São Ruperto
Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região
do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os
Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades
estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges
irlandeses.
No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à
Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da
Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja
dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de
Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto,
que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos
arredores da antiga cidade romana de Juvavum.
Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo
da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade
de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais
também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste,
um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a
abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera
e, é claro, de toda a Áustria.
Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar
a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte
estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua
sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Antes de sua última Santa Missa, sua irmã ouviu sua oração de entrega: “Pai, em Tuas mãos eu entrego o meu espírito”. Suas relíquias estão guardadas
na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o
padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal.
São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo,
cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na
mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da
cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é
festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na
Irlanda, onde estudou, porque alí foi tomado como modelo pelos monges
irlandeses.
São Ruperto, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
quinta-feira, 27 de março de 2014
Santo do dia - 27 de março
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quarta-feira, 26 de março de 2014
26 de março - Santo do dia
São Bráulio
O santo de hoje, foi bispo de 631 a 651.
Nasceu em uma família muito sensível à vontade do Senhor: uma irmã
foi para a vida religiosa e tornou-se abadessa. Outro irmão foi para uma
Abadia e outro, chegou a bispo.Depois de entrar para uma vida de oração e contemplação numa abadia, Bráulio conheceu em Sevilha Santo Isidoro, escritor e santo.
Fecundo escritor e grande pastor, São Bráulio foi escolhido para bispo em Saragoça, participando ativamente em três Concílios de Toledo.
São Bráulio, rogai por nós!
Santa Lúcia Filippini
Muito dedicada aos estudos da Sagrada Escritura, e com a alma cheia de caridade, tomou para si, ainda no início da adolescência a função de ensinar o catecismo às crianças. Tantos eram os pequenos que a procuravam e tão cativante era sua forma de transmitir a Palavra do Senhor, que logo o padre do local a nomeou oficialmente a catequista paroquial. Certo dia, passou pela sua cidade o cardeal Marcantonio Barbarigo, que conheceu Lúcia, reconheceu sua vocação e levou-a para acabar seus estudos com as Irmãs clarissas.
Preparada, foi colocada na liderança de uma missão que ele julgava essencial para corrigir os costumes cristãos de sua diocese: fundar escolas católicas em diversas cidades. Lúcia, em sua humildade, a princípio relutou, achando que a função estava acima de suas possibilidades. Mas o cardeal insistiu e ela iniciou seu trabalho que duraria quarenta anos.
A missão exigiu imensos esforços, tantos foram os sacrifícios a que teve de se submeter. Contudo, nada a afastou da tarefa recebida. Nessas quatro décadas preparou professoras, catequistas, fundou escolas e organizou-as em muitas cidades e dioceses. Quando o cardeal Barbarigo faleceu, as dificuldades aumentaram. Lúcia uniu-se então a outras professoras e catequistas, juntando todas numa congregação, fundou em 1692, o Instituto das Professoras Pias. A fama do seu trabalho chegou ao Vaticano e em 1707, o Papa Clemente XI pediu para que Lúcia criasse uma de suas escolas em Roma.
Lúcia Filippini faleceu aos sessenta anos, no dia 25 de março de 1732, de câncer, mas docemente e feliz pela sua vida entregue à Deus e às crianças, sementes das novas famílias que são a seiva da sociedade. Seu corpo descansa na catedral de Montefiascone, onde começaram as escolas católicas do Instituto das Professoras Pias Filippinas, como são chamadas atualmente.
A festa litúrgica à Santa Lúcia Filippini foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI, na solenidade de sua canonização, em 1930. Hoje, as escolas das professoras pias filippinas além de atuarem em toda a Itália, estão espalhadas por todo território norte americano, num trabalho muito frutífero junto à comunidade católica.
Santa Lúcia Filippini, rogai por nós!
São Ludgero
Ludgero nasceu no ano 742 em Zuilen, Friesland, atual Holanda, e foi um dos grandes evangelizadores do seu tempo. Era descendente de família nobre e, dedicado aos estudos religiosos desde pequeno. Ordenou-se sacerdote em 777, em Colônia, na Alemanha. Seu trabalho de apóstolo teve início em sua terra natal, pois começou a trabalhar justamente nas regiões pagãs da Holanda, Suécia, Dinamarca, ponto alto da missão de São Bonifácio, que teve como discípulos São Gregório e Alcuíno de York, dos quais foi seguidor também Ludgero.
Mais tarde, foi chamado pelo imperador Carlos Magno para evangelizar as terras que dominava. Entretanto, este empregava métodos de conversão junto aos povos conquistados, não condizentes com os princípios do cristianismo. Logo de início, por exemplo, obrigava os soldados vencidos a se converterem pela força, sob pena de serem condenados à morte se não se batizassem.
Como conseqüência dessa atitude autoritária estourou a revolta de Widukindo e Ludgero teve que fugir, seguindo para Roma. Depois foi para Montecassino, onde aprimorou seus estudos sobre o catolicismo e vestiu o hábito de monge, sem contudo emitir os votos.
A revolta de Widukindo foi a muito custo dominada em 784 e o próprio Carlos Magno foi a Montecassino pedir que Ludgero retornasse para seu trabalho evangelizador, que então produziu muitos frutos. Pregou o evangelho na Saxônia e em Vestfália. Carlos Magno ofereceu-lhe o bispado de Treves, mas ele recusou. Ludgero emitiu os votos tomando o hábito definitivo de monge e fundou um mosteiro, ao redor do qual cresceu a cidade de Muester , cujo significado, literalmente, é mosteiro, e da qual foi eleito o primeiro bispo.
Ludgero não parou mais, fundou várias igrejas e escolas, criou novas paróquias e as entregou aos sacerdotes que ele mesmo formara. Ainda encontrou tempo para retomar a evangelização na Frísia, realizando o seu sonho de contribuir para a conversão de sua pátria, a Holanda, e fundar outro mosteiro, este beneditino, em Werden, antes de morrer, que ocorreu no dia 26 de março de 809.
O corpo de Ludgero foi sepultado na capela do mosteiro de Werden. Os fiéis tornaram o local mais uma meta de peregrinação pedindo a sua intercessão para muitas graças e milagres, que passaram a ocorrer em abundância. O culto à São Ludgero, que ocorre neste dia é muito intenso especialmente na Holanda, Suécia, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Itália, países cujo solo pisou durante seu ministério.
São Ludgero, rogai por nós!
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terça-feira, 25 de março de 2014
Anunciação do Anjo à Virgem Maria - 25 de março
Anunciação do Senhor
A visita do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, quando esta se encontrava em Nazaré, cidade da Galiléia, marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do Velho Testamento e daria ao mundo um novo caminho, trazendo à luz a Boa Nova. Ali nasceu também a oração que a partir daquele instante estaria para sempre na boca e no coração de todos os católicos: a Ave Maria.
Maria era uma jovem simples, noiva de José, um carpinteiro descendente direto da linhagem da casa de Davi. A cerimônia do matrimônio daquele tempo, entretanto, estabelecia que os noivos só teriam o contato carnal da consumação depois de um ano das núpcias. Maria, portanto, era virgem.
Maria perturbou-se ao receber do anjo o aviso que fora escolhida para dar a luz ao Filho de Deus, a quem deveria dar o nome de Jesus, e que Ele era enviado para salvar a Humanidade e cujo Reino seria eterno. Sim porque Deus, que na origem do Mundo Criou todas as coisas com sua Palavra, desta vez escolheu depender da palavra de um frágil ser humana, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Redentor da Humanidade.
Ela aceitou sua parte na missão que lhe fora solicitada, demonstrando toda confiança em Deus e em Seus desígnios, para o cumprimento dessa profecia e mostrou porque foi ela a escolhida para ser Instrumento Divino nos acontecimentos que iriam mudar o destino da Humanidade.
Ao perguntar como poderia ficar grávida, se não conhecia homem algum e receber de Gabriel a explicação de que seria fecundada pelo Espírito Santo, por graças do Criador, sua resposta foi tão simples como sua vida e sua fé: "Sou a serva do Senhor. Faça-se segundo a Sua vontade".
Com esta resposta, pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da maternidade divina, mas ao mesmo tempo também os sofrimentos, os sacrifícios que a ela estavam ligados. Declarou-se pronta a cumprir a vontade de Deus em tudo como sua serva. Era como um voto de vítima e de abandono. Esta disposição é a mais perfeita, é a fonte dos maiores méritos e das melhores graças. O momento da Anunciação, onde se dá a criação, na pessoa de Maria como a Mãe de Deus, que acolhe a divindade em si mesma, contém em si toda a eternidade e, nesta, toda a plenitude dos tempos.
Por isso a data de hoje marca e festeja este evento que se trata de um dos mistérios mais sublimes e importantes da História do homem na Terra: a chegada do Messias, profetizada séculos antes no Antigo Testamento. Episódio que está narrado em várias passagens importantes do Novo Testamento.
A festa da Anunciação do Anjo à Virgem Maria, Lc 1,26-38, é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal, só é transferida quando coincide com a Semana Santa.
Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.
Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: “A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade.”
Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).
Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.
Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:
“Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.
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25 de março - Santo do dia
São Dimas
Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.
Segundo a tradição, Dimas não era judeu, mas sim egípcio de nascimento. Dimas e Simas praticavam o banditismo nos desertos de passagem para o Egito. Lá a Sagrada Família, que fugia da perseguição do rei Herodes, foi assaltada por dois ladrões e um deles a protegeu. Era Dimas. Naquela época, entre os bandidos havia o costume de nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Assim, Dimas deu abrigo ao Menino Jesus protegendo a Virgem Maria e São José.
Dimas foi um bandido muito perigoso da Palestina. E isso, realmente pode ser afirmado pelo suplício da cruz que mereceu. Essa condenação horrível era reservada somente aos grandes criminosos e aos escravos.
O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: "Em Jerusalém comemoração do Bom Ladrão que na cruz professou a fé de Jesus Cristo". E no mundo todo São Dimas passou a ser festejado neste dia.
O Bom Ladrão ou São Dimas foi o primeiro que entrou no céu: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc 23,43). Ele passou a ser popularmente considerado o "Padroeiro dos pecadores arrependidos da hora derradeira, dos agonizantes, da boa morte". Morreu sacramentado pela absolvição do próprio Cristo, e por Ele conduzido ao Paraíso.
Sem dúvida alguma, se trata de um santo original, único, privilegiado, que mereceu a honra de ser canonizado em vida por Jesus Cristo, na hora solene de nossa Redenção. Os outros santos só foram solenemente reconhecidos, no outro milênio, a partir do ano 999. A Igreja comemorava os mártires e confessores, mas sem uma declaração oficial e formal. Enquanto que, a de São Dimas quem proclamou foi o próprio Fundador da Igreja.
Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.
O Evangelho fala pouco deste Santo. Nem mesmo o nome, os evangelistas fixaram. O que sabemos foi trazido pela tradição que são os nomes: Dimas, o Bom Ladrão e Simas, o mau ladrão.
São Dimas, rogai por nós!
Santo Irêneo de Sírmium
Irêneo foi martirizado no século IV, sob a perseguição sangrenta e implacável do imperador Diocleciano. Era bispo de Sírmium, na Panônia. Atualmente Mitrovica, na Hungria. Não há muitos dados sobre sua vida, até ser condenado por ser cristão e levado à presença do governador da Hungria, Probo. Fora casado, mas ao assumir o sacerdócio se tornou celibatário, como era necessário naqueles tempos.
Além destas informações, temos sobre ele o relato do processo e do seu julgamento. Probo, o próprio governador que o interrogou, não se conformava com o fato de o bispo não exprimir vontade alguma de salvar sua vida, sacrificando aos deuses pagãos, como dizia o decreto do imperador romano. Assim, fez de tudo para que ele mudasse de idéia. Depois que Irêneo se recusou ao sacrifício ordenado, foi amarrado a um cavalete e torturado. Como nem ao menos reclamasse, Probo mandou buscar todos os membros de sua família. Vieram mãe, esposa e filhos e todos passaram a chorar por ele, ao redor do instrumento de tortura, pedindo que ele abrisse mão de sua condição de cristão. Igualmente, de nada adiantou. Não renegou a fé em Cristo.
Irêneo foi levado então de volta ao cárcere, onde durante dias permaneceu sendo espancado continuamente. Mais uma vez levado à presença do governador, o bispo novamente se negou a obedecer às ordens do imperador. Probo mandou então que ele fosse jogado no rio. Só então o bispo Irêneo reclamou: não admitia que tivessem dó dele por ser cristão, já que não tiveram do Cristo. Exigia ser passado a fio de espada. Irado com a insolência do religioso, Probo mandou então que fosse decapitado. Era o dia 25 de março de 304.
A Igreja celebra a festa litúrgica de Irêneo de Sírmium, no dia de sua morte.
Santo Irêneo de Sírmium, rogai por nós!
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segunda-feira, 24 de março de 2014
Santa Catarina da Suécia
Catarina foi ao mesmo tempo filha, discípula e companheira inseparável da mãe, Santa Brígida, a maior expressão religiosa feminina da história da Suécia. Nascida num berço nobre e cristão, Catarina nasceu em 1331 e recebeu educação e cultura com sólida base religiosa. Aos sete anos de idade, foi entregue às Irmãs do convento de Risberg, que souberam desenvolver totalmente sua vocação, cristalizando os ensinamentos cristãos que já vinha recebendo desde o berço.
Mas, circunstâncias políticas e sociais fizeram com que a jovem tivesse que se casar com um nobre da corte, Edgar, que além de fervoroso cristão era doente. Assim, decidiu aceitar o voto de castidade que Catarina fizera e ele mesmo resolveu adota-lo, vivendo tranqüilos como irmãos. Quando Edgard, ficou paralítico, Catarina passou a cuidar dele com todo carinho e generosidade.
Por ocasião da morte do pai de Catarina, sua mãe Brígida resolveu se voltar totalmente para a vida religiosa, iniciando-a com uma romaria aos túmulos dos apóstolos, em Roma. Pouco tempo depois Catarina conseguiu a autorização do marido para encontrar-se com a ela. Mas, quando estavam em Roma receberam a notícia da morte de Edgard. Então, ambas fizeram os votos e vestiram o hábito de religiosas e não se separaram mais. Catarina ajudou e acompanhou todo o trabalho de caridade e evangelização desenvolvido pela mãe. Fundaram juntas o duplo mosteiro de Vadstena, na Suécia, do qual Brígida foi abadessa, criando a Ordem de São Salvador, cujas religiosas são chamadas de brigidinas.
Catarina, como sua assistente, seguiu-a em todas as viagens perigosas, em seu país e no exterior, sendo muita vezes salvas por um cervo selvagem que sempre aparecia para socorrer Catarina. Foi após uma peregrinação à Terra Santa, que Brígida veio a falecer, em Roma. Catarina acompanhou o corpo de volta para a Suécia e foi recebida com aclamação popular, junto com os restos mortais da mãe, que já era venerada por sua santidade.
Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre há um cervo junto dela.
Entretanto, a rainha-mãe Brígida, depois de falecida passou a operar prodígios, segundo muitos devotos e peregrinos que afirmavam ter alcançado graças por sua intercessão. Por isso, a pedido do povo e das autoridades da corte, a abadessa Catarina foi a Roma requerer do Sumo Pontífice a canonização da mãe, em nome da população do seu país. Alí viveu por cinco anos, interna de um convento onde ficaram registrados sua extrema disciplina, o senso de caridade e a humildade com que tratava os doentes e necessitados.
Catarina, quando voltou para a Suécia, já era portadora de grave enfermidade, talvez pelas horas de duras penitências que praticava. Tinha cinqüenta anos de idade quando faleceu, no dia 24 de março de 1381.
O papa Inocente VIII, confirmou o culto de Santa Catarina da Suécia, em 1484. Mas o seu culto já era muito vigoroso em toda a Europa, uma vez que segundo a população romana ela teria salvado a cidade da inundação do rio Tevere cuja cheia já havia derrubado os diques que o continham.
Santa Catarina da Suécia, rogai por nós!
Catarina foi ao mesmo tempo filha, discípula e companheira inseparável da mãe, Santa Brígida, a maior expressão religiosa feminina da história da Suécia. Nascida num berço nobre e cristão, Catarina nasceu em 1331 e recebeu educação e cultura com sólida base religiosa. Aos sete anos de idade, foi entregue às Irmãs do convento de Risberg, que souberam desenvolver totalmente sua vocação, cristalizando os ensinamentos cristãos que já vinha recebendo desde o berço.
Mas, circunstâncias políticas e sociais fizeram com que a jovem tivesse que se casar com um nobre da corte, Edgar, que além de fervoroso cristão era doente. Assim, decidiu aceitar o voto de castidade que Catarina fizera e ele mesmo resolveu adota-lo, vivendo tranqüilos como irmãos. Quando Edgard, ficou paralítico, Catarina passou a cuidar dele com todo carinho e generosidade.
Por ocasião da morte do pai de Catarina, sua mãe Brígida resolveu se voltar totalmente para a vida religiosa, iniciando-a com uma romaria aos túmulos dos apóstolos, em Roma. Pouco tempo depois Catarina conseguiu a autorização do marido para encontrar-se com a ela. Mas, quando estavam em Roma receberam a notícia da morte de Edgard. Então, ambas fizeram os votos e vestiram o hábito de religiosas e não se separaram mais. Catarina ajudou e acompanhou todo o trabalho de caridade e evangelização desenvolvido pela mãe. Fundaram juntas o duplo mosteiro de Vadstena, na Suécia, do qual Brígida foi abadessa, criando a Ordem de São Salvador, cujas religiosas são chamadas de brigidinas.
Catarina, como sua assistente, seguiu-a em todas as viagens perigosas, em seu país e no exterior, sendo muita vezes salvas por um cervo selvagem que sempre aparecia para socorrer Catarina. Foi após uma peregrinação à Terra Santa, que Brígida veio a falecer, em Roma. Catarina acompanhou o corpo de volta para a Suécia e foi recebida com aclamação popular, junto com os restos mortais da mãe, que já era venerada por sua santidade.
Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre há um cervo junto dela.
Entretanto, a rainha-mãe Brígida, depois de falecida passou a operar prodígios, segundo muitos devotos e peregrinos que afirmavam ter alcançado graças por sua intercessão. Por isso, a pedido do povo e das autoridades da corte, a abadessa Catarina foi a Roma requerer do Sumo Pontífice a canonização da mãe, em nome da população do seu país. Alí viveu por cinco anos, interna de um convento onde ficaram registrados sua extrema disciplina, o senso de caridade e a humildade com que tratava os doentes e necessitados.
Catarina, quando voltou para a Suécia, já era portadora de grave enfermidade, talvez pelas horas de duras penitências que praticava. Tinha cinqüenta anos de idade quando faleceu, no dia 24 de março de 1381.
O papa Inocente VIII, confirmou o culto de Santa Catarina da Suécia, em 1484. Mas o seu culto já era muito vigoroso em toda a Europa, uma vez que segundo a população romana ela teria salvado a cidade da inundação do rio Tevere cuja cheia já havia derrubado os diques que o continham.
Santa Catarina da Suécia, rogai por nós!
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domingo, 23 de março de 2014
Mudança de hábito - profissionais bem sucedidos abandonam tudo para se tornar padres
Aumenta o número de profissionais com carreira
consolidada e ótimos salários, como médicos, dentistas e sociólogos,
que abandonam tudo para se tornar padres
O paraense Renato Sarmento cresceu cultivando o sonho de se formar em medicina. Primogênito de três filhos de um comerciante e uma contabilista, só conseguiu concretizá-lo depois de tirar a sorte grande. Ele acertou a quina da Mega Sena, em 2007 e, com os R$ 18 mil do prêmio, pagou um semestre inteiro em uma faculdade privada. Mais adiante, conseguiu um financiamento estudantil para arcar com o restante do curso. Assim, pôde se tornar o primeiro médico da família.
Empregado em dois postos de saúde e num hospital público em sua cidade natal, Paragominas, o rapaz tinha carro, um salário de R$ 17 mil e namorava. Sua carreira ia tão bem que conseguiu um estágio no departamento de neurocirurgia do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Mas Sarmento não se achava pleno. “Sentia uma inquietação, um vazio”, diz ele, sentado no banco de um seminário católico, na capital paulista, seu novo endereço desde o mês passado.
Sarmento abandonou a carreira, terminou o namoro, abriu mão dos bens materiais e é, hoje, aos 25 anos, um dos 17 seminaristas matriculados no curso de propedêutica do seminário Nossa Senhora da Assunção. Seu novo sonho é ser padre. Foi na capital paulista, no silêncio da Catedral da Sé, em meados de 2013, que ele sentiu esse chamado, logo anunciado ao pároco local. De volta ao Pará, conheceu um padre que se tornou uma espécie de mentor espiritual até sua mudança definitiva para o seminário. Histórias como a do jovem paraense são cada vez mais frequentes. Reitores das casas diocesanas apontam para um aumento do número de seminaristas que, já com uma faculdade no currículo, optam por abandonar suas profissões para dar ouvidos ao chamado de Deus.
Além do médico, no seminário paulista há um dentista, um psicólogo e um pós-graduado em sociologia que formam um grupo de 13 pessoas com curso superior. Em 2013, havia oito (leia quadro). “Estamos aprendendo a lidar cada vez mais com adultos que já chegam com uma considerável bagagem cultural e humana”, diz o padre Lucas Mendes, formador do seminário São José, da diocese de Porto Alegre. Nessa casa, há oito seminaristas com curso superior, sete a mais do que no ano passado. “Atualmente, o processo de maturação é lento, acontece em idades mais avançadas e isso reflete na decisão vocacional tardia.” Seminários como os de antigamente, nos quais o candidato se matriculava ainda criança, com 11, 12 anos, são cada vez mais raros no País. Poucos ainda resistem em regiões predominantemente rurais.
Foi logo após o Concílio Vaticano II (1962-1965), reunião de bispos do mundo inteiro que provocou profundas mudanças na Igreja Católica, que formadores vocacionais passaram a receber candidatos mais velhos. Ainda assim, naquela época em que os católicos representavam mais de 90% da população brasileira, a experiência cristã acontecia já na infância, o que influenciava vocações religiosas precoces. Atualmente, pelo fato de as famílias serem mais enxutas e em muitas delas a tradição católica não vir de berço, a vocação cristã é empurrada para outros momentos da vida. “No caso, muitas vezes, depois de experiências acadêmicas e no mercado de trabalho”, afirma o padre Valdecir Ferreira, assessor dos ministérios ordenados e vida consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A bagagem dos seminaristas com profissão costuma ser aproveitada pela Igreja. Em Porto Alegre, por exemplo, o jornalista Darlan Schwaab, 24 anos, um dos oito do seminário São José, já foi escalado para entrevistar um padre para o departamento de comunicação local. Schwaab era repórter de cultura e gastronomia do jornal “Zero Hora” até o fim do ano passado, quando decidiu seguir uma vocação que já despontava desde pequeno. Nascido no Acre, ele vai à missa aos domingos desde 5 anos, foi coroinha e frequentou retiros vocacionais. “Mas decidi não tomar nenhuma decisão antes de me formar, para discernir melhor”, diz. Para o sacerdote José Luiz da Silva, formador do seminário Santa Cruz, em Goiânia, os jovens de agora não gostam de assumir compromissos duradouros. Ele fala isso tendo em mente os nove anos de estudos necessários para que um aluno seja ordenado padre. “Mas com o passar do tempo a nossa existência cobra isso e, assim, as vocações tardias vão aumentando”, diz.
O pernambucano Adriano Bezerra dos Passos, 36 anos, matriculou-se neste ano no seminário paulista, mas sete anos atrás já havia iniciado um período de acompanhamento vocacional com a intenção de envergar a batina. Nesse hiato, seguiu atuando como administrador financeiro de shopping centers. Os sinais de sua vocação eram tão claros que, em seu último emprego, numa incorporadora que lhe pagava R$ 12 mil mensais como executivo comercial, os colegas o apelidaram de padre. Passos cursou economia, foi coroinha, participou de comunidades eclesiais de base e manifestou ao pai o desejo de ser sacerdote aos 12 anos. Mas foi só no ano passado, ao ver ao vivo o discurso do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, que decidiu mudar os rumos de sua vida. “Eu cresci no meio do povo, em comunidade, faz parte da minha formação. O papa tem o poder de fazer as pessoas se voltarem para a Igreja e eu resolvi me aproximar das dores e do sofrimento das pessoas como ele prega”, afirma.
A decisão do pernambucano, que se candidatou para recolher o lixo no seminário, não foi surpresa para as pessoas próximas, incluindo a então namorada, com quem rompeu para amadurecer os sinais de sua vocação. Seu companheiro de casa, o médico Sarmento, ao contrário, sofreu um pouco mais. Sua então namorada, quando comunicada da decisão de seguir uma vida religiosa, achou que ele a estivesse traindo. “O que choca as pessoas não é a minha escolha, mas o que abandonei, a carreira como médico e o que poderia conquistar financeiramente”, diz. Posando para as fotos com o estetoscópio e o jaleco que trouxe para o seminário, ele completa, parafraseando o evangelista Lucas, também um médico: “No exercício da medicina, eu indicava remédios, cuidava do corpo. Aqui, eu trato as questões da alma, do espírito.”
O paraense Renato Sarmento cresceu cultivando o sonho de se formar em medicina. Primogênito de três filhos de um comerciante e uma contabilista, só conseguiu concretizá-lo depois de tirar a sorte grande. Ele acertou a quina da Mega Sena, em 2007 e, com os R$ 18 mil do prêmio, pagou um semestre inteiro em uma faculdade privada. Mais adiante, conseguiu um financiamento estudantil para arcar com o restante do curso. Assim, pôde se tornar o primeiro médico da família.
OPÇÃO
O médico Sarmento terminou com a namorada, trocou um salário de R$ 17 mil
e uma carreira promissora para encarar nove anos de estudos e se tornar padre
Empregado em dois postos de saúde e num hospital público em sua cidade natal, Paragominas, o rapaz tinha carro, um salário de R$ 17 mil e namorava. Sua carreira ia tão bem que conseguiu um estágio no departamento de neurocirurgia do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Mas Sarmento não se achava pleno. “Sentia uma inquietação, um vazio”, diz ele, sentado no banco de um seminário católico, na capital paulista, seu novo endereço desde o mês passado.
MUDANÇA
Schwaab era repórter de jornal até o ano passado.
Hoje é requisitado para entrevistar sacerdotes
Sarmento abandonou a carreira, terminou o namoro, abriu mão dos bens materiais e é, hoje, aos 25 anos, um dos 17 seminaristas matriculados no curso de propedêutica do seminário Nossa Senhora da Assunção. Seu novo sonho é ser padre. Foi na capital paulista, no silêncio da Catedral da Sé, em meados de 2013, que ele sentiu esse chamado, logo anunciado ao pároco local. De volta ao Pará, conheceu um padre que se tornou uma espécie de mentor espiritual até sua mudança definitiva para o seminário. Histórias como a do jovem paraense são cada vez mais frequentes. Reitores das casas diocesanas apontam para um aumento do número de seminaristas que, já com uma faculdade no currículo, optam por abandonar suas profissões para dar ouvidos ao chamado de Deus.
CORAGEM
Passos cursou economia e ganhava R$ 12 mil como executivo comercial
de uma incorporadora. Aos 36 anos, chegou ao seminário
Além do médico, no seminário paulista há um dentista, um psicólogo e um pós-graduado em sociologia que formam um grupo de 13 pessoas com curso superior. Em 2013, havia oito (leia quadro). “Estamos aprendendo a lidar cada vez mais com adultos que já chegam com uma considerável bagagem cultural e humana”, diz o padre Lucas Mendes, formador do seminário São José, da diocese de Porto Alegre. Nessa casa, há oito seminaristas com curso superior, sete a mais do que no ano passado. “Atualmente, o processo de maturação é lento, acontece em idades mais avançadas e isso reflete na decisão vocacional tardia.” Seminários como os de antigamente, nos quais o candidato se matriculava ainda criança, com 11, 12 anos, são cada vez mais raros no País. Poucos ainda resistem em regiões predominantemente rurais.
Foi logo após o Concílio Vaticano II (1962-1965), reunião de bispos do mundo inteiro que provocou profundas mudanças na Igreja Católica, que formadores vocacionais passaram a receber candidatos mais velhos. Ainda assim, naquela época em que os católicos representavam mais de 90% da população brasileira, a experiência cristã acontecia já na infância, o que influenciava vocações religiosas precoces. Atualmente, pelo fato de as famílias serem mais enxutas e em muitas delas a tradição católica não vir de berço, a vocação cristã é empurrada para outros momentos da vida. “No caso, muitas vezes, depois de experiências acadêmicas e no mercado de trabalho”, afirma o padre Valdecir Ferreira, assessor dos ministérios ordenados e vida consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A bagagem dos seminaristas com profissão costuma ser aproveitada pela Igreja. Em Porto Alegre, por exemplo, o jornalista Darlan Schwaab, 24 anos, um dos oito do seminário São José, já foi escalado para entrevistar um padre para o departamento de comunicação local. Schwaab era repórter de cultura e gastronomia do jornal “Zero Hora” até o fim do ano passado, quando decidiu seguir uma vocação que já despontava desde pequeno. Nascido no Acre, ele vai à missa aos domingos desde 5 anos, foi coroinha e frequentou retiros vocacionais. “Mas decidi não tomar nenhuma decisão antes de me formar, para discernir melhor”, diz. Para o sacerdote José Luiz da Silva, formador do seminário Santa Cruz, em Goiânia, os jovens de agora não gostam de assumir compromissos duradouros. Ele fala isso tendo em mente os nove anos de estudos necessários para que um aluno seja ordenado padre. “Mas com o passar do tempo a nossa existência cobra isso e, assim, as vocações tardias vão aumentando”, diz.
O pernambucano Adriano Bezerra dos Passos, 36 anos, matriculou-se neste ano no seminário paulista, mas sete anos atrás já havia iniciado um período de acompanhamento vocacional com a intenção de envergar a batina. Nesse hiato, seguiu atuando como administrador financeiro de shopping centers. Os sinais de sua vocação eram tão claros que, em seu último emprego, numa incorporadora que lhe pagava R$ 12 mil mensais como executivo comercial, os colegas o apelidaram de padre. Passos cursou economia, foi coroinha, participou de comunidades eclesiais de base e manifestou ao pai o desejo de ser sacerdote aos 12 anos. Mas foi só no ano passado, ao ver ao vivo o discurso do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, que decidiu mudar os rumos de sua vida. “Eu cresci no meio do povo, em comunidade, faz parte da minha formação. O papa tem o poder de fazer as pessoas se voltarem para a Igreja e eu resolvi me aproximar das dores e do sofrimento das pessoas como ele prega”, afirma.
A decisão do pernambucano, que se candidatou para recolher o lixo no seminário, não foi surpresa para as pessoas próximas, incluindo a então namorada, com quem rompeu para amadurecer os sinais de sua vocação. Seu companheiro de casa, o médico Sarmento, ao contrário, sofreu um pouco mais. Sua então namorada, quando comunicada da decisão de seguir uma vida religiosa, achou que ele a estivesse traindo. “O que choca as pessoas não é a minha escolha, mas o que abandonei, a carreira como médico e o que poderia conquistar financeiramente”, diz. Posando para as fotos com o estetoscópio e o jaleco que trouxe para o seminário, ele completa, parafraseando o evangelista Lucas, também um médico: “No exercício da medicina, eu indicava remédios, cuidava do corpo. Aqui, eu trato as questões da alma, do espírito.”
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Evangelho do Dia
EVANGELHO COTIDIANO
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Evangelho segundo S. João 4,5-42.
Jesus declarou-lhe: «Mulher, acredita em mim: chegou a hora em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, haveis de adorar o Pai.
Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.
Mas chega a hora e é já em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são assim os adoradores que o Pai pretende.
Deus é espírito; por isso, os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade.»
Disse-lhe a mulher: «Eu sei que o Messias, que é chamado Cristo, está para vir. Quando vier, há-de fazer-nos saber todas as coisas.»
Jesus respondeu-lhe: «Sou Eu, que estou a falar contigo.»
Nisto chegaram os seus discípulos e ficaram admirados de Ele estar a falar com uma mulher. Mas nenhum perguntou: 'Que procuras?', ou: 'De que estás a falar com ela?'
Então a mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àquela gente:
«Eia! Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será Ele o Messias?»
Eles saíram da cidade e foram ter com Jesus.
Entretanto, os discípulos insistiam com Ele, dizendo: «Rabi, come.»
Mas Ele disse-lhes: «Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis.»
Então os discípulos começaram a dizer entre si: «Será que alguém lhe trouxe de comer?»
Declarou-lhes Jesus: «O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.
Não dizeis vós: 'Mais quatro meses e vem a ceifa'? Pois Eu digo-vos: Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa.
Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa.
Nisto, porém, é verdadeiro o ditado: 'um é o que semeia e outro o que ceifa'.
Porque Eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga.»
Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram nele devido às palavras da mulher, que testemunhava: «Ele disse-me tudo o que eu fiz.»
Por isso, quando os samaritanos foram ter com Jesus, começaram a pedir-lhe que ficasse com eles.
E ficou lá dois dias. Então muitos mais acreditaram nele por causa da sua pregação, e diziam à mulher:
«Já não é pelas tuas palavras que acreditamos; nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é verdadeiramente o Salvador do mundo.»
Comentário do dia: São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
CC Sermão 22; PL 57, 477
«Então a mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àquela gente: “Eia! Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será Ele o Messias?”»
3º Domingo da Quaresma
Evangelho segundo S. João 4,5-42.
Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacob tinha dado ao seu filho José. Ficava ali o poço de Jacob.
Então Jesus, cansado da caminhada, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia.
Entretanto, chegou certa mulher samaritana para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-me de beber.»
Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos.
Disse-lhe então a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou samaritana?» É que os judeus não se dão bem com os samaritanos.
Respondeu-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: 'dá-me de beber', tu é que lhe pedirias, e Ele havia de dar-te água viva!»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, não tens sequer um balde e o poço é fundo...
Onde consegues, então, a água viva? Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob, que nos deu este poço donde beberam ele, os seus filhos e os seus rebanhos?»
Replicou-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede;
mas, quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna.»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede, nem ter de vir cá tirá-la.»
Respondeu-lhe Jesus: «Vai, chama o teu marido e volta cá.»
A mulher retorquiu-lhe: «Eu não tenho marido.» Declarou-lhe Jesus: «Disseste bem: 'não tenho marido', pois tiveste cinco e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste verdade.»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, vejo que és um profeta!
Os nossos antepassados adoraram a Deus neste monte, e vós dizeis que o lugar onde se deve adorar está em Jerusalém.»
Então Jesus, cansado da caminhada, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia.
Entretanto, chegou certa mulher samaritana para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-me de beber.»
Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos.
Disse-lhe então a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou samaritana?» É que os judeus não se dão bem com os samaritanos.
Respondeu-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: 'dá-me de beber', tu é que lhe pedirias, e Ele havia de dar-te água viva!»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, não tens sequer um balde e o poço é fundo...
Onde consegues, então, a água viva? Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob, que nos deu este poço donde beberam ele, os seus filhos e os seus rebanhos?»
Replicou-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede;
mas, quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna.»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede, nem ter de vir cá tirá-la.»
Respondeu-lhe Jesus: «Vai, chama o teu marido e volta cá.»
A mulher retorquiu-lhe: «Eu não tenho marido.» Declarou-lhe Jesus: «Disseste bem: 'não tenho marido', pois tiveste cinco e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste verdade.»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, vejo que és um profeta!
Os nossos antepassados adoraram a Deus neste monte, e vós dizeis que o lugar onde se deve adorar está em Jerusalém.»
Jesus declarou-lhe: «Mulher, acredita em mim: chegou a hora em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, haveis de adorar o Pai.
Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.
Mas chega a hora e é já em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são assim os adoradores que o Pai pretende.
Deus é espírito; por isso, os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade.»
Disse-lhe a mulher: «Eu sei que o Messias, que é chamado Cristo, está para vir. Quando vier, há-de fazer-nos saber todas as coisas.»
Jesus respondeu-lhe: «Sou Eu, que estou a falar contigo.»
Nisto chegaram os seus discípulos e ficaram admirados de Ele estar a falar com uma mulher. Mas nenhum perguntou: 'Que procuras?', ou: 'De que estás a falar com ela?'
Então a mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àquela gente:
«Eia! Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será Ele o Messias?»
Eles saíram da cidade e foram ter com Jesus.
Entretanto, os discípulos insistiam com Ele, dizendo: «Rabi, come.»
Mas Ele disse-lhes: «Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis.»
Então os discípulos começaram a dizer entre si: «Será que alguém lhe trouxe de comer?»
Declarou-lhes Jesus: «O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.
Não dizeis vós: 'Mais quatro meses e vem a ceifa'? Pois Eu digo-vos: Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa.
Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa.
Nisto, porém, é verdadeiro o ditado: 'um é o que semeia e outro o que ceifa'.
Porque Eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga.»
Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram nele devido às palavras da mulher, que testemunhava: «Ele disse-me tudo o que eu fiz.»
Por isso, quando os samaritanos foram ter com Jesus, começaram a pedir-lhe que ficasse com eles.
E ficou lá dois dias. Então muitos mais acreditaram nele por causa da sua pregação, e diziam à mulher:
«Já não é pelas tuas palavras que acreditamos; nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é verdadeiramente o Salvador do mundo.»
Comentário do dia: São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
CC Sermão 22; PL 57, 477
«A água apaga o fogo ardente e a esmola expia o pecado.» (Sl 3,30): a água é comparada à misericórdia; mas, tal como a água vem de uma fonte, tenho de procurar a fonte da misericórdia. E encontrei-a no profeta: «Em Ti está a fonte da vida e é na tua luz que vemos a luz» (Sl 36,10).
É Ele próprio quem, no Evangelho, pede água à samaritana. […] O Salvador pede água à mulher e finge ter sede, para distribuir aos sedentos a graça eterna. Com efeito, a Fonte não podia ter sede, nem Aquele em quem se encontra a água viva podia beber a água poluída desta terra. Cristo tinha sede? Sim, tinha sede, não da bebida dos homens, mas de os salvar; tinha sede, não da água da terra, mas de redimir o gênero humano.
Cristo, que é a fonte, sentado ao pé do poço, faz jorrar milagrosamente, nesse mesmo sítio, as águas da misericórdia; e uma mulher que já tinha tido seis amantes é purificada pelas torrentes de água viva. Que grande maravilha: uma mulher leviana, que vem buscar água ao poço da Samaria, vai-se embora casta, depois de beber da fonte de Jesus! Tendo vindo buscar água, regressa com a virtude: confessa de imediato os pecados a que Jesus alude, reconhece a Cristo e anuncia o Salvador. Abandona o seu cântaro de água […] e, em vez dele, leva a graça à cidade; aliviada do seu fardo, regressa cumulada de santidade. […] Aquela que tinha vindo como pecadora regressa como profetisa.
É Ele próprio quem, no Evangelho, pede água à samaritana. […] O Salvador pede água à mulher e finge ter sede, para distribuir aos sedentos a graça eterna. Com efeito, a Fonte não podia ter sede, nem Aquele em quem se encontra a água viva podia beber a água poluída desta terra. Cristo tinha sede? Sim, tinha sede, não da bebida dos homens, mas de os salvar; tinha sede, não da água da terra, mas de redimir o gênero humano.
Cristo, que é a fonte, sentado ao pé do poço, faz jorrar milagrosamente, nesse mesmo sítio, as águas da misericórdia; e uma mulher que já tinha tido seis amantes é purificada pelas torrentes de água viva. Que grande maravilha: uma mulher leviana, que vem buscar água ao poço da Samaria, vai-se embora casta, depois de beber da fonte de Jesus! Tendo vindo buscar água, regressa com a virtude: confessa de imediato os pecados a que Jesus alude, reconhece a Cristo e anuncia o Salvador. Abandona o seu cântaro de água […] e, em vez dele, leva a graça à cidade; aliviada do seu fardo, regressa cumulada de santidade. […] Aquela que tinha vindo como pecadora regressa como profetisa.
Santa Rafka (Rebeca)
No dia 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se tornou religiosa adotou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe, falecida quando ela tinha sete anos.
Rebeca era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa. Aos onze anos ela foi servir uma família libanesa na, na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e angustiada com o seu possível matrimonio. Uma tarde foi a igreja rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa contrariando a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria em Bifkaya.
A congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca, três anos depois, completava o noviciado pronunciando os votos e se formando professora. Foi enviada como missionária e professora nos povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente, evangelizando pelo exemplo e pela palavra.
Em 1871, a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava por uma crise e seria fechada. Rebeca, ouvindo novamente a voz que a guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de Rafka.
Assim, iniciou uma outra fase de sua vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de cura. Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.
Foram vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã.
Rafka ainda vivia e a população falava dela como santa. Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas. Os prodígios e milagres foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001, quando o papa João Paulo II a proclamou santa.
O seu corpo repousa na igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano. Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o mundo.
Santa Rafka (Rebeca), rogai por nós!
Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu na cidade de Majorca de Campos, Leon, na Espanha, em 1538, no seio de uma família nobre e rica. Estudou em Valadolid, Salamanca e Santiago de Compostela, licenciado em direito e foi membro da Inquisição. Sua vida era pautada pela honestidade e lisura, mas, jamais poderia suspeitar que Deus o chamaria para um grande ministério. Quando então foi nomeado Arcebispo para a América espanhola, pelo Papa Gregório XIII, atendendo um pedido do rei Felipe II, da Espanha, que tinha muita estima por Turíbio.
O mais curioso é que ele teve de receber uma a uma todas as ordens de uma só vez até finalizar com a do sacerdócio, para em 1580, ser consagrado Arcebispo da Cidade dos Reis, chamada depois Lima, atual capital do Peru, aos quarenta anos de idade. Isso ocorreu porque apesar de ser tonsurado, isto é, ter o cabelo cortado como os padres, ainda não pertencia ao clero. E, foi assim que surgiu um dos maiores apóstolos da Igreja, muitas vezes comparado a Santo Ambrósio.
Chegando à América espanhola em 1581, ficou espantado com a miséria espiritual e material em que viviam os índios. Aprendeu sua língua e passou a defendê-los contra os colonizadores, que os exploravam e maltratavam. Era venerado pelos fiéis e considerado um defensor enérgico da justiça, diante dos opressores.
Apoiado pela população, organizou as comunidades de sua diocese e depois reuniu assembléias e sínodos, convocando todos os habitantes para a evangelização. Sob sua direção, foram realizados dez concílios diocesanos e os três provinciais que formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Inclusive, o Sínodo Provincial de Lima, em 1582, foi comparado ao célebre Concílio de Trento. Conta-se que neste sínodo, com fina ironia, Turíbio desafiou os espanhóis, que se consideravam tão inteligentes, a aprenderem uma nova língua, a dos índios.
Quando enviou um relatório ao rei Felipe II, em 1594, dava conta de que havia percorrido quinze mil quilômetros e administrado o sacramento da crisma a sessenta mil fiéis. Aliás, teve o privilégio e a graça de crismar três peruanos, que depois se tornaram santos da Igreja: Rosa de Lima, Francisco Solano e Martinho de Porres.
Turíbio fundou o primeiro seminário das Américas e pouco antes de morrer doou suas roupas, inclusive as do próprio corpo, aos pobres e aos que o serviram, gesto, que revelou o conteúdo de toda sua vida. Faleceu no dia 23 de março de 1606, na pequena cidade de Sanã, Peru. Foi canonizado em 1726, pelo Papa Bento XIII, que declarou São Turíbio de Mongrovejo "apóstolo e padroeiro do Peru", para ser celebrado no dia do seu trânsito.
São Turíbio de Mongrovejo, rogai por nós!
No dia 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se tornou religiosa adotou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe, falecida quando ela tinha sete anos.
Rebeca era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa. Aos onze anos ela foi servir uma família libanesa na, na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e angustiada com o seu possível matrimonio. Uma tarde foi a igreja rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa contrariando a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria em Bifkaya.
A congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca, três anos depois, completava o noviciado pronunciando os votos e se formando professora. Foi enviada como missionária e professora nos povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente, evangelizando pelo exemplo e pela palavra.
Em 1871, a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava por uma crise e seria fechada. Rebeca, ouvindo novamente a voz que a guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de Rafka.
Assim, iniciou uma outra fase de sua vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de cura. Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.
Foram vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã.
Rafka ainda vivia e a população falava dela como santa. Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas. Os prodígios e milagres foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001, quando o papa João Paulo II a proclamou santa.
O seu corpo repousa na igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano. Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o mundo.
Santa Rafka (Rebeca), rogai por nós!
São Turíbio de Mongrovejo
Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu na cidade de Majorca de Campos, Leon, na Espanha, em 1538, no seio de uma família nobre e rica. Estudou em Valadolid, Salamanca e Santiago de Compostela, licenciado em direito e foi membro da Inquisição. Sua vida era pautada pela honestidade e lisura, mas, jamais poderia suspeitar que Deus o chamaria para um grande ministério. Quando então foi nomeado Arcebispo para a América espanhola, pelo Papa Gregório XIII, atendendo um pedido do rei Felipe II, da Espanha, que tinha muita estima por Turíbio.
O mais curioso é que ele teve de receber uma a uma todas as ordens de uma só vez até finalizar com a do sacerdócio, para em 1580, ser consagrado Arcebispo da Cidade dos Reis, chamada depois Lima, atual capital do Peru, aos quarenta anos de idade. Isso ocorreu porque apesar de ser tonsurado, isto é, ter o cabelo cortado como os padres, ainda não pertencia ao clero. E, foi assim que surgiu um dos maiores apóstolos da Igreja, muitas vezes comparado a Santo Ambrósio.
Chegando à América espanhola em 1581, ficou espantado com a miséria espiritual e material em que viviam os índios. Aprendeu sua língua e passou a defendê-los contra os colonizadores, que os exploravam e maltratavam. Era venerado pelos fiéis e considerado um defensor enérgico da justiça, diante dos opressores.
Apoiado pela população, organizou as comunidades de sua diocese e depois reuniu assembléias e sínodos, convocando todos os habitantes para a evangelização. Sob sua direção, foram realizados dez concílios diocesanos e os três provinciais que formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Inclusive, o Sínodo Provincial de Lima, em 1582, foi comparado ao célebre Concílio de Trento. Conta-se que neste sínodo, com fina ironia, Turíbio desafiou os espanhóis, que se consideravam tão inteligentes, a aprenderem uma nova língua, a dos índios.
Quando enviou um relatório ao rei Felipe II, em 1594, dava conta de que havia percorrido quinze mil quilômetros e administrado o sacramento da crisma a sessenta mil fiéis. Aliás, teve o privilégio e a graça de crismar três peruanos, que depois se tornaram santos da Igreja: Rosa de Lima, Francisco Solano e Martinho de Porres.
Turíbio fundou o primeiro seminário das Américas e pouco antes de morrer doou suas roupas, inclusive as do próprio corpo, aos pobres e aos que o serviram, gesto, que revelou o conteúdo de toda sua vida. Faleceu no dia 23 de março de 1606, na pequena cidade de Sanã, Peru. Foi canonizado em 1726, pelo Papa Bento XIII, que declarou São Turíbio de Mongrovejo "apóstolo e padroeiro do Peru", para ser celebrado no dia do seu trânsito.
São Turíbio de Mongrovejo, rogai por nós!
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