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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Santo do dia - 24 de abril

São Bento Menni

Ângelo Hércules Menni nasceu no dia 11 de março de 1841, em Milão, na Itália, sendo o quinto dos quinze irmãos. A família do casal de negociantes Luiz e Luiza era de cristãos fervorosos, onde se rezava o Rosário todas as noites, se praticava a caridade e todos os sacramentos.

Foi esse ambiente familiar, somado a quatro episódios, que fizeram o jovem Ângelo optar por tornar-se um sacerdote. Foram eles: a oração diária diante de um quadro de Maria, a Santíssima Mãe de Jesus; alguns exercícios espirituais aos dezessete anos de idade; os conselhos de um eremita de sua cidade natal; e o exemplo dos irmãos de São João de Deus tratando os soldados que chegavam à estação de Milão, feridos na batalha de Magenta, serviço que ele próprio praticou.

Aos dezenove anos de idade, entrou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus, trocando o nome de batismo pelo de Bento. Iniciou os estudos filosóficos e teológicos no Seminário de Lodi e depois foi concluí-los no Colégio Romano, atual Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 1866.

Nessa ocasião, o papa Pio IX confiou-lhe a difícil missão de restaurar a Ordem Hospitaleira na Espanha; aliás, a escolha não poderia ter sido mais feliz. Este jovem religioso, que tinha apenas vinte e cinco anos, chegou em Barcelona em 1867. Ali começou a restauração da Ordem, que tinha sido suprimida pelo liberalismo, tanto na Espanha como em Portugal. Depois de dar nova vida à Ordem na Espanha, continuou com a sua restauração em Portugal e no México, já no princípio do século XX.

Bento foi um homem de generosidade e caridade inesgotáveis e de excepcionais predicados de comando e administração. Em 31 de maio de 1881, juntamente com duas religiosas, fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, especializada na assistência aos doentes psiquiátricos.
Estava em Paris quanto adoeceu, vindo a falecer no dia 24 de abril de 1914, na cidade de Dinan. As suas relíquias mortais estão guardadas na capela da Casa-mãe de Ciempozuelos, em Madri, Espanha.

Em 1985, o papa João Paulo II declarou-o beato, e, em 1999, o mesmo pontífice canonizou são Bento Menni, proclamando-o "profeta da hospitalidade".


São Bento Menni, rogai por nós!


São Fidelis de Sigmaringen
Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601.

Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar.
Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana.

Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé.

Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes de morrer, no dia 24 de abril de 1622.
O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724. 


São Fidelis de Sigmaringen, rogai por nós!



Santa Maria Eufrásia Pelletier
Batizada com o nome de Rosa Virginia Pelletier, ela nasceu na ilha de Noirmontier, região da Vandea, França, no dia 31 de julho de 1796. Cresceu onde foi o centro da Revolução Francesa, sendo educada pelas ursulinas de Chavanhe e, depois, freqüentou o Instituto da Associação Cristã de Tours.

Aos dezesseis anos, entrou no mosteiro de Tours, na Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, fundada, em 1641, por são João Eudes, destinada à reabilitação das jovens e das mulheres em perigo moral e para a reeducação cristã de todas que lá pediam abrigo e proteção.

Em 1817, fez os votos de profissão de fé e tomou o nome de Maria de Santa Eufrásia e, aos vinte e nove anos, foi nomeada superiora desse mosteiro. Ali fundou a Obra das "Madalenas", onde as moças que voltavam para o caminho correto podiam aderir à vida religiosa, nos moldes das carmelitas, seguindo relativamente o Regulamento, vestindo o hábito e tendo uma ala própria no mosteiro.

Em 1829, fundou, em Angers, um novo Refúgio, nome usado pelas carmelitas para designar uma Casa da sua ordem, do qual se tornou superiora depois de dois anos. Dessa forma, deu um grande impulso para a continuação do trabalho de redenção das moças no desvio da vida. Assim, a Casa de Angers tornou-se a Casa-mãe de uma organização paralela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, submetida a essa ordem, mas com mosteiros com autonomia separada.

Estava fundada a Ordem de Nossa Senhora do Bom Pastor, da qual se tornou a superiora geral até o fim da vida. Ela encontrou muitas resistências, porém, em 1835, o papa Gregório XVI, que concordava com ela, aprovou a nova ordem.

A sua obra foi tão vigorosa que Maria Eufrásia fundou mais Casas do que todos os fundadores de ordens da Igreja. Foram 111 entre 1829 e 1868, ano em que morreu, vitimada por um tumor que lhe causou muito sofrimento, no dia 24 de abril.

Foi beatificada em 1933 e canonizada sete anos depois. Uma estátua de santa Maria Eufrásia Pelletier foi colocada na basílica de São Pedro, no Vaticano, com muita justiça entre os grandes fundadores de ordens da Igreja. Sua festa é realizada no dia de sua morte.


Santa Maria Eufrásia Pelletier, rogai por nós!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

São Jorge - orações

ORAÇÃO de SÃO JORGE.
Dia: 23 de Abril.



São Jorge, guerreiro vencedor do dragão, Rogai por nós.
 
Ó São Jorge, meu guerreiro, invencível na Fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança abra os meus caminhos. Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer algum mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar.
 
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, a Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.
 
Oh! Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel cavalo meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Ajudai-me a superar todo o desanimo e alcançar a graça que tanto preciso: (fazer aqui o seu pedido)... Dai-me coragem e esperança fortalecei minha e auxiliai-me nesta necessidade.  Com o poder de Deus, de Jesus Cristo e do Divino Espírito Santo. Amém!
 
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria, 1 Glória ao Pai. 
São Jorge rogai por nós!
ORAÇÃO DA ESPADA DE SÃO JORGE
São Jorge, guerreiro vencedor do dragão, Rogai por nós.

 
Oh! Glorioso Guerreiro São Jorge, eu te suplico confiante que serei atendido, neste momento difícil da minha vida, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, com Vossa Espada de Luta, venha cortar todo mal e principalmente ( fazer o pedido).
 
Com a força do teu poder de defesa, eu me coloco na proteção do teu escudo, para combater o bom combate contra todo mal ou influência negativa que estiver em meu caminho. Amém.
 
São Jorge Cavaleiro, guiai-me. São Jorge Guerreiro, defendei-me. São Jorge Mártir, protegei-me.
 
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria, 1 Glória ao Pai.  
São Jorge rogai por nós!
 

ORAÇÃO DO MANTO DE SÃO JORGE
 
São Jorge, guerreiro vencedor do dragão, Rogai por nós.

 
São Jorge, militar valoroso, que com a vossa lança abatestes e vencestes o dragão feroz, vinde em meu auxílio, nas tentações do demônio, nos perigos, nas dificuldades, nas aflições. Cobri-me com o vosso manto, ocultando-me dos meus inimigos, dos meus perseguidores. Protegido por vosso Manto, andarei por todos os caminhos, viajarei por todos os mares, de noite e de dia, e os meus inimigos não me verão, não me ouviram, não me acompanharão.
 
Sob a vossa proteção, não cairei, não derramarei o meu sangue, não me perderei. Assim como o Salvador esteve nove meses no seio de Nossa Senhora, assim eu estarei bem guardado e protegido, sob o vosso manto, tendo sempre São Jorge a minha frente armado de sua lança e do seu escudo. Amém.
 
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria, 1 Glória ao Pai.  
São Jorge rogai por nós!

 

Santo do dia - 23 de abril

Santo Adalberto


Adalberto nasceu em 956, na Boêmia, atual República Checa, e era descendente da nobre família dos príncipes de Slavnik. Seu nome de batismo era Woytiech, isto é, "socorro do exército". Ainda bebê, adoeceu gravemente, gerando uma promessa por parte dos pais: teria sua vida consagrada a Deus. Como recuperou a saúde, eles encaminharam seus estudos de forma que, mais tarde, se tornasse sacerdote. Foi educado pelo arcebispo Adalberto, da cidade de Magdeburgo, do qual tomou o nome, em 983, durante sua ordenação.

Nesse mesmo ano, acompanhou a agonia do bispo de Praga, Diethmar I, que morreu pouco tempo depois. Seus contemporâneos o elegeram seu sucessor e, em sinal de humildade e de penitência, entrou na cidade descalço. Assim que tomou posse, procurou reestruturar a diocese. Adalberto dedicou-se totalmente à proteção dos pobres e doentes.

Diz a tradição que ele, todos os dias, tinha à mesa, nas refeições, a companhia de doze mendigos, em homenagem aos santos apóstolos . Conta-se que, certa vez, uma mendiga pediu-lhe esmola e, como não tinha, ele lhe deu o próprio manto. Apesar desse exemplo vivo, seu rebanho insistia em viver totalmente fora dos padrões cristãos.

Desiludido, depois de seis anos ele resolveu abandonar a diocese, pedindo ao papa João XV que o afastasse do cargo. Entrou no mosteiro de São Bonifácio, onde passou cinco anos, para de novo voltar a Praga e retomar, a pedido do papa, a direção da diocese. Contudo, novamente o povo o repudiou por causa da disciplina cristã correta que queria instaurar. Novamente decepcionado, retomou, angustiado, a vida de monge.

Em obediência ao papa Gregório V, Adalberto assumiu pela terceira vez a diocese de Praga. Seu regresso foi tempestuoso. Os fiéis se revoltaram e impediram que entrasse na cidade. Seus parentes sofreram atentados, os bens foram confiscados, os castelos incendiados.

Ele, então, se refugiou na Polônia, onde, a pedido de seu amigo, duque Boleslao, seguiu com alguns sacerdotes em missão evangelizadora na Prússia, que ainda era pagã. Adalberto fixou-se na cidade de Danzig e converteu praticamente toda a população. Porém os sacerdotes pagãos, vendo acabar seu poder e influência, arquitetaram e executaram o assassinato de Adalberto e de todos os religiosos que o acompanhavam.

Ele foi morto com sete golpes de lança e depois decapitado, na cidade de Tenkiten, no dia 23 de abril de 997. Os inimigos entregaram seu corpo ao duque Boleslao mediante pagamento em ouro. Adalberto foi enterrado no convento de Gniezno. Logo o seu túmulo se tornou meta de peregrinação, com inúmeras graças acontecendo por sua intercessão. No ano 999, o papa Silvestre II canonizou o primeiro bispo eslavo de Praga, Adalberto.

Em 1039, suas relíquias foram trasladadas definitivamente para a catedral de Praga, para onde o primeiro pontífice eslavo da história cristã, Carol Wojtyla, ou papa João Paulo II, seguiu em peregrinação para as comemorações do milênio da festa de santo Adalberto. 


Santo Adalberto, rogai por nós!


São Jorge

A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta.

Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.

A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque.

Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão.

De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano.



Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um cavalo branco, com uma lança, vencendo um dragão:
“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.”

Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial.

São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente

São Jorge, rogai por nós!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Santo do dia - 22 de abril

São Caio

No livro dos papas da Igreja, encontramos registrado que o papa Caio nasceu na Dalmácia, atual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados.

Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas. Também ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos. Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino, e da sobrinha Suzana, que se havia consagrado a Cristo.

Antes de ser escolhido papa, os dois irmãos sacerdotes tinham transformado em igreja a casa em que residiam. Lá, ouviam os aflitos, pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministravam os sacramentos do batismo e do matrimônio. Isso porque a Igreja não tinha direito à propriedade, pois não era reconhecida pelo Império.

O grande contratempo enfrentado pelo papa Caio deu-se no âmbito interno do próprio clero, devido à crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão aos devotos cristãos. A última, pela ordem cronológica, na época, foi a de "Mitra". Esta heresia era do tipo maniqueísta, de origem asiática, pela qual Deus assumia em si a contraposição celeste da luz e da treva. Tal heresia e outras ele baniu por completo, criando harmonia entre os cristãos.

Conforme antigos escritos da Igreja, apesar do parentesco com o imperador o papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora Segundo se verificou nos antigos escritos, esse teria sido o motivo da ira do soberano ao assinar o severo decreto que mandou matar todos os cristãos, começando pelos três parentes.

Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296. A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio, até pelo fato de Diocleciano ter encerrado por completo as perseguições somente no ano 303.

As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calisto. Depois, em 631, foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma. A Igreja o reverencia com o culto litúrgico marcado para o dia de sua morte.


São Caio, rogai por nós!

Santa Maria Egipcíaca

 

Nasceu no Egito no século V, e com apenas 12 anos tomou a decisão de sair de casa, em busca dos prazeres da vida. Providencialmente, conheceu um grupo de cristãos peregrinos que ia para o Santo Sepulcro, e os acompanhou, apenas movida pelo interesse no passeio. Por três vezes quis entrar na Igreja, mas não conseguiu. E uma voz interior lhe fez perceber o quanto ela era escrava do pecado. Ela recorreu a Virgem Maria, representada numa imagem que ali estava, e em oração se comprometeu a um caminho de conversão. Ingressou na Igreja e saiu de seu sepulcro.

Com a graça do Senhor ela pôde se arrepender e se propor a um caminho de purificação.
Ela foi levada ao deserto de Judá, onde ficou por quarenta anos, e nas tentações recorria sempre a Virgem Maria. Perto de seu falecimento, padre Zózimo foi passar seus últimos dias também nesse deserto e a conheceu, levou-lhe a comunhão e ela faleceu numa sexta-feira. O padre ao encontrar seu corpo, enterrou-a como a santa havia pedido em um recado.

Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!
São Sotero
 
Poucas são as informações biográficas de Sotero. Foi papa entre 166 e 175, período em que ser cristão era muito difícil e perigoso. Ele foi eleito o sucessor do papa Aniceto, que morreu em 165. Nasceu na cidade de Fondi, na Campânia, Itália, e seu pai se chamava Concórdio.

Durante o seu pontificado, a Igreja ampliou-se bastante. Ele mesmo ordenou inúmeros diáconos, sacerdotes e bispos; e seu pontificado foi exemplar. Disciplinou, por meio das leis canônicas, a participação das mulheres na Igreja, que até então não tinham seu caminho muito bem definido. Mas, sobretudo, o papa Sotero combateu com grande valentia e coragem as heresias que pairavam sobre a Igreja dos tempos iniciais do cristianismo.

No seu tempo, foi extinta a heresia de Montano, que propunha um exagerado rigor de costumes. Era uma doutrina de medo e de pessimismo, porque o fim do mundo sempre poderia acontecer a qualquer momento. Supondo isso, todos os cristãos deveriam viver numa santidade irreal, renunciando ao matrimônio e buscando o sofrimento da penitência constante, porque, segundo Montano, a Igreja não tinha faculdades para perdoar os pecados. Essa doutrina, que também era defendida por Tertuliano e, principalmente, Novaciano, foi condenada pela Igreja na época do papa Sotero.

Ele defendeu a doutrina ensinada por Jesus Cristo e que a Igreja sempre continuou praticando, ou seja, que para o pecador verdadeiramente arrependido não existe pecado, por maior que seja, a que não se possa conceder o perdão. Assim, desapareceu o clima de rigor e pessimismo que tanto atormentava os cristãos, tão contrário ao da doutrina do Evangelho, que prega o amor, o perdão, a alegria e a esperança.

Outra característica do papa Sotero foi sua ardente caridade para com os necessitados. Ele desejava que se vivesse como os primeiros cristãos, citados nos textos dos apóstolos, onde "tudo era comum entre eles" e onde "todos eram um só coração e uma só alma..." Papa Sotero pedia esmolas para as dioceses mais ricas, para que fossem distribuídas entre as mais pobres e esforçava-se "por tratar a todos com palavras e obras, como um pai trata os seus filhos".

Ele foi um eloqüente defensor dos cristãos perseguidos e deixou isso registrado na carta que enviou especialmente para os de Corinto. Os vestígios dela foram encontrados quando Eusébio de Cesaréia entregou a ele a eufórica resposta de Dionísio, em agradecimento pelo conforto que o valoroso papa levou aos corações aflitos pela morte iminente.

Provavelmente, foi este corajoso apoio que levou ao martírio o papa Sotero, que morreu em 20 ou 22 de abril de 175, pela perseguição do imperador Marco Aurélio. Segundo uma antiga tradição, mantida pela Igreja, são Sotero é homenageado no dia 22 de abril.


São Sotero, rogai por nós!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Valores da Igreja Católica, de Deus, são perenes, eternos, devem ser preservados e não podem mudar com o tempo.Para eles o 'politicamente correto não existe

Monges ultraconservadores de Nova Friburgo consagram bispos à revelia do Vaticano, criticam o Papa Francisco e rezam missas em latim

Se algum dia um mensageiro chegasse ao Mosteiro da Santa Cruz, na área rural de Nova Friburgo, Região Serrana fluminense, com a notícia de que o calendário cristão retrocedeu para os anos 1950, boa parte das angústias dos nove monges que ali vivem encontraria alívio. Foi no início da década seguinte, entre 1962 e 1965, que, para eles, a Igreja Católica começou a desandar. O Concílio Vaticano II, promovido por Roma, determinou, nesse período, uma série de modernizações, como a abolição da missa tridentina feita em latim e com cantos gregorianos e do uso de véu pelas mulheres. Nenhuma dessas reformas é seguida pelo mosteiro, hoje o único beneditino tradicionalista do Brasil. 
 Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, é o único beneditino tradicionalista do Brasil. - Guilherme Leporace / Agência O Globo

Lá, a missa é toda conduzida na língua morta, o padre celebra de costas para os fiéis, a escolha de outras religiões é vista como pecado e as mulheres são aconselhadas a não trabalhar fora de casa. São as mesmas práticas adotadas desde o Concílio de Trento, no século XVI. E isso não causaria qualquer problema com o Vaticano, que tolera essas posturas, não fosse a recente ordenação de um padre e a sagração de um bispo, lá no mosteiro, sem o consentimento da Santa Sé. A isso somam-se severas críticas feitas ao Papa Francisco, considerado progressista demais pelos monges. Estes planejam, ainda, novas ordenações e sagrações à revelia de Roma. 
- *O  Papa Francisco recentemente manifestou opinião favorável aos gays e todos sabemos que as práticas gays são abominações. Os valores de Deus são eternos e não estão sujeitos as modernidades do mundo.
Alguns consideram que a Igreja deve se modernizar, adaptar ritos de dois mil anos atrás aos costumes atuais - dois mil anos, ou dois milhões de anos, nada são comparados à eternidade.
E a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, cuida primordialmente da salvação das almas e a salvação é para toda a eternidade.

Um dos grandes expoentes da corrente tradicionalista da Igreja, o bispo inglês Richard Williamson, veio ao Brasil, em meados do mês passado, para consagrar um bispo no mosteiro de Friburgo, o francês Jean-Michel Faure. No fim de março, Faure, por sua vez, ordenou um padre, André Zelaya de León. Ambas as cerimônias foram consideradas clandestinas, porque ocorreram sem autorização do Vaticano, e ganharam destaque em jornais internacionais, como o italiano “La Stampa”, o alemão “Frankfurter Allgemeine” e o inglês “Guardian”. Pela rebeldia, de acordo com a lei canônica, Williamson, Faure e León estão automaticamente excomungados. — A excomunhão é uma pena espiritual para quem cometeu uma falta religiosa. Como acreditamos que não foi cometida falta alguma aqui, eles não se sentem excomungados — afirma o irmão Miguel, pernambucano de 24 anos, um dos monges de Friburgo.

Ele explica que não existe um cisma apenas entre os sacerdotes progressistas, que são a esmagadora maioria, e os tradicionalistas. Há uma cisão também entre os próprios conservadores, muitos dos quais consideraram desnecessárias as recentes cerimônias de ordenação e sagração. 

Missas são rezadas em latim no mosteiro Santa Cruz - Guilherme Leporace / Agência O Globo

Segundo o monge superior, Dom Tomás de Aquino, há cerca de 500 “pessoas que pensam” como eles no Brasil. A maioria do rebanho, porém, está na França, país que mais faz doações para o Mosteiro da Santa Cruz. Nasceu em solo francês, por exemplo, uma das instituições católicas consideradas mais ultraconservadoras, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Fundada pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre em 1970, a entidade foi uma resposta ao Concílio Vaticano II, que havia terminado cinco anos antes. No entanto, ela foi, aos poucos, adquirindo um espírito conciliador com a Santa Sé, até que, em 2012, chegou a expulsar de seu quadro o bispo Williamson, um dos mais resistentes a qualquer alteração nos dogmas. Desde então, a relação entre a fraternidade e o mosteiro de Friburgo, que sempre foi estreita, ficou estremecida. — Nós nos posicionamos ao lado dele e, por isso, criamos um atrito com a fraternidade. Depois disso, o próprio bispo Williamson, que tem 75 anos, ficou com medo de morrer e não ter nenhum bispo que dê continuidade ao pensamento dele e do arcebispo Lefebvre, que já morreu. Só um bispo pode sagrar outro. 
-* a sucessão de um bispo é a prática da sucessão apostólica, a transmissão dos poderes recebidos pelos Apóstolos do próprio Jesus Cristo e que só pode ser formalizada durante a sagração que tem que ser realizada por um bispo.
O próprio Papa é o Bispo de Roma.

E o Vaticano não mandaria nenhum bispo para nós, porque não nos aprova. Se Williamson morresse, estaríamos perdidos. Por isso, ele resolveu sagrar Faure — conta irmão Miguel, enquanto serve uma bandeja com cafezinho na antessala da clausura dos monges.

Faure está longe de ser considerado da nova geração dos tradicionalistas. Ele tem 73 anos, quase a mesma idade de Williamson. Mas a escolha explica-se: a confiança na retidão dele pesou mais do que o risco da idade avançada. — O bispo Williamson preferiu sagrar alguém que ele tem certeza de que, meses depois, não estará mudando de lado. Mas, a partir de agora, ele e Faure pretendem sagrar outros bispos, para dar continuidade — revela irmão Miguel. A equipe do “Globo a Mais” foi recebida no mosteiro, que fica na região de Riograndina, a cerca de 40 minutos do centro de Nova Friburgo, numa segunda-feira, às 11h. Àquela hora, começaria uma missa que daria indulgência plena a quem a assistisse, desde que estivesse seguindo todos os preceitos católicos tradicionalistas, informou um jovem com terço na mão e voz que mal saía da boca. Logo saberíamos que o motivo da “indulgência plena” era o fato de a missa ser a primeira celebrada pelo padre recém ordenado no lugar, dom André Zelaya de León. Essa primeira celebração seria em adoração à Virgem Maria. A pedido do bispo Williamson, o sacerdote ainda rezaria duas missas, nos dois dias seguintes: uma pelo Espírito Santo, outra pelas almas dos defuntos.

Para assistir à missa, a repórter teve de usar um véu branco rendado. É como a tradição manda por ali: as solteiras com véu branco, e as casadas com véus de outras cores. Sem o adereço, com saias curtas ou calça comprida, não é permitido. Um aviso na porta do templo traz essas orientações, referindo-se a uma decisão da “Sagrada Congregação do Concílio contra a imoralidade das modas femininas”, datada de 12 de janeiro de 1930.

A igreja é pequena: 13 bancos parcamente ocupados por não mais que dez fiéis, além de integrantes do mosteiro e meia dúzia de freiras. A estrutura também é modesta, com piso de encerar, paredes brancas, vigas e janelas de madeira e entradas no teto para a luz do sol. Do início ao fim, a cerimônia foi conduzida por cantos gregorianos, o sacerdote de costas para todosele virou-se seis breves vezes, suficientes para emitir uma frase, ininteligível para quem não é versado em latim. O ritual levou uma hora e dez a missa de domingo costuma se estender mais, por até três horas. O silêncio sepulcral que às vezes se instalava era quebrado apenas pelo barulho dos cliques da câmera fotográfica.

Missa Tridentina II do Papa Bento XVI


Após a missa, em entrevista, o superior do mosteiro, dom Tomás de Aquino, afirmou que o Papa Francisco está contribuindo para destruir os pilares básicos do catolicismo, criticou até mesmo Bento XVI — visto por estudiosos da Igreja como adepto de uma doutrina mais tradicional — e expressou a certeza de que as decisões tomadas no Concílio Vaticano II serão um dia revistas. — Não sei quando isso vai acontecer, mas é certo que o (Concílio) Vaticano II será anulado. Eu nem imaginava que duraria tanto. Às vezes, a Igreja comete erros e depois revê isso. Joana D’Arc, por exemplo, foi condenada e, mais tarde, tornada santa — compara o monge superior. — Antes de virar Papa, o então cardeal Bento XVI chegou a reconhecer publicamente que o Concílio Vaticano II foi um Anti-Syllabus. O Syllabus foi uma lista de erros da vida moderna, documento feito pelo Papa Pio IX. E o Vaticano II reabilitou todos esses erros! Mas nem Bento XVI pode ser considerado tradicional. Ele tinha uma aparência de tradicional, mas sua doutrina não era. Todos os papas que vieram depois da década de 1960 são modernistas, progressistas demais. O Papa Francisco é o mais escandaloso deles. 

Nascido no Rio, dom Tomás de Aquino estudou no colégio São Bento e na PUC-Rio, ambas instituições particulares católicas da Zona Sul carioca. Aos 20 anos, em 1974, abandonou o curso de Direito para viver em um mosteiro tradicionalista da França, onde morou por 12 anos. Antes mesmo de mudar de país, seu pai havia comprado um terreno em Nova Friburgo, e, em 1986, resolveu doá-lo ao mosteiro beneditino que o filho integrava, para os monges criarem uma unidade também no Brasil. Dom Tomás voltou para cá naquele mesmo ano e, em 1987, a instituição foi fundada, abrigando seis monges. Destes, apenas dom Tomás e dom Plácido continuam por lá.

Entre os atuais nove monges, há um da França, um da Guatemala, um de Pernambuco, três da Bahia e três do Rio. Está para chegar, em breve, mais um integrante. O sustento do mosteiro vem, em grande parte, das doações, que podem ser feitas em vários bancos do Brasil e de outros países, como França, Suíça e Alemanha. A instituição também recebe doações via internet, por PayPal. — Não somos antigos no que diz respeito à tecnologia. Gostamos muito dessas maquininhas. Só somos antigos em relação à doutrina — diz Dom Tomás, sempre que um visitante estranha que eles usem essas modernas formas de pagamento. 

Cedo, ainda universitário do curso de Direito, ele esboçava esse apego à tradição. O monge lembra a orientação que um professor lhe deu uma vez, de que um bom advogado deve mudar a lei inovando. A evocação de mudanças e inovações não agradou o então estudante, que logo retrucou: “mas inovar apenas por obrigação não é bom. Vai que se inova para o lado errado?”.  — Não demorei a perceber que a profissão de advogado não seria para mim. Estava fazendo a faculdade apenas para não ficar parado, enquanto não encontrava um mosteiro tradicional que me agradasse — conta ele, com a voz doce de quem passou quatro décadas vivendo uma rotina de “silêncio, trabalho e estudo”, das 4h às 20h30m. 

As opiniões de Dom Tomás de Aquino — que ele chama de “certezas” — fariam arrepiar qualquer noviço que tenha aulas nos seminários mais modernos. Ao defender a histórica posição contrarrevolucionária da Igreja Católica, ele cita, por exemplo, que o Papa Pio XI repudiou a Revolução Francesa. E lhe dá razão:  — A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi, na verdade, a negação dos direitos de Deus — dispara, no mesmo tom que usaria para comentar se vai chover ou não. 

E ai de quem diga, perto de um dos monges, que a religião é uma opção particular das pessoas. — Os sacerdotes modernistas querem nos incutir que a religião tem a ver com sentimento. Mas nós dizemos que não, que a religião é verdade, é objetividade. E, se uma delas é a verdadeira, as outras, obviamente, são falsas. Isso é matemática simples — arremata dom Tomás. 

Não é de espantar que a postura liberal do Papa Francisco dê calafrios nos monges. O superior do mosteiro acredita que o conservador cardeal americano Raymond Burke teria sido uma escolha mais razoável para assumir o papado, após a morte de São João Paulo II — que, aliás, os integrantes do mosteiro não consideram santo, mesmo após a canonização. O cardeal Burke chegou a ser afastado da presidência do Supremo Tribunal do Vaticano pelo Papa Francisco, no fim do ano passado, por defender a discriminação dos homossexuais. O fato, no entanto, apenas faz os monges verem o cardeal com mais bons olhos.  — Não fomos nós que inventamos a moral. É Deus que nos dita. Alguns comportamentos nós podemos tolerar, para o bem comum, mas não aprovar, nem incentivar — comenta, evasivo, sobre a homossexualidade.

O papel das mulheres na sociedade, por sua vez, é bem delimitado aos olhos dos monges. As fiéis que frequentam a igreja são aconselhadas a usarem roupas discretas e a não ambicionarem uma carreira que as faça ficar muito tempo longe de casa. — Hoje em dia, a missão de ser mãe foi rebaixada. Queremos lembrar às mulheres o quão importante é esse papel. E não dá para uma mulher ficar dias em uma plataforma de petróleo e ser boa mãe ao mesmo tempo. Ela tem que escolher — diz o religioso, repetindo esse exemplo pelo menos mais uma vez ao longo da entrevista. — A missão da mulher é diferente da do homem, ela não precisa imitá-lo. 

Nem mesmo esportes escapam da lista de censuras.  — Uma mulher que joga futebol ou luta boxe acaba perdendo um pouco da feminilidade. Não é aconselhável — aponta ele, que deixa a voz mais firme quando fala sobre aborto. É um erro aos olhos de Deus. Não é algo natural.

Dom Tomás enfatiza que uma família “normal” é aquela com muitos filhos, isto é, sem que os pais façam uso de métodos contraceptivos. Ao ser lembrado de que Jesus, no entanto, foi filho único, ele para por cinco segundos e franze o cenho de leve. — Bem colocado... Mas Jesus era tão único que é a exceção. E não podemos fazer da exceção a regra — cita ele, emendando numa calma risada. 

Quando o assunto da conversa chega a temas que o monge caracteriza como “sensíveis”, como o fato de o bispo Williamson já ter negado a existência de câmaras de gás nos campos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, Dom Tomás desconversa.  — Às vezes bispo Williamson se expressa de maneira impactante e é mal compreendido. Não sou historiador, então não tenho o que dizer sobre o assunto.

O próprio Dom Richard Wiliamson se tornou bispo em uma cerimônia que também ocorreu no Mosteiro da Santa Cruz e à revelia do Vaticano, em 1988, logo um ano depois da fundação do lugar. Ele foi consagrado bispo ao lado de outros três padres da época, dom Tissier de Mallerais, dom Fellay e dom Galarreta. Quem conduziu a cerimônia foi o patrono dos ultraconservadores, arcebispo Marcel Lefebvre. Todos foram excomungados na ocasião, mas a pena foi retirada durante o papado de Bento XVI. 

Esse movimento de resistência às decisões da Santa Sé, do qual o mosteiro é peça fundamental no Brasil, não agrada o bispo diocesano de Nova Friburgo, Dom Edney Gouvêa Mattoso, que se encarregou de enviar uma carta sobre o assunto ao Sumo Pontífice. Em nota oficial, ele alertou: “Cabe-me exortar todos os fiéis católicos a cumprir o grave dever de permanecer unidos ao papa na Igreja Católica, e de não apoiar de modo algum essa ilegítima ordenação episcopal e as consequências que dela advirão”. A divergência doutrinal mantém Dom Edney e Dom Tomás em lados opostos.  — Faz dois anos, ele (Dom Edney) passou aqui, nos cumprimentamos e só. Nossa relação é de educação, mas não pode passar disso — afirma o superior do mosteiro.

Além dos estudos religiosos, os sacerdotes de lá se dedicam ao cultivo de mel e eucalipto, produtos que vendem para ajudar nos proventos. Também administram duas escolinhas para crianças: São Bento, para meninos, e Santa Escolástica, para meninas. Outra fonte de renda é o aluguel de duas casas no terreno do mosteiro. Há, também, uma terceira residência, mas ocupada por uma família que trabalha para eles. Nesses três lares, todos com crianças, os sacerdotes recomendam que não haja televisão, porque “embota o pensamento”, e que as meninas sejam acostumadas a usar saias. — Às vezes, nos pintam quase como uma seita, mas são só três famílias aqui, e não bisbilhotamos a vida de ninguém — alega dom Tomás. 

As únicas horas de passatempo que os monges costumam ter chegam na tarde de segunda-feira, após a missa. São mais ou menos duas horas, usadas não tão livremente assim.

Fonte: A matéria foi publicada no Globo A Mais.

* representam a opinião dos editores do Blog  Catolicismo


Abaixo transcrevemos matéria sobre  A Missa de costas para o povo?

A Missa de costas para o povo?

 "Numa intenção de desprestigiar a Missa legitimamente celebrada na forma extraordinária ou antiga do Rito Romano, agora equiparada pelo Papa à forma ordinária em vigor, costuma-se a ela se referir como sendo aquela missa celebrada “de costas para o povo”. Interessante que por quatro séculos a Missa foi assim celebrada e só agora se notou isso?

 

Na verdade, a Missa na forma tradicional não é celebrada pelo Sacerdote de costas para o povo, mas sim pelo padre se postando na mesma direção do povo, em direção ao Oriente, “versus Orientem”, que representa Nosso Senhor. Todos em direção ao Senhor! Para frente e para cima. Assim como o comandante não marcha de costas para os seus soldados mas na mesma direção deles, para frente.

 

Eis a explicação que nos dá o então Cardeal Joseph Ratzinger, agora nosso Papa Bento XVI: “No plano concreto, um erro grave atribuído à reforma pós-conciliar foi o costume de o sacerdote celebrar voltado para os fiéis. Dessa forma, o Sacerdote torna-se o verdadeiro ponto de referência de toda a celebração. Tudo acaba em cima dele. É ele que se precisa olhar. A atenção é cada vez menos voltada para Deus e é cada vez mais importante o que fazem as pessoas que ali se encontram e que não têm a menor intenção de submeter-se a um esquema predisposto. O sacerdote virado para o povo dá à comunidade o aspecto de um todo fechado sobre si mesmo. Sua postura não é mais aberta para frente e para cima, mas fechada em si mesma.”

 

E ele recorda que, ao contrário do que muitos pensam, do altar voltado para o povo não há menção alguma no texto do Concílio Vaticano II. E, segundo ele, “no costume antigo, a questão não era de virar as costas ao povo, mas de adotar a mesma orientação do povo”.

 

“Quem entender isso, diz ele, entende facilmente que a questão não é olhar o sacerdote, mas olharmos juntos o Senhor e ir ao seu encontro. Fiéis e sacerdote não devem olhar um para os outros, mas olhar juntos para Ele, o transpassado. A oração comunitária litúrgica deve mirar a que oremos de verdade, isto é, que não falamos um com o outro, mas falamos com Deus e perante Deus.”

 

+ Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo Titular de Cedamusa - Campos – RJ.

 

(Lembrando que Deus está ali presente no Sacrário e a Cruz que lembra o caráter Sacrificial da Missa. Por isso devem estar no centro da Igreja no lugar de honra e mais elevado em direção ao oriente, para que todos possam ver e contemplar.

O que dizer quando muitos já não têm fé que Jesus está ali vivo e real, porém invisível aos olhos humanos? E pior ainda, quando Jesus no Sacrário é atirado para o lado ou escondido, se sentindo assim como que desprezado, rejeitado ou um simples mais um, a olhar?)



        "Neste nosso tempo a criatura é mais valorizada que o Próprio Criador que a fez."

 

A Escritura diz: “A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular.”

 

Assim a Santa Madre Igreja Católica Apostólica vai sendo despida de sua Sacralidade, assim como despiram Nosso Senhor Jesus Cristo no alto do calvário.

 

A Escritura também diz: “Quando voltar será que encontrarei fé sobre a terra?”


 Texto transcrito do Site: 
http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20P%C3%A1gina/O%20Poder%20da%20Santa%20Missa..htm

Os destaques em azul, negritados ou não, de alguns trechos, são de responsabilidade dos editores do Blog Catolicismo e endossamos todo o conteúdo da comentário transcrito: A Missa de costas para o povo

 

Santo do dia - 21 de abril

Santo Anselmo

 Anselmo fugiu de casa para poder tornar-se um religioso. Para ele o significado do ato ia além de abandonar a proteção paterna, significava esquecer toda a fortuna e influência que sua família possuía.

Anselmo nasceu em Aosta, no norte da Itália, em 1033, e seu pai freqüentava as rodas da nobreza reinante. Por isso projetou para o filho uma carreira que manteria e até aumentaria a fortuna do clã, razão pela qual se opunha rigidamente à vontade do filho de tornar-se sacerdote. Como Anselmo perdera a mãe muito cedo, e tinha um coração doce e manso, como registram os escritos, fez a vontade do pai até os vinte anos.

Mas, dentro de si, a tristeza crescia. Anselmo queria dedicar-se de corpo e alma à sua fé, contrária à vida mundana de festas em meio ao luxo e à riqueza. Estudava com os beneditinos e sua vocação o chamava a todo instante. Assim, um dia não agüentou mais e fugiu de casa.

Vagou pela Borgonha e pela França até chegar à Normandia, onde, então, se entregou aos estudos religiosos, sob a orientação do monge Lanfranco. Em pouco tempo, ordenou-se e formou-se teólogo. Tão rapidamente quanto sua alma desejava, viu-se eleito abade do mosteiro e professor. Passou, então, a pregar pelas redondezas e, como o cargo o permitia, a liderar a implantação de uma grande reforma monástica.

Como seu trabalho lhe trouxe renome, passou a influenciar intelectualmente na sua época, tanto espiritual quanto materialmente, por meio do que escrevia. Foram tantos os escritos deixados por ele que é considerado o fundador da ciência teológica no Ocidente.

Chegou a arcebispo-primaz da Inglaterra. Conta-se que enfrentou duras perseguições do rei Guilherme, o Vermelho, e de Henrique I. Mas tinha a fala tão mansa e argumentos tão pacíficos que com eles desarmava seus inimigos e virava o jogo a seu favor.

Anselmo morreu em Canterbury, com setenta e seis anos, no dia 21 de abril de 1109, e foi declarado "doutor da Igreja" pelo papa Clemente XI em 1720.


Santo Anselmo, rogai por nós!



São Conrado de Parzham
João Birndorfer era o penúltimo dos dez filhos de Bartolomeu e Gertrudes, um casal de alemães católicos de profunda fé, que nasceu na pequena aldeia de Parzhan, em 1818, na Baixa Baviera.

Iniciou sua vida de oração, humildade e caridade quando ainda era menino e chamava a atenção pelos longos momentos em que permanecia em contemplação e penitência. Devemos ressaltar esses "longos momentos", que eram, na verdade, todo o tempo em que não estava na escola ou trabalhando com os pais nas propriedades rurais que a família possuía no vale do Rott, em Passavia.

João tinha quatorze anos quando perdeu a mãe. Dois anos depois, ficou órfão também de pai e resolveu entregar-se de vez à religião. Até os trinta e um anos de idade, permaneceu trabalhando com a família nos campos, mas, sentindo-se chamado à vida religiosa, entrou para o mosteiro-santuário dos capuchinhos de Santa Ana em Altoetting, onde vestiu o hábito de monge e assumiu o nome de Conrado, depois de dividir toda a sua fortuna com os pobres. Os anos que restaram de sua vida foram vividos trabalhando na mais completa humildade como porteiro daquele mosteiro-santuário.

Foram quarenta e três anos de dedicação ao próximo, principalmente quando se tratava de desamparados, mendigos, doentes, viúvas, crianças órfãs etc. Devoto de Maria e da eucaristia, era dotado de muitos dons, dentre os quais o que mais se destacava era o da profecia. O mosteiro de Santa Ana recebia, anualmente, milhares de romeiros que procuravam o santuário ali existente e todos voltavam para suas terras louvando o conforto espiritual e a ajuda material que recebiam de Conrado.

Ele, no seu ministério de evangelização quase silencioso, provocou um despertar de fé na região, cooperando com a obra benéfica em favor da infância abandonada e perigosa, conhecida na época com o nome de Liebeswerk, ganhando em vida a fama de santidade.

Morreu em 1894, após longos anos de jejum e penitências numa vida, à primeira vista, rude, mas que era pautada na simplicidade cristã, paciente e operosa, voltada para o amor ao próximo na figura de Jesus Crucificado, da Virgem Santíssima e da santa eucaristia.

Aprovados os milagres atribuídos à sua intercessão, depois de sua morte, o papa Pio XI beatificou-o em 1930 e, depois de uma rapidez insólita no processo de canonização, em 1934 ele próprio o inscreveu no livro dos santos. A festa litúrgica de são Conrado acontece no dia 21 de abril, dia de sua morte.


São Conrado de Parzham, rogai por nós!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Santo do dia - 20 de abril

Santa Inês de Montepulciano


Inês nasceu em 28 de janeiro de 1268, na aldeia de Graciano, próxima da cidade de Montepulciano, que depois lhe serviu de sobrenome. Era filha de pais riquíssimos, da família dos Segni. Mas sua vocação deve ter se manifestado quando era ainda criança, pois mal aprendeu a falar e já ficava pelos cantos recitando orações, procurando lugares silenciosos para conversar com Deus.

Não tinha ainda seis anos quando manifestou aos pais a vontade de tornar-se religiosa e, com nove anos, já estava entregue aos cuidados das religiosas de São Domingos. Entretanto não foi só isso. Ainda não completara dezesseis anos de idade, quando suas companheiras de convento a elegeram superiora e o papa Nicolau VI referendou essa decisão incomum.

Contudo sua atuação no cristianismo fica bem demonstrada com uma vitória histórica que muito contribuiu para sua canonização. Existia em Montepulciano uma casa que várias mulheres utilizavam como prostíbulo. Inês passou a dizer às religiosas que um dia transformaria aquela casa em convento.

Partindo dela, prometer, lutar e conseguir não era surpresa alguma para ninguém. A surpresa foi ter conseguido ir além do prometido, tanto influenciou as mulheres que as pecadoras se converteram, e a casa se transformou num convento exemplar na ordem e na virtude.

Como não poderia deixar de ser, numa vida tão explosiva quanto um raio, a morte também lhe veio precocemente. Não tinha completado cinqüenta anos de idade quando uma dolorosa doença a acometeu e ela morreu rapidamente, no dia 20 de abril de 1317, assim como acontecera com as outras etapas de sua vida.

O local de sua sepultura se tornou alvo de peregrinações, com muitas graças ocorrendo por intercessão de santa Inês de Pulciano, como passou a ser chamada. Ali foram registradas curas de doentes, a conversão de grandes e famosos pecadores e outros fatos prodigiosos. Inês de Montepulciano foi canonizada pelo papa Bento XIII em 1726. 


Santa Inês de Montepulciano, rogai por nós!


São Teodoro
 O significado de seu nome, "dom de Deus", tem tudo a ver com os talentos especiais que Teodoro demonstrou durante toda a vida. O religioso, nascido na segunda metade do século VI na Galícia, hoje França, desde pequeno demonstrou ter realmente vindo ao mundo para a edificação da Igreja, terminando seus dias como instrumento dos prodígios e graças que brotavam à sua volta.

Diz a tradição que, já aos oito anos, procurava lugares escondidos e solitários para rezar. Depois, quando adolescente, chegou a cavar uma gruta na capela de São Jorge, especialmente para ali entregar-se à oração e a contemplação.

É preciso esclarecer que, além de tudo, seus pais pediram para o filho a proteção de são Jorge desde o instante do seu nascimento, pois sua mãe teve um parto muito difícil. Teodoro foi agradecido ao santo, que tinha como padrinho, pelo resto de seus dias.

Todavia seus pais também não esperavam que ele se dedicasse tanto assim à religião e se preocupavam, pois ele era muito diferente dos outros meninos da sua idade, principalmente por ter cavado "sua" caverna na capela.

Dizem os devotos que o próprio são Jorge apareceu num sonho a sua mãe, para que ficasse tranqüila quanto ao futuro de Teodoro. Logo depois alguns prodígios e graças começaram a acontecer na gruta, pois que, em pouco tempo, todos os dias, grande parte dos moradores locais eram atraídos para lá.

Teodoro ainda não tinha idade para isso, mas o bispo da cidade vizinha de Anastasiópolis assumiu a tutela do rapaz e o ordenou sacerdote. E mal voltou para sua cidade natal, o povo o elegeu bispo. No cargo ele permaneceu por dez anos, quando abandonou tudo e voltou à sua vida solitária de penitência e oração contemplativa.

Novamente as graças passaram a fazer parte do cotidiano da gruta de Teodoro, onde grandes multidões o procuravam. Teodoro ali ficou até o dia 20 de abril de 613, quando morreu. Sua festa é muito celebrada pelos católicos do mundo todo, especialmente na França, Alemanha e entre os cristãos de língua eslava. 


São Teodoro, rogai por nós!