Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sou a favor do aborto”: Ariovaldo Ramos, IPB de Fortaleza e o “bebê” da apostasia



Quando o PT começou a exigir aborto e homossexualismo, Feliciano mostrou sua forte postura cristã contrária. Ele pôs o oportunismo de lado e permaneceu fiel às convicções cristãs contra o aborto e o homossexualismo. Em contraste, Ari nunca pôs de lado sua fidelidade ideológica quando o PT fazia tais exigências. Ele nem mesmo bocejava. Mas prontamente exigiu a renúncia de Feliciano.
Olhar para um bebê inocente é a coisa mais prazerosa do mundo. Você o pega, com todo o cuidado e carinho, para não deixá-lo cair. Jogar essa preciosidade no lixo? Nem pensar! Não vamos fazer como o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que apaixonadamente apoia o aborto de bebês pobres, que não poderão se tornar gordos dizimistas na igreja dele.

Aborto propositado de bebês humanos é assassinato de inocentes, aos olhos de Deus. Esse tipo de aborto não apoio, jamais.
Mas o que dizer, alegoricamente, do bebê da apostasia? Ele é trazido dentro da igreja, com roupinhas lindas e muitos se apaixonam. Logo, está engatinhando no meio da congregação e no púlpito, se aconchegando no colo do pastor. Quando cresce, é tarde demais para acordar e reagir.
Esse “bebê” chegou tempos atrás à Igreja Presbiteriana de Fortaleza, pertencente à Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). Se tivesse chegado com roupinhas descaradas da IURD, a liderança presbiteriana prontamente enxotaria o “bebê” herético. Mas ele veio embrulhado no pacote certo: o apresentador é líder da Comunidade Cristã Reformada e seu foco na Igreja Presbiteriana de Fortaleza foi falar das necessidades das crianças pobres.
Ariovaldo Ramos: o “reformado” esquerdista
Muitos presbiterianos, que se classificam como calvinistas ou reformados, são muito exclusivistas. Apresentar-se como neopentecostal é, na maioria das vezes, é um jeito garantido de ter portas fechadas. Mas apresentar-se como “reformado” é a chave de ouro que abre muitas portas entre eles. O apresentador “reformado” foi Ariovaldo Ramos, que tem conhecido histórico esquerdista, inclusive com ligação com o Movimento Evangélico Progressista, denunciado recentemente pela ex-integrante Maya Felix como o “braço evangélico do PT.” O discurso açucarado de defesa de crianças pobres é suficiente para que Ari, como ele é chamado, tenha acesso ao púlpito e ovelhas das igrejas reformadas, calvinistas e presbiterianas. Usar crianças necessitadas como plataforma da ideologia socialista é meramente um golpe — não muito diferente da enganação que os pedófilos usam para alcançar seus objetivos. O estuprador não chega até as crianças dizendo que vai violentá-las. Ele lhes oferece doces para enganar. Os estupros vêm depois. De forma semelhante, o evangélico esquerdista não prega que está vindo com heresia. Ele apresenta uma plataforma de caridade, especialmente de ajuda às crianças pobres, para enganar. Os estupros espirituais, psicológicos e ideológicos vêm depois.
A presença de Ari na IPB de Fortaleza foi denunciada a mim pelos membros, que ficaram chocados que um dos maiores líderes da Teologia da Missão Integral tivesse conquistado espaço para falar com autoridade na igreja deles. Eles me informaram que, graças ao meu livro “Teologia da Libertação X Teologia da Prosperidade” (disponível neste link: http://bit.ly/11zFSqq), eles puderam estar de sobreaviso sobre Ari e seu ensino.
Por baixo do discurso pró-criança de Ari há a ideologia marxista. Ari se diz contra a violência — mas louvou Hugo Chávez, promotor da ideologia comunista, que assassinou mais de 100 milhões de pessoas no mundo inteiro. Ari diz que defende as crianças — mas sempre apoiou o PT, cuja plataforma política adota oficialmente a legalização do aborto, a maior violência contra as crianças. Aliás, de acordo com o jornalista Edson Camargo, Ari também favorece o aborto. Quando toda a mídia esquerdista atacou o Pr. Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Ari ajudou a liderar um movimento evangélico esquerdista que fez coro com os esquerdistas seculares que queriam a cabeça de Feliciano.
Como Ari, Feliciano também apoiou o PT na eleição presidencial, mais por oportunismo e ignorância do que por ideologia. Mas quando o PT começou a exigir aborto e homossexualismo, Feliciano mostrou sua forte postura cristã contrária. Ele pôs o oportunismo de lado e permaneceu fiel às convicções cristãs contra o aborto e o homossexualismo. Em contraste, Ari nunca pôs de lado sua fidelidade ideológica quando o PT fazia tais exigências. Ele nem mesmo bocejava. Mas prontamente exigiu a renúncia de Feliciano. Para Ari & Cia, a oposição de Feliciano ao aborto e ao homossexualismo é mais ameaçadora do que as exigências pró-aborto e pró-homossexualismo do PT?
Se até os televangelistas pentecostais e neopentecostais sacrificam seu oportunismo quando o monstro socialista exige o sangue das crianças em gestação, por que protestantes reformados como Ari não conseguem sacrificar sua Teologia da Missão Integral que é amante da ideologia marxista? A denúncia que me chegou foi que o evento de Ari na IPB de Fortaleza focou muito, em nome da Visão Mundial, na doação de dinheiro “para ajudar as crianças necessitadas.” Foi um ato quase que não muito diferente do que a IURD faz, pressionando os membros para dar para Deus, quando na verdade o dinheiro engorda a fortuna do bispo pró-aborto.
Na IPB de Fortaleza, o desafio foi “dar para as crianças,” mas em nome da Visão Mundial. E para onde vai de fato tal fortuna? Anos atrás, a Visão Mundial, conforme denuncia meu livro, financiou um importante congresso de líderes da Teologia da Missão Integral no Brasil. De acordo com minha fonte presbiteriana, no evento na IPB de Fortaleza foi louvada a atuação política de Ferrúcio Feitosa, um presbiteriano que é um político influente do Partido Socialista Brasileiro no Ceará.
Este artigo só foi possível porque um membro da IPB de Fortaleza procurou meu endereço eletrônico para pedir ajuda. Ele disse: “Escrevi essa mensagem para que você use, se quiser, qualquer informação que for útil no seu blog para desmascarar essa gente que usa o Evangelho com fins políticos. Eles usam argumentos justos como a caridade com os necessitados, para conseguir apoio e se tornarem conhecidos nacionalmente para defender as ideias que nós já conhecemos. A caridade é uma obrigação do cristão para com os desfavorecidos, mas não aceito fazer caridade através de organizações esquerdistas.”
Sinto-me constrangido que os membros da IPB tenham de recorrer a mim, e não a um de seus líderes, sobre a infiltração em suas congregações de marxistas mascarados de protestantes “reformados.” Seus pastores, se estivessem com o juízo no lugar, saberiam que sua obrigação é enxotar de seus púlpitos o “bebê” da Teologia da Missão Integral. Eu recomendaria abortar esse “bebê,” que ainda nem cresceu, mas já mostra seus frutos podres.
Apostasia de grandes igrejas “reformadas” no Primeiro Mundo
Não é preciso ser profeta para ver longe onde isso vai dar. As grandes denominações protestantes do mundo estão embarcando na apostasia homossexual. Denunciei que o arcebispo anglicano Desmond Tutu ameaçou ir para o inferno se Deus não parar de condenar o homossexualismo. Mas a Igreja Anglicana, que já tem há anos um bispo homossexual que é conselheiro oficial do presidente Barack Obama, não é a única grande denominação protestante a abraçar a apostasia homossexual. A PCUSA, que é a maior denominação presbiteriana dos EUA, já ordena pastores gays.
A maior denominação presbiteriana da Escócia, que sempre foi referência e modelo internacional entre os presbiterianos, foi apoiada pelo apóstata Desmond Tutu em sua decisão de ordenar homossexuais praticantes como pastores. Em inédita maturidade herética, os líderes denominacionais da Igreja Presbiteriana da Escócia lançaram documento oficial que diz que os judeus não têm nenhum direito à Terra Prometida. Daqui a pouco, vão dizer que Deus e seus anjos também não têm nenhum direito de habitar o Céu!
Entre eles, o “bebê” cresceu e já não pode ser mais abortado.
Mas dá para abortar esse “bebê” em muitas igrejas no Brasil. Estou fazendo a minha parte, defendendo com todas as minhas forças esse tipo de aborto. No que se refere ao “bebê” da Teologia da Missão Integral, sou “pró-aborto.” Se não abortarmos hoje a apostasia esquerdista e homossexualista do nosso meio, essa apostasia vai abortar casamentos, a sã doutrina e as crianças. Precisamos reagir sem demora. A Igreja Anglicana, que foi uma das primeiras denominações protestantes a ordenar pastores e bispos gays, foi também, quase um século atrás, a primeira denominação protestante a legalizar o uso da contracepção, que essencialmente representa a rejeição de crianças, que são bênçãos de Deus. Hoje, quase todas as igrejas evangélicas seguem a apostasia anglicana da contracepção (http://bit.ly/13NJgOA). Por quanto tempo então essas igrejas conseguirão evitar embarcar na apostasia homossexual dos anglicanos? A IPB tem um imenso reservatório teológico. Mas se não conseguir colocá-lo em prática nas questões essenciais que estão afetando diretamente a sociedade, a igreja e seus membros — do jeito que Silas Malafaia e Marco Feliciano fazem —, acabarão embalando um “bebê” que Malafaia, Feliciano e eu não teríamos dificuldade de abortar.
Niterói: grande reduto “reformado” esquerdista
A IPB de Fortaleza precisa ganhar a conscientização que alguns de seus membros já têm. E Niterói, que é um importante centro de influência reformada e calvinista, precisa de igual conscientização, para que Ariovaldo Ramos não consiga transitar, com seu infame “bebê,” tão livremente ali. Nas igrejas reformadas de Niterói, criticar a Teologia da Missão Integral ou Ari é “pecado” quase tão grave quanto blasfemar contra o Espírito Santo!
Outro grande incriticável é Robinson Cavalcanti, fundador do Movimento Evangélico Progressista, considerado por Ari como um “profeta,” que passou toda a sua vida ministerial semeando o marxismo nas igrejas e, no final da vida, foi assassinado pelo próprio filho. Criticar Cavalcanti ou Ari em Niterói é “pecado” tão grave quanto atacar um dos santos profetas do passado. Niterói já foi sede das atividades de Caio Fábio, nos tempos em que ele era o mais importante reverendo da IPB e o mais importante calvinista do Brasil. Mas ele nunca foi repreendido, nem em Niterói nem pela IPB, por criar em seu meio o “bebê” da Teologia da Missão Integral. Antes de sua queda por escândalos sexuais e financeiros, Deus já estava enviando “profetas” para alertá-lo de sua queda espiritual, mas ele mantinha fechadas as portas de seu ministério e de sua vida para alertas proféticos.
As igrejas reformadas de Niterói que estavam abertas para o Caio Fábio da Teologia da Missão Integral estão hoje abertas para o Ari dessa mesma teologia. Essas mesmas igrejas não teriam dificuldade de fechar suas portas e púlpitos para Macedo e seu baalismo pró-aborto. Mas por que com Ari é diferente? Apoiar Hugo Chávez como ele fez não é gravíssimo? O que conta na balança é ele ser líder da Comunidade Cristã Reformada? E se Macedo fosse fundador de uma Igreja Reformada Universal do Reino de Deus? Aí a história mudaria e as portas e púlpitos se abririam?
Rev. Marcos Amaral: mau exemplo “reformado” no Rio de Janeiro
Eu gostaria muito, então, que o Rev. Marcos Amaral, que também é fã de Hugo Chávez, se apresentasse como líder da IURD. Só assim sua punição e exclusão seriam sumárias e irrevogáveis. Por enquanto, como líder da IPB, ele tem, como Ari, levado seu “bebê” nas congregações da IPB do Rio sem enfrentar portas e púlpitos fechados. No meio pentecostal e neopentecostal, Macedo e sua apostasia abortista estão isolados. A ideia pró-aborto dele é abortada logo que tenta entrar em outras igrejas. Que esse exemplo inspire os protestantes reformados a isolarem Ari e outros promotores reformados da Teologia da Missão Integral. Quer entre igrejas pentecostais, neopentecostais ou reformadas, o “bebê” da apostasia esquerdista precisa ser isolado e abortado. Precisamos urgentemente assumir uma postura radicalmente “pró-aborto” diante do avanço da Teologia da Missão Integral, não só na IPB, mas também em todas as igrejas do Brasil.


 www.juliosevero.com

Santo do dia - 13 de setembro

São João Crisóstomo

João Crisóstomo foi um grande orador do seu tempo. Todos os escritos dizem que multidões se juntavam ao redor do púlpito onde estivesse discursando. Tinha o dom da oratória e muita cultura, uma soma muito valiosa para a pregação do cristianismo.

João nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de família muito rica considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação.

O menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande inteligência e dons especias. Só não se tornou eremita no deserto por insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela sabedoria, prudência e pela oratória eloqüente, foi viver na companhia de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então, considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote.

Sua cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família. Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles de Crisóstomo, isto é,: "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à população a notícia do perdão imperial.

Alguns anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla era a grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto para João era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo, abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como conseqüência, a perseguição.

Arrumou inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era 14 de setembro de 407.

Sua honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no Vaticano. Dos seus numerosos escritos destacasse o pequeno livro "Sobre o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo para os oradores clérigos.

São João Crisóstomo, rogai por nós!


São Maurílio de Angers

Maurílio nasceu na segunda metade do século IV, em Milão, na Itália. Na juventude, viajou para a Gália, agora França, atraído pela fama do bispo mais ilustre de sua época, Martinho de Tours.

Naquela época, a região da Gália tinha muito pouco conhecimento do Evangelho. Já existiam vários bispos destacados pelas cidades, mas o cristianismo era um fenômeno particularmente urbano e poucos camponeses tinham acesso aos ensinamentos. A finalidade da missão de Maurílio era essa. Após sua ordenação sacerdotal, saiu em missão para evangelizar os camponeses dos campos mais distantes das cidades.

Então, Maurílio entregou-se, de corpo e alma, à vida de pregação, sempre pronto a ajudar os pobres e doentes. Seu esforço teve muito êxito, pois, em 423, chegou à sua região uma delegação de camponeses, que lhe pediram para ser o bispo de sua localidade. Maurílio recebeu, então, a sua consagração episcopal e iniciou um ministério que durou cerca de trinta anos.

Foi assim que Maurílio tornou-se muito respeitado e amado pelos humildes lavradores. A voz da tradição popular conta-nos as histórias de vários prodígios ocorridos por sua intercessão. Com isso ganhou fama de santidade, que foi passada, ao longo do tempo, para as gerações cristãs.

O que fez com que Maurílio se torna-se padroeiro dos jardineiros foi a sua demora para batizar um menino, que acabou falecendo sem o sacramento. Sentindo-se culpado, abandonou a diocese e foi para a Inglaterra, onde se transformou num jardineiro. Mas ele foi chamado de volta e aceitou continuar seu episcopado.

O bispo Maurílio morreu em Angers, na França, em 13 de setembro de 453, onde foi sepultado na igreja que recebeu seu nome. Em 1239, suas relíquias foram colocadas em uma nova urna, mas depois de muitos séculos acabaram se perdendo, quando, em 1791, a igreja foi demolida. Entretanto uma pequena parte foi salva e encontra-se, hoje, sob a guarda da catedral de Angers, da qual são Maurílio é o padroeiro, sendo celebrado no dia de sua morte.



São Maurílio de Angers, rogai por nós!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Homem que papa escolhe para nº 2 da Igreja lembra que celibato sacerdotal não é dogma. E não é mesmo!



Sei que vem uma confusão danada por aí e que vou apanhar de novo. Fazer o quê? Meu único compromisso aqui é dizer o que penso. E vou fazê-lo mais uma vez. Pietro Parolin, o novo secretário de Estado do Vaticano, que passa a ser o nª 2 da Igreja para muitos assuntos, concedeu uma entrevista ao jornal venezuelano “El Universal” no domingo e afirmou o que já sabemos e se repetiu dezenas de vezes neste blog: o celibato de padres e freiras é uma escolha que fez a Igreja, não um dogma. Como tal, pode ser revisto, sim. Ele é núncio apostólico no país até outubro, quando assume a sua função no Vaticano. Reproduzo um texto publicado aqui no dia 22 de março de 2010 sobre o tema.
*
“Já escrevi duas levas de textos contra o celibato de padres da Igreja Católica. A primeira foi em outubro de 2007. Integram esse grupo posts como
O desastre do celibato:São Pedro tinha sogra! e Igreja não é armário. Voltei com uma nova série em 2008, quando o padre Júlio Lancelotti foi acusado de molestamento por um rapaz com quem ele mantinha uma relação que se mostrou imprópria, ainda que fosse pia.
Vejo, agora, a Igreja sacudida por novas acusações de pedofilia na Europa e no Brasil: há um caso escabroso em Arapiraca, em Alagoas, noticiado na VEJA desta semana. Como o ódio à Igreja é grande mais por seus acertos do que por seus erros, procura-se magnificar o que já é criminoso e desastroso: tenta-se arrastar o próprio papa para o centro do furacão: seu irmão, também sacerdote, teria protegido um padre pedófilo. E isso não vai acabar tão cedo. Aproveita-se a fragilidade da Igreja para tentar pôr a igreja de joelhos — diante do laicismo, não de Deus.
A condição de casado ou celibatário, em si, não faz alguém ser mais ou menos fiel aos princípios que abraçou. Mas é inegável que a exigência do celibato acaba sendo, em muitos casos, uma solução socialmente aceitável para muitos rapazes que, de outro modo, teriam de se haver com explicações nem sempre fáceis perante a família e a comunidade. Que importa que a esmagadora maioria dos padres cumpra o seu compromisso? Bastam uns poucos para produzir o desastre.
Não sou da hierarquia católica, apenas um católico. Como tal, não só posso como devo debater o que não for matéria dogmática. Vejo com grande tristeza, melancolia, às vezes quase revolta, os ataques vis que sofre o patrimônio moral da Igreja Católica, que tenho como um dos esteios da civilização ocidental. Eu e qualquer pessoa de juízo. A reação da hierarquia às acusações tem sido frágil, quando não é pífia. Abriu as portas da Santa Madre para o marxismo, e o mal nela se insinuou e corrói seus valores — aí, sim, ferindo muitas vezes dogmas e princípios —, mas se aferra, como é o caso do celibato, a algumas escolhas que atenderam a conveniências de época e que hoje se mostram fonte de desgaste e de humilhação. O mal entrou na Igreja, e os fiéis estão saindo.
O celibato foi instituído no ano 390 — portanto, ela viveu quase quatro séculos sem ele. Sei que vou entrar numa pinima danada. Já me bastaria o ódio dos que chamo partidários da “escatologia da libertação” (que, de teologia, não tem nada). O celibato é matéria apenas de interpretação, nada mais. Torná-lo uma questão de princípio, como é a defesa da vida — e, pois, a rejeição ao aborto —, é superestimar uma (o celibato) e rebaixar outra (a defesa da vida).
Na minha Bíbliae na sua também, leitor amigo —, São Pedro tem sogra. Sei que sou aborrecidamente lógico às vezes, mas é de se supor que tinha ou teve uma mulher: E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre. E tocou-lhe na mäo, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os”. Está em Mateus, 8:14-15.
Na Primeira Epístola a Timóteo, ninguém menos que São Paulo recomenda: “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar. Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento(I Tim, 3:1-3).
Os defensores radicais do celibato pretendem dar a estas palavras um sentido diverso. Desculpem. Trata-se de forçar a barra. Na seqüência, São Paulo não deixa a menor dúvida: Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia. Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?)” (I Tim, 3:4-5).
Não quero ser ligeiro. Sei bem que há outras passagens que endossam o celibato. Mas fica claro que se trata de uma questão de escolha, sim, não de fundamento; trata-se de uma questão puramente histórica, não de revelação. O celibato pode ter sido útil em tempos bem mais difíceis da Igreja. A dedicação exclusiva à vida eclesiástica pode ter feito um grande bem à instituição. Mas é evidente que se tornou um malefício, um perigo mesmo, fonte permanente de desmoralização. A razão é mais do que óbvia. A maioria dos padres, é possível, vive o celibato e leva a sério o seu compromisso. Mas é claro que o sacerdócio também se tornou abrigo de sexualidades alternativas, que não têm a mesma aceitação social do padrão heterossexual. E que se note: também existem desvios de conduta de padres heterossexuais.
Poderá perguntar alguém: pudesse o padre casar, a Igreja estaria absolutamente protegida de um adúltero, por exemplo? É claro que não. Mas não tenho dúvida de que estaria muito menos cercada de escândalos. Talvez se demore mais um século até que isso venha a ser debatido, sempre no tempo da Igreja Católica, que não é este nosso, da vida civil. Mas é importante que os católicos, em especial aqueles que não aderiram a heresias marxistas, comecem a pensar que o celibato não compõe o núcleo da doutrina cristã ou um fundamento do catolicismo. Foi, num dado momento, a escolha de uma forma de organização. Que, hoje, traz mais malefícios do que benefícios.
Sou o primeiro a considerar que a Igreja não tem de ceder a todos os apelos da, vá lá, modernidade, abrindo mão de seus princípios. Só que falta provar que o celibato é um princípio. Não é. De fato, a obrigação de um sacerdote deveria ser outra, como queria São Paulo: Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”
A obrigação deveria ser o casamento, não o contrário.
Compreendo — e tenho até certa atração intelectual por elas — algumas inteligências que, ao perceberem que determinado remédio resulta num malefício, decidem dobrar a dose para ver se não foi a falta de convicção que trouxe o resultado contraproducente. Há nisso um certo pessimismo místico e algum triunfalismo da derrota: “Perderemos, mas sem jamais ceder.” É, eu detesto perder. A mim me preocupa a crescente secularização da Igreja em matérias que são realmente de dogma, enquanto permanece aferrada a algumas práticas que constituem mais uma esfera de costumes.
Erro
É um erro supor que o debate sobre o fim do celibato integre o cardápio da esquerdização da Igreja. Aliás, é curioso notar que os expoentes da Teologia da Libertação no Brasil — com a provável exceção da audácia do Boff — passam longe do assunto. O celibato confere aos padres petralhas uma certa aura de santificação (e, acho eu, isso, sim, cheia a pecado) que melhor esconde a sua atuação política.
É evidente que o primeiro efeito positivo do fim do celibato seria atrair para a Igreja vocações que não estão dispostas a abrir mão da bênção que é ter uma família. E, ao longo do tempo, o sacerdócio deixaria de ser um refúgio — e os escândalos estão aí à farta — para os que pretendem usar a Igreja como resposta socialmente aceita a suas inapetências e gostos. A Igreja, aqui e no mundo, está a precisar menos de homens que imitem Cristo num particular e mais de homens que sigam as leis gerais do Cristo. Não é, infelizmente, o que se tem amiúde visto. Também essa escolha traria novos problemas para a Igreja? Sem dúvida. Acho, no entanto, que o ganho seria, ao longo do tempo, bem maior do que o prejuízo.
Disciplina
Sou o primeiro a afirmare, se vocês procurarem no Google, vão encontrar opiniões minhas anteriormente expressas a respeitoque ninguém é enganado ao escolher pertencer à hierarquia católica. O padre sabe que está obrigado à castidade e ao celibato. Portanto, a menos que peça desligamento, não pode fugir a essas duas práticas, entre muitas outras. Eu posso lastimar o que considero malefícios óbvios da castidade. Ele não pode. O que lhe está reservado é fazer de sua própria vida um testemunho exemplar a) de sua fé; b) de observância das leis da Igreja. Infelizmente, as coisas não têm sido bem assim, não é mesmo? Para tristeza e estupefação dos católicos no Brasil e no mundo inteiro. 

Estou dizendo que, ao longo da história, o que foi uma seleção de homens para construir, com dedicação exclusiva, a Igreja de Cristo, tornou-se fonte de perturbação e de desmoralização. Para seguir “princípios”? Não! Trata-se de uma escolha feita, num dado momento e sob certas circunstâncias históricas, que hoje contamina o tecido da Igreja com um óbvio mal-estar.

Não fiz a contabilidade. Mas tendo a achar que existem na Bíblia mais recomendações em favor do casamento do que contra ele. Mas, ainda aqui, estaríamos só no terreno da literalidade. A minha pergunta é outra: o que há na mensagem espiritual de Cristo que recomende que o homem, sacerdote ou não, viva apartado da mulher? Olhe aqui: não importa a que corrente da Igreja você pertença — ou, mais amplamente, do cristianismo, e a resposta é uma só: NADA!!!

Uma Igreja que pudesse acolher um número muito maior de vocaçõeshomens que pudessem formar família — constituiria, aí sim, a verdadeira comunidade eclesiástica. Não é preciso ser muito agudo para perceber que os padres vivem uma realidade que absolutamente os aparta da vida real. E para quê? Para que possam se dedicar mais a Deus e à Palavra? Lamento muito: isso é mentira! Boa parte deles, hoje, infelizmente, ignora até o texto bíblico. O que parece uma vida de renúncia se confunde mais com alienação. Além, claro, da permanente tentação demoníaca da “Escatologia da Libertação”.

O celibato tem de acabar não para revolucionar a Igreja. Trata-se de um movimento de “conservação”. De certo modo, corroída pela “revolução”, ela está hoje. Quantas forem as recomendações contra o casamento que os “literalistas” encontrarem, asseguro, outras poderão ser encontradas a favor dele. A Igreja deve ser um lugar onde se vive uma convicção, não onde se esconde uma condição. Igreja não é armário.

Santo do dia - 12 de setembro

São Guido de Anderlecht

Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI, tendo nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. De modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 


São Guido de Anderlecht, rogai por nós!


São Nilo

Neste dia mergulhamos na história de São Nilo, onde encontramos um exemplar cristão que viveu no sul da Itália e no fim do primeiro milênio. Nilo, chamado o Jovem, fazia parte de uma nobre família de origem grega, por isso foi considerado o último elo entre a cultura grega e a latina. 
 
Era casado e funcionário do governo de Constantinopla, com o nascimento de uma filha, acabou viúvo e depois descobriu sua vocação à vida monástica, segundo a Regra de São Basílio. Após várias mudanças acabou se fixando em Monte Cassino, perto da famosa abadia beneditina.

Seu testemunho atraiu a muitos, tendo assim a felicidade de fundar vários mosteiros no Sul da Itália, com o cotidiano pautado pelo trabalho e oração. No trabalho, além da agricultura, transcrevia manuscritos antigos, introduziu um sistema taquigráfico (ítalo-grego) e compôs hinos sacros.

São Nilo realizou várias romarias aos túmulos dos santos Pedro e Paulo, aproveitando para enriquecer as bibliotecas de Roma, até que a pedido de Gregório, Nilo fundou um mosteiro em Grottaferrata, perto de Roma.

Este pacificador da política e guerras da época, teve grande importância para a história da Igreja, e na consolidação da vida monástica. Morreu com noventa e cinco anos de idade, no dia 25 de setembro de 1005.

São Nilo, rogai por nós!
 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Santo do dia - 11 de setembro

São João Gabriel Perboyre


João Gabriel Perboyre nasceu em 5 de janeiro de 1802, em Mongesty, na diocese de Cahors, França, numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Foi o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai.

Mas o menino era muito piedoso, demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim, aos quatorze anos, junto com dois de seus irmãos, Luís e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote. Ingressou na Congregação da missão fundada por são Vicente de Paulo para tornar-se um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem. Depois, também, duas de suas irmãs ingressaram na Congregação das Filhas da Caridade. Uma outra irmã, logo após entrar para as carmelitas, adoeceu e morreu.

João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos seminários vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e onde, recentemente, padre Clet fora martirizado.

Em 1832, seu irmão, padre Luís, foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar às Missões na China. Foi assim que João Gabriel pediu para substituí-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, estava em Macau, deixando assim registrado: "Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe". Na Missão, aprendeu a disfarçar-se de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé.

Entretanto foi denunciado e preso na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado a uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840.

Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 1996. Festejado no dia de sua morte, tornou-se o primeiro missionário da China a ser declarado santo pela Igreja.


São João Gabriel Perboyre, rogai por nós!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

10 de setembro - Santo do dia

São Nicolau Tolentino


A prodigiosa notícia que temos de são Nicolau de Tolentino diz que, quarenta anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo católico.

Apesar de ter nascido na cidade de Castelo de Santo Ângelo, no ano de 1245, foi do povoado de Tolentino que recebeu o apelido acrescentado ao seu nome. Naquela cidade viveu grande parte da sua vida. Desde os sete anos de idade, suas preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua vida: penitência, amor e dedicação aos pobres, aliados a uma fé incondicional em Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos quatorze anos, foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo Ângelo, como oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo às Regras. Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi ordenado sacerdote.

Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e na penitência, cheio de alegria em Cristo. Com seu exemplo, levava os fiéis a praticar a penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e a Palavra de Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e alegria.

Em 1275, devido à saúde debilitada, foi para o Convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Lá, veio a tornar-se um dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas repleto de compaixão para com todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e de sua santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da Ordem.

No dia 10 de setembro de 1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor antes de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O local tornou-se meta de peregrinação e os milagres atribuídos a ele não cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias. No ano de de 1446, são Nicolau de Tolentino foi finalmente canonizado pelo papa Eugênio IV, cuja festa foi mantida para o dia de sua morte.

São Nicolau Tolentino, rogai por nós!