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sábado, 12 de outubro de 2013

Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira do Brasil


Com muita alegria nós, brasileiros, lembramos e celebramos solenemente o dia da Protetora da Igreja e das famílias brasileiras: Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
 
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).  Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.

Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede. A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.

Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).
No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.

Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus. Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o “maior Santuário Mariano do mundo”.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!


Oração a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil


Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida. Mãe de meu Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refúgio e Consolação dos aflitos e atribulados, ó Virgem Santíssima; cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades.
Lembrai-vos, clementíssima Mãe Aparecida, que não se consta que de todos os que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado vossa singular proteção, fosse por vós algum abandonado.
Animado com esta confiança a vós recorro: tomo-vos de hoje para sempre por minha mãe, minha protetora, minha consolação e guia, minha esperança e minha luz na hora da morte.
Assim pois, Senhora, livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Filho meu Redentor e Senhor Jesus Cristo. Virgem bendita, preservai este vosso indigno servo, esta casa e seus habitantes, da peste, fome, guerra, raios, tempestades e outros perigos e males que nos possam flagelar. Soberana Senhora, dignai-vos dirigir-nos em todos os negócios espirituais e temporais; livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, pelos merecimentos da vossa puríssima Virgindade e do preciosíssimo Sangue de vosso Filho, vos possamos ver, amar e gozar na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós! 

Orações à Santíssima Virgem Maria
 

12 de outubro - Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil

NOSSA SENHORA APARECIDA
PADROEIRA DO BRASIL
 Não bastasse ser um dos maiores países católicos do planeta, o Brasil tem também um dos maiores centros de peregrinação mariana da cristandade do mundo. Trata-se, é claro, do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo.



A cidade foi batizada com o nome da Senhora, "aparecida" das águas, mas o Brasil inteiro também recebeu sua bênção desde o nascimento, graças aos descobridores e colonizadores que a tinham como advogada junto a Deus nas desventuras das expedições. A fé na Virgem Maria cresceu com os séculos e a confiança não esmoreceu, só se fortaleceu.
 

Em 1717, quando da visita do governador a Guaratinguetá, foi ordenado aos pescadores que recolhessem do rio Paraíba a maior quantidade possível de peixes, para que toda a comitiva pudesse ser alimentada e festejada com uma grande recepção. Todos se lançaram às águas com suas redes. Três deles, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, partiram juntos com suas canoas e juntos também lançaram as redes por horas e horas, sem pegar um único peixe. De repente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem de uma santa. Outra vez lançada a rede, e a cabeça da imagem vem também para bordo. A partir daí, os três pescaram tanto que quase afundaram por causa da quantidade de peixes.

 

A pesca, milagrosa, eles atribuíram à imagem da santa. Ao regressarem foram para a casa de Filipe Pedroso e, ao limparem a imagem com cuidado, viram que se tratava de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de cor escura. Então, cobriram-na com um manto e a colocaram num pequeno altar dentro de casa, onde passaram a fazer suas orações diárias. A novidade se espalhou e todos da vizinhança acorriam para rezar diante dela. Invocada pelos devotos como "Aparecida" das águas, durante quinze anos seguidos, a imagem ficou na casa da família daquele pescador.
 

A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por todos aqueles que rezavam diante da imagem. Eram tantos os devotos que acorriam ao local que, em 1732, a família de Filipe construiu o primeiro oratório. Mas a fama dos prodigiosos poderes de Nossa Senhora Aparecida foi se espalhando até atingir todos os recantos do Brasil. Assim, foi necessário, então, construir uma pequena capela, em seguida uma sucessão de outras capelas cada vez maiores. Até que o local se tornou a cidade de hoje. Em 1888, houve a bênção do primeiro templo, que existe até hoje, conhecido como "Basílica Velha".
 

A primeira grande peregrinação de católicos "de fora", oficial e historicamente registrada, aconteceu em 1900. Eram mil e duzentos peregrinos viajando de trem desde São Paulo, liderados por seu bispo. Atualmente, são milhões de peregrinos vindos, diariamente, de todos os estados do país e de várias outras nações católicas, especialmente das Américas. A atual Catedral-Basílica de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como "Basílica Nova", foi consagrada pessoalmente pelo papa João Paulo II, em 1980, quando de sua primeira visita ao Brasil.
 

Quanto ao amor do nosso povo por Maria, em 1904 a imagem foi coroada, simbolizando a elevação da Senhora como eterna "Rainha do Brasil", com todo o apoio popular. A coroa foi oferecida pela princesa Isabel. Foi também por aclamação popular e a pedido dos bispos brasileiros que, em 1930, o papa Pio XI proclamou solenemente Nossa Senhora Aparecida a "padroeira oficial do Brasil".

 

O dia de sua festa, 12 de outubro, desde 1988 é feriado nacional.

 

Santo do dia - 12 de outubro

São Serafim de Montegranaro


Nascido em Montegranaro di Ascoli Piceno, de pais humildes, não pôde frequentar a escola porque devia ganhar o pão cuidando de um rebanho que não era seu. Morto o pai, trabalhou como servente de pedreiro às ordens de um certo Manucci, cuja filha, para civilizá-lo um pouco, lia-lhe algum bom livro; depois ela o encaminhou ao convento dos capuchinhos, onde foi acolhido com uma certa dificuldade.

Na profissão religiosa mudou o nome de Félix para o de Serafim e fez seu o lema de frei Egídio: “O caminho para subir ao céu é rebaixar-se aqui na terra”. Exerceu os trabalhos mais humildes no convento de Ascoli Piceno, mas, dotado do dom da sabedoria infusa, tornou-se conselheiro e diretor espiritual de cada vez mais numerosos discípulos. Está sepultado na igreja dos capuchinhos de Santa Maria, em Solestà di Ascoli.

Batizado com o nome de Félix, nasceu em 1540, em Montegranaro, na região das Marcas, na Itália. De família numerosa e muito pobre, era o quarto filho de Jerônimo Rapagnano e Teodora Giovannuzzi, cristãos fervorosos. Desde a infância teve de buscar o seu sustento. Trabalhou como serviçal nas casas de camponeses e aprendeu a pastorear rebanhos, exercendo essa função até os dezoito anos. Era analfabeto e aprendeu, contemplando a natureza e na sua solidão, a elevar o espírito para Deus.
 
Nessa idade, ingressou no Convento dos capuchinhos de Tolentino como irmão leigo e recebeu o nome de frei Serafim de Montegranaro, fazendo o noviciado em Jesi. Percorreu quase todos os conventos da região porque, devido à sua falta de instrução, apesar da sua boa vontade e dedicação, não conseguia cumprir satisfatoriamente as tarefas que lhe confiavam os superiores e os frades da comunidade. Mas sempre lhe eram poupadas as repreensões e os castigos, por causa de sua extraordinária bondade, pobreza, humildade, pureza e mortificação.
 
Exerceu as mais simples funções, de porteiro e esmoleiro, sempre em contato com os mais diversos grupos de pessoas, para as quais sempre distribuía palavras piedosas, conduzindo os fiéis à misericórdia de Deus.
 
A exemplo do santo fundador da Ordem, são Francisco de Assis, amou a natureza e através dela seu coração era conduzido a Deus. Em 1590, finalmente, estabeleceu-se no Convento de Ascoli Piceno. Os habitantes da cidade afeiçoaram-se tanto ao singelo frade Serafim que, em 1602, quando souberam que seria transferido, as autoridades escreveram aos superiores capuchinhos e impediram a sua partida. E não foi só nessa ocasião, nas outras tentativas também. Assim, o querido e respeitado frade Serafim permaneceu em Ascoli Piceno até morrer.
 
Era um verdadeiro mensageiro da paz e do amor de Cristo, sua palavra ou a sua simples presença exercia uma ação enorme em todas as pessoas: acalmava os ânimos, extinguia ódios. Viveu em oração, humildade, penitência e trabalho.
 
Deus encarregou-se de o ajudar, suprindo-o, nas suas capacidades, com os dons da cura, de penetrar os corações, de confortar as almas de um modo especial. Enquanto Serafim se manteve sempre na fidelidade do amor a Deus, estudando como ninguém os seus dois livros: o crucifixo e o terço de Maria.
 
Aos sessenta e quatro anos de idade, morreu no dia 12 de outubro de 1604. A voz do povo começou a difundir a fama de sua santidade por toda a Itália e logo atingiu todos os locais onde os capuchinhos se fixaram.
 
O papa Paulo V autorizou, pessoalmente, que se acendesse uma lâmpada junto da sua sepultura, em 1605. 

Foi canonizado pelo papa Clemente XIII em 1767. 

A festa de são Serafim de Montegranaro ocorre na data de sua morte.

São Serafim de Montegranaro, rogai por nós!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Santo do dia - 11 de outubro

Santo Alexandre Sauli


Para dar prova da própria vocação religiosa, aos 17 anos Alexandre, nascido em Milão, de nobre família genovesa, improvisou-se em pregador, subindo a um palanque de caixas de hortaliças na praça pública do mercado milanês. E, diante de um público atônito e curioso, falou de Deus e da fugacidade existente neste mundo.

Mal deixara para trás uma brilhante carreira no séquito do imperador Carlos V e se juntara aos clérigos regulares de São Paulo, conhecidos com o nome de barnabitas.

Entre outros dotes, possuía uma memória formidável. Memorizava tratados inteiros da Suma teológica, de são Tomás, e as obras dos padres da Igreja. Tinha sobretudo uma grande devoção à Virgem, à qual se havia consagrado ainda jovem com um voto particular de castidade.

Ordenado sacerdote em 1556, durante a celebração da missa foi assistido por um confrade que tinha o encargo de recordar-lhe em que ponto estava da celebração da Eucaristia — não porque tivesse facilidade de se distrair, mas sim, para trazê-lo de volta à terra, depois de frequentes arroubos e êxtases. Com apenas 33 anos foi eleito superior geral da ordem. Depois o papa são Pio V o nomeou bispo e foi consagrado por um outro santo, são Carlos Borromeu, bispo de Milão, seu discípulo e amigo, e destinado à diocese de Aleria, na Córsega.

A pobreza do lugar e a total desorganização da igreja local não o espantaram. “Aqui ao menos Deus não nos faltará”, foi seu comentário. E por 20 anos trabalhou sem poupar esforços, reformando, corrigindo, socorrendo. Muitas vezes se interpôs como pacificador nas frequentes vinganças entre famílias e entre regiões. Foi um pai solícito pelo bem material e espiritual e autêntico mestre da vida cristã.

Por sua heroica dedicação mereceu o título de “anjo tutelar, pai dos pobres, apóstolo da Córsega”. Depois Gregório XIV o destinou à sede de Pávia. Morreu pouco depois em Caloso d’Asti. Foi canonizado em 1904.

Santo Alexandre Sauli, rogai por nós!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Santo do dia - 10 de outubro

São Daniel Comboni

Daniel Comboni era italiano de Limone sul Garda, na Brescia, tendo nascido, em 15 de março de 1831, numa família cristã, unida, humilde e pobre de camponeses. Os pais, Luis e Domenica, dedicavam-lhe um amor incontido, pois era o único sobrevivente de oito filhos.

Por causa da condição econômica, enviaram Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos em Verona, quando, então, despertou sua vocação para o sacerdócio, especialmente para a missão da África Central, onde os mazzianos atuam. Em 1854, já formado em filosofia e teologia, Daniel é ordenado sacerdote. Três anos depois, recebe as bênçãos dos pais e parte para a África, junto com mais cinco missionários.

Após quatro meses de viagem, padre Comboni chega a Cartum, capital do Sudão. A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades começam no clima insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo e terminam com o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serve de estímulo para seguir avante, sem abandonar a missão e o entusiasmo.

Pela África e seu povo, padre Comboni regressa à Itália, numa tentativa de conseguir uma nova tática para evangelizar naquele continente. Em 1864, rezando junto ao túmulo de são Pedro, em Roma, surge a luz. Elabora seu plano para a regeneração da África, resumido apenas num tema: "Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e ousado para a época.

Padre Comboni passa, imediatamente, à ação, pede todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade européia, vai aos reis, bispos, ricos senhores e recorre também ao povo pobre e simples. A missão da África Central precisa de todos engajados no mesmo objetivo cristão e humanitário. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que consegue fundar uma revista de incentivo missionário, a primeira na Itália.

Além disso, fundou, em 1867, o Instituto dos Missionários, depois chamados de Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Missionárias, mais tarde conhecidas como Irmãs Missionárias Combonianas.

No Concílio Vaticano I, ele participa como teólogo do bispo de Verona, conseguindo que outros setenta bispos assinem uma petição em favor da evangelização da África Central. Em 1877, Comboni é nomeado vigário apostólico da África Central e, em seguida, é também consagrado o primeiro bispo católico da África Central, confirmação de que suas idéias antes contestadas são as mais eficientes para anunciar a Palavra de Cristo aos africanos.

Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito, no dia 10 de outubro de 1881 o bispo Comboni morre, em Cartum, em meio ao povo africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra missionária não morreria.

Chamado de "Pai dos Negros" pelo papa João Paulo II, ao beatificá-lo em 1996, o mesmo pontífice declarou santo Daniel Comboni em 2003. A sua comemoração litúrgica deve ocorrer no dia de sua morte.


 São Daniel Comboni, rogai por nós!

 

São Francisco Borja (ou Bórgia)

Típico exemplo da nobreza espanhola, gentil e refinado, generoso e empreendedor, Francisco de Borja, bisneto do papa Alexandre VI e de Fernando II de Aragão, resume em seus 62 anos de vida o contraditório mundo quinhentista — luzes e sombras de onde emergem figuras de grandes santos, numa época de violentas contestações também no campo religioso.

Primogênito de João de Borja, duque de Gandia (Valência), Francisco formou-se na corte de Carlos V, que o adornou do título de marquês aos 20 anos. No ano anterior havia-se casado: um casamento feliz, alegrado por oito filhos em dez anos.

Da prematura morte da mulher e imperatriz, Francisco deduziu o sentido da caducidade de tudo e decidiu dedicar-se ao serviço de um Senhor “que nunca pudesse morrer”. Exerceu por quatro anos o cargo de governador da Catalunha, embora secretamente votado à vida religiosa. A alta posição que ocupava permitiu-lhe nesse tempo estabelecer os filhos.

O encontro com o jesuíta Pedro Fabro foi determinante. Em 1546 fechou definitivamente a porta às honras mundanas e, demitindo-se dos altos cargos, depois de haver feito os exercícios espirituais, emitiu voto de castidade, empenhando-se com outro voto a ingressar na Companhia de Jesus. E o fez, de modo efetivo, em 1548 e, oficialmente, dois anos depois.

Nesse meio-tempo renunciara ao ducado de Gandia. Em Roma foi acolhido pelo próprio santo Inácio de Loyola, e a 26 de maio de 1551 celebrou a primeira missa.

As honrarias — que o haviam perseguido desde a juventude na corte da Espanha — continuaram a persegui-lo também na vida religiosa, a tal ponto que Francisco se apressou em emitir todos os votos da Companhia de Jesus, dos quais um veta a aceitação de dignidades eclesiásticas.

Apenas soube que o imperador Carlos V propusera seu nome ao papa para a púrpura cardinalícia. Mas não pôde subtrair-se, em 1555, à eleição ao mais alto cargo no seio da companhia, cujo capítulo o elegeu geral. Francisco exerceu esse cargo até a morte, que o colheu em Ferrara. Foi canonizado em 1671.

São Francisco Borja, rogai por nós!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

9 de outubro - Santo do dia

São Dionísio, ou Dênis

O santo Dionísio, popularmente conhecido como o são Dênis de Paris, que é comemorado neste dia, foi durante muito tempo venerado como único padroeiro de França, até surgir santa Joana d'Arc para dividir com ele a grande devoção cristã do povo daquele país.

De origem italiana, ele era um jovem missionário enviado pelo papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte no ano 250, portanto no século III. Formou, então, a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. Alguns anos depois, teria sofrido o martírio, sendo decapitado no local hoje conhecido como Montmartre, isto é, "Colina do Mártir". Ao lado do bispo Dênis, o sacerdote Rústico e o diácono Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã.

Sobre o seu túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia. Até esses monges acabaram sofrendo com o efeito de uma enorme confusão que se fez entre este mártir e outros dois Dionísios: o Areopagita, discípulo de são Paulo, e o célebre escritor de Alexandria. Mas esses religiosos foram citados indevidamente.

A estranha e rebuscada confusão que se fez em torno da figura do santo bispo Dênis envolvia nitidamente essas três figuras distintas, que viveram em épocas diferentes, mas que foram unidas num único personagem, o santo celebrado hoje. Contava-se que o mártir original, ou seja, o bispo Dênis de Paris, foi enviado à Gália francesa pelo papa são Clemente I no fim do século I. Por isso ele começou a ser identificado com a figura de Dionísio Areopagita, discípulo do apóstolo Paulo, comemorado no dia 3 de outubro. Por isso, também, passou a ser confundido com um homônimo da Alexandria, autor de uma famosa coletânea de escritos místicos, que desde o século V vinha sendo erroneamente atribuída ao discípulo Areopagita.

Não bastasse toda essa confusão, são Dionísio, ou Dênis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. E assim ele chegou aos nossos dias sendo o bispo mártir que havia carregado a própria cabeça decepada até o local onde deveria ser enterrado. No caso, a Abadia de Saint-Denis, em Paris, local onde, tradicionalmente, todos os reis da França foram enterrados.


São João Leonardo
O fundador do Instituto dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus e da Congregação De Propaganda Fide foi inexplicavelmente recusado pela ordem franciscana. Ou melhor, foi uma providencial recusa, pois que este luquês, filho de Tiago e Joana Lippi — aprendiz de farmácia e estudante por conta própria, refugiado em Roma durante alguns anos, depois da ordenação sacerdotal —, teve ocasião de travar amizade com dois grandes santos: Filipe Néri e José Calasanz, e de fazer-se apreciar pelo papa, que lhe confiou delicadas missões. No desempenho destas, suas qualidades de homem prudente e caritativo eram as mais indicadas para que ele servisse de mediador e restabelecesse a disciplina em antigos conventos onde se infiltrara o espírito alegre e gozador da vida do Renascimento.

Na juventude, João Leonardo, embora longe de casa e dos olhos vigilantes dos pais, estudante de medicina em Lucca, não se perdeu atrás de alegres companhias estudantis, mas, sob a guia do frade dominicano Bernardini, recolheu em torno de si alguns companheiros. Com estes, dedicou-se ao voluntariado para a assistência aos idosos abandonados e aos peregrinos.

Ordenado sacerdote, foi-lhe confiada a igreja de São João della Magione, onde pôs em prática um de seus audaciosos projetos, instituindo uma escola para o ensino da religião — primeiro núcleo da Congregação dos Clérigos Regulares, com sede junto à igreja de Santa Maria da Rosa.

O instituto foi aprovado em 1593, embora, como ficou dito, ele tivesse sido levado a afastar-se de Lucca por causa das manifestações de incompreensão (não raras na vida dos santos).

Em Roma, impelido pelo espírito missionário, excogitou e programou com o espanhol Vives uma congregação de sacerdotes que desenvolvessem seu apostolado entre os infiéis. Nascia assim a Congregação De Propaganda Fide, de Roma, destinada a influir profundamente na história missionária da Igreja universal.

João morreu em Roma a 8 de outubro; beatificado em 1861, foi inscrito no elenco dos santos em 17 de abril de 1938.

São João Leonardo, rogai por nós!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

8 de outubro - Santo do dia

Santa Pelágia Penitente

São duas as santas com este nome — ou quatro, segundo o Martirológio romano. Mas se trata de um desdobramento.

A primeira é uma jovem mártir de Antioquia, que se jogou da janela para evitar a perda da virgindade. E são João Crisóstomo louva sua coragem, dando origem a intermináveis discussões.
O mesmo santo bispo narra as vicissitudes de uma célebre atriz, belíssima tanto quanto dissoluta, que depois da conversão levou vida austera de penitência. Mas não diz seu nome.
Assim, um autor desconhecido, que se nomeia Tiago, julgou bom dar-lhe o nome de Pelágia e escrever um longo relato sobre sua história.

Ao chegar a Antioquia junto com uma companhia de comediantes, a mulher provocou logo escândalo em razão de “costumes vulgares”, virando a cabeça de vários homens, até do irmão do imperador. Mas há mais. Conseguiu distrair o próprio bispo Nono: o bom velho se pôs a olhá-la enquanto se dirigia em procissão para o sínodo.

Desta leviandade o bispo extraiu um útil assunto para seu sermão: se uma mulher se embeleza desse modo para agradar a um simples mortal, como deveremos nós adornar nossa alma destinada às místicas núpcias com Deus? E com a oração e a boa palavra conseguiu realmente recolocar no redil aquela bela criatura.

Pelágia mudou de vida, recebeu o batismo e se retirou para viver como eremita em uma cela escavada junto ao monte das Oliveiras.

O pseudo-Tiago acrescenta que a mulher, para não ser objeto de desejos, travestiu-se de homem e viveu longamente em penitência, purificando-se assim dos passados desregramentos.


Santa Pelágia Penitente, rogai por nós!


São Luis Beltran

Luis Beltran nasceu em Valência (Espanha) em 1526, e foi o tipo de jovem aventureiro, aberto aos desafios. Obediente a voz do Senhor, venceu a oposição do pai e ingressou na Ordem Dominicana para ser sacerdote
 
Com passos largos em direção à santidade (tinha apenas 23 anos quando recebeu a ordenação sacerdotal), assumiu a importante função de mestre dos noviços, até que decidiu aventurar-se na evangelização do novo mundo. Na Colômbia, Luis Beltran muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e posteriormente contra os negros escravos.

O preço da conversão de milhares de indígenas espalhados por toda Colômbia foi o sofrimento promovido por exploradores espanhóis. Por duas vezes procuraram envenená-lo e em outras quatro ocasiões o assaltaram ameaçando-o de morte. São Luis não se deixou amedrontar e só voltou para a Espanha pela obediência aos superiores e com a intenção de melhor recrutar e formar apóstolos para a evangelização da América.

Este bondoso amigo de todos assumiu cargos de direção na Ordem Dominicana, exerceu com grande eficácia o ministério da pregação, chegando a operar inúmeras conversões e alcançar milagres. No ano de 1569 São Luis, já na Espanha como formador de futuros missionários, pôde partilhar com palavras o que viveu nas inúmeras missões. Ensinava que a arma mais eficaz na conversão das almas é uma intensa vida de oração e de muito sacrifício, e que a pregação necessita de ser acompanhada pelas boas obras, caso contrário, o mau exemplo destruiria de maneira fatal a proclamação da Boa Nova.

São Luis Beltran faleceu em Valência no ano de 1581, com 56 anos de idade. A tal ponto enriqueceu o povo e a Igreja com sua vivência missionária que o próprio pai, antes de morrer, declarou-lhe: “Meu filho, uma das coisas que mais me afligiu na vida foi ver-te frade, mas hoje, o que me consola é saber-te frade!”

 
São Luis Beltran, rogai por nós!

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Oração a Nossa Senhora Protetora dos Nascituros



"Maria levantou-se e foi às pressas para as montanhas de Judá" (Lc 1,39)

Senhora e Mãe nossa, é com santa angústia e zelo fraterno que nos dirigimos a ti, amiga e defensora de todas as crianças, nascidas e por nascer.

Tu foste "às pressas" para santificar, por meio do teu Filho, Jesus, a uma criança que estava prestes a nascer no ventre de Isabel. Cuidaste de tudo, com carinho e desvelo de Mãe.

Agora, queremos invocar-te como PROTETORA DOS NASCITUROS, muitos em perigo de serem assassinados, trucidados, antes de verem a luz do dia. É o maior escândalo, o pior crime contra a humanidade toda. O útero materno, querida Mãe, tornou-se o lugar mais inseguro e violento da terra. Tu bem o sabes e, certamente, choras como choraram as mães de Belém, na matança dos seus inocentes filhinhos (Mt 2,16-17).

Vem, depressa, em socorro de todos os NASCITUROS, levando-lhes, com teu Jesus, a certeza e a garantia de VIDA, de sobrevivência digna, de acolhida num lar afetuoso e de merecida educação. Tu o podes fazer, porque levas Jesus contigo, e porque "para Deus nada é impossível" (Lc 1,37).

Antecipadamente, ó Mãe e PROTETORA DOS NASCITUROS, te agradecemos este imenso favor: por Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

DOM EUSÉBIO OSCAR SCHEID, SCJ.
Cardeal Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro