Santo Isidoro Lavrador
Isidoro nasceu em Madri, na Espanha, em 1070, filho de pais
camponeses, simples e seguidores de Cristo. O menino cresceu sereno,
bondoso e muito caridoso, trabalhando com os familiares numa propriedade
arrendada. Levantava muito cedo para assistir a missa antes de seguir
para o campo. Quando seus atos de fé começaram a se destacar, já era
casado com Maria Toríbia e pai de um filho.
Sua notoriedade começou quando foi acusado de ficar rezando pela manhã,
na igreja, em vez de trabalhar. De fato, tinha o hábito de parar o
trabalho uma vez ao dia para rezar, de joelhos, o terço. Mas isso não
atrapalhava a produção, porque depois trabalhava com vontade e vigor,
recuperando o tempo das preces. Sua bondade era tanta que o patrão nada
lhe fez.
Não era só na oração que Isidoro se destacava. Era tão solidário que
dividia com os mais pobres tudo o que ganhava com seu trabalho, ficando
apenas com o mínimo necessário para alimentar os seus. Quando seu filho
morreu, ainda criança, Isidoro e Maria não se revoltaram, ao contrário,
passaram a se dedicar ainda mais aos necessitados.
Isidoro Lavrador morreu pobre e desconhecido, no dia 15 de maio de 1130,
em Madri, sendo enterrado sem nenhuma distinção. A partir de então
começou a devoção popular. Muitos milagres, atribuídos à sua
intercessão, são narrados pela tradição do povo espanhol. Quarenta anos
depois, seu corpo foi trasladado para uma igreja.
Humilde e incansável foi esse homem do campo, e somente depois de sua
morte, e com a devoção de todo o povo de sua cidade, as autoridades
religiosas começaram a reconhecer o seu valor inestimável: a devoção a
Deus e o cumprimento de seus mandamentos, numa vida reta e justa, no
seguimento de Jesus.
Foi o rei da Espanha, Filipe II, que formalizou o pedido de canonização
do santo lavrador, ao qual ele próprio atribuía a intercessão para a
cura de uma grave enfermidade. Em 1622, o papa Gregório XV canonizou
santo Isidoro Lavrador, no mesmo dia em que santificou Inácio de Loyola,
Francisco Xavier, Teresa d'Ávila e Filipe Néri.
Hoje, ele é comemorado como protetor dos trabalhadores do campo, dos
desempregados e dos índios. Enfim, de todos aqueles que acabam sendo
marginalizados pela sociedade em nome do progresso. Santo Isidoro
Lavrador é o padroeiro de Madri.
Santo Isidoro Lavrador, rogai por nós!
Para compreender melhor o significado espiritual do Mistério da Ascensão é necessário recordar e sua íntima ligação com o Mistério de Pentecostes. Foi o próprio Jesus quem esclareceu esta ligação quando disse:
“Convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei” (Jo 16, 7).
Após a ressurreição, Jesus apareceu durante quarenta dias para suscitar a fé em seus apóstolos e discípulos. Uma vez que esta fé teve início, Jesus encerra o seu tempo aqui na terra e sobe aos céus para de lá enviar o Espírito Santo.
Ascensão e Pentecostes inauguram a ação de Deus pelos sacramentos. Nosso Senhor “ingressa de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna” (Hb 9, 12). É o exercício o seu poder sacerdotal! Por isto não é difícil perceber uma certa tonalidade litúrgica na narrativa evangélica que relata a subida de Jesus aos céus.
Como Sumo Sacerdote que entra no Santuário do céu, ele intercede por nós e envia o Espírito Santo, "a força do alto".
É próprio do sacerdote ser uma ponte (pontífice) entre Deus e os homens. Assim, compreende-se que, com sua a Ascensão, Jesus possibilita:
- - a presença do redimido no céu (face a face);
- - a presença do redentor na terra (sacramentos).
Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo que eu vos ordenei! Eis que eu estarei convosco até o fim do mundo. (Mt 28,19-20)
“Depois de dizer isso, Jesus foi elevado aos céus, a
vista deles. Uma nuvem os encobriu, de forma que seus olhos não podiam
mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus
subia” (At 1,9-10)
O texto dos Atos dos Apóstolos descreve o centro do mistério que se celebra na Solenidade da Ascensão do Senhor: Jesus sobe aos céus e, a partir daquele momento, sua presença entre nós manifesta-se de outros modos: nos sacramentos, na Palavra, na pessoa do outro e pela vida de união íntima ao Mestre, como um ramo de videira unido ao seu tronco (Jo 15,1-8). Uma presença que se caracteriza pela atividade da Igreja através dos discípulos do Senhor. É nesse sentido que a Ascensão do Senhor conclui, de modo glorioso, a vida pública de Jesus e delega compromissos missionários e organizacionais à comunidade, aos discípulos e discípulas.
A história
A origem da Solenidade da Ascensão do Senhor inspira-se nos textos bíblicos que relatam a subida de Jesus aos céus, 40 depois de sua Ressurreição. Os relatos Sagrados relacionam a Ascensão do Senhor com a vinda do Espírito Santo. Jesus sobe aos céus prometendo que enviará o Espírito Santo para sustentar os discípulos na tarefa evangelizadora (At 1,6-8). Este é um dos motivos pelos quais, em algumas Igrejas, era comum celebrar a Ascensão e Pentecostes numa única Liturgia. A separação entre as duas festas, contudo, já é mencionada a partir do século IV, como consta em um Lecionário Armeno e em dois sermões feitos pelo Papa Leão Magno.
Os textos das missas que descrevem a teologia das antigas celebrações celebram a Ascensão como glorificação de Jesus em vista de confirmar a fé dos discípulos, enviados a evangelizar o mundo. Outro texto diz que a encarnação de Jesus não lhe tirou a glória divina, prova disso é que Jesus subiu aos céus levando consigo a natureza humana. Nesse mesmo tom, uma oração depois da comunhão, do século VIII, proclama a Ascensão do Senhor como promessa que os discípulos de Cristo viverão com Ele na Pátria eterna, pois pela Ascensão, o Senhor abriu as portas para entrar na casa do Pai, canta um longo prefácio do século VIII.
Um rito que era realizado nesta solenidade era o apagamento do Círio Pascal, depois da proclamação do Evangelho. Com a reforma Litúrgica do Vaticano II, em 1963, esse rito passou a ser realizado na Solenidade de Pentecostes. O Círio é apagado, no Domingo de Pentecostes, durante a Liturgia das Horas (Oração da tarde), após o cântico evangélico.