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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Santo do dia - 2 de outubro

Santos Anjos da Guarda

É uma consoladora verdade de fé que desde a infância até a morte nossa vida seja circundada pela proteção dos anjos e por sua intercessão, pois que lê-se no Catecismo da Igreja Católica "Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus".


Neste dia em que fazemos memória do nosso protetor, a Igreja termina assim o hino e oração da manhã: “Salvai por vosso filho a nós, no amor; ungidos sejamos pelos anjos; por Deus trino, protegidos!”

A existência desses seres espirituais, não corporais, chamados anjos, tem a seu favor o claro testemunho das Sagradas Escrituras e a unanimidade da Tradição. "O anjo de Iahweh acampa ao redor dos que o temem, e os liberta".(Sl 34,8). Os anjos são mensageiros da salvação: "porventura não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?", lê-se na carta aos Hebreus (1,14).

Fundando esta verdade de fé na própria afirmação de Jesus, a Igreja nos diz que cada cristão, desde o momento do batismo, é confiado a um anjo particular, que tem a missão de guardá-lo, guiá-lo no caminho do bem, inspirar-lhe bons sentimentos, secundar suas livres escolhas quando estas o encaminham a Deus, ou fazer-lhe perceber a censura interior da consciência quando elas conduzem à transgressão da lei divina.



A estas invisíveis testemunhas de nossos pensamentos mais recônditos e inconfessáveis, de nossas ações boas ou não tão boas, públicas ou escondidas, nossa época voltou a dar particular atenção. Seu precioso "serviço" é testemunhado na vida de muitos santos de nosso tempo. "Os anjos” — escreve Bossuet, —"oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até nossos desejos, fazem valer diante de Deus também nossos pensamentos. Sejamos felizes por ter amigos assim pressurosos, intercessores fiéis, intérpretes caridosos".

Anjo do Senhor – que por ordem da piedosa providência Divina, sois meu guardião – guardai-me neste dia (tarde ou noite); iluminai meu entendimento; dirigi meus afetos; governai meus sentimentos para que eu jamais ofenda ao Deus e Senhor. Amém.”



A festividade deste dia foi estendida à Igreja universal por Paulo V, em 1608, mas já no século antes era celebrada à parte da de São Miguel.

Santos Anjos da Guarda, rogai por nós!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

1º de outubro - Santo do dia

São Remígio ou Rémy


Rémy ou Remígio, como dizemos em português, era um cidadão romano, nascido no ano 440, em Lyon, França. Pertencia a uma tradicional família da nobreza romana, que teve a oportunidade de participar da expansão do Império Romano do Ocidente pela Gália, como era chamado o território francês. Naquela época, a região, que era toda pagã e constantemente assolada por sucessivas invasões dos bárbaros, vinha sendo governada pelo povo franco, mais tarde conhecido como francês. Embora menos evoluídos que os outros povos, eram conhecidos por serem grandes combatentes. Além disso, já haviam prestado serviços militares a Roma no passado.

Ao morrer o seu líder, rei Childerico, em 482, assumiu o trono seu filho Clóvis, com quinze anos de idade. Remígio, como bispo católico que era da diocese de Reims, escreveu-lhe muitas cartas respeitosas e, ao mesmo tempo, dotadas de autoridade: "Vigiai, pois os poderosos não tiram os olhos de ti. Aconselha-te com seus bispos. Divirta-se com os jovens, mas só com os velhos delibere". Apesar de adverti-lo, também demonstrava o reconhecimento de sua soberania e, assim, ganhou a confiança do jovem rei. Tornou-se seu precioso ajudante e conselheiro. Além disso, Remígio também era importante, politicamente, ao reinado de Clóvis, pois trazia consigo o apoio de todos os demais bispos e dos outros grupos de camponeses galo-romanos já convertidos.

Munido desse apoio, Clóvis venceu a batalha contra os bárbaros visigodos pelo controle de toda a região, dando início à dinastia dos merovíngios. O rei Clóvis, apoiado por sua mulher, Clotilde, que já era uma fervorosa católica, depois canonizada pela Igreja, converteu-se à fé cristã por orientação espiritual de Remígio, sendo por este batizado. Na oportunidade, toda a Corte se converteu e recebeu o mesmo sacramento ao lado do seu soberano, que, instruído na doutrina cristã pelo bispo Remígio, institui-a de vez nos seus domínios.

Foram muitos os atos deste rei convertido que revelaram sua religiosidade autêntica, dotada da caridade cristã. Porém o mérito deve ser dado ao bispo Remígio, pois foi o resultado do seu árduo e ininterrupto trabalho de evangelização que fortaleceu os alicerces do catolicismo no território francês. O bispo Remígio de Reims ensinou não apenas aos reis e príncipes, mas também aos camponeses e a todos os súditos do novo reinado.

Depois de sua morte, em 13 de janeiro de 533, na sua sede episcopal de Reims, Remígio foi aclamado pela população como santo. Venerado ao longo dos séculos, o seu vigoroso culto foi autorizado pela Igreja, que manteve o dia 1° de outubro como a data oficial para a sua festa litúrgica.

São Remígio, rogai por nós!


Santa Teresinha do Menino Jesus (de Lisieux)

 “Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”.

A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade. No lugar do medo do "Deus duro e vingador", ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna. Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros "Infância espiritual" e "História de uma alma", editados a partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega. Morreu virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.

Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi, com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha desde a mais tenra idade.

Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo papa Leão XIII.

Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir... Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.

Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.

Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de outubro de 1897 dizendo suas últimas palavras:  

“Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!”





Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como "padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de são Francisco Xavier". Esta "grande santa dos tempos modernos" foi proclamada doutora da Igreja pelo papa João Paulo II em 1997.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Papa Francisco confirma canonização de João Paulo II e João XXIII em abril de 2014

Anúncio foi feito pelo papa Francisco em encontro com os cardeais nesta segunda-feira
O papa polonês João Paulo II e o italiano João XXIII serão canonizados em 27 de abril de 2014, anunciou nesta segunda-feira o papa Francisco em um consistório. Diante dos cardeais, Francisco confirmou que Karol Wojtyla e Angelo Giuseppe Roncalli serão declarados santos. Os dois foram muito importantes para a Igreja Católica: o primeiro foi papa entre 1978 e 2005 e o segundo entre 1962 e 1965.


A data da dupla canonização já havia sido revelada por fontes do Vaticano. No dia 27 de abril de 2014 será comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II. A cerimônia provavelmente atrairá centenas de milhares de pessoas, principalmente da Itália e Polônia, até a praça de São Pedro.

João Paulo II, primeiro papa polonês da história, conservador e muito popular nos mais de 100 países aos quais levou a palavra da Igreja, será canonizado apenas nove anos depois de sua morte, um tempo recorde. Bento XVI preferiu não levar em consideração o prazo obrigatório de cinco anos para abrir o processo de beatificação e canonização do antecessor, que foi beatificado em maio de 2011.


Francisco inovou para canonizar João XXIII, sem esperar a atribuição de um milagre. João XXIII convocou o grande Concílio Vaticano II (1962-1965), que pretendia abrir a Igreja ao mundo. Sempre conservou a imagem de um pastor próximo do povo, simples e de bom humor, atitude parecida com a de Francisco atualmente. A canonização conjunta dos papas mostra a intenção de Francisco de manter o equilíbrio entre duas figuras muito diferentes da Igreja, assim como a de evitar um grande culto à personalidade de João Paulo II.


Papas João Paulo II e João XXIII serão canonizados em 27 de abril

Canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II será em abril 2014 - Papa Francisco anunciou a data durante reunião com cardeais
Papas João Paulo II e João XXIII serão declarados santos em 27 de abril de 2014. 
O Papa Francisco anunciou a data nesta segunda-feira durante uma reunião com cardeais dentro do Palácio Apostólico.
 Papa João XXIII
Francisco havia anunciado em julho que iria canonizar dois dos papas mais influentes do século 20 juntos, aprovando um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II e alterando as regras do Vaticano, ao decidir que João XXIII não precisa de um.
Papa João Paulo II


Analistas disseram que a decisão de canonizá-los juntos visava unificar a igreja desde que cada um tem seus próprios admiradores e críticos. Francisco é claramente um fã de ambos: no aniversário da morte de João Paulo deste ano, Francisco rezou junto dos túmulos dos dois papas, uma indicação de que ele vê uma grande continuidade pessoal e espiritual neles.

30 de setembro - Santo do dia

São Gregório, o iluminador


Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório.

O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia.

Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã. Aos vinte e dois anos, casou-se com uma jovem também cristã e teve dois filhos, Vertanes e Aristakes. Depois de sete anos, o casal, de comum acordo, interrompeu a vida matrimonial. Ela foi viver retirada num convento, mas sem vestir o hábito. Ele se ordenou sacerdote e partiu da Cesarea.

Em 287, por interesse do Império Romano, que desejava tirar a Armênia do poder dos persas, Tirídates foi enviado, com soldados romanos, para retomar o trono que era seu por direito. Curiosamente, nesse exército estava também Gregório, que era seu colaborador e conselheiro particular.

Vitorioso, tornou-se Tirídates III, rei da Armênia. Para agradecer a reconquista, mandou que Gregório fosse, pessoalmente, oferecer flores e incenso aos deuses no templo pagão. Como se negou a obedecer à ordem por ser cristão, o rei mandou torturá-lo. Mas a situação de Gregório ficou muito pior ao ser denunciado como o filho do assassino do pai do rei. Revoltado, o monarca mandou intensificar as torturas e depois jogá-lo no fundo da masmorra mais profunda da Armênia, onde ficou no esquecimento.

Quinze anos mais tarde, Tirídates III contraiu uma doença contagiosa incurável e sofria muitas dores. Nessa ocasião, a princesa sua irmã teve dois sonhos reveladores: neles, uma voz dizia-lhe que a única pessoa capaz de curar o rei era Gregório. Assustada, mesmo acreditando que ele já havia morrido, enviou um mensageiro à masmorra, que o descobriu ainda vivo.

Gregório foi libertado e curou, milagrosamente, o rei da doença contagiosa, por meio das orações cristãs. Tocado pela fé, Tirídates III fez-se batizar, juntamente com toda a sua família, sua Corte e seu povo. Assim, a Armênia, que fora evangelizada, segundo a tradição, pelos apóstolos Bartolomeu e Tadeu, tornou-se a primeira nação oficialmente cristã em 301, por obra de Gregório, o iluminador, como passou a ser chamado.

Ele se tornou o bispo da Capadócia e um dos maiores líderes da Igreja armênia, cuja sede apostólica, a catedral de Etchmiadzin, construiu em 303. Mandou chamar seus dois filhos para auxiliá-lo. Depois, já cansado e com a sensação do dever cumprido, foi sucedido, como chefe supremo dos cristãos, pelo seu filho Aristakes, que morreu antes do pai. Então, quem assumiu o comando da sede episcopal foi o outro filho, Vertanes. Dessa maneira, Gregório pôde, enfim, realizar seu grande sonho, que era o de retirar-se para um lugar solitário e viver apenas de oração e penitência, até a morte, em 332.

São Gregório, o iluminador, é venerado não somente como o apóstolo e padroeiro da Armênia, mas também como evangelizador das igrejas síria e greco-ortodoxa. Na masmorra onde ficou preso e esquecido, foi construído o mosteiro de Khor Virap, que significa "poço profundo", para preservar o local original a quarenta metros de profundidade.

São Gregório, o iluminador, rogai por nós!



São Jerônimo

É incontestável o grande débito que a cultura e os cristãos, de todos os tempos, têm com este santo de inteligência brilhante e temperamento intratável. Jerônimo nasceu em uma família muito rica na Dalmácia, hoje Croácia, no ano 347. Com a morte dos pais, herdou uma boa fortuna, que aplicou na realização de sua vocação para os estudos, pois tinha uma inteligência privilegiada. Viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e desfrutou a juventude com uma certa liberdade. Jerônimo estudou por toda a vida, viajando da Europa ao Oriente com sua biblioteca dos clássicos antigos, nos quais era formado e graduado doutor.

Ele foi batizado pelo papa Libério, já com 25 anos de idade. Passando pela França, conheceu um monastério e decidiu retirar-se para vivenciar a experiência espiritual. Uma de suas características era o gosto pelas entregas radicais. Ficou muitos anos no deserto da Síria, praticando rigorosos jejuns e penitências, que quase o levaram à morte. Em 375, depois de uma doença, Jerônimo passou ao estudo da Bíblia com renovada paixão. Foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino, na Antioquia, em 379. Mas Jerônimo não tinha vocação pastoral e decidiu que seria um monge dedicado à reflexão, ao estudo e divulgação do cristianismo.

Voltou para Roma em 382, chamado pelo papa Dâmaso, para ser seu secretário particular. Jerônimo foi incumbido de traduzir a Bíblia, do grego e do hebraico, para o latim. Nesse trabalho, dedicou quase toda sua vida. O conjunto final de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e tornou-se oficial no Concílo de Trento.

Romano de formação, Jerônimo era um enciclopédico. Sua obra literária revelou o filósofo, o retórico, o gramático, o dialético, capaz de escrever e pensar em latim, em grego, em hebraico, escritor de estilo rico, puro e eloqüente ao mesmo tempo. Dono de personalidade e temperamento fortíssimo, sua passagem despertava polêmicas ou entusiasmos.

Devido a certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde viveu como um monge, continuando seus estudos e trabalhos bíblicos. Para não ser esquecido, reaparecia, de vez em quando, com um novo livro. Suas violências verbais não perdoavam ninguém. Teve palavras duras para Ambrósio, Basílio e para com o próprio Agostinho. Mas sempre amenizava as intemperanças do seu caráter para que prevalecesse o direito espiritual.

Jerônimo era fantástico, consciente de suas próprias culpas e de seus limites, tinha total clareza de seus merecimentos. Ao escrever o livro "Homens ilustres", concluiu-o com um capítulo dedicado a ele mesmo. Morreu de velhice no ano 420, em 30 de setembro, em Belém. Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos e é celebrado no dia de sua morte.

São Jerônimo, rogai por nós!

domingo, 29 de setembro de 2013

Mundo islâmico - No Egito, cristão tem loja marcada e deve taxa de 'submissão' a radicais islâmicos



Submetidos a impostos, cristãos relatam tensão com islâmicos radicais 
Cobrança provocou revolta entre muçulmanos seculares e cristãos coptas

Exército lança ofensiva para conter perseguição religiosa em reduto da Irmandade Muçulmana - mas ação temporária não tranquiliza comunidade cristã
Quando um comboio de mais de uma dezena de veículos blindados da polícia e do Exército egípcio entrou em Dalga, no último dia 16, certo alívio tomou conta da minoria cristã e de muçulmanos moderados da cidade de 120 mil habitantes. Dalga, a 300 km ao sul da capital Cairo, é um dos redutos da Irmandade Muçulmana e testemunhava protestos diários de simpatizantes do presidente deposto Mohamed Mursi. A cidade se tornou notícia depois que ativistas denunciaram o pesadelo vivido pela comunidade cristã ao ser obrigada a pagar uma taxa de “submissão” a islâmicos radicais.

“A população cristã da cidade vinha pedindo ajuda a um bom tempo, mas autoridades no Cairo relutavam em agir por medo de provocar mais violência, já que a área é um bastião de islamitas no interior do país”, disse, em entrevista ao site de VEJA o ativista Ishtar Iskandar, da organização Iniciativa Egípcia para os Direitos Pessoais.

Carros blindados do exército egípcio são vistos estacionados na entrada da Praça Tahrir, partidários do deposto presidente egípcio Mohamed Morsi anunciou novas manifestações (18/08/2013) - Gianluigi Guercia/AFP 

Desde julho, segundo a imprensa egípcia, membros e apoiadores da Irmandade Muçulmana tomaram o controle da cidade, intimidando autoridades locais e muçulmanos moderados. Os islâmicos radicais também passaram a pressionar cristãos a pagarem uma taxa conhecida como jizya, recorrendo a uma prática que remonta há séculos, quando o imposto era pago a líderes locais islâmicos por quem não se convertesse ao Islã. A jizya era paga por não muçulmanos dominados “para que sua existência fosse assegurada”, afirmou o jornal The Washington Times, em reportagem recente.

Segundo ativistas, os cerca de 20 000 cristãos de Dalga se viram acuados e forçados a pagar a taxa, já que polícia e autoridades locais pouco faziam para garantir sua segurança. A tensão entre islâmicos radicais e cristãos aumentou depois do golpe contra Mursi. Muitos islamitas acusam os cristãos de estarem por trás da derrubada do membro da Irmandade Muçulmana, que havia sido eleito em junho do ano passado. No Cairo e em Alexandria, cristãos e muçulmanos seculares se uniram para defender igrejas, orfanatos, casas e lojas contra ataques de radicais. Em Dalga, autoridades e ativistas acusam os radicais de incendiarem cerca de vinte igrejas e casas, usando até sprays para marcar estabelecimentos comerciais pertencentes a cristãos. “Muitas famílias coptas fugiram de Dalga devido à pressão psicológica a que estavam sendo submetidas. Alguns dos muçulmanos que se opuseram ao tratamento dado aos cristãos também tiveram de abandonar suas casas e fugir”, salientou Iskandar. 

Taxa variava
Por telefone, o comerciante cristão Hani, morador de Dalga, disse ao site de VEJA que sua loja foi marcada com spray vermelho. “Eles pintavam um crucifixo para identificar os locais onde voltariam depois para coletar o imposto. Essas pessoas não são muçulmanos, são bandidos, uma gangue de criminosos que mancham a imagem do Islã”, acusou Hani, que pediu que seu sobrenome não fosse divulgado, por medo de represálias.

Segundo o comerciante, desde que Mursi foi deposto a população cristã de Dalga se vê em meio a um fogo cruzado entre radicais simpatizantes do ex-presidente e autoridades. “A ira dos apoiadores de Mursi se voltou contra os cristãos. Na rua, ouvi xingamentos de islamitas que me acusavam de apoiar o golpe. E, quanto mais tentávamos argumentar, pior ficava”. A dona de casa cristã Miriam contou que ir à igreja passou a ser algo arriscado nos últimos meses. “O padre mesmo pediu para que evitássemos a igreja em certos dias, temendo pela segurança das pessoas”.

Ela confirma a cobrança da jizya. “Quando os islamitas assumiram o controle da cidade, faziam várias declarações absurdas, mas nós jamais imaginávamos que voltaríamos ao passado distante e seríamos obrigados a pagar um imposto por sermos minoria. Até amigos muçulmanos ficaram chocados com a lei”, disse. “Quase todos os dias eles vinham coletar o dinheiro, cerca 200 libras egípcias (65 reais). Se nos recusássemos a pagar, éramos ameaçados”.

Falando a jornalistas, o padre Yunis Shawqi, conhecido clérigo de um monastério em Dalga, disse que o valor da taxa variava, dependendo da área da cidade, mas que o valor chegava até 500 libras egípcias (160 reais). Ele afirmou que aproximadamente 140 famílias coptas foram obrigadas a pagar, diariamente, 200 libras egípcias. Outras quarenta famílias, segundo ele, teriam deixado a cidade por se recusarem a pagar o imposto. O monastério do padre Shawqi foi destruído no dia 3 de julho, dia da deposição de Mursi, por supostos membros da Irmandade Muçulmana.

Crimes – Segundo jornais locais, dois funcionários públicos cristãos – que eram da mesma família – foram mortos a tiros por se recusarem a pagar a taxa. O assassinato teria sido responsabilidade de um grupo criminoso, cujo chefe tem antecedentes criminais. “No caso dos dois primos, a gangue era muçulmana. Mas estamos falando de criminosos com antecedentes de violência contra outras pessoas, tanto muçulmanas quanto cristãs”, enfatizou Iskandar, fazendo uma distinção entre gangues criminosas e perseguições de cunho religioso.

Cristãos coptas representam cerca de 10% da população de mais de 80 milhões no Egito. Durante sucessivos governos, a comunidade cristã acusou os governantes de discriminação e de pouco se esforçar para coibir atos de violência. No início deste mês, ativistas, jornalistas e políticos muçulmanos e cristãos enviaram uma carta ao governo interino do Egito pedindo ações mais efetivas para proteger a comunidade cristã, principalmente em regiões mais pobres do interior do país. 



 Clique aqui para galeria defotos: confrontos seguem no Egito depoisda queda de Mohamed Mursi


A repercussão negativa das notícias sobre a situação dos cristãos em cidades menores levou o governo temporário a lançar uma ofensiva. Em Dalga, helicópteros sobrevoaram a cidade no último dia 16. De acordo com o governo, os islamitas ofereceram pouca resistência. Mas cartazes do ex-presidente Mursi continuam espalhados pela cidade. E os cristãos que moram na cidade, embora mais aliviados, não demonstram entusiasmo com a presença do Exército. “Eu, assim como meus parentes e amigos, achamos que a sensação de segurança vai durar pouco. Os radicais têm influência muito forte por aqui. Acredito que outras famílias cristãs devem se mudar da cidade. Eu mesmo não sei até quando posso aguentar essa pressão”, desabafou o cristão Hani.



Evangelho do dia

EVANGELHO COTIDIANO



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
 

26º Domingo do Tempo Comum


Evangelho segundo S. Lucas 16,19-31.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes. 
 
Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. 
 
Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio.  Então, ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.' 
 
Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós.' 
 
O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos;  que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.' 
 
Disse lhe Abraão: 'Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!'  Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.' Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.'»


Comentário do dia:  Concílio Vaticano II  - Constituição sobre a Igreja no mundo actual, «Gaudium et Spes», § 69
Um pobre [...] jazia ao seu portão

Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos; de modo que os bens criados devem chegar equitativamente às mãos de todos, segundo a justiça, secundada pela caridade. Sejam quais forem as formas de propriedade, conforme as legítimas instituições dos povos e segundo as diferentes e mutáveis circunstâncias, deve-se sempre atender a este destino universal dos bens. Por esta razão, quem usa desses bens não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar não só a si mas também aos outros.

De resto, todos têm o direito de ter uma parte de bens suficiente para si e suas famílias. Assim pensaram os Padres e os Doutores da Igreja, ensinando que os homens têm obrigação de auxiliar os pobres e não apenas com os bens supérfluos. E aquele que se encontra em extrema necessidade tem direito de tomar, dos bens dos outros, o que necessita [Nota: Nesse caso vale o antigo principio: «na necessidade extrema, todas as coisas são comuns, isto é, todas as coisas devem ser tornadas comuns». […] É claro que, para a recta aplicação do princípio, devem ser respeitadas todas as condições moralmente exigidas.]. Sendo tão numerosos os que no mundo padecem fome, o sagrado Concílio insiste com todos, indivíduos e autoridades, para que, recordados daquela palavra dos Padres – «alimenta o que padece fome porque, se o não alimentaste, mataste-o» –, repartam realmente e distribuam os seus bens, procurando sobretudo prover esses indivíduos e povos daqueles auxílios que lhes permitam ajudar-se e desenvolver-se a si mesmos.



Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael - 29 de setembro

Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael 

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.
 
São Miguel

O que enfrentou o diabo e padroeiro universal da Igreja
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel

O Anjo da Anunciação, que recebeu a maior missão, a de anunciar a Encarnação do Filho de Deus
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.

São Rafael

Protetor dos viajantes e portador da cura
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).
 
São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!