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terça-feira, 23 de julho de 2013

23 de julho - Santo do dia

Santo Apolinário


O nome, o culto, e a glória de Santo Apolinário são legados que recebemos da história, e também da arte de Ravena, a capital do Império Bizantino no Ocidente, no período de meados do século I e século II.

Lá, existem duas grandiosas igrejas dedicadas a santo Apolinário, ambas célebres na história da arte e do cristianismo. Na igreja nova de Santo Apolinário, no centro da cidade, encontramos o célebre mosaico representativo, mais extenso do que um quarteirão, com todos os mártires e as virgens. No destaque, encontra-se santo Apolinário. Na outra igreja, fora da cidade, está o outro esplendido mosaico, no qual, pela primeira vez, a figura de um santo, e não a de Cristo, ocupa o centro de uma composição, circundado por duas fileiras de ovelhas.

Apolinário, o primeiro bispo de Ravena, segundo a tradição, teria sua origem no Oriente. A mando do próprio apóstolo Pedro, de quem foi discípulo, foi enviado para converter os pagãos nas terras ao norte do Império Romano.

A sua obra de evangelização transcorreu num ambiente repleto de imensas dificuldades, fruto do ódio, do egoísmo, da incredibilidade que o cercavam, além do culto aos ídolos pagãos que teve de combater. A tal apostolado dedicou toda a sua vida. Embora representado no mosaico da cidade, sereno e tranqüilo, na realidade era um homem de vida dura, combativa e atuante. Apolinário sempre foi considerado um mártir. Mártir de um suplício muito longo, que foi todo o seu episcopado.

Ele não viu o resultado de sua obra, que só se revelou após a sua morte. A população da nova capital do Império Romano tornou-se exclusivamente cristã, reforçando suas raízes no próprio culto de seu primeiro bispo, considerado por eles um exemplo de santidade.

Dessa maneira se explica a grande devoção a ele, não somente em Ravena, mas em muitas outras localidades da Itália, da França e da Alemanha. Aliás, nessas regiões, foi amplamente difundida, devido os mosteiros beneditinos e camaldulenses que Apolinário ali fundara.

Apolinário morreu como mártir da fé no dia 23 de julho, durante as primeiras perseguições impostas contra os cristãos. Entretanto não se encontrou nenhuma referência indicando o ano e a localidade. Suas relíquias, encontradas nas catacumbas, foram enviadas para a catedral de Santo Apolinário, em Ravena, na Itália. A tradicional festa de Santo Apolinário, Padroeiro de Ravena, em 23 de julho, foi mantida pela Igreja.

Santo Apolinário, rogai por nós!


Santa Brígida

Brígida, ou Brigite, nasceu princesa, em 1303, no castelo de Finstad, na Suécia. Descendia de uma casa real muito pia, que forneceu à Igreja muitos santos e que se dedicava a construir mosteiros, igrejas e hospitais com a própria fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para a população pobre, Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações divinas, todas anotadas por ela no seu idioma sueco. Depois, as descrições foram traduzidas para o latim e somaram oito grandes volumes, que ainda hoje são fonte de consulta para historiadores, teólogos e fiéis cristãos.

Aos dezoito anos, ela se casou com o nobre chamado Ulf Gudmarsson, um homem cristão e muito piedoso. O casal teve oito filhos, dentre os quais a filha venerada como santa Catarina da Suécia. Era com rigor que eles cuidavam da educação religiosa e acadêmica dos filhos, sempre no caminho para a santificação em Cristo. Durante um longo período, Brígida foi dama de companhia da rainha Bianca, de Namur, por isso freqüentava sempre as cortes luxuosas. Mas não se corrompeu neste ambiente de riquezas frívolas, ao contrário, manteve-se fiel aos ensinamentos cristãos, perseverando seu espírito na dignidade e na caridade da fé.

Após a morte de um dos seus filhos, o casal resolveu fazer uma peregrinação ao santuário de Santiago de Compostela, na Espanha. No retorno, Ulf caiu gravemente enfermo, e nessa ocasião Brígida, em sonho, teve uma revelação de são Dionísio, que lhe disse que o marido não morreria. De fato ele ficou curado, mas logo em seguida ingressou no mosteiro de Alvastra, onde vivia um dos seus filhos, e lá morreu, em 1344.

Viúva, Brígida decidiu retirar-se definitivamente para a vida monástica, para realizar um velho projeto, a fundação de um mosteiro duplo, de homens e mulheres, que deu origem à Ordem do Santo Salvador, sob as Regras de são Agostinho, passando, então, a viver nele. Quando obteve aprovação canônica, a fundadora transferiu-se para Roma.

Ali viveu por vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma dos costumes e a volta do papa de Avignon. Com o apoio do rei da Suécia, construiu e instaurou setenta e oito mosteiros por toda a Europa. Ela morreu em 23 de julho de 1373, durante uma romaria à Terra Santa.

Desde então, a Ordem fundada por ela passou a ser dirigida por sua filha, Catarina da Suécia, alcançando notoriedade pelos anos futuros. Canonizada em 1391, apenas dezoito anos após sua morte, santa Brígida já tinha um culto muito vigoroso em todo o mundo cristão da Europa, sendo celebrada no dia de sua morte. O local onde residia em Roma foi transformado em um belíssima igreja dedicada a ela, na praça Farnese.  



Santa Brígida, rogai por nós!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Aborto – silêncio e rito sumário - DENÚNCIA



Em pouco mais de dois meses, sob a proteção de um gritante silêncio, foi aprovado um projeto que abre portas para a ampliação do aborto no Brasil. Segundo informação do jornal interno da Câmara dos Deputados, a iniciativa partiu do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Em reunião com deputado Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, em fevereiro deste ano, Padilha pediu que, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, fosse votado no plenário da Câmara, em regime de urgência, o Projeto de Lei 60/1999. O projeto trata do atendimento prioritário nos hospitais à mulher vítima de violência.

Como resultado do acordo entre o ministro da Saúde e o presidente da Câmara, o deputado José Guimarães, irmão do deputado José Genoíno e líder do PT na Câmara, pediu a tramitação do projeto em regime de urgência. Na ausência por motivo de viagem do deputado Henrique Eduardo Alves, a presidência da Câmara foi assumida pelo deputado André Vargas, secretário nacional de comunicação do PT.

O regime de urgência foi, então, aprovado por uma reunião de líderes das bancadas dos diversos partidos. Em seguida, no mesmo dia, o projeto foi emendado e apresentado ao Plenário da Câmara. O projeto foi aprovado no dia 5 de março. Três dias depois foi encaminhado para ser apreciado pelo Senado. Velocidade incomum para os padrões parlamentares.

No dia 10 de abril, já renomeado como Projeto de Lei Originário da Câmara 3/2013, ou PLC 3/2013, o texto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, após leitura de relatório favorável da Senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo.  

Nota dos Editores do Blog Catolicismo: 
só no Brasil governado por essa escória da esquerda, tendo à frente o PT, uma Comissão de Direitos Humanos de uma das Casas Legislativas aprova um projeto que autoriza o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos.

Se o nojento projeto autoriza a ‘PROFILAXIA DA GRAVIDEZ’ e PROFILAXIA é a adoção de medidas que impedem o desenvolvimento do seu objeto – no caso o desenvolvimento da gravidez – não havendo o desenvolvimento da gravidez, sua causa e função única (permitir o nascimento de um ser humano) é eliminada.

No dia 19 de junho, após relatório favorável da Senadora Angela Portela, do PT de Roraima, o projeto foi também aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Finalmente, no dia 4 de julho, sem que houvesse sido apresentado um único pedido de emenda, o PLC 3/2013 foi aprovado no Plenário do Senado e, em seguida, encaminhado à Presidência da República para ser sancionado.

O texto, estrategicamente, evita mencionar a palavra aborto, mas abre atalhos para sua ampla ampliação. O projeto, na sua formulação conceitual e na sua tramitação política, foi conduzido com muita esperteza, mas também com notável autoritarismo. Um tema sensível foi conduzido de costas para a sociedade. Vamos analisar o texto, amigo leitor.
O artigo primeiro afirma que os hospitais, - todos os hospitais, sem que aí seja feita nenhuma distinção -, "Devem oferecer atendimento emergencial e integral decorrentes de violência sexual, e o encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social”.

Atendimento emergencial significa o atendimento que deve ser realizado imediatamente após o pedido, não podendo ser agendado para uma data posterior. Colocou-se no mesmo pacote o aborto terapêutico e o aborto por estupro.
O atendimento integral significa que nenhum aspecto pode ser omitido, o que por conseguinte subentende que se a vítima de violência sexual estiver grávida, deverá ser encaminhada aos serviços de aborto.

Os serviços de assistência social aos quais a vítima deve ser encaminhada, que não eram mencionados no projeto original, são justamente os serviços que encaminharão as vítimas aos serviços de aborto ditos legais. É todo um jogo malandro de palavras que conduz a um objetivo bem determinado: escancarar janelas para o aborto no Brasil.
Portanto, uma vez o projeto sancionado, todos os hospitais do Brasil serão obrigados a encaminhar as vítimas de violência à prática do aborto. O projeto não contempla a possibilidade da objeção de consciência. O  artigo segundo define que, para efeitos desta lei, "Violência sexual é qualquer forma de atividade sexual não consentida”. 

A expressão "Tratamento do impacto da agressão sofrida”, constante do artigo primeiro do texto original, foi suprimida e substituída por "Agravos decorrentes de violência sexual”, para deixar claro que a violência sexual não necessita ser configurada por uma agressão comprovável em um exame de corpo de delito. Uma vez que o projeto não especifica nenhum procedimento para provar que uma atividade sexual não tenha sido consentida, e o consentimento é uma disposição interna da vítima, bastará a afirmação da vítima de que ela não consentiu na relação sexual para que ela seja considerada, para efeitos legais, vítima de violência e, se ela estiver grávida, possa exigir um aborto ou o encaminhamento para o aborto por parte de qualquer hospital.

O inciso quarto do artigo terceiro menciona, ainda, como obrigação de todos os hospitais, em casos de relação sexual não consentida, “a profilaxia da gravidez". O termo é novo. Foi estrategicamente plantado neste projeto de lei. Terá que ser regulamentado ou interpretado.

O projeto, tramitado com velocidade surpreendente e sob um silêncio antidemocrático, configura uma violência. O brasileiro é a favor da vida. Não se trata apenas de uma opinião, mas de fato medido em reiteradas pesquisas. A defesa da vida, da liberdade e dos direitos das minorias, tão duramente conquistados, compõem o mosaico da nossa cidadania.

A presidente Dilma Roussef, em 2010, empenhou sua palavra ao rejeitar qualquer iniciativa do seu governo em favor da implantação do aborto. Compete-lhe, agora, vetar o projeto, sobretudo garantir a objeção de consciência do médico e da instituição. É o mínimo.

As passeatas mostram o nascimento de um novo Brasil. Os cidadãos exigem transparência dos seus governantes e liberdade para manifestar seus pontos de vista. E o que está em jogo não é coisa pequena. É a preservação de um valor fundamental: o direito à vida.

Por: Carlos Alberto Di Franco, diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciência Sociais – IICS e doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, é diretor da Di Franco – Consultoria em Estratégia de Mídia.  

Desespero por holofotes enlouquecem ateus, agnósticos = a toa




Grupo faz 'desbatismo' contra chegada do papa
‘Desbatismo' contra chegada do papa tem influência até de Harry Potter
Grupo pretende realizar ato 'para romper laços com a Igreja' em pelo menos cinco cidades brasileiras nesta segunda
Mesmo após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) rejeitar o pedido de liminar para impedir que ateus e agnósticos sejam presos durante a visita do papa Francisco ao Rio, um grupo pretende realizar nesta segunda-feira, 22, um ato em pelo menos cinco cidades do Brasil. O evento está marcado para as 17h, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Ribeirão Preto.

Em São Paulo, o "desbatismo" - ritual para romper os laços com a Igreja Católica - deverá ocorrer na região da Praça da Sé. O ato simbólico tem três opções de dizeres cerimoniais a serem lidos ao descrente. Um deles faz claramente alusão ao feitiço "expecto patronum" do personagem Harry Potter e ao filme de terror Bruxa de Blair. Outra opção é um texto em latim, que termina com "amém", no idioma. Os organizadores vão emitir certificados de "desbatismo" após o rito de renúncia da fé cristã.

"Esse protesto é contra o uso de dinheiro público na vinda do papa e na Jornada da Juventude", disse o presidente Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Deniel Sottomaior."Estamos ainda no aguardo de uma decisão que nos beneficie". O TJ-RJ negou no sábado, 20, um habeas corpus da Atea, que pediu um salvo-conduto para todos que não acreditam em Deus na Jornada Mundial da Juventude.

Segundo associação, a decisão do TJ-RJ já foi recorrida dentro do próprio tribunal. Em nota, a Atea diz que "não é correto utilizar R$ 850 mil de dinheiro público para a recepção do papa". A associação também considera incorreto "usar aviões da FAB para trazer os veículos papais ao Brasil e transportar os ícones religiosos católicos".
 
Nota dos Editores do Blog Catolicismo: o Sacramento do Batismo é irremovível por qualquer força ou procedimento humano.
Quanto ao tratamento especial que está sendo dado a Sua Santidade, Papa Francisco, ele está vindo ao Brasil na condição de chefe de Estado – quando o presidente dos Estados Unidos vem ao Brasil, ou de qualquer outra potência, o Brasil é responsável por prover a segurança e toda a logística.
Os carros blindados utilizados na comitiva presidencial dos EUA e outros países que adotam precauções excessivas de segurança, só não são transportados por aviões da FAB devido a que o próprio país do visitante prefere se incumbir de tal tarefa.

Fonte: Estadão.com

Possível bomba é detonada pelo GATE no Santuário de Aparecida


Artefato suspeito é encontrado em banheiro do Santuário de Aparecida
Objeto foi detonado por homens do Gate; PM e Exército preparam nota sobre o episódio
O esquema de segurança em Aparecida (SP) para a visita do papa Francisco encontrou no domingo, 21, um artefato com pavio, que provavelmente continha explosivos, em um banheiro do Santuário Nacional de Aparecida.


 Divulgação
O artefato encontrado no banheiro do santuário

O esquadrão antibombas do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar de São Paulo foi chamado e cercou a área. Os homens do Gate detonaram o artefato. A Polícia Militar e o Exército estão preparando uma nota sobre o episódio que deve ser divulgada ainda nesta segunda-feira, 22.

O papa Francisco, que chega na tarde desta segunda ao Rio, vai a Aparecida na quarta-feira, 24, onde rezará uma missa. Um efetivo de 5 mil homens das Forças Armadas e das Polícias Civil, Militar e Federal vai reforçar a segurança na cidade.

Veja a agenda do papa em Aparecida:
8h15 - Partida de helicóptero do Sumaré, no Rio,  para Aparecida (SP)
9h30 - Chegada ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida
10h - Veneração da imagem da Virgem na basílica do santuário
10h30 - Missa na basílica
13h - Almoço com a comitiva papal, bispos de Aparecida e seminaristas no Seminário Bom Jesus
16h10 - Partida para o Rio

Fonte: O Estado de São Paulo

“Dilma, não sancione. Não quero sangue inocente em minhas mãos!”,

Dilma enfrenta lobby religioso para vetar projeto que dá assistência a vítimas de estupro

 À espera do Papa, presidente sofre pressão contra projeto que Igreja associa à legalização do aborto

 Na semana em que o Papa Francisco estará no Brasil, a presidente Dilma Rousseff está sendo fortemente pressionada por setores da Igreja Católica brasileira a vetar integralmente um projeto aprovado este mês pelo Congresso que regulamenta atendimento na rede pública de Saúde à mulher vítima de violência sexual e garante o que o texto chama de “profilaxia da gravidez”. Para os religiosos, o texto legaliza o aborto. Eles já advertiram Dilma de que, se o projeto não for vetado, haverá ampla campanha contra ela na eleição presidencial de 2014.

 Manifestação de evangélicos na Esplanada dos Ministérios, em junho deste ano, a favor da família tradicional e contra o aborto Givaldo Barbosa/O Globo

O ponto mais polêmico do projeto, de autoria da deputada Iara Bernardi (PT-SP), é o artigo que trata do atendimento às vítimas de estupro, determinando que a rede pública precisa garantir, além do tratamento de lesões físicas e o apoio psicológico à mulher, também os meios de evitar que ela tenha uma gravidez indesejada. Os religiosos entendem estar na expressão “profilaxia da gravidez” uma liberação para realização do aborto em qualquer período da gestação.
Nota dos Editores do Blog Catolicismo Brasil: 
PROFILAXIA, só tem um significado que é: conjunto de medidas destinadas a impedir o aparecimento de doenças.

PROFILAXIA DA GRAVIDEZ, também só tem um significado: conjunto de medidas destinadas a impedir o aparecimento da gravidez = aborto.

O prazo de 15 dias para a presidente sancionar ou vetar, de forma integral ou parcial, o projeto aprovado na Câmara e no Senado já está correndo, e a decisão de Dilma tem que ser tomada até 1º de agosto, três dias após a despedida do Papa do território brasileiro. Mesmo que opte por esperar o embarque de Francisco, Dilma tomará uma decisão ainda no calor da visita do Pontífice.

Movimentos feministas, por outro lado, também pressionam para que o projeto seja sancionado integralmente, sem vetos. Na semana passada, a presidente recebeu no Palácio do Planalto uma carta aberta assinada por dezenas de entidades feministas pedindo a sanção integral e dizendo que o projeto “representa um reforço legal precioso para as orientações que regem o atendimento à saúde de mulheres e adolescentes vítimas de violência”.

Movimento pró-vida foi ao Planalto
Na última quinta-feira, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, recebeu em audiência no Palácio do Planalto dois padres e leigos do movimento Pró-Vida, que entregaram o pedido do veto. Houve um momento de tensão. Carvalho queixou-se da campanha que os grupos representados por esses católicos fizeram nas eleições de 2010 contra Dilma. Foram eles que divulgaram material acusando Dilma de ser a favor do aborto, além de fazer campanha nesse sentido por meio das redes sociais. O ministro, no encontro da semana passada, disse que os religiosos “pegaram pesado” com a presidente, e que o governo está ouvindo também os grupos feministas sobre o assunto.

Um dos leigos presentes, o advogado Paulo Fernando Melo, vice-presidente do movimento Pró-Vida, disse que, então, esta seria a hora de Dilma demonstrar que não apoia o aborto. Melo afirmou que, se não houver o veto, a campanha antiDilma voltará no ano que vem. Essa ameaça é explícita no documento que os grupos entregaram ao ministro e protocolaram na Presidência da República: “As consequências (da sanção do projeto) chegarão à militância pró-vida causando grande atrito e desgaste para Vossa Excelência, senhora presidente, que prometeu em sua campanha eleitoral nada fazer para instaurar o aborto em nosso país”.

Na internet, circula a campanha “Dilma, não sancione. Não quero sangue inocente em minhas mãos!”, junto com a imagem de uma mulher com as mãos sujas de sangue. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também solicitou a Dilma que vete o projeto, mas apenas dois artigos, entre eles o da “profilaxia da gravidez”. No entanto, a entidade não sugere que irá às ruas contra possível tentativa de reeleição da presidente.

A direção da CNBB também faz sua pressão e esteve reunida com a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil. A entidade não pede o veto total, mas o trecho que fala do artigo sobre as medidas para evitar a gravidez indesejada em casos de estupro. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, em documento enviado à Casa Civil e em carta para todos os bispos do Brasil, argumentou que não podem ser associadas as palavras “profilaxia” “um termo relacionado à prevenção de doenças” e “gravidez”, “que não é uma patologia”. “Associar gravidez a doença, uma doença a ser evitada, é de todo inadmissível. Equiparar gravidez a uma doença resulta absurdo”, diz o texto da CNBB.


Iara Bernardi afirmou ontem que o projeto regulamenta um direito das mulheres e que não vê relação entre a visita do Papa e o tema em discussão. Ela disse ainda que espera não haver interferência da visita do Pontífice na decisão a ser tomada por Dilma. — Estamos regulamentando um protocolo que já existe, regulamentando em lei um direito das mulheres. É uma questão de Saúde Pública e de direitos humanos. Não vejo qualquer constrangimento para a presidente. Trata-se de uma preservação da vida. Não vejo no que o Papa possa interferir ou opinar na Saúde Pública brasileira — disse Iara Bernardi.

A CNBB não gosta da previsão de garantia à vítima de receber informações sobre seus direitos legais. Para a conferência, esse inciso estimula a prática do aborto. A entidade afirma que informações legais devem ser dadas às mulheres pelas delegacias especializadas, e não por hospitais.

Gleisi recebeu líderes feministas
Semana passada, Gleisi Hoffmann recebeu entidades católicas e evangélicas num dia e, no dia seguinte, líderes de movimentos feministas, que defendem a sanção sem vetos do texto. Elas estavam acompanhadas da ministra de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci. O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) defende a sanção total e faz a campanha “Sanciona tudo, Dilma”. O movimento entende que o projeto regulamenta o tratamento humanizado às vítimas de violência sexual, garantindo o tratamento imediato no SUS e o acesso à informação sobre os direitos legais das mulheres.

Parlamentares da bancada feminista também estiveram no Palácio do Planalto em defesa da manutenção integral do projeto aprovado no Congresso. Boa parte dos panfletos associando Dilma à prática do aborto, na campanha eleitoral de 2010, foi apreendida e continua em poder da Polícia Federal. Foram retidos pouco mais de 19 milhões desses panfletos.