realmente revolucionário. Mais fascinante ainda era o sonho de Jorge em
formar leigos, homens e mulheres, para mandá-los proclamar a Palavra de
Deus em todos os lugares. Para conseguir isso, inovou outra vez, pois
era ele próprio que ensinava e escrevia em maltese, a língua popular,
para todos entenderem corretamente. Foram cerca de 150 publicações,
entre livros e panfletos. Em 1910, criou a seção feminina e a dos leigos
para a Sociedade da Doutrina Cristã, concluindo, assim, as metas do seu
ideal.
Nesta época, as escolas do governo eram poucas e a presença dos alunos
não era obrigatória. Assim o surgimento das escolas da Sociedade da
Doutrina Cristã nas paróquias deu-se com a rapidez de um rastilho de
pólvora. Todos os dias, crianças, jovens e adultos iam, espontaneamente,
às escolas dos catequistas de padre Jorge, onde eram alfabetizados
dentro dos princípios cristãos. A Sociedade da Doutrina Cristã teve a
aprovação oficial da Igreja em 1932.
Jorge também se destacou como apóstolo do Evangelho. Seus livros de
orações foram numerosos. O pensamento central de sua espiritualidade foi
Cristo Jesus, o Verbo encarnado. Tornou-se, ainda, um confessor muito
procurado por causa de suas palavras consoladoras.
Ele havia professado na Ordem Terceira do Carmo em 1919, tomando o nome
de frei Franco, e permaneceu filiado à Ordem do Carmo até 1952. Devoto
fervoroso e pregador entusiasmado de Nossa Senhora do Carmo, ele
colocava o escapulário da Virgem do Carmo em todos os seus catequistas e
nas crianças das escolas paroquianas.
Morreu aos oitenta e dois anos, no dia 26 de julho de 1962, em Santa
Venera, na ilha de Malta. A sua obra está presente na Austrália, Sudão,
Quênia, Inglaterra, Albânia e Peru. Jorge Preca sempre foi fiel à
Igreja, vivendo em intimidade e união com Deus, dedicando-se ao serviço
dos mais pobres. Foi beatificado por João Paulo II em sua visita
pastoral a Malta em 2001.
Bento XVI, 3 de junho de 2007, preside a canonização do novo santo. "Um
amigo de Jesus e testemunha da santidade que vem dEle": assim o Papa
descreveu Jorge Preca, ao proclamá-lo santo.
São Jorge Preca, rogai por nós!
São Máximo

Com grande alegria,
lembramos São Máximo, bispo de Jerusalém, que entrou para o Martirológio
Romano por causa de sua vida de amor a Deus e ao próximo de modo
heróico, isto até entrar na glória no ano de 350.
Homem forte, de oração, e responsável no zelo pastoral, São Máximo,
pertencente ao clero, já sabia com coragem e sabedoria enfrentar todos
os perseguidores romanos. Aconteceu que no seu tempo, começou uma grande
perseguição aos cristãos, por isso como modelo e pastor do rebanho foi
perseguido, preso, processado e torturado, a ponto de arrancarem-lhe o
olho direito e mutilarem-lhe o pé esquerdo, mas nada disso o fez recuar
na fé e na fidelidade a Cristo e à Sua Igreja.
Depois da perseguição voltou para Jerusalém e fora aclamado bispo.
Desta forma, São Máximo deu seu "máximo" para viver o Evangelho mesmo
diante da arrogância dos governantes e hereges que sempre queriam
atrapalhar a vida de Igreja de Cristo que é Santa, Una, Católica,
Apostólica em suas notas e perseguida em sua história peregrina.
São Máximo, rogai por nós!
São Pacômio
Pacômio nasceu no Egito, em 287, na Tebaida. Filho de pais pagãos,
cheios de superstições e idolatrias, desde a infância mostrou grande
aversão a tudo isso. Aos vinte anos de idade foi convocado para o
exército imperial e acabou ficando prisioneiro em Tebes. Foi quando fez o
seu primeiro contato com os cristãos, cuja religião até então lhe era
desconhecida.
À noite, na prisão, recebeu um pouco de alimento de alguns cristãos,
que, escondidos, conseguiram entrar. Comovido com esse gesto de pessoas
desconhecidas, perguntou quem havia mandado que fizessem aquilo e eles
responderam: "Deus que está no céu". Nessa noite, Pacômio rezou com eles
para esse Deus, sentindo já nas primeiras palavras ouvidas que esta
seria a sua doutrina. O Evangelho o tocou de tal forma que ele se
converteu e voltou para o Egito, onde recebeu o batismo.
Depois, compartilhou durante sete anos a companhia de um ancião eremita
de nome Palemon, que vivia dedicado à oração. A princípio, o ancião não
quis aceitá-lo a seu lado, porque sabia que a vida de solidão e orações
não era nada fácil. Mas Pacômio estava determinado e convenceu-o de que
deveria ficar.
Um dia, durante suas caminhadas, Pacômio ouviu uma voz que lhe dizia
para inaugurar ali, exatamente naquele lugar, um mosteiro onde receberia
e acolheria muitos religiosos. Depois, apareceu-lhe um anjo que o
ensinou como deveria organizar o mosteiro.
Pacômio pôs-se a trabalhar arduamente e o deixou pronto. As profecias
que ele ouviu se concretizaram e muitas pessoas se juntaram a ele.
Monges, eremitas e religiosos de todos os lugares pediram admissão no
mosteiro de Pacômio, que obteve a aprovação do bispo Atanásio, santo e
doutor da Igreja. Até seu irmão João, que distribuiu toda a sua riqueza
entre os pobres, uniu-se a ele.
Com Pacômio nasceu a vida monástica, ou cenobítica, no Egito, não mais
com um chefe carismático que agregava ermitãos reunidos em pequenos
grupos em torno de si, mas uma comunidade de religiosos, com regras
precisas de vida em comum na oração, contemplação e trabalho, a exemplo
dos primeiros apóstolos de Jesus.
Pacômio ainda abriu mais oito mosteiros masculinos e um feminino. Sua
fama de santidade espalhou-se pelo Egito e pela Ásia Menor. Foi
agraciado por Deus com o dom da profecia e morreu no ano de 347, vítima
de uma peste que assolava o Egito na época. Até o século XII, havia,
ainda, cerca de quinhentos monges da Ordem de São Pacômio.
São Pacômio, o eremita, até hoje é considerado um dos representantes de
Deus que mais prestaram serviço à Igreja católica. Sua festa litúrgica
ocorre no dia 9 de maio.
São Pacômio, rogai por nós!