Santa Maria Domenica Mazzarello
Maria Domênica Mazzarello nasceu em 9 de maio de 1837, em Mornese,
Itália. Filha de camponeses, era a primogênita de dez filhos e aprendera
a trabalhar duro, ajudando a mãe, Maria, nos trabalhos de casa e o pai,
José, nos vinhedos, até que a irmã Felicina pôde substituí-la em casa.
Os pais eram cristãos fervorosos, muito preocupados com a educação dos
filhos, e se dedicaram especialmente à primogênita. Para isso contaram
com a ajuda de padre Domingos Pestarino, que teve forte influência na
formação espiritual de Maria Domênica.
No dia 9 de dezembro de 1855, nasceu em Mornese a Pia Sociedade das
Filhas da Imaculada, composta por moças escolhidas a dedo por dom
Pestarino. Maria Domênica, então com dezoito anos, era uma delas. Esse
grupo se distinguiu pela dedicação às meninas mais desprotegidas, pela
preocupação com a catequese e com o acompanhamento às mães cristãs.
Entre elas, Maria Domênica sobressaía, pela alegria e pela liderança que
exercia.
Em 1857, durante uma epidemia de tifo, Maria Domênica foi cuidar de
parentes que haviam contraído a moléstia. Mas o esforço a debilitou e
ela também ficou doente. Com muito custo conseguiu se recuperar, mas a
antiga energia nunca mais voltou. Assim, impossibilitada de trabalhar
nos campos, convidou Petronila, sua grande amiga e Filha da Imaculada,
para freqüentarem aulas de corte e costura com o alfaiate do lugar, para
aprenderem a profissão.
Quando estavam aptas, abriram uma salinha de costura no povoado, para
ensinar às meninas do povo não apenas a costurar, mas a amar muito Jesus
e Nossa Senhora e viver sempre na presença deles: "Cada ponto da agulha
seja um ato de amor a Deus".
Dessa salinha de costura nasceu o Instituto das Filhas de Maria
Auxiliadora. O número de meninas aumentava e algumas, não tendo para
onde ir, permaneciam ali. Vendo o trabalho que faziam, outras moças
quiseram juntar-se a elas e, logo, constituíram um grupo de moças,
unidas por um mesmo ideal, fortalecidas por uma mesma espiritualidade,
vivendo vida comum.
Quando dom João Bosco, hoje santo, as conheceu, no início de outubro de
1864, percebeu que ali estava a resposta de Deus ao seu desejo de fazer
pelas meninas o mesmo que ele já vinha fazendo pelos meninos. E assim,
depois de longa preparação, em 1872 nasceu o Instituto das Filhas de
Maria Auxiliadora, as Irmãs Salesianas.
Maria Domênica foi logo eleita superiora e confirmada por dom Bosco. E
sob sua direção o Instituto cresce e se expande pela Itália, pela Europa
e chega até à América. Quando ela morre, aos quarenta e quatro anos de
idade, em 13 de maio de 1881, suas irmãs já eram realidade na Igreja e
em dois continentes. Hoje, sua congregação espalha-se por todo o mundo a
serviço da juventude pobre e desamparada.
Maria Domênica Mazzarello foi canonizada pelo papa Pio XII em 1951 e sua
veneração ocorre no festivo dia da celebração de Nossa Senhora de
Fátima, data em que a fundadora foi ao encontro do Pai Eterno.
Santa Maria Domenica Mazzarello, rogai por nós?
Para compreender melhor o significado espiritual do Mistério da Ascensão é necessário recordar e sua íntima ligação com o Mistério de Pentecostes. Foi o próprio Jesus quem esclareceu esta ligação quando disse:
“Convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei” (Jo 16, 7).
Após a ressurreição, Jesus apareceu durante quarenta dias para suscitar a fé em seus apóstolos e discípulos. Uma vez que esta fé teve início, Jesus encerra o seu tempo aqui na terra e sobe aos céus para de lá enviar o Espírito Santo.
Ascensão e Pentecostes inauguram a ação de Deus pelos sacramentos. Nosso Senhor “ingressa de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna” (Hb 9, 12). É o exercício o seu poder sacerdotal! Por isto não é difícil perceber uma certa tonalidade litúrgica na narrativa evangélica que relata a subida de Jesus aos céus.
Como Sumo Sacerdote que entra no Santuário do céu, ele intercede por nós e envia o Espírito Santo, "a força do alto".
É próprio do sacerdote ser uma ponte (pontífice) entre Deus e os homens. Assim, compreende-se que, com sua a Ascensão, Jesus possibilita:
- - a presença do redimido no céu (face a face);
- - a presença do redentor na terra (sacramentos).
Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo que eu vos ordenei! Eis que eu estarei convosco até o fim do mundo. (Mt 28,19-20)
“Depois de dizer isso, Jesus foi elevado aos céus, a
vista deles. Uma nuvem os encobriu, de forma que seus olhos não podiam
mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus
subia” (At 1,9-10)
O texto dos Atos dos Apóstolos descreve o centro do mistério que se celebra na Solenidade da Ascensão do Senhor: Jesus sobe aos céus e, a partir daquele momento, sua presença entre nós manifesta-se de outros modos: nos sacramentos, na Palavra, na pessoa do outro e pela vida de união íntima ao Mestre, como um ramo de videira unido ao seu tronco (Jo 15,1-8). Uma presença que se caracteriza pela atividade da Igreja através dos discípulos do Senhor. É nesse sentido que a Ascensão do Senhor conclui, de modo glorioso, a vida pública de Jesus e delega compromissos missionários e organizacionais à comunidade, aos discípulos e discípulas.
A história
A origem da Solenidade da Ascensão do Senhor inspira-se nos textos bíblicos que relatam a subida de Jesus aos céus, 40 depois de sua Ressurreição. Os relatos Sagrados relacionam a Ascensão do Senhor com a vinda do Espírito Santo. Jesus sobe aos céus prometendo que enviará o Espírito Santo para sustentar os discípulos na tarefa evangelizadora (At 1,6-8). Este é um dos motivos pelos quais, em algumas Igrejas, era comum celebrar a Ascensão e Pentecostes numa única Liturgia. A separação entre as duas festas, contudo, já é mencionada a partir do século IV, como consta em um Lecionário Armeno e em dois sermões feitos pelo Papa Leão Magno.
Os textos das missas que descrevem a teologia das antigas celebrações celebram a Ascensão como glorificação de Jesus em vista de confirmar a fé dos discípulos, enviados a evangelizar o mundo. Outro texto diz que a encarnação de Jesus não lhe tirou a glória divina, prova disso é que Jesus subiu aos céus levando consigo a natureza humana. Nesse mesmo tom, uma oração depois da comunhão, do século VIII, proclama a Ascensão do Senhor como promessa que os discípulos de Cristo viverão com Ele na Pátria eterna, pois pela Ascensão, o Senhor abriu as portas para entrar na casa do Pai, canta um longo prefácio do século VIII.
Um rito que era realizado nesta solenidade era o apagamento do Círio Pascal, depois da proclamação do Evangelho. Com a reforma Litúrgica do Vaticano II, em 1963, esse rito passou a ser realizado na Solenidade de Pentecostes. O Círio é apagado, no Domingo de Pentecostes, durante a Liturgia das Horas (Oração da tarde), após o cântico evangélico.