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sexta-feira, 25 de março de 2016

Sexta-feira da Paixão

Sexta-feira da Paixão: Mistério de amor 

Vamos começar nossa reflexão a partir das palavras que São João usa para sintetizar o que aconteceu na Última Ceia e na Paixão de Jesus: “Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1).


Amar até o fim significa que, no caminho da sua entrega por nós na cruz, Jesus seguiu todas as etapas, sem deixar uma só, e chegou até o final. As penúltimas palavras que pronunciou na cruz foram: “Tudo está consumado” (Jo 19, 30), antes de clamar: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lc 23, 46).


Mas amar até o fim também significa que Cristo, na cruz, nos amou sem limite algum, sem recuo algum, sem se poupar em nada, até o extremo. Nada limitou o amor do Senhor por nós. Não se deteve em barreiras, não O arredou nenhuma dor, nenhum sacrifício, nenhum horror. Acima do Seu bem-estar, da Sua honra, da Sua vida, colocou a salvação dos que amava, de cada um de nós.


Já pensamos no que é um amor ilimitado? Um amor que não depende de nada, nem exige nada, para se dar por inteiro? 


O amor de Cristo começa sem que nós O tenhamos amado, não é retribuição, é puro dom; e chega até o extremo ainda que nós não o correspondamos, melhor dizendo, no meio de uma brutal falta de correspondência. Nisso consiste o amor – esclarece São João –: “Não em termos nós amado a Deus, mas em que Ele nos amou primeiro e enviou o seu Filho para expiar os nossos pecados” (1 Jo 4, 10).

Explicação da solenidade de Sexta-Feira Santa com padre Paulo Ricardo 

A meditação da Paixão, neste sentido, é transparente. Nenhum sofrimento físico aparta Jesus da cruz. Basta que contemplemos – como numa sequência rápida de planos cinematográficos – Cristo preso, amarrado, arrastado indignamente, esbofeteado, açoitado até a Sua carne se converter numa pura chaga, coroado de espinhos, esfolado e esmagado sob o peso da cruz e de nossos pecados, cravado com pregos ao madeiro, torturado pela dor, pela sede, pelo esgotamento… Nada O detém na Sua entrega amorosa.
 
Podemos projetar também – em flashes consecutivos – a sequência dos sofrimentos morais do Senhor, e perceber que tampouco conseguiram afastá-lo de chegar até o fim. É caluniado, ridicularizado, julgado iniquamente, condenado injustamente; alvo de dolorosa ingratidão, de hedionda traição; é ferido pela infidelidade, pela falta de correspondência dos que amava e escolhera como Apóstolos; é atingido pelas troças mais grosseiras, pelos insultos mais ferinos, por escarros e tapas no rosto…


Nada O faz recuar, nem sequer a última humilhação, pois não O deixaram morrer em paz, e desrespeitaram com zombarias e insultos até os últimos instantes da Sua agonia. Os que passavam perto da cruz sacudiam a cabeça e diziam: “Se és o Filho de Deus, desce da cruz!” 


Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos também zombavam de Jesus nessa hora: “Ele salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é rei de Israel, desça agora da cruz e creremos nele; confiou em Deus, que Deus o livre agora, se o ama…” (Mt 27, 39-43). Esta doação sem limites de Cristo é o Amor que nos salva, o caminho que Ele quis escolher para nos livrar do mal, afogando-o em si – no Seu Amor – como num abismo. 

Ao mesmo tempo, é um contínuo apelo ao nosso amor. “Quem não amará o Seu Coração tão ferido? – perguntava São Boaventura. Quem não retribuirá o amor com amor? Quem não abraçará um Coração tão puro? Nós, que somos de carne, pagaremos amor com amor, abraçaremos o nosso Ferido, a quem os ímpios atravessaram as mãos e os pés, o lado e o Coração. 

Fonte: Canção Nova

 

25 de março - Anunciação do Senhor

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” 

 Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra

Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.



 
Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: “A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade.”

A visita do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, quando esta se encontrava em Nazaré, cidade da Galiléia, marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do Velho Testamento e daria ao mundo um novo caminho, trazendo à luz a Boa Nova. Ali nasceu também a oração que a partir daquele instante estaria para sempre na boca e no coração de todos os católicos: a Ave Maria.

Maria era uma jovem simples, noiva de José, um carpinteiro descendente direto da linhagem da casa de Davi. A cerimônia do matrimônio daquele tempo, entretanto, estabelecia que os noivos só teriam o contato carnal da consumação depois de um ano das núpcias. Maria, portanto, era virgem.

Maria perturbou-se ao receber do anjo o aviso que fora escolhida para dar a luz ao Filho de Deus, a quem deveria dar o nome de Jesus, e que Ele era enviado para salvar a Humanidade e cujo Reino seria eterno. Sim porque Deus, que na origem do Mundo Criou todas as coisas com sua Palavra, desta vez escolheu depender da palavra de um frágil ser humana, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Redentor da Humanidade.

Ela aceitou sua parte na missão que lhe fora solicitada, demonstrando toda confiança em Deus e em Seus desígnios, para o cumprimento dessa profecia e mostrou porque foi ela a escolhida para ser Instrumento Divino nos acontecimentos que iriam mudar o destino da Humanidade.
Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).

Ao perguntar como poderia ficar grávida, se não conhecia homem algum e receber de Gabriel a explicação de que seria fecundada pelo Espírito Santo, por graças do Criador, sua resposta foi tão simples como sua vida e sua fé: "Sou a serva do Senhor. Faça-se segundo a Sua vontade".

Com esta resposta, pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da maternidade divina, mas ao mesmo tempo também os sofrimentos, os sacrifícios que a ela estavam ligados. Declarou-se pronta a cumprir a vontade de Deus em tudo como sua serva. Era como um voto de vítima e de abandono. Esta disposição é a mais perfeita, é a fonte dos maiores méritos e das melhores graças. O momento da Anunciação, onde se dá a criação, na pessoa de Maria como a Mãe de Deus, que acolhe a divindade em si mesma, contém em si toda a eternidade e, nesta, toda a plenitude dos tempos.

Por isso a data de hoje marca e festeja este evento que se trata de um dos mistérios mais sublimes e importantes da História do homem na Terra: a chegada do Messias, profetizada séculos antes no Antigo Testamento. Episódio que está narrado em várias passagens importantes do Novo Testamento.

A festa da Anunciação do Anjo à Virgem Maria, Lc 1,26-38, é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal, só é transferida quando coincide com a Semana Santa.  


Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14). 

Por isso rezemos com toda a Igreja:
“Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.


Santo do dia - 25 de março

São Dimas

O Evangelho fala pouco deste Santo. Nem mesmo o nome, os evangelistas fixaram. O que sabemos foi trazido pela tradição que são os nomes: Dimas, o Bom Ladrão e Simas, o mau ladrão.

Sem dúvida alguma, se trata de um santo original, único, privilegiado, que mereceu a honra de ser canonizado em vida por Jesus Cristo, na hora solene de nossa Redenção. Os outros santos só foram solenemente reconhecidos, no outro milênio, a partir do ano 999. A Igreja comemorava os mártires e confessores, mas sem uma declaração oficial e formal. Enquanto que, a de São Dimas quem proclamou foi o próprio Fundador da Igreja.

Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.

Segundo a tradição, Dimas não era judeu, mas sim egípcio de nascimento. Dimas e Simas praticavam o banditismo nos desertos de passagem para o Egito. Lá a Sagrada Família, que fugia da perseguição do rei Herodes, foi assaltada por dois ladrões e um deles a protegeu. Era Dimas. Naquela época, entre os bandidos havia o costume de nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Assim, Dimas deu abrigo ao Menino Jesus protegendo a Virgem Maria e São José.

Dimas foi um bandido muito perigoso da Palestina. E isso, realmente pode ser afirmado pelo suplício da cruz que mereceu. Essa condenação horrível era reservada somente aos grandes criminosos e aos escravos.

O Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: "Em Jerusalém comemoração do Bom Ladrão que na cruz professou a fé de Jesus Cristo". E no mundo todo São Dimas passou a ser festejado neste dia.

O Bom Ladrão ou São Dimas foi o primeiro que entrou no céu: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc 23,43). Ele passou a ser popularmente considerado o "Padroeiro dos pecadores arrependidos da hora derradeira, dos agonizantes, da boa morte". Morreu sacramentado pela absolvição do próprio Cristo, e por Ele conduzido ao Paraíso. 


São Dimas, rogai por nós!


Santo Irêneo de Sírmium

Irêneo foi martirizado no século IV, sob a perseguição sangrenta e implacável do imperador Diocleciano. Era bispo de Sírmium, na Panônia. Atualmente Mitrovica, na Hungria. Não há muitos dados sobre sua vida, até ser condenado por ser cristão e levado à presença do governador da Hungria, Probo. Fora casado, mas ao assumir o sacerdócio se tornou celibatário, como era necessário naqueles tempos.

Além destas informações, temos sobre ele o relato do processo e do seu julgamento. Probo, o próprio governador que o interrogou, não se conformava com o fato de o bispo não exprimir vontade alguma de salvar sua vida, sacrificando aos deuses pagãos, como dizia o decreto do imperador romano. Assim, fez de tudo para que ele mudasse de idéia. Depois que Irêneo se recusou ao sacrifício ordenado, foi amarrado a um cavalete e torturado. Como nem ao menos reclamasse, Probo mandou buscar todos os membros de sua família. Vieram mãe, esposa e filhos e todos passaram a chorar por ele, ao redor do instrumento de tortura, pedindo que ele abrisse mão de sua condição de cristão. Igualmente, de nada adiantou. Não renegou a fé em Cristo.

Irêneo foi levado então de volta ao cárcere, onde durante dias permaneceu sendo espancado continuamente. Mais uma vez levado à presença do governador, o bispo novamente se negou a obedecer às ordens do imperador. Probo mandou então que ele fosse jogado no rio. Só então o bispo Irêneo reclamou: não admitia que tivessem dó dele por ser cristão, já que não tiveram do Cristo. Exigia ser passado a fio de espada. Irado com a insolência do religioso, Probo mandou então que fosse decapitado. Era o dia 25 de março de 304.

A Igreja celebra a festa litúrgica de Irêneo de Sírmium, no dia de sua morte. 



Santo Irêneo de Sírmium, rogai por nós!
 

quinta-feira, 24 de março de 2016

Instituição da Eucaristia

 
Quando chegou o momento de Sua partida para a eternidade, JESUS bondade infinita nos ofereceu o melhor presente: instituiu a Sagrada Eucaristia, Presença Real DELE Mesmo com Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Esta foi à maneira sensível que o SENHOR JESUS escolheu para permanecer junto do povo que ELE Salvou e Redimiu. ELE é verdadeiramente o pão descido do Céu, alimento espiritual, força e inspiração para a humanidade na caminhada existencial, poderoso elo que une e congrega todos os fieis ao redor de um único Altar até a consumação dos séculos, porque ELE é DEUS, com o PAI e o ESPÍRITO SANTO. 


São Mateus registrou aquele inesquecível momento escrevendo as palavras que JESUS falou:

"Enquanto comiam (a Ultima Ceia), JESUS tomou um pão e, tendo abençoado, partiu e, distribuindo aos discípulos, disse: Tomai e comei, isto é o Meu Corpo . Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes dizendo: dele Bebei todos, pois isto é o Meu Sangue, o Sangue da Aliança, (nova Aliança) que é derramado por muitos para remissão dos pecados". (Mt 26,26-28) 
 

São Marcos registrou assim:

"Enquanto comiam, ELE tomou um pão, abençoou, partiu-o e distribuiu-lhes, dizendo: Tomai isto é o Meu Corpo. Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes, e todos dele beberam. E disse-lhes: Isto é o Meu Sangue, o Sangue da Aliança (nova Aliança), que é derramado em favor de muitos". (Mc 14,22-24)


São Lucas anotou as seguintes palavras do SENHOR:

"E tomou um pão, deu graças, partiu e distribuiu-o a eles, dizendo: Isto é o Meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em Minha memória. E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em Meu Sangue, que é derramado em favor de vós". (Lc 22,19-20)


São Paulo descreve como JESUS lhe ensinou:

"Com efeito, eu mesmo recebi do SENHOR o que vos transmiti: na noite em que foi entregue o SENHOR JESUS tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto é o Meu Corpo, que é para vós; fazei isto em memória de MIM. Do mesmo modo, após a Ceia, também tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova Aliança em Meu Sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de MIM". (1Cor 11,23-25)


O Apóstolo São João que estava ao lado do Mestre descreveu assim as palavras que JESUS pronunciou na Última Ceia:
"Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do FILHO do  Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a vida eterna e EU o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha Carne é verdadeira comida e o Meu Sangue, verdadeira bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em MIM e EU nele". (Jo 6,53-56)

As palavras de JESUS são claras e compreensíveis. Naquele momento de despedida criou o misterioso Fenômeno da Transubstanciação, que acontece em todas as Santas Missas no instante da Consagração. As espécies de pão e vinho são transformadas pelo ESPÍRITO SANTO no seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, mantendo, entretanto a aparência original das mesmas espécies.


Isto significa dizer, que verdadeiramente JESUS está presente na Hóstia Consagrada, em Pessoa e Divindade. Então, a Sagrada Comunhão não pode e não deve ser considerada como um "símbolo" ou como uma "representação" do SENHOR, porque é ELE Mesmo. O SENHOR está Realmente Presente na menor fração de uma Partícula Consagrada, em todos os sacrários do mundo. Está sempre disponível para saciar a fome espiritual, iluminar as almas, acolher as súplicas e preces de todos que buscam o seu auxílio, ajudando e inspirando ao longo da existência, protegendo e defendendo as pessoas contra as insídias de Satanás e consolando-as nos reveses da vida. Cheio de amor e misericórdia ELE Se apresenta modestamente numa partícula de trigo e água e no vinho consagrado. Nesta simplicidade ELE esconde todo o seu poder e a sua divindade. Porque ELE quer que cada um de nós, O procure não com pompas e falatórios, mas com humildade, reconhecendo as próprias fraquezas e limitações. Assim, prostrados diante DELE, conscientes de nossa insignificância e de nosso nada, com simplicidade de coração devemos manifestar a súplica mais sincera, para alcançarmos DELE as graças que emanam do Seu Divino e imenso Amor.


Esta realidade sinaliza ao raciocínio a necessidade de cada pessoa procurar aumentar cada vez mais, de alguma forma, a intensidade da atenção e do afeto que devemos dedicar ao SENHOR. Não como atitude pensada, programada e interesseira, mas como gesto normal, gerado de dentro para fora, do interior de nosso coração para o Coração do CRIADOR, um procedimento consciente, que deve ser cultivado habitualmente. Esta preocupação representará uma continua e permanente oração a DEUS, oração perseverante que deve ser modulada e adornada com as preces que recitamos todos os dias. Isto, para que elas sejam a nossa resposta de amor, num carinhoso tributo de agradecimento, por todos os bens que ELE nos proporciona, inclusive pelo dom da própria vida.
 

Santo do dia - 24 de março

Santa Catarina da Suécia


Catarina foi ao mesmo tempo filha, discípula e companheira inseparável da mãe, Santa Brígida, a maior expressão religiosa feminina da história da Suécia. Nascida num berço nobre e cristão, Catarina nasceu em 1331 e recebeu educação e cultura com sólida base religiosa. Aos sete anos de idade, foi entregue às Irmãs do convento de Risberg, que souberam desenvolver totalmente sua vocação, cristalizando os ensinamentos cristãos que já vinha recebendo desde o berço.

Mas, circunstâncias políticas e sociais fizeram com que a jovem tivesse que se casar com um nobre da corte, Edgar, que além de fervoroso cristão era doente. Assim, decidiu aceitar o voto de castidade que Catarina fizera e ele mesmo resolveu adota-lo, vivendo tranqüilos como irmãos. Quando Edgard, ficou paralítico, Catarina passou a cuidar dele com todo carinho e generosidade.

Por ocasião da morte do pai de Catarina, sua mãe Brígida resolveu se voltar totalmente para a vida religiosa, iniciando-a com uma romaria aos túmulos dos apóstolos, em Roma. Pouco tempo depois Catarina conseguiu a autorização do marido para encontrar-se com a ela. Mas, quando estavam em Roma receberam a notícia da morte de Edgard. Então, ambas fizeram os votos e vestiram o hábito de religiosas e não se separaram mais. Catarina ajudou e acompanhou todo o trabalho de caridade e evangelização desenvolvido pela mãe. Fundaram juntas o duplo mosteiro de Vadstena, na Suécia, do qual Brígida foi abadessa, criando a Ordem de São Salvador, cujas religiosas são chamadas de brigidinas.

Catarina, como sua assistente, seguiu-a em todas as viagens perigosas, em seu país e no exterior, sendo muita vezes salvas por um cervo selvagem que sempre aparecia para socorrer Catarina. Foi após uma peregrinação à Terra Santa, que Brígida veio a falecer, em Roma. Catarina acompanhou o corpo de volta para a Suécia e foi recebida com aclamação popular, junto com os restos mortais da mãe, que já era venerada por sua santidade.

Os registros relatam mais fatos prodigiosos, ocorridos com a nova abadessa, pois Catarina foi eleita sucessora da mãe no convento. Eles contam que alguns pretendentes queriam que ela abandonasse os votos e o hábito depois a morte de Edgard. Um, mais audacioso, ao tentar atacá-la, teria ficado cego e só recuperado a visão depois de se ajoelhar aos seus pés e pedir perdão, quando abriu os olhos viu ao lado de Catarina um cervo selvagem. Por isso, nas suas representações sempre há um cervo junto dela.

Entretanto, a rainha-mãe Brígida, depois de falecida passou a operar prodígios, segundo muitos devotos e peregrinos que afirmavam ter alcançado graças por sua intercessão. Por isso, a pedido do povo e das autoridades da corte, a abadessa Catarina foi a Roma requerer do Sumo Pontífice a canonização da mãe, em nome da população do seu país. Alí viveu por cinco anos, interna de um convento onde ficaram registrados sua extrema disciplina, o senso de caridade e a humildade com que tratava os doentes e necessitados.

Catarina, quando voltou para a Suécia, já era portadora de grave enfermidade, talvez pelas horas de duras penitências que praticava. Tinha cinqüenta anos de idade quando faleceu, no dia 24 de março de 1381.

O papa Inocente VIII, confirmou o culto de Santa Catarina da Suécia, em 1484. Mas o seu culto já era muito vigoroso em toda a Europa, uma vez que segundo a população romana ela teria salvado a cidade da inundação do rio Tevere cuja cheia já havia derrubado os diques que o continham. 


Santa Catarina da Suécia, rogai por nós!
 

quarta-feira, 23 de março de 2016

23 de março - Santo do dia

Santa Rafka (Rebeca)
 No dia 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se tornou religiosa adotou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe, falecida quando ela tinha sete anos.

Rebeca era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa. Aos onze anos ela foi servir uma família libanesa na, na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e angustiada com o seu possível matrimonio. Uma tarde foi a igreja rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa contrariando a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria em Bifkaya.

A congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca, três anos depois, completava o noviçado pronunciando os votos e se formando professora. Foi enviada como missionária e professora nos povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente, evangelizando pelo exemplo e pela palavra.

Em 1871, a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava por uma crise e seria fechada. Rebeca, ouvindo novamente a voz que a guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de Rafka.

Assim, iniciou uma outra fase de sua vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de cura. Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.

Foram vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã.

Rafka ainda vivia e a população falava dela como santa. Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas. Os prodígios e milagres foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001, quando o papa João Paulo II a proclamou santa.

O seu corpo repousa na igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano. Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o mundo. 


Santa Rafka (Rebeca), rogai por nós!


São Turíbio de Mongrovejo
 
Turíbio Alfonso de Mongrovejo nasceu na cidade de Majorca de Campos, Leon, na Espanha, em 1538, no seio de uma família nobre e rica. Estudou em Valadolid, Salamanca e Santiago de Compostela, licenciado em direito e foi membro da Inquisição. Sua vida era pautada pela honestidade e lisura, mas, jamais poderia suspeitar que Deus o chamaria para um grande ministério. Quando então foi nomeado Arcebispo para a América espanhola, pelo Papa Gregório XIII, atendendo um pedido do rei Felipe II, da Espanha, que tinha muita estima por Turíbio.

O mais curioso é que ele teve de receber uma a uma todas as ordens de uma só vez até finalizar com a do sacerdócio, para em 1580, ser consagrado Arcebispo da Cidade dos Reis, chamada depois Lima, atual capital do Peru, aos quarenta anos de idade. Isso ocorreu porque apesar de ser tonsurado, isto é, ter o cabelo cortado como os padres, ainda não pertencia ao clero. E, foi assim que surgiu um dos maiores apóstolos da Igreja, muitas vezes comparado a Santo Ambrósio.

Chegando à América espanhola em 1581, ficou espantado com a miséria espiritual e material em que viviam os índios. Aprendeu sua língua e passou a defendê-los contra os colonizadores, que os exploravam e maltratavam. Era venerado pelos fiéis e considerado um defensor enérgico da justiça, diante dos opressores.

Apoiado pela população, organizou as comunidades de sua diocese e depois reuniu assembléias e sínodos, convocando todos os habitantes para a evangelização. Sob sua direção, foram realizados dez concílios diocesanos e os três provinciais que formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Inclusive, o Sínodo Provincial de Lima, em 1582, foi comparado ao célebre Concílio de Trento. Conta-se que neste sínodo, com fina ironia, Turíbio desafiou os espanhóis, que se consideravam tão inteligentes, a aprenderem uma nova língua, a dos índios.

Quando enviou um relatório ao rei Felipe II, em 1594, dava conta de que havia percorrido quinze mil quilômetros e administrado o sacramento da crisma a sessenta mil fiéis. Aliás, teve o privilégio e a graça de crismar três peruanos, que depois se tornaram santos da Igreja: Rosa de Lima, Francisco Solano e Martinho de Porres.

Turíbio fundou o primeiro seminário das Américas e pouco antes de morrer doou suas roupas, inclusive as do próprio corpo, aos pobres e aos que o serviram, gesto, que revelou o conteúdo de toda sua vida. Faleceu no dia 23 de março de 1606, na pequena cidade de Sanã, Peru. Foi canonizado em 1726, pelo Papa Bento XIII, que declarou São Turíbio de Mongrovejo "apóstolo e padroeiro do Peru", para ser celebrado no dia do seu trânsito. 


São Turíbio de Mongrovejo, rogai por nós!
 

terça-feira, 22 de março de 2016

Santo do dia - 22 de fevereiro

Santa Léia
Pouco se conhece sobre a vida de Léia, uma rica romana que quando ficou viúva, ainda jovem, recusou um novo casamento, como era o costume da época, para se juntar à Marcela, abadessa de uma comunidade, criada em sua própria residência em Aventino, Roma. O local, depois se tornou um dos mosteiros fundados e dirigidos por Jerônimo, que se tornou santo, doutor da Igreja e bispo de Hipona, na África do Norte, e que viveu também nesse período, na cidade eterna.

Léia recusara ninguém menos que Vécio Agorio Pretestato, cônsul romano designado prefeito da Urbe, que lhe proporcionaria uma vida ainda mais luxuosa, pelo prestigio e privilégios que envolviam aquele cargo. Teria uma vila inteira como moradia e incontáveis criados para atendê-la. Entretanto, Léia preferiu viver numa cela pequena, fria e escura, com simplicidade e dedicada à oração, à caridade e à penitência.

A jovem abandonou os finos vestidos para usar uma roupa tosca de saco rude e fazia questão de realizar as tarefas mais humildes, assumindo uma atitude de escrava para as outras religiosas. Passava noites inteiras em oração e quando fazia obras beneméritas, o fazia escondido, para não chamar a atenção de ninguém e não receber nenhuma recompensa ou reconhecimento pelos seus atos. Por isso, Léia foi eleita Madre superiora, trabalho que exerceu durante o resto de seus dias com alegria, tranqüilidade e a mesma humildade.

Esses poucos dados sobre Léia estão contidos numa carta escrita pelo bispo Jerônimo, quando soube da sua morte, em 384. Curiosamente, ela morreu em Roma, no mesmo ano em que faleceu Vécio, o consul, rejeitado por ela .

Na ocasião dessas mortes, Jerônimo já havia se retirado de Roma para viver solitariamente perto de Belém, depois de ter sido caluniado. Retirou-se para um mosteiro e continuou dirigindo o que havia fundado, na residência romana. Na carta, que ele enviou à essas religiosas, fez um paralelo entre as duas mortes, mostrando que antes o riquíssimo cônsul usava as mais finas vestes púrpuras e agora estava envolto em escuridão, enquanto, Léia, antes vestida de rude roupa de saco, agora vivia na luz e na glória, por ter percorrido o caminho da santidade.

Logo foi venerada pelo povo que trazia Santa Léia, no coração e na memória. Até porque era difícil compreender, mesmo depois de passado tanto tempo, a troca que fizera do posto de primeira dama romana pela de abnegação de monja. Contudo, foi assim que Santa Léia escolheu viver, na entrega total ao Senhor ela encontrou a maneira de alcançar seu lugar ao lado de Deus na eternidade. 


Santa Léia, rogai por nós!


São Zacarias

Filho de pai grego, residente na Calábria, foi eleito Papa em 741 e morreu em 752. Ao contrário do seu predecessor Gregório III, relativamente a Liutprando, rei dos Lombardos, julgou ser melhor partido inaugurar com ele relações amistosas. Concluiu assim um acordo bastante vantajoso, recuperando quatro fortalezas e vários patrimônios; estipulou também com ele uma trégua de trinta anos. Mas não conseguiu impedir os Lombardos de tirarem aos Bizantinos o exarcado de Ravena.

Zacarias soube tornar favorável à Igreja romana o imperador Constantino V e recebeu mesmo territórios como dádiva. Em 747 aprovou a mudança de regime na França, com a proclamação de Pepino, o Breve.

Foi bom administrador das terras da Igreja, as quais progrediram no seu tempo. Restaurou o palácio de Latrão e embelezou, no sopé do Palatino, a igreja de Santa Maria Antiga, onde se conserva ainda o seu retrato, pintado quando ele ainda vivia.


São Zacarias, rogai por nós!

 

segunda-feira, 21 de março de 2016

Santo do dia - 21 de março

Santa Benedita Cambiagio Frassinello
 Benedita Cambiagio nasceu no dia 02 de outubro de 1791, em Langasco, Gênova. Última dos sete filhos de José e Francisca, eles a batizaram dois dias depois de seu nascimento. Ainda pequena, se mudou para Pavia, com sua família, onde o trabalho era mais promissor. Lá recebeu uma educação cristã rigorosa e teve uma profunda experiência espiritual, que a fez pensar em seguir a vida religiosa. Porém, a família a conduziu para o casamento, que ocorreu em 1816, quando ela tinha vinte e cinco anos, com João Batista Frassinello um operário e fervoroso cristão, procedente de Ronco Scrivia.

Porém, dois anos depois, sem filhos, Benedita e João Batista, que nutriam entre si um amor de irmãos, passaram a viver como tal na mesma casa. Benedita pôde assim realizar seu desejo juvenil, de se consagrar somente à Deus. Na época, sua irmã Maria, muito doente se hospedara em sua casa e o casal passou a cuidar dela com amor e dedicação, até sua morte, em 1825. Ocasião em que, João Batista entrou como irmão leigo na comunidade religiosa dos padres Somascos, e Benedita, na comunidade das Irmãs Ursulinas de Capriolo. Mas, no ano seguinte ela voltou para Pavia, muito doente. Lá teve uma visão onde lhe apareceu São Jerônimo Emiliani, ficando curada por completo.

Depois disso, Benedita começou a trabalhar na educação de jovens e crianças, com a aprovação do bispo Luís Tosi. Precisando de ajuda, Benedita recorreu ao pai. Diante da recusa, foi ao bispo, e este pediu então a João Batista que a ajudasse. Ele atendeu logo, voltou para a esposa-irmã, renovando o voto de castidade perfeita, pelas mãos do bispo.
Benedita se dedicava de corpo e alma, à educação humana e cristã de jovens e crianças pobres e abandonadas, enquanto João Batista se encarregou de conseguir ajuda material.

Na época, a instituição escolar era muito precária e Benedita fez um alertar às autoridades locais O governo entendeu o recado e concedeu à ela o título de "promotora pública da educação". Benedita passou a receber apoio de jovens e voluntárias formando uma instituição escolar de excelente nível, cujo estatuto foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas. Ela uniu ao ensino escolar, a formação catequética e o trabalho, tornando jovens e crianças modelos de vida cristã, assegurando-lhes a verdadeira formação.

A dedicação constante de Benedita nasceu e cresceu do seu fervor ao Cristo na Eucaristia e da contemplação à Jesus na Santa Cruz.. Tinha em Deus, seu sustento e sua defesa. Não lhe faltaram, na vida, experiências espirituais, que se repetiam, especialmente, durante as Missas. Porém, isso não interferia nos compromissos cotidianos da fundadora. Mas, a Obra e o programa educativo de Benedita, passaram por duras críticas por parte da oposição e de algumas pessoas do clero. Em 1838, Benedita cedeu a sua Instituição ao bispo Luís Tosi e, com cinco irmãs, deixaram Pavia indo para Ligúria.

Na cidade de Ronco Scrivia, Benedita abriu uma escola para jovens e fundou a Congregação das Irmãs Beneditinas da Providência, escrevendo ela mesma as Regras e Constituições. A Instituição se desenvolveu rapidamente, tanto que em 1847, uma nova casa foi inaugurada em Voghera. E dez anos depois outra em Prevalecera. No dia 21 de março de 1858, Benedita faleceu em Ronco Scrivia, no dia e hora por ela previstos.

Quarenta anos depois de sua morte, o Instituto, fundado por Benedita, se tornou independente. Assim, as religiosas puderam assumir o nome de "Irmãs Beneditinas da Divina Providência", em memória à fundadora, Benedita Cambiagio Frassinello. Em toda sua vida, ela se deixou conduzir pelo Espírito Santo, através de várias experiências pessoais. Embora sua luta fosse grande, nunca esmoreceu diante das dificuldades, seguindo sempre seu desejo de servir à Humanidade e a Deus. Foi beatificada em 1987 e canonizada em 2000, pelo Papa João Paulo II, que marcou a festa de Santa Benedita Cambiagio Frassinello para o dia de sua morte. 


 Santa Benedita Cambiagio Frassinello, rogai por nós!


São Nicolau de Flue

Bruder Klaus nasceu no dia 21 de março de 1417, na Suíça. Oriundo de família pobre, ainda jovem queria ser monge ou eremita. Nesta época não pôde realizar o sonho porque tinha que ajudar os pais nos trabalhos do campo. Mais tarde também não o conseguiu, pois se casou. Felizmente a escolhida era uma moça muito virtuosa e religiosa, chamada Dorotéia, com a qual teve dez filhos. Vários deles se tornaram sacerdotes, e um dos netos, Conrado Scheuber, morreu com o conceito de santidade.

Ainda neste período Klaus não pôde se dedicar totalmente às orações e meditações como queria. Os escritos da época narram que, devido ao seu reconhecido senso de justiça, retidão de consciência e integridade moral, foi convocado a assumir vários cargos públicos, como, juiz, conselheiro e deputado.

Finalmente, aos cinqüenta anos de idade conseguiu a concordância da família e abandonou tudo. Adotou o nome de Nicolau e foi viver numa cabana que ele mesmo construiu, não muito longe de sua casa, mas num local ermo e totalmente abandonado. Tinha por travesseiro uma pedra e como cama uma tábua dura. Naquele local viveu por dezenove anos e há um fato desse período que impressionou no passado e impressiona até hoje. Há provas oficiais de que ele, durante todos esses anos, alimentou-se exclusivamente da Sagrada Comunhão. Entretanto, não conseguia se manter na solidão. Amável e receptivo, não fugia de quem o procurasse. E a pátria precisou dele várias vezes.

Pacificador e inimigo das batalhas, conhecido por seus atos e pela condição de eremita, foi chamado a mediar situações explosivas como a ameaça de guerra contra os austríacos e a eclosão iminente de uma guerra civil. Mas, quando não houve jeito de alcançar a paz no diálogo, ele também não fugiu de assumir seu lugar nos campos de batalha, como soldado e mesmo oficial. Entretanto, seu trabalho na reconciliação entre as partes envolvidas nestas questões de guerra repercutiu muito na população. Nicolau passou a ser venerado pelo povo, que logo o chamou de "Pai da Pátria".

Porém, à qualquer chance que tinha voltava para sua cabana, até ser solicitado novamente. Foi conselheiro espiritual e moral de muita gente, tanto pessoas simples como ocupantes de cargos elevados. Era muito respeitado por católicos e protestantes. Há quase um consenso em seu país de que a Suíça é hoje um país neutro e pacífico, que dificilmente se envolve em guerras ou conflitos internacionais, graças à influência do "Irmão Klaus", como era, e ainda é, carinhosamente chamado por todos os suíços.

Ele morreu no dia 21 de março de 1487, exatos setenta anos do seu nascimento. O corpo de Nicolau está sepultado na Igreja de Sachslen. Beatificado em 1669, foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1947. A memória de São Nicolau de Flue é venerada pela Igreja, no dia 21 de março e como herói da pátria, no dia 25 de setembro. Ele é o Santo mais popular da Suíça. 


São Nicolau de Flue, rogai por nós!


São Serapião de Thmuis

Serapião nasceu no Egito, no norte da África e era um sacerdote profundo conhecedor das questões eclesiásticas. Tornou-se um dos maiores combatentes dos hereges no século IV que, aliás, foi o mais fértil deles. Fértil de hereges, mas também de combatentes. Serapião, era amigo e companheiro do bispo Atanásio, que lhe enviou cinco cartas, as quais fazem parte dos arquivos da Igreja, incentivando-o a continuar na luta contra a doutrina dos arianos. Essa doutrina negava a divindade de Jesus.
Embora não haja muitos dados confiáveis sobre sua vida, podemos seguir alguns dos seus passos na História do Cristianismo. Cursou a escola de Alexandria e tornou-se monge sob os ensinamentos de Santo Antão, abade que, ao morrer, lhe deixou como herança uma de suas túnicas de pelo. Referência encontrada numa das narrações de Atanásio, doutor da Igreja, discípulo e biógrafo de Santo Antão. Durante muito tempo dirigiu a Escola Catequética de Alexandria e, desejoso de dedicar mais tempo à oração e à penitência, retirou-se desse trabalho. Porém, não demorou muito tempo para que Serapião voltasse à direção da Igreja, sendo consagrado bispo de Thmuis, uma cidade do Egito, permanecendo na função entre os anos 340 e 356.

Serapião escreveu vários livros, sendo um que combatia o maniqueísmo, outra heresia que surgira naquela época, e da qual foi senão o maior, ao menos o mais ferrenho inimigo. Essa doutrina pregava que havia uma separação entre corpo e alma, sendo a alma pertencente a Deus e o corpo ao demônio. Também, redigiu várias epístolas sobre a doutrina cristã, e discursava muito, com isso evangelizou inúmeras pessoas ilustres e importantes de sua época.

São Jerônimo, que dedicou à Serapião um capítulo de seu livro "Homens Ilustres", nos conta que ele também fazia parte da comissão de cinco bispos que foi ao imperador Constâncio II interceder pelo bispo Atanásio, que fora exilado. Mas, como esse imperador era ariano a missão fracassou e Serapião foi deposto do seu bispado. Esse bispado que Serapião lamentou assumir, pois para isso teve que deixar sua vida de solidão e recolhimento. Em um de seus escritos encontrados, "Carta aos Monges", ele deixa muito claro como considerava ótima a escolha que os monges faziam ao renunciar às alegrias efêmeras e aos prazeres do mundo.


Esse bispo desempenhou suas funções como poucos, morrendo em 362. O Martirológio Romano indica o dia 21 de março para a veneração litúrgica de São Serapião de Thmius. 


São Serapião de Thmuis, rogai por nós!