São José Copertino
No dia 17 de junho de 1603, nasceu, no reino de Nápoles, na aldeia
de Copertino, um menino de nome José. Era o filho mais novo da família
Desa, cujo pai, um pobre carpinteiro, mal conseguia sustentar a família.
Ele veio ao mundo num pequeno estábulo, onde permaneceu nos primeiros
meses de vida, porque o pai, endividado, teve de vender o pouco que
possuíam.
Já naquela época os desníveis sociais geravam miséria, insegurança e
sofrimento, impedindo que filhos de famílias pobres estudassem e
desenvolvessem sua cultura e inteligência. Mas, apesar de iletrado, o
menino foi criado no rigor dos ensinamentos de Cristo, pois sua família
era muito religiosa. Assim foi a infância de José. Os únicos talentos
por ele manifestados foram de ordem espiritual: o da oração e o da
caridade para com os mais necessitados, que sofriam as agruras da
miséria, como ele.
Quando completou dezessete anos, estava determinado a tornar-se frade.
Mas até os capuchinhos que o haviam aceitado como irmão leigo fizeram-no
devolver o hábito, por causa da sua grande confusão mental. Isso causou
a José um sofrimento muito grande. Mas não desistiu. Finalmente, foi
aceito no Convento de Grotella, pelos Frades Menores, que o acolheram e
lhe deram uma tarefa simples: cuidar de uma mula.
Mesmo renegado, estava determinado a ser sacerdote. Foi então que as
graças divinas começaram a intervir na sua vida. Apesar da dificuldade
que tinha em estudar, milagrosamente saía-se muito bem nas provas para
tornar-se sacerdote. Desde então, começaram a aparecer sinais de
predileção divina e fenômenos que atestavam sua santidade interior,
presenciados pela comunidade de fiéis e irmãos da Ordem. Eram
manifestações extraordinárias, como, por exemplo, curas totalmente
milagrosas de doentes de todos os tipos de enfermidades. Ainda: em
êxtases de oração, caminhava pela igreja sem colocar os pés no chão e,
sem tomar nenhum cuidado com o corpo, exalava um fino e delicado odor.
Por tudo isso, já era venerado em vida como santo.
Outro fato relevante na vida de José de Copertino é que, apesar de quase
não ter nenhum estudo teológico, tinha o dom da ciência e era
consultado por teólogos a respeito de questões delicadas.
Espantosamente, tinha sempre respostas sábias e claras. Com isso, José
conquistou a glória máxima e, mesmo sendo considerado o frade mais
ignorante de toda a Ordem franciscana, sua fama de bom cristão, seu
comportamento peculiar e seus milagres chegoaram a Roma. O papa Urbano
VIII convocou-o e recebeu-o com as honras de que era merecedor. Talvez
esse tenha sido um dos dias mais felizes na vida de José de Copertino.
Em 1628, foi ordenado sacerdote. José de Copertino mergulhou tão
profundamente nas coisas de Deus que acabou se tornando um conselheiro
de padres, bispos, cardeais, chefes de Estado e religiosos em geral.
Todos o procuravam. E ele os atendia com paciência, humildade e
sabedoria, indicando-lhes a luz de que necessitavam.
José de Copertino morreu aos sessenta anos de idade, no dia 18 de
setembro de 1663, no Convento de Osímo, Itália. O local, que se tornara
um ponto de peregrinação com ele ainda vivo, tornou-se, imediatamente,
um santuário a ele dedicado. Festejado liturgicamente no dia de sua
morte, este singular frade franciscano é considerado pelos estudiosos
como "o santo mais simpático da hagiografia católica".
Os freqüentes êxtases espirituais, que lhe permitiam "voar" literalmente
pela igreja, fizeram de são José de Copertino o padroeiro dos aviadores
e pára-quedistas. Também, devido à sua determinação diante das
numerosas dificuldades encontradas nos estudos e exames de seleção, é
considerado o santo padroeiro dos estudantes que se encontram nessa
condição, anualmente.
São José Copertino
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quarta-feira, 18 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
17 de setembro - Santo do dia
Santa Hildegarda
Hildegarda, descendente de nobre e riquíssima família alemã, nasceu no castelo de Böckekheim, na bela região do rio Reno, em 1098. Como era o costume na época, aos oito anos de idade foi entregue aos cuidados de religiosas, mais especificamente da abadessa Jutta, do convento das monjas beneditinas. Lá, recebeu os primeiros fundamentos dos ensinamentos de Cristo, aprendendo o desapego que deveria ter com as coisas e vaidades mundanas.
Assim, depois de conhecer e conviver na comunidade religiosa, Hildegarda pediu para ser aceita entre as beneditinas, ingressando como noviça sem dificuldade alguma. Quando, em 1136, a superiora Jutta morreu, a direção do mosteiro passou para as mãos de Hildegarda. Além desse convento sob seu governo, ela fundou outros dois: em 1147, o de Bingen e, em 1165, o de Eibingen, ambos na Alemanha.
Desde a infância, ela apresentava uma personalidade muito carismática e um alto grau de elevação mística. Aos poucos, esses dons acabaram se manifestando como visões, definidas por ela mesma como "lux vivens", ou seja, luz vivificante. Um dia, Hildegarda ouviu uma voz superior, que ela identificou como do Espírito Santo, ordenando-lhe que escrevesse todas as revelações que lhe eram feitas.
Apesar de não ser letrada, Hildegarda acabou por desenvolver uma grande atividade literária. Por esses dons, acabou adquirindo muito conhecimento sobre medicina e ciências naturais, transmitidos, depois, por livros precisos que escreveu sobre essas matérias, reconhecidos cientificamente. Mas o seu talento enciclopédico expressou-se, em particular, no canto e na música. Ela foi, talvez, a primeira mulher musicista da história da Igreja Católica.
O final de sua vida foi muito sofrido e amargurado. Além de estar muito doente, ainda foi vítima de injustiças e mentiras, devido ao seu rigor como superiora séria e disciplinada.
Aos oitenta e dois anos, no dia 17 de setembro de 1179, Hildegarda morreu, no seu Convento de Bingen. Pôde, finalmente, ir descansar ao lado do Senhor.
Essa mulher extraordinária, mística beneditina, cientista, conselheira de bispos e imperadores, seguiu influenciando a espiritualidade católica, mesmo depois de sua morte, por meio de seus escritos, traduzidos em quase todas as línguas do mundo, desde a Idade Média até os nossos dias. No século XX, em 1921, ainda a influência do seu carisma inspirou a criação uma nova congregação, a das Irmãs de Santa Hildegarda.
Com a fama de sua santidade reconhecida ainda em vida, fez com que vigorasse um culto expressivo e ininterrupto, mantido entre os fiéis do mundo todo. O local de sua sepultura tornou-se um dos centros de peregrinação mais visitado. Santa Hildegarda teve a sua veneração litúrgica autorizada pela Igreja, para ser comemorada no dia de sua morte.
Santa Hildegarda, rogai por nós!
Roberto Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita fé. Tiveram doze filhos, dos quais seis abraçaram a vida religiosa, tal foi a influência do ambiente cristão que proporcionaram a eles com os seus exemplos.
O menino Roberto nasceu franzino e doente. Talvez por ter tido tantos problemas de saúde nos primeiros anos de existência, dedicou atenção especial aos doentes durante toda a vida.
Embora constantemente enfermo, Roberto demonstrou desde muito cedo uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar retórica no Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já muito conhecido em todo o país como excelente pregador.
Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos: "As controvérsias cristãs sobre a fé", um tratado sobre todas as heresias.
Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano, que contava com duzentos e dois professores e dois mil estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período, produziu outra obra famosa: "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi traduzido para mais de cinqüenta idiomas.
Com a morte do papa Clemente VIII, o seu sucessor, papa Leão XI, governou a Igreja apenas por vinte e sete dias, vindo a falecer também. Foi assim que o nome de Roberto Belarmino recebeu muitos votos nos dois conclaves para a eleição do novo sumo pontífice. Mas, no segundo, surgiu o novo papa, Paulo V, que imediatamente o chamou para trabalharem juntos no Vaticano. Esse trabalho ocupou Belarmino durante os vinte e dois anos seguintes.
Morreu aos setenta e nove anos de idade, em 17 de setembro de 1621, apresentando graves problemas físicos e de surdez, conseqüência dos males que o acompanharam por toda a vida. Com fama de santidade ainda em vida, suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja, sendo depois beatificado, em 1923. A canonização de são Roberto Belarmino foi proclamada em 1930. No ano seguinte, recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão.
São Roberto Belarmino, rogai por nós!
Hildegarda, descendente de nobre e riquíssima família alemã, nasceu no castelo de Böckekheim, na bela região do rio Reno, em 1098. Como era o costume na época, aos oito anos de idade foi entregue aos cuidados de religiosas, mais especificamente da abadessa Jutta, do convento das monjas beneditinas. Lá, recebeu os primeiros fundamentos dos ensinamentos de Cristo, aprendendo o desapego que deveria ter com as coisas e vaidades mundanas.
Assim, depois de conhecer e conviver na comunidade religiosa, Hildegarda pediu para ser aceita entre as beneditinas, ingressando como noviça sem dificuldade alguma. Quando, em 1136, a superiora Jutta morreu, a direção do mosteiro passou para as mãos de Hildegarda. Além desse convento sob seu governo, ela fundou outros dois: em 1147, o de Bingen e, em 1165, o de Eibingen, ambos na Alemanha.
Desde a infância, ela apresentava uma personalidade muito carismática e um alto grau de elevação mística. Aos poucos, esses dons acabaram se manifestando como visões, definidas por ela mesma como "lux vivens", ou seja, luz vivificante. Um dia, Hildegarda ouviu uma voz superior, que ela identificou como do Espírito Santo, ordenando-lhe que escrevesse todas as revelações que lhe eram feitas.
Apesar de não ser letrada, Hildegarda acabou por desenvolver uma grande atividade literária. Por esses dons, acabou adquirindo muito conhecimento sobre medicina e ciências naturais, transmitidos, depois, por livros precisos que escreveu sobre essas matérias, reconhecidos cientificamente. Mas o seu talento enciclopédico expressou-se, em particular, no canto e na música. Ela foi, talvez, a primeira mulher musicista da história da Igreja Católica.
O final de sua vida foi muito sofrido e amargurado. Além de estar muito doente, ainda foi vítima de injustiças e mentiras, devido ao seu rigor como superiora séria e disciplinada.
Aos oitenta e dois anos, no dia 17 de setembro de 1179, Hildegarda morreu, no seu Convento de Bingen. Pôde, finalmente, ir descansar ao lado do Senhor.
Essa mulher extraordinária, mística beneditina, cientista, conselheira de bispos e imperadores, seguiu influenciando a espiritualidade católica, mesmo depois de sua morte, por meio de seus escritos, traduzidos em quase todas as línguas do mundo, desde a Idade Média até os nossos dias. No século XX, em 1921, ainda a influência do seu carisma inspirou a criação uma nova congregação, a das Irmãs de Santa Hildegarda.
Com a fama de sua santidade reconhecida ainda em vida, fez com que vigorasse um culto expressivo e ininterrupto, mantido entre os fiéis do mundo todo. O local de sua sepultura tornou-se um dos centros de peregrinação mais visitado. Santa Hildegarda teve a sua veneração litúrgica autorizada pela Igreja, para ser comemorada no dia de sua morte.
Santa Hildegarda, rogai por nós!
São Roberto Belarmino
Roberto Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita fé. Tiveram doze filhos, dos quais seis abraçaram a vida religiosa, tal foi a influência do ambiente cristão que proporcionaram a eles com os seus exemplos.
O menino Roberto nasceu franzino e doente. Talvez por ter tido tantos problemas de saúde nos primeiros anos de existência, dedicou atenção especial aos doentes durante toda a vida.
Embora constantemente enfermo, Roberto demonstrou desde muito cedo uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar retórica no Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já muito conhecido em todo o país como excelente pregador.
Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos: "As controvérsias cristãs sobre a fé", um tratado sobre todas as heresias.
Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano, que contava com duzentos e dois professores e dois mil estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período, produziu outra obra famosa: "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi traduzido para mais de cinqüenta idiomas.
Com a morte do papa Clemente VIII, o seu sucessor, papa Leão XI, governou a Igreja apenas por vinte e sete dias, vindo a falecer também. Foi assim que o nome de Roberto Belarmino recebeu muitos votos nos dois conclaves para a eleição do novo sumo pontífice. Mas, no segundo, surgiu o novo papa, Paulo V, que imediatamente o chamou para trabalharem juntos no Vaticano. Esse trabalho ocupou Belarmino durante os vinte e dois anos seguintes.
Morreu aos setenta e nove anos de idade, em 17 de setembro de 1621, apresentando graves problemas físicos e de surdez, conseqüência dos males que o acompanharam por toda a vida. Com fama de santidade ainda em vida, suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja, sendo depois beatificado, em 1923. A canonização de são Roberto Belarmino foi proclamada em 1930. No ano seguinte, recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão.
São Roberto Belarmino, rogai por nós!
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
16 de setembro - Santo do dia
Santos Cornélio e Cipriano
Unidos pela fé e sangue, encontramos como exemplo de amizade e santidade estas testemunhas de Cristo, que foram martirizados no mesmo dia, porém, com diferença de cinco anos.
São Cornélio
Cornélio nasceu em Roma. Foi eleito para o pontificado, em 251, depois de um período vago na cátedra de São Pedro, devido à violenta perseguição imposta pelo imperador Décio. O papa Cornélio foi eleito quase por unanimidade, menos por Novaciano, que esperava ser o sucessor, martirizado por aquele cruel tirano. Sua eleição foi contestada por Novaciano, que acusava o Papa de ser muito indulgente para com os que haviam renegado a fé (lapsos) e separaram-se da Igreja. Assim, Novaciano consagrou-se bispo e proclamou-se papa, isto é, antipapa. Nessa condição, criou-se o primeiro cisma da Igreja.
A Igreja debatia, internamente, para tentar uma solução definitiva quanto à conduta a ser adotada em relação a um dos seus maiores problemas da época, referente aos "lapsos", nome dado aos sacerdotes e fiéis que renegavam a fé e separavam-se da Igreja durante as perseguições que se impunham aos cristãos.
Segundo os partidários de Novaciano, Cornélio teria adotado um discurso e uma postura muito indulgente, boa e compreensiva para com os desertores da fé católica. Atitudes que lhe valeram grandes atribulações e incompreensões. Mas a toda essa oposição contou sempre com o apoio incondicional e fiel do bispo Cipriano de Cartago, Argélia, norte da África.
Entretanto o imperador Décio morreu em combate, sendo sucedido por Galo, que voltou com as perseguições. Assim, o papa Cornélio acabou preso e exilado para um lugar que hoje se chama Cività-Vecchia, em Roma.
No exílio, o papa Cornélio passou os últimos dias da sua vida. Onde encontrava um pouco de alegria era nas cartas que recebia do bispo Cipriano, seu admirador e amigo de fé, muito preocupado em mandar-lhe algumas palavras de consolo.
Morreu em junho de 253, sendo sentenciado ao martírio por ordem daquele imperador, por não aceitar prestar culto aos deuses pagãos. Foi sepultado no Cemitério de São Calixto. A festa litúrgica do santo papa Cornélio foi colocada, no calendário da Igreja, no dia 16 de setembro, junto com a de são Cipriano, que depois também foi martirizado pela fé em Cristo.
São Cipriano
Uma das grandes figuras do século III, Cipriano, de família rica de Cartago, capital romana na África do Norte. Quando pagão era um ótimo advogado e mestre de retórica, até que provocado pela constância e serenidade dos mártires cristãos, converteu-se entre 35 e 40 anos de idade.
Por causa de sua radical conversão muitos ficaram espantados já que era bem popular. Com pouco tempo foi ordenado sacerdote e depois sagrado Bispo num período difícil da Igreja africana.
Duas perseguições contra os cristãos ocorreram: a de Décio e Valeriano. Estas perseguições marcaram o começo e o fim de seu episcopado, além de uma terrível peste que assolou o norte da África, semeando mortes. Problemas doutrinários, por outro lado, agitavam a Igreja daquela região.
Diante da perseguição do imperador Décio em 249, Cipriano escolheu esconder-se para continuar prestando serviços à Igreja. No ano 258, o santo Bispo foi denunciado, preso e processado. Existem as atas do seu processo de martírio que relatam suas últimas palavras do saber da sua sentença à morte: “Graças a Deus!”
Santos Cornélio e Cipriano, rogai por nós!
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domingo, 15 de setembro de 2013
Evangelho do Dia
EVANGELHO COTIDIANO
Festa da Igreja: Nossa Senhora das Dores
Evangelho segundo S. Lucas 15,1-32.
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola: «Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar?
Ao encontrá-la, põe na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.'
Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.»
«Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar?
E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida.'
Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.»
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações.
Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.' E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos. O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.' Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos;
e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.' O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»
Comentário do dia: Santo Ambrósio
«Desperta, tu que dormes; levanta-te de entre os mortos» (Ef 5,14)
"Senhor, a quem iremos? Tu
tens palavras de vida eterna". João 6, 68
24º Domingo do Tempo Comum
Festa da Igreja: Nossa Senhora das Dores
Evangelho segundo S. Lucas 15,1-32.
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se de Jesus para O ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.»
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola: «Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar?
Ao encontrá-la, põe na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.'
Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.»
«Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar?
E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida.'
Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.»
Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações.
Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.' E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos. O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.' Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.'
E a festa principiou. Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos;
e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.' O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»
Comentário do dia: Santo Ambrósio
«Irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: “Pai, pequei contra o Céu e contra ti”.» Esta é a nossa primeira confissão ao Criador, ao Senhor da misericórdia, ao Juiz do erro. Apesar de tudo saber, Deus espera a expressão da nossa confissão; porque «confessar com a boca leva a obter a salvação» (Rom 10,10) […].
Eis o que dizia para si mesmo o filho mais novo; mas não basta falar, se não fores ter com o Pai. E onde vais procurá-Lo, onde vais encontrá-Lo? «Levantou-se». Antes de mais, levanta-te, pois estavas sentado e adormecido. Eis o que diz o apóstolo Paulo: «Desperta, tu que dormes; levanta-te de entre os mortos» (Ef 5,14). […] Já de pé, corre à Igreja: aí está o Pai, o Filho, o Espírito Santo. Aquele que te ouve a falar no segredo da alma vem até ti; e quando ainda estás longe, vê-te e acorre ao teu encontro. Ele vê no teu coração; Ele acorre, para que ninguém te demore; e Ele também te abraça […]. Lança-Se-te ao pescoço para te reerguer, a ti, que jazias carregado de pecados no chão, voltado para a terra; vira-te para o céu, para que aí possas procurar o teu Criador. Cristo lança-Se-te ao pescoço para te libertar a nuca do jugo da escravidão e aí suspender o seu jugo de suavidade. […] Ele lança-Se-te ao pescoço quando diz: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos» (Mt 11,28). Tal é a maneira como Ele te estreita em seus braços, se te converteres.
E manda que tragam uma túnica, um anel, sandálias. A túnica é a veste da sabedoria […], a roupa espiritual, o trajo para as bodas. Que outra coisa será o anel, a não ser o selo de uma fé sincera e a marca da verdade? As sandálias, essas são a pregação da Boa Nova.
Eis o que dizia para si mesmo o filho mais novo; mas não basta falar, se não fores ter com o Pai. E onde vais procurá-Lo, onde vais encontrá-Lo? «Levantou-se». Antes de mais, levanta-te, pois estavas sentado e adormecido. Eis o que diz o apóstolo Paulo: «Desperta, tu que dormes; levanta-te de entre os mortos» (Ef 5,14). […] Já de pé, corre à Igreja: aí está o Pai, o Filho, o Espírito Santo. Aquele que te ouve a falar no segredo da alma vem até ti; e quando ainda estás longe, vê-te e acorre ao teu encontro. Ele vê no teu coração; Ele acorre, para que ninguém te demore; e Ele também te abraça […]. Lança-Se-te ao pescoço para te reerguer, a ti, que jazias carregado de pecados no chão, voltado para a terra; vira-te para o céu, para que aí possas procurar o teu Criador. Cristo lança-Se-te ao pescoço para te libertar a nuca do jugo da escravidão e aí suspender o seu jugo de suavidade. […] Ele lança-Se-te ao pescoço quando diz: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos» (Mt 11,28). Tal é a maneira como Ele te estreita em seus braços, se te converteres.
E manda que tragam uma túnica, um anel, sandálias. A túnica é a veste da sabedoria […], a roupa espiritual, o trajo para as bodas. Que outra coisa será o anel, a não ser o selo de uma fé sincera e a marca da verdade? As sandálias, essas são a pregação da Boa Nova.
Nossa Senhora das Dores - 15 de setembro
Nossa Senhora das Dores
“Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”
Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.
A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo.
Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.
Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!
Nossa Senhora das Dores
A festa de hoje liga-se a uma antiga tradição cristã. Contam que, na Sexta-feira da Paixão, Maria Santíssima voltou a encontrar-se com Jesus, seu filho. Foi um encontro triste e muito doloroso, pois Jesus havia sido açoitado, torturado e exposto à humilhação pública. Coroado de espinhos, Jesus arrastava até ao Calvário a pesada cruz, para aí ser crucificado. Sua Mãe, ao vê-lo tão mal tratado, com a coroa de espinhos, sofre de dor. Perdendo as forças, caiu por terra, vergada pela dor e pelo sofrimento de ver Jesus prestes a morrer suspenso na cruz. Recobrando os sentidos, reuniu todas as suas forças, acompanhou o filho e permaneceu ao pé da Cruz até o fim.
Inicialmente, esta festa foi celebrada com o título de "Nossa Senhora da Piedade" e "Compaixão de Nossa Senhora". Depois, Bento XIII (1724-1730) promulgou a festa com o título de "Nossa Senhora das Dores".
Somos convidados, hoje, a meditar os episódios mais importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas 2,33ss.); a fuga para o Egipto (Mateus 2,13ss.); a perda de Jesus aos doze anos, em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o caminho de Jesus para o Calvário (João 19:12ss.); a crucificação (João 19,17ss.); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas 23,50ss.).
“Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”
Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.
A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo.
Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.
Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!
A festa de hoje liga-se a uma antiga tradição cristã. Contam que, na Sexta-feira da Paixão, Maria Santíssima voltou a encontrar-se com Jesus, seu filho. Foi um encontro triste e muito doloroso, pois Jesus havia sido açoitado, torturado e exposto à humilhação pública. Coroado de espinhos, Jesus arrastava até ao Calvário a pesada cruz, para aí ser crucificado. Sua Mãe, ao vê-lo tão mal tratado, com a coroa de espinhos, sofre de dor. Perdendo as forças, caiu por terra, vergada pela dor e pelo sofrimento de ver Jesus prestes a morrer suspenso na cruz. Recobrando os sentidos, reuniu todas as suas forças, acompanhou o filho e permaneceu ao pé da Cruz até o fim.
Inicialmente, esta festa foi celebrada com o título de "Nossa Senhora da Piedade" e "Compaixão de Nossa Senhora". Depois, Bento XIII (1724-1730) promulgou a festa com o título de "Nossa Senhora das Dores".
Somos convidados, hoje, a meditar os episódios mais importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas 2,33ss.); a fuga para o Egipto (Mateus 2,13ss.); a perda de Jesus aos doze anos, em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o caminho de Jesus para o Calvário (João 19:12ss.); a crucificação (João 19,17ss.); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas 23,50ss.).
Santa Catarina de Génova
Nasceu em 1447 filha de Giacopo Fieschi e Francesca di Negro em Genova, Itália a caçula de 5 filhos. Embora ela desejasse uma vida religiosa foi obrigada a se casar com Juliano Adorno quando seu pai morreu. O estilo de vida de Juliano resultou em grande desgosto e no final eles ficaram reduzidos a miséria. Ela conseguiu converte-lo e ele se tornou um irmão da Ordem Terceira de São Francisco e concordou em viver com ela como irmãos e em estrita continência. Ela logo ficou famosa pelos seus trabalhos em hospitais e nos setores pobres da cidade. Em 1479 o casal foi trabalhar no hospital de Pammetone e Catarina se tornou diretora da instituição em 1490. Ela quase morreu na praga de 1493, mas se recuperou milagrosamente apesar da praga ter matado três quartos dos habitantes da cidade.
Era mística e segundo a tradição curava apenas com sua benção e orações. Dois anos mais tarde ela esta muito cansada, mas continuou seu trabalho no hospital. Naquele mesmo ano Dom Cattanneio Marabatto passou a seu o seu conselheiro espiritual . Ela escreveu o famoso "Dialogo entre Alma e Corpo" e o "Tratado sobre o Purgatório" ambos reverenciados como notáveis livros sobre misticismo.
Ela veio a falecer em 14 de setembro de 1510 e logo seu túmulo passou a ser local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão.
Ela foi canonizada em 1737 pelo Papa Clemente XII.
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DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DAS DORES
A Devoção as sete dores de Nossa Senhora
Foi o
Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro,
conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título
da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de
Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente:
Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor
de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto
à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do
corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos,
enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de
Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e
afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.
A
devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou
simbolicamente as sete dores da Co-redentora,
correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo
Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o
Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação
à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a
crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura,
portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios
mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a
participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de
Jesus.
Vamos
nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que
nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e
paciência para levarmos a nossa Cruz.
As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores
Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela
Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder
sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra
de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre
as mesmas.
Eis as promessas:
1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.
Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
Eis as Graças:
1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos
merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua
morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.
2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a
memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio
no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.
O TERÇO DAS
SETE DORES
DA VIRGEM MARIA.
DA VIRGEM MARIA.
Início:
D- Em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
R- Amém!
D- Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos!
R- Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.
D- Nós contemplamos vossas Dores, ó mãe de Deus!
R- E vos seguimos no caminho da fé!
R- Amém!
D- Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos!
R- Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.
D- Nós contemplamos vossas Dores, ó mãe de Deus!
R- E vos seguimos no caminho da fé!
Oração
Inicial:
Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos
esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas
Dores particulares graças para uma sincera penitência,
oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e
perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos
mérito de Vossas Dores e lágrimas, a graça...(pedir
a graça)
1ª Dor - Profecia de Simeão
Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este
menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de
muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma
espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35).
1 Pai
Nosso; 7 Ave Marias
2ª Dor - Fuga para o Egito
O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta,
toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que
te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo.
Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o
Egito (Mt 2,13-14).
1 Pai
Nosso; 7 Ave Marias
3ª Dor - Maria procura Jesus em Jerusalém
Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o
menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o
percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o
caminho de um dia e o procuraram entre parentes e
conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura
dele (Lc 2,43b-45).
1 Pai
Nosso; 7 Ave Marias
4ª Dor - Jesus encontra a Sua Mãe no caminho do Calvário
Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene,
que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás
de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que
batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27).
1 Pai
Nosso; 7 Ave Marias
5ª Dor - Maria ao pé da Cruz de Jesus
Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua
Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e,
perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a
mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o
discípulo: Eis aí a tua Mãe! (Jo 19,15-27a).
1 Pai
Nosso; 7 Ave Marias
6ª Dor - Maria recebe Jesus descido da Cruz
Chegada a tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a
véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido
na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então,
deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz (Mc
15,42).
1 Pai
Nosso; 7 Ave Marias
7ª Dor - Maria deposita Jesus no Sepulcro
Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em
faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar
dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um
jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora
depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a).
1 Pai
Nosso; 7 Ave Marias
Fonte: Últimas e derradeiras Graças
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sábado, 14 de setembro de 2013
Exaltação da Santa Cruz - 14 de setembro
A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos hoje, 14 de setembro,
é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós cristãos, a cruz é
o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o
início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos.
Quando somos apresentados à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o
primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa fronte
pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo.
A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19)
No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)
Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti redimidos, te cantamos louvor!”
A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.
Nos reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso : “Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos ” (I Cor 1,23)
Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus.
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Graças a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos: “Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste achada”.
“Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!”
Santa Cruz, sede a nossa salvação!
A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19)
No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)
Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti redimidos, te cantamos louvor!”
A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.
Nos reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso : “Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos ” (I Cor 1,23)
Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus.
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Graças a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos: “Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste achada”.
“Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!”
Santa Cruz, sede a nossa salvação!
Santo do dia - 14 de setembro
São Materno de Colônia
É conhecido apenas como o primeiro bispo da história cristã da cidade de Colônia, na Alemanha. Desde o século IV, criou-se uma tradição cristã, na cidade de Trier, na Alemanha, segundo a qual Materno teria vindo da Palestina. E não é só isso: o próprio apóstolo Pedro é que o teria enviado para divulgar o Evangelho ao mundo germânico.
Essa tradição fazia de Trier a primeira sede episcopal cristã da Alemanha, portanto dotada de jurisprudência sobre as demais, por uma questão de antigüidade.
A figura de Materno, o bispo de Colônia, é, de fato, muito importante para a história da Igreja, que já estava liberta das perseguições externas, graças ao imperador Constantino. Mas a Igreja continuava exposta às divisões internas dos cristãos, que, insistentemente, prejudicavam a si próprios.
Materno é um de seus pacificadores, convocado a deixar a Alemanha para resolver um grande conflito nascido no norte da África: o cisma donatista. Liderados pelo bispo Donato, esse grupo de radicais tinha uma visão extremamente elitista, era totalmente contrário às indulgências e pregava a segregação dos bons cristãos daqueles infiéis e traidores. Os donatistas consideravam traidores os cristãos que, por medo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, haviam renegado a fé e entregado os livros sagrados às autoridades romanas. Até mesmo negavam-se a aceitar a re-inclusão dos sacerdotes que haviam agido dessa maneira, bom como a inclusão de novos sacerdotes, caso também tivessem sido considerados, anteriormente, indignos. E por isso os donatistas de Cartago não reconheciam o novo bispo, Ceciliano, porque um dos bispos que o consagraram havia renegado à fé, durante as perseguições.
Chamado para arbitrar, o imperador Constantino, em 313, escreve ao papa Melquior, de origem africana, para convocar o bispo Ceciliano, bem como outros, favoráveis ou não à sua questão, para uma decisão final, imparcial. E ainda o informa que os bispos Materno, da Alemanha, Retício e Martino, da França, já estavam a caminho de Roma. O imperador Constantino, obedecendo às suas conveniências políticas, promoveu um ato incisivo no colegiado eclesiástico, afiançando o caso africano também aos bispos da Alemanha e da França.
Mais nada se sabe de Materno depois dessa importante missão em Roma, que se concluiu com a sentença favorável ao bispo Ceciliano. Mas o cisma não terminou, mesmo contando, também, com a notável presença de santo Agostinho, bispo de Hipona.
Entretanto, em Trier, a fama de santidade de seu primeiro bispo fez a figura de Materno tomar vulto e a população começa a venerá-lo. Ao longo dos séculos, a catedral de Trier, que abriga as relíquias de são Materno, foi reconstruída e, hoje, podemos ver o grau de devoção dos fiéis estampado nos vitrais desse templo. Seu culto foi autorizado pelo Vaticano, em conseqüência dessa devoção secular e ainda presente nos fiéis. A data de sua tradicional festa litúrgica, no dia 14 de setembro, foi mantida.
São Materno de Colônia, rogai por nós!
É conhecido apenas como o primeiro bispo da história cristã da cidade de Colônia, na Alemanha. Desde o século IV, criou-se uma tradição cristã, na cidade de Trier, na Alemanha, segundo a qual Materno teria vindo da Palestina. E não é só isso: o próprio apóstolo Pedro é que o teria enviado para divulgar o Evangelho ao mundo germânico.
Essa tradição fazia de Trier a primeira sede episcopal cristã da Alemanha, portanto dotada de jurisprudência sobre as demais, por uma questão de antigüidade.
A figura de Materno, o bispo de Colônia, é, de fato, muito importante para a história da Igreja, que já estava liberta das perseguições externas, graças ao imperador Constantino. Mas a Igreja continuava exposta às divisões internas dos cristãos, que, insistentemente, prejudicavam a si próprios.
Materno é um de seus pacificadores, convocado a deixar a Alemanha para resolver um grande conflito nascido no norte da África: o cisma donatista. Liderados pelo bispo Donato, esse grupo de radicais tinha uma visão extremamente elitista, era totalmente contrário às indulgências e pregava a segregação dos bons cristãos daqueles infiéis e traidores. Os donatistas consideravam traidores os cristãos que, por medo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, haviam renegado a fé e entregado os livros sagrados às autoridades romanas. Até mesmo negavam-se a aceitar a re-inclusão dos sacerdotes que haviam agido dessa maneira, bom como a inclusão de novos sacerdotes, caso também tivessem sido considerados, anteriormente, indignos. E por isso os donatistas de Cartago não reconheciam o novo bispo, Ceciliano, porque um dos bispos que o consagraram havia renegado à fé, durante as perseguições.
Chamado para arbitrar, o imperador Constantino, em 313, escreve ao papa Melquior, de origem africana, para convocar o bispo Ceciliano, bem como outros, favoráveis ou não à sua questão, para uma decisão final, imparcial. E ainda o informa que os bispos Materno, da Alemanha, Retício e Martino, da França, já estavam a caminho de Roma. O imperador Constantino, obedecendo às suas conveniências políticas, promoveu um ato incisivo no colegiado eclesiástico, afiançando o caso africano também aos bispos da Alemanha e da França.
Mais nada se sabe de Materno depois dessa importante missão em Roma, que se concluiu com a sentença favorável ao bispo Ceciliano. Mas o cisma não terminou, mesmo contando, também, com a notável presença de santo Agostinho, bispo de Hipona.
Entretanto, em Trier, a fama de santidade de seu primeiro bispo fez a figura de Materno tomar vulto e a população começa a venerá-lo. Ao longo dos séculos, a catedral de Trier, que abriga as relíquias de são Materno, foi reconstruída e, hoje, podemos ver o grau de devoção dos fiéis estampado nos vitrais desse templo. Seu culto foi autorizado pelo Vaticano, em conseqüência dessa devoção secular e ainda presente nos fiéis. A data de sua tradicional festa litúrgica, no dia 14 de setembro, foi mantida.
São Materno de Colônia, rogai por nós!
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